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CENTRO DE EDUCAÇÃO
RECIFE-PE
2021
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ANÁLISE DO PLANO DE ENSINO
Universidade Federal de Pernambuco
Resumo
O presente artigo tem como objetivo explicitar uma análise acerca do plano de
ensino da disciplina: Avaliação da Aprendizagem ministrada pela docente Patrícia
Caetano, tendo como finalidade compor a proposta de avaliação somativa da
disciplina em questão.
Abstract
This article aims to explain an analysis of the teaching plan of the discipline:
Assessment of Learning taught by teacher Patrícia Caetano, having as compose a
proposal for summative assessment of the discipline in question.
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1. INTRODUÇÃO
O presente artigo tem como objetivo fazer uma análise acerca do Plano de Ensino
da Disciplina de Avaliação da Aprendizagem alocada no Centro de Educação da
Universidade Federal de Pernambuco e ministrada pela professora Patrícia Caetano.
Tal documento se subdivide em cinco esferas de análise previamente definidas pela
docente titular.
Pretende-se aqui a priori discorrer acerca da proporcionalidade estabelecida no
plano, e se tal organização distributiva condiz com as etapas ou blocos que
compõem o método de avaliação somativa proposto, em seguida o artigo
direcionasse para observar e analisar as correspondências, ou seja, as
compatibilidades existentes entre os critérios de avaliação predefinidos e as
metodologias de avaliação da disciplina em questão. No decorrer da análise teremos
então como foco do artigo a oportunidade de explicitar as fundamentações teóricas
utilizadas pela disciplina e suas aplicabilidades em sala, vislumbraremos também
pontuar as propostas realizadas no decorrer da disciplina acerca de
questionamentos sobre os métodos de avaliação e por fim, articular argumentativa e
reflexivamente utilizando de aspectos políticos e sociais acerca que envolvem o
universo da disciplina em questão.
2. DESENVOLVIMENTO
Primeiramente, na disciplina sempre foi deixado claro para que todos discentes
retirassem o “medo” das avaliações visto que a ideia era que justamente esse tabu
por trás de processos avaliativos fossem quebrados para que não se repliquem
futuramente com alunos na escola.
Dentro desta correspondência, podemos considerar o prazo de entrega que também
estava a avaliar os alunos mas, sempre foi longo e justo para que todos
conseguissem entregar como também, avisado com antecedência todas avaliações
que seriam feitas e suas respectivas datas.
Em ordem cronológica analisaremos os critérios de avaliação de cada atividade e já
levando em consideração se houve correspondência mútua com instrumentos e
metodologia da disciplina Avaliação da Aprendizagem.
Iniciando com os ensaios e cartas foi de extrema relevância para o docente
reconhecer escrita e quem está por trás de textos em formatos diferentes. Fugiu da
ideia comum de síntese elaborada e formal, trazendo os ensaios para entregar 2
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com textos informais com finalidade de expressar alguma afetação que tivesse
relação com o texto que a Docente apresentou na aula, o discente poderia através
desse ensaio informal colocar música, charge ou qualquer outro método que
achasse útil para expressar sua ideia. Segundo foram entrega de 2 cartas, para
formulação de ideias através de simplesmente o texto em formato de carta mesmo
podendo ser destinado a qualquer pessoa que o discente quisesse.
Através dessas 4 entregas, buscou observar a evolução da escrita e maneira de
conduzir a atividade para demonstrar que entendeu a ideia. Interessante que a
eventual pontuação não se daria somente por não compreender a dinâmica e
entregar algo sem sentido. E, se na última carta houver melhor compreensão da
proposta não haverá então perda de pontos. Interessante que mesmo se o aluno
errar as outras a última carta depois de elaborados diversos textos você pode então
evoluir na percepção da atividade e não se prejudicar.
Depois, passou para as Rodas de Diálogos com a ideia de sair da formalidade dos
seminários. Os alunos dividiram-se em grupos com roteiros elaborados só para
sintetizar a formação da conversa que aconteceu em 50 minutos e não houve
necessidade de entregar produção escrita. A maioria dos alunos demonstraram o
receio dessa conversa por estar tão acostumados só com a ideia formal dos
seminários. Os critérios foram simples: compreender os fundamentos teóricos na
prática da conversa, a condução daquele momento e o desempenho individual de
cada aluno. Por mais que esses critérios remetesse a critérios comuns utilizados em
seminários, a ideia da conversa entre os alunos do grupo sai da caixa e pode fazer
com que todos relaxassem, não pareceu que estavam sendo avaliados e sim só
amigos conversando sobre o que compreenderam, o que deixou a dinâmica de
extrema relevância.
E por último, o exercício para análise de compreensão do que foi proposto na
disciplina. Outro de extrema importância para que os discentes observem cada
ponto que foi colocado e produzido ao decorrer de toda disciplina. Assim, os alunos
podem entender mais sobre os critérios propostos em toda disciplina demonstrar sua
compreensão e, criar um olhar crítico. Outra coisa, são poucos discentes que trazem
essa ideia ao corpo discente, pois através disso lembra bastante a questão de
avaliação compartilhada pois serão mostrados pontos positivos e negativos (se
houver) e assim, a docente pode melhorar e aprimorar seu conteúdo e critérios
avaliativos.
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Portanto, nota-se que correspondeu sim os critérios propostos e a prática na
disciplina visto que a docente conseguiu transparecer aos alunos a afirmação e
segurança de que o que estava sendo abordado nesses critérios propostos ao longo
das aulas e de cada atividade foi completamente efetuado.
Para Libâneo (1994), o planejamento escolar é uma tarefa docente, sendo o meio
para as promoções das ações e também um meio de pesquisa e reflexão que está,
muitas vezes, ligada à avaliação. São previstas atividades em torno da organização
e coordenação, havendo uma revisão e adequação no decorrer do processo de
ensino. O planejamento escolar cumpre um serviço: facilitar a aula do professor.
Nesse sentido, o ato de planejar aparece como um “fio condutor” de sua ação
enquanto professor, isso significa que o planejamento é um caminho a ser percorrido
durante um período, tempos maiores ou menores como a aula, assim o professor
prevê o que irá ministrar e no momento da aula, expõe o que foi formulado
Dessa forma, o plano de aula baseia-se justamente, na organização da sequência
didática com determinações sobre objetivos, conteúdos, recursos, estratégias e
avaliações. Porém, a atribuição dessa função didática ao professor esbarra na
complexidade das suas próprias competências. De acordo com Goergen (2000),
professores não são formados, se formam no interior das complexas condições
biopsíquicas de seus ideais, desejos, valores e dos desejos que lhe vêm de fora, da
práxis ou da teoria. De antemão vale ressaltar que devido articulação institucional
alguns decentes foram realocados de uma turma diferente para esta nova turma
porém partindo do pressuposto da continuidade dos assuntos pode-se notar que
aplicabilidade da fundamentação teórica adotada pela docente foi de grande valia
para aguçar aprendizagem assimilado dentro de uma perspectiva crítica como
aponta o plano de ensino. Mencionamos aqui o texto sugerido pelo plano intitulado
avaliação compartilhada entre professores formadores e estudantes do curso de
licenciatura. Autoria: Andressa Brandt; Franc-Lane Nascimento; Nadja Magalhães.
Tal fundamentação teórica aprofundou os estudos acerca de uma avaliação
compartilhada numa relação professor e futuros professores no curso nos cursos de
graduação. Em ordem cronológica temos em seguida o texto: Diversificar é
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preciso… Instrumentos e técnicas de avaliação de aprendizagem. Autoria: Lea
Depresbiteris e Marinalva Tavares.
Destacamos aqui uma citação e por conseguinte texto utilizado como
fundamentação teórica desta disciplina em do plano de ensino em questão, do
professor de Pós-graduação em educação na UFBA Cipriano Carlos Luckesi acerca
do ato de avaliar e sobre a percepção impressão por esta disciplina:
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relação com o outro, uma vez que, cada ato individualizado deve ser realizado em
prol do bem comum, e que de uma forma ou de outra sentimos seu efeito positivo ou
negativo.
Para além dos aspectos da autonomia já mencionados ao longo desta análise, fez-
se também uso de metodologias avaliativas plurais, desde a apresentação das
diversas formas de avaliar, mas tendo como finalidade o uso de uma metodologia de
avaliação somativa, onde o uso das produções dos alunos e suas notas não são
definidas em provas pontuais, deslegitimando assim seu processo de ensino-
aprendizagem, mas levando em consideração toda trajetória de apreensão dos
saberes avaliativos. Tal atitude reflete em nós discentes para o maior afloramento de
nossa autonomia e criticidade no âmbito sociopolítico. Em nossa sociedade, de um
modo geral, ainda é bastante comum às pessoas entenderem que não se pode
avaliar sem que os estudantes recebam uma nota (conceito) pela sua produção.
Avaliar, para o senso comum, aparece como sinônimo de medida, de atribuição de
um valor em forma de nota ou conceito. Porém nós professores, temos um
compromisso de ir além do senso comum e não confundir avaliar com medir.
Percebemos ainda que a prática avaliativa que temos atualmente no contexto
educativo continua a classificar, comparar, escalonar, aprovar, reprovar, formalizar,
linearizar, reduzir, quantificar e fragmentar o conhecimento do aluno, não leva em
conta o seu potencial criativo, experiência de vida e o quando possa vir a aprender
no processo de formação e construção do conhecimento (LUCKESI, 2006). Sendo
assim, deve ser prevalecido nas práticas avaliativas dos docentes o
desenvolvimento pelo processo de ensino-aprendizagem valorizando assim, o que o
aluno sabe possibilitando processos de reflexão sobre o que ele poderá aprender
diante do seu esforço e saber elaborado.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Conclui-se que a análise do plano faz jus a trajetória posta e desenvolvida
pela disciplina, tendo como finalidade percebemos que é possível para nós enquanto
futuros docentes pautar a pluralidade, diálogo, compartilhamento de ideias e a
recondução, quando necessária, de um modelo didático, sempre por meio da escuto
e do reconhecimento dos que compõem uma sala de aula quanto seres que são
livres para emitir suas opiniões enquanto alunos, e não apenas seres reprodutores.
Finalizamos então com uma citação do patrono da educação Paulo Freire e
que traz apontamentos que foram palpáveis nesta disciplina em relação a
valorização da autonomia dos alunos enquanto seres livres e autônomos:
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS