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Toxicologia

Mecanismo de ação

Inibe a anidrase carbônica, reduzindo a concentração de hidrogênio na medula renal e,


consequentemente, evitando a reabsorção de sódio. Isso ocorre devido a um trocador de
hidrogênio por sódio encontrado no túbulo proximal do nefro. A enzima anidrase carbônica
atua convertendo água e CO2 em ácido carbônico (H2CO3), que se ioniza em H+ e HCO3-,
portanto sua inibição reduz a concentração de ambos. Conduz à excreção de Na+ e água
(diurético).

Indicações: Glaucoma, hipertensão intracranial idiopática, epilepsia.

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK532282/
slide 1 Olá meu nome é Tessia sou do décimo período de medicina veterinária e irei
apresentar o vídeo sobre intoxicação por acetazolamida em cão.

Slide 2 Usei como base de discussão o relato de caso de jonston e autores que foi publicado
no jornal australiano de veterinária em 2020.

Slide 3 O relato fala sobre um cão da raça husky siberiano com 1 ano de idade pesando quase
30kg castrado que chegou ao centro de atendimento com taquipneia. Segundo o tutor, nas
ultimas 12h enquanto dormia, o cão havia ingerido 75 comprimidos de acetazolamida e cada
comprimido possuindo 250mg da substancia. Somando 635mg/kg de dose total ingerida.

Slide 4 No exame físico o cão apresentava taquipneia, respiração paradoxal, mucosas róseas,
tpc menor que 2, pressão arterial exame neurológico dentro do normal.

Slide 5 Levando em consideração a dose ingerida pelo animal, é necessário para que se faça
uma abordagem clínica eficiente, que saibamos os mecanismos de ação de fármaco para que
seja possível uma tomada de decisão eficaz. A acetazolamida é um diurético que atua inibindo
a enzima anidrase carbônica, responsável pelo transporte eficiente de CO2 pelo sangue e
também pelo controle do ph sanguíneo. É encontrado nas farmácias com o nome comercial
DIamox e indicado para glaucoma, hipertensão intracranial idiopática e epilepsia.

Slide 6 Segundo Farzam e autores, os efeitos adversos encontrdos em cães são semelhantes
aos humanos e podem ser alterações no sistema nervoso que podem comumente levar ao
coma, acidose metabólica hiperclorêmica, distúrbios eletrolíticos entre outros.

Slide 7 A literatura também esclarece que a dose máxima recomendada de acetazolamida é


de 30mg/kg/dia sendo assim se basearmos pelo relato de caso apresentado anteriormente, o
paciente ingeriu uma dose vinte vezes acima da recomendada o que merece uma atenção
redobrada em seu estado clínico imediato. O fármaco tem meia vida de 6-9h e a principal rota
de eliminação é renal.

Slide 8 Como métodos diagnóstico, devemos considerar o relato do tutor priorizando a


anamnese como fator chave para entender como o fármaco foi ingerido, a quanto tempo e a
dose, exame físico imediato, incluindo exames neurológicos e também os exames laboratoriais
para que possamos ter uma ideia da dimensão da intoxicação.

Slide 9 Também é importante levar em conta diagnósticos diferenciais em casos que levem a
acidose metabólica, como diabetes, diarreia grave, doença de vias aéreas superiores e/ou
inferiores e doença pleural, e dessa forma fica mais fácil direcionar o atendimento e até na
emergência.

Slide 10 Como tratamento de suporte, recomenda-se fluidoterapia, bicarbonato de sódio e


potássio, para correção da acidose metabólica que é o principal fator de risco nessa casuística,
ressaltando que a acetazolamida não possui um antídoto especifico para desintoxicação.
Jonston também relata o uso de butorfanol como suporte para a tranquilização e diminuição
da taquipneia. salientando que a observação constante e o acompanhamento do animal é
chave importante para que se chegue o mais rápido possível a estabilização e tomada de
decisões futuras quanto a reicidiva ou possíveis sequelas que acometa o animal.

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