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AULA 3 – Via Romana

Parte 1: Herança ambígua


- Herança ambígua: os Gregos deixam como legado a filosofia e a democracia, e os
Romanos criam a partir desse legado um sistema jurídico e político sólido.
- Filósofos: Horácio de Alceu, Virgílio de Homero e Lucrécio de Epicuro
-Palavras-chave: A palavra-chave grega é phusis, enquanto a romana será
auctoritas.
Parte 2: Teoria e Filosofia do Direito em Roma
- Os romanos dispuseram de uma profissão específica ao aparelho judiciário,
exercida pela classe dos jurisconsultos, que eram autores de tratados doutrinais
com a finalidade de resolver disputas entre casos controversos condizente ao um
fato (quaestio facti), e a interpretação de uma regra jurídica (quaestio iuris).
- Filósofos (jurisconsultos): Quinto Múcio, Sérvio Sulpício, Labeão, Sabino, Celso,
Juliano, Ulpiano, Paulo e Papiniano.
- O conjunto das literaturas dos jurisconsultos chegaram parcialmente na forma de
um Digesto, por ordem de Justiniano.
- “De oratore” = Cícero --> somente a experiência da vida judiciária pode levar a
uma verdadeira ciência do direito.
- "inscrição do direito romano nas coisas" = Villey --> os romanos não partem da lei
para pensar o direito, partem do direito para pensar a lei.
- "A civilização romana" = Pierre Grimal --> o direito existe antes da lei.
- Em Ulpiano, o jus naturale liga-se à aequitas: um tratamento igual das coisas e
relações iguais.
- Em Arendt, a intuição política central dos romanos, é de nunca sacrificar o privado
ao público.

Aula 4 – O arco judaico-cristão


Parte 1: A fonte bíblica
Philia politikê - Aristóteles
O direito natural dos antigos dá lugar ao modelo sobrenatural do justo, divino e
transcendente - Clemente de Roma, Policarpo, Inácio, Irineu, Orígenes, Agostinho
de Hipona.
Parte 2: O Direito segundo São Tomás de Aquino e a evolução do pensamento
escolástico
- “Policraticus” = João de Salisbúria --> Ruptura com o pensamento “agostiniano”
em que toda a sociedade política estava irremediavelmente infectada pelo pecado
- “De Monarchia” = Dante --> o povo romano foi escolhido por Deus para governar o
mundo e que o imperador é um soberano universal de pleno direito.
- Contra qualquer tentação agostiniana de definir o Estado como um mal relativo
devido ao pecado original, São Tomás de Aquino pensa, com Aristóteles, que o
Estado é um produto natural e necessário da sociabilidade humana.
- Segundo o aristotelismo de Tomás de Aquino, a justiça é claramente uma
construção da prudência, em conformidade com a natureza das coisas.
- Estatuto da vontade = Duns Scot e Guilherme de Ockham
- Na visão de Scot não é a razão que governa a vontade, mas a vontade
que governa a razão. Ockam, por sua vez, vai exaltar a vontade humana
(desnaturalização do direito natural), é a partir do indivíduo que o direito se elabora.
- Voluntarismo = Marsílio de Pádua --> O poder político é uma emanação do povo e
estabelece que o Estado tem como função garantir direitos fundamentais. O
voluntarismo implica numa antropologização do direito.
- Francesco de Vitoria, da Escola de Salamanca --> antecipa o direito internacional
público ao reconhecer aos índios das Américas o direito de usufruir das suas terras
e das suas vidas.
- Na Reforma Protestante, Lutero argumenta a favor de um direito natural sediado
no homem.
- Gauchet chama o cristianismo de “religião da saída da religião”: o arco judaico-
cristão invoca ininterruptamente a possibilidade de julgar em nome da liberdade.

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