1) Os romanos desenvolveram um sistema jurídico sólido a partir da herança da filosofia grega, com jurisconsultos como Quinto Múcio, Sérvio Sulpício e Ulpiano produzindo tratados que formaram o Digesto de Justiniano.
2) A filosofia cristã substituiu o modelo do direito natural pelos ideais do justo e divino, como defendido por Clemente de Roma e Agostinho de Hipona.
3) Tomás de Aquino pensou o Estado como um produto natural da sociabilidade humana, enquant
1) Os romanos desenvolveram um sistema jurídico sólido a partir da herança da filosofia grega, com jurisconsultos como Quinto Múcio, Sérvio Sulpício e Ulpiano produzindo tratados que formaram o Digesto de Justiniano.
2) A filosofia cristã substituiu o modelo do direito natural pelos ideais do justo e divino, como defendido por Clemente de Roma e Agostinho de Hipona.
3) Tomás de Aquino pensou o Estado como um produto natural da sociabilidade humana, enquant
1) Os romanos desenvolveram um sistema jurídico sólido a partir da herança da filosofia grega, com jurisconsultos como Quinto Múcio, Sérvio Sulpício e Ulpiano produzindo tratados que formaram o Digesto de Justiniano.
2) A filosofia cristã substituiu o modelo do direito natural pelos ideais do justo e divino, como defendido por Clemente de Roma e Agostinho de Hipona.
3) Tomás de Aquino pensou o Estado como um produto natural da sociabilidade humana, enquant
- Herança ambígua: os Gregos deixam como legado a filosofia e a democracia, e os Romanos criam a partir desse legado um sistema jurídico e político sólido. - Filósofos: Horácio de Alceu, Virgílio de Homero e Lucrécio de Epicuro -Palavras-chave: A palavra-chave grega é phusis, enquanto a romana será auctoritas. Parte 2: Teoria e Filosofia do Direito em Roma - Os romanos dispuseram de uma profissão específica ao aparelho judiciário, exercida pela classe dos jurisconsultos, que eram autores de tratados doutrinais com a finalidade de resolver disputas entre casos controversos condizente ao um fato (quaestio facti), e a interpretação de uma regra jurídica (quaestio iuris). - Filósofos (jurisconsultos): Quinto Múcio, Sérvio Sulpício, Labeão, Sabino, Celso, Juliano, Ulpiano, Paulo e Papiniano. - O conjunto das literaturas dos jurisconsultos chegaram parcialmente na forma de um Digesto, por ordem de Justiniano. - “De oratore” = Cícero --> somente a experiência da vida judiciária pode levar a uma verdadeira ciência do direito. - "inscrição do direito romano nas coisas" = Villey --> os romanos não partem da lei para pensar o direito, partem do direito para pensar a lei. - "A civilização romana" = Pierre Grimal --> o direito existe antes da lei. - Em Ulpiano, o jus naturale liga-se à aequitas: um tratamento igual das coisas e relações iguais. - Em Arendt, a intuição política central dos romanos, é de nunca sacrificar o privado ao público.
Aula 4 – O arco judaico-cristão
Parte 1: A fonte bíblica Philia politikê - Aristóteles O direito natural dos antigos dá lugar ao modelo sobrenatural do justo, divino e transcendente - Clemente de Roma, Policarpo, Inácio, Irineu, Orígenes, Agostinho de Hipona. Parte 2: O Direito segundo São Tomás de Aquino e a evolução do pensamento escolástico - “Policraticus” = João de Salisbúria --> Ruptura com o pensamento “agostiniano” em que toda a sociedade política estava irremediavelmente infectada pelo pecado - “De Monarchia” = Dante --> o povo romano foi escolhido por Deus para governar o mundo e que o imperador é um soberano universal de pleno direito. - Contra qualquer tentação agostiniana de definir o Estado como um mal relativo devido ao pecado original, São Tomás de Aquino pensa, com Aristóteles, que o Estado é um produto natural e necessário da sociabilidade humana. - Segundo o aristotelismo de Tomás de Aquino, a justiça é claramente uma construção da prudência, em conformidade com a natureza das coisas. - Estatuto da vontade = Duns Scot e Guilherme de Ockham - Na visão de Scot não é a razão que governa a vontade, mas a vontade que governa a razão. Ockam, por sua vez, vai exaltar a vontade humana (desnaturalização do direito natural), é a partir do indivíduo que o direito se elabora. - Voluntarismo = Marsílio de Pádua --> O poder político é uma emanação do povo e estabelece que o Estado tem como função garantir direitos fundamentais. O voluntarismo implica numa antropologização do direito. - Francesco de Vitoria, da Escola de Salamanca --> antecipa o direito internacional público ao reconhecer aos índios das Américas o direito de usufruir das suas terras e das suas vidas. - Na Reforma Protestante, Lutero argumenta a favor de um direito natural sediado no homem. - Gauchet chama o cristianismo de “religião da saída da religião”: o arco judaico- cristão invoca ininterruptamente a possibilidade de julgar em nome da liberdade.