Você está na página 1de 16

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ARTIGO CIENTÍFICO

HABILITAÇÃO TÉCNICA EM MECÃNICA AUTOMOTIVA

MANUTENÇÃO EM AR CONDICIONADO AUTOMOTIVO

Autor: XXXXXXXXXXXXXXX
Orientador: JONATHAN SILVA ROCHA

VÁRZEA GRANDE – MT
2019
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

MANUTENÇÃO EM AR CONDICIONADO AUTOMOTIVO

Artigo Científico apresentado no curso de


Habilitação Técnica em Mecânica
Automotiva, como exigência para obtenção
do título de Técnico em MECÂNICO
AUTOMOTIVO.

Orientador: Jonathan Silva Rocha

VÁRZEA GRANDE – MT
2019
MANUTENÇÃO EM AR CONDICIONADO AUTOMOTIVO

ROCHA, Jonathan Silva¹


XXXXXXXXXX²
RESUMO

ABSTRACT
INTRODUÇÃO

A refrigeração não é usada apenas para estocagem de alimentos, mas passou a ser essencial
para evitar o aquecimento de equipamentos eletrônicos e ambientes fechados. A evolução
chegou até os automóveis, embora tenha sido demorado e com condições iniciais inviáveis,
garantindo a refrigeração do motor e também proporcionando o conforto pelo ar-
condicionado.
A qualidade de vida que o ar-condicionado trás se tornou a busca de muitos usuários
automotivos e vem sendo usado em um número cada vez maior de automóveis. Mesmo que
antes o valor era exorbitante e ocupava-se uma parte considerável do veículo no inicio da sua
aplicação, possui preços mais baixos e é considerado como um influenciador do aumento do
uso do ar-condicionado automobilístico. Logo é proporcionando uma qualidade de vida para o
motorista devido a satisfação de estar em um ambiente confortável, sem barulho, evitando
respirar ar poluído, reduzindo o stress, qualificando-o como um equipamento importante para
a vida urbana. Sendo assim, é um aparelho muito comum, não estando apenas em casas, mas
em maquinas garantindo o funcionamento de um conjunto que compõe o homem e a maquina.
Então há uma questão que precisa ser respondida: como é a característica e o funcionamento
básico do ar-condicionado automobilístico? Para isso é importante conhecer os conceitos
básicos que envolvem a termodinâmica, relacionando com todo o processo de resfriamento
interno. Com isso é estipulado como objetivo geral deste trabalho é estudar o funcionamento
do ar-condicionado demonstrando também como deve ser feita a sua manutenção. E assim,
tem os objetivos específicos: estudar os princípios de funcionamento, conectando com as leis
da termodinâmica e as transferências de calor que atuam sobre o automóvel; conhecer os
equipamentos que constituem o ar condicionado; e apontar os métodos de manutenção
realizados no ar-condicionado para manter seu funcionamento e a qualidade de vida do
usuário.

¹Ademar Conceição da Silva Filho; Fabio de Melo Moura, Itamar Marçal Silva. Curso técnico
Mecânico Automotivo. SENAI MT. email
²Orientador Profª. Jonathan Silva Rocha. SENAI MT. email
2

Neste trabalho será realizada uma revisão bibliográfica sobre informações adquiridas por base
de pesquisa de autores didáticos e de trabalhos acadêmicos desta área, para que assim possa
compreender a relevância do ar-condicionado.
O tipo de pesquisa realizado neste trabalho foi uma revisão de literatura, no qual foi realizada
uma consulta a livros, dissertações e por artigos científicos selecionados através de busca nas
seguintes bases de dados (livros, sites de banco de dados, etc...) utilizando como base:
CONAMA, que dispõe sobre recolhimento, coleta e destinação final de óleo lubrificante
usado ou contaminado. Resolução nº 450, de 06 de março de 2012. Lex: Diário Oficial da
União nº 46, Brasília, p. 61, 07 de março de 2012, ABNT –. NBR 10.004/04 -Resíduos
sólidos –Classificação. Rio de Janeiro: ABNT, 2004, GIL, A. C. Métodos e técnicas de
pesquisa social. 6 ed. 2. reimpr. São Paulo: Atlas, 2009, entre outras. O período dos artigos
pesquisados foram os trabalhos publicados nos últimos 20 anos.
As palavras-chave utilizadas na busca foram: lubrificantes, descartes e processo.

1 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
De forma básica o princípio de funcionamento dos ares-condicionados, simplesmente é a
troca de temperatura do ambiente interno pelo externo, que se adquire a queda de umidade
relativa do ar, isso ocorre devido a passagem do ar pela serpentina do evaporador (radiador
frio) que por contato sofre queda de temperatura (SOARES, 2009).
Ainda conforme Soares (2009), a refrigeração está conectada às mudanças de estado do
líquido refrigerante, passando do estado líquido (alta pressão) para o gasoso (baixa pressão).
Essa mudança do liquido para o estado gasoso, chamado de evaporação, é devido a absorção
de calor do ar, superaquecendo o gás refrigerante. Logo, o modo inverso o refrigerante perde
calor na parte externa do veículo, processo chamado de condensação, super-resfriando o gás
refrigerante. Para se manter a temperatura de resfriamento desejada para o conforto humano, é
feita a leitura através de um sensor localizado no evaporador que este por sua vez desliga o
compressor, sendo assim qualquer variação nessa temperatura automaticamente aciona o
compressor novamente.
3

Figura 1 – Representação interna do ar condicionado no veiculo

Fonte: Soares (2009, p.34)


Será visto a seguir conceitos básicos que acompanham sempre o processo de resfriamento e
transferência de calor e entender como estão ligados diretamente com a refrigeração.
1.1 CALOR
No princípio do século XIX acreditava-se que o calor era uma substância que passava do corpo mais
quente para o corpo mais frio, mas devido o conceito não valer para experiências mais avançadas,
passou a ser considerado pela ciência como uma energia que é transmitida de um corpo para o outro e
também pela vizinhança. Com isso o calor ganhou outros conceitos, como a capacidade térmica, que é
determinada pela massa e quantidade de calor necessário para aumentar a temperatura de uma
substância, e o calor específico, que é a capacidade térmica por unidade de massa de um corpo.
(CREDER, 2014)
O calor pode se transferir de três formas por: condução, convecção e radiação. Eles são representados
de forma desenhada na Figura 2 como se procede a transferência utilizando um veículo como base.
Figura 2 – Representação da transferência de calor no automóvel

A condução pode ocorrer em sólidos, líquidos ou gases, no caso a transferência se passa das partículas
mais energéticas para as vizinhas. Em líquidos e gases a condução deve-se às colisões das moléculas
em seus movimentos aleatórios, já nos sólidos ocorre por vibração das moléculas em rede. A
4

convecção ocorre com a combinação dos efeitos da condução e do movimento de um fluido, quanto
mais rápidos o movimento do fluido maior será a transferência de calor. A radiação é simplesmente a
energia emitida em forma de ondas eletromagnéticas da matéria, diferente dos outros, não é necessário
a de um meio interveniente, é transferida de forma rápida e sua característica não muda no vácuo
(ÇENGEL; GHAJAR, 2012).
1.2 PRIMEIRA E SEGUNDA LEI DA TERMODINÂMICA
Conforme Creder (2014), basicamente a primeira lei está relacionada à energia que entra e sai no
sistema. No caso dos sistemas abertos, que se pode ter como exemplo o ar-condicionado, com a saída
e entrada de ar, há variações a ser considerado dentro sistema, sendo energia cinética (EC), energia
potencial (EP) e volume (V), ocorrendo simultaneamente a transmissão de calor e trabalho, conforme
a Figura 3.

Figura 3 – Aplicação da 1ª lei a sistemas abertos

Foi um longo processo de amadurecimento até se alcançar a formulação geral do princípio de


conservação da energia de forma experimental, logo a energia não só se conservava como os
diferentes tipos de energia são equivalentes (PASSOS, 2009). Na 1ª Lei da Termodinâmica, sua
formula consiste na variação da energia interna de um sistema, que passa a ser igual à soma do calor
com o trabalho que o sistema troca com a sua vizinhança (ANACLETO; ANACLETO, 2007) apud
(CALLEN, 1985; ZEMANSKY e DITTMAN, 1997).
Sendo assim, Moreira e Bassi (2001) ressaltam que, de acordo com a termodinâmica dos meios
contínuos, a primeira lei é considerada um balanceamento de energia que forma o coração da
mecânica clássica, uma ciência temporal. Foi demonstrado matematicamente que os conceitos
clássicos de espaço e tempo implicam em que a energia total de qualquer meio contínuo separa-se
numa parte interna e outra cinética, o que produz como consequência a primeira lei. A segunda lei
5

refere-se a aspectos qualitativos sobre a transformação do calor em trabalho, cujos conceitos mais
abstratos destoam daqueles normalmente presentes nas demais disciplinas da formação do engenheiro
mecânico.
Conforme Creder (2014), o calor só pode produzir trabalho quando passa de um nível de temperatura,
mas alto para nível mais baixo, logo só seria possível a transformação inversa com o fornecimento de
trabalho ao sistema, ou seja, a temperatura não sobe com calor espontâneo. Sendo assim, de acordo
com Dechoum (2003), a segunda lei da termodinâmica está ligada a variação da entropia do universo,
que depois de um processo será sempre maior ou igual a zero. Uma das questões da 2ª lei é que não ha
nenhum processo no qual calor e extraído de uma fonte e convertido inteiramente em trabalho útil,
sem nenhuma outra consequência para o resto do universo.
Entretanto para entender melhor a relação da 2ª Lei da Termodinâmica com a troca de calor é
necessário explicar o Ciclo de Carnot.
De acordo com Oliveira (2005), exemplifica que um fluido dentro de um recipiente, partindo de um
estado A sobre uma pressão isotérmica até um estado B, que é uma expansão adiabática, e em seguida
para o estado C de compressão isotérmica e por ultimo o estado D, que é uma compressão adiabática,
voltando novamente para o estado inicial do ciclo, logo este é nomeado de Ciclo de Carnot, sendo a
razão entre o trabalho realizado e o calor recebido por um sistema que opera segundo um ciclo de
Carnot depende somente das temperaturas do reservatório. Dessa forma, o ciclo reverso de Carnot é a
refrigeração, a qual a fonte fria precisa receber trabalho mecânico para ceder calor à fonte quente
(CREDER, 2014). Logo é impossível construir um aparelho refrigerador que opere sem consumo de
trabalho (OLIVEIRA, 2005).
Após o entendimento básico da relação da termodinâmica com o resfriamento, e em consequência
ligado ao ar-condicionado, nos próximos capítulos 20 serão tratados os equipamentos que constituem
o ar-condicionado automobilístico e o seu método de manutenção para garantir sua eficiência.
2 EQUIPAMENTOS
Foi visto que é promovido pelo ar-condicionado automotivo não somente o conforto para quem dirige,
mas permite que o motorista tenha maior capacidade de estar atento ao transito promovendo a
segurança coletiva. O ar-condicionado não apenas refrigera, mas controla a umidade, a limpeza do ar e
a ventilação (ITAO, 2005). Sendo assim, é interessante entender quais componentes compõe o sistema
e no Quadro 1 a seguir são apontados alguns deles.
6

Quadro 1 – Componentes do ar-condicionado automotivo

Como já citado, o ar-condicionado automotivo é baseado no ciclo de compressão de vapor na


termodinâmica (ITAO, 2005). E com base nesse sistema, a seguir é identificado o
posicionamento destes componentes está representado na Figura 5.
Figura 5 – Posicionamento de alguns componentes do ar-condicionado automotivo

2.1 COMPRESSOR
O compressor, representado na Figura 6 é responsável pela dispersão do fluido refrigerante
pelo sistema e seu acionamento é realizado por correias ligadas ao motor do veiculo (ITAO,
2005) apud (TRIBESS, 2004). Também é considerado como um item de suma importância
para a circulação do fluido, no caso o gás refrigerante. Seu funcionamento consiste comprimir
o fluido que se encontrava em baixa pressão e o tornando a alta pressão para expandir o
refrigerante, por meio de pistões (ou paletas ou espiral interno). Seu acionamento é por
embreagem eletromagnética, que permite seu acionar ou desligar mesmo com o motor em
7

funcionamento, ou pelo próprio motor do veiculo (FERREIRA; TRISTÃO; LANES [201-?];


SOARES, 2009).
Figura 6 – Exemplo de compressor

2.2 CONDENSADOR
O condensador é localizado na região frontal do veiculo e realiza a troca de calor
absorvido pelo refrigerante no evaporador, logo o fluido entra em estado gasoso e sai no
estado liquido. Seu processo funciona com a transferência do calor para a atmosfera mais fria
que o gás, percorrendo as aletas e realizando a condensação, isso permanece até que atinja a
temperatura desejada (SOARES, 2009).
Conforme Fornasari, Biondo e Roani (2013), o condensador realize a troca de calor do
estado gasoso ao liquido com uma temperatura de 60°C aproximadamente e cedendo calor
para o ambiente externo. De acordo com, “O condensador utilizado é do tipo micro canal e
aletas, utilizado nos veículos já citados, e encontra-se montado no túnel de vento da câmara
outdoor”. Na Figura 7 é apresentado a vista de um condensador.
Figura 7 – Exemplificação do condensador.

Existem três grupos de condensadores aplicados no veiculo. Um deles é composto por


tubos e aletas, como na Figura 7, composto de tubos de cobre ou alumínio horizontais e aletas
8

de alumínio. Há o tubo plano, que possuo uma seção plana multicanal na forma de uma
serpentina com aletas de alumínio, em comparação com os outros seu rendimento é superior.
E por ultimo o multifluxo, composto apenas por material de alumínio, possui apenas dois
tubos laterais que são coletores que alimentam outros tubos horizontais (CAMPOS, 2014).

2.2 FILTRO SECADOR


Basicamente o filtro atua como filtro de impurezas, absorção de umidade no sistema e reserva
o refrigerante no estado liquido, logo evita que este não se acumule no condensador.
2.3 DISPOSITIVO DE EXPANSÃO
Como um dispositivo de expansão há dois mais comuns nos veículos, a válvula termostática e
os tubos de expansão. A válvula de expansão, esquematizado 25 na Figura 8, é um dispositivo
que reduz a pressão do refrigerante liquido que sai do condensador, ou seja, controla a vazão
do sistema. Sendo assim, esse dispositivo expande o fluido rapidamente em uma mistura de
liquido e vapor em baixa pressão, por isso é responsável pelo superaquecimento do gás
(ITAO, 2005; SOARES, 2009).

Figura 8 – Válvula de expansão

A válvula termostática possui como vantagens o fato de não ser influenciado por fatores externos, ter
maior durabilidade e resposta mais rápida, por ter um sensor dentro da válvula. No caso do tubo ocorre
a redução de pressão que converte o refrigerante em estado de vapor. Para ocorrer a evaporação do
líquido, o refrigerante tem a função de absorver energia do ar que passa pelo evaporador (SOARES,
2009).
9

2.4 EVAPORADOR
Localizado na caixa de ar, o evaporador é o segundo trocador de calor no sistema. É responsável pelo
resfriamento do ar e controlar a umidade do ambiente, logo o ar resfria, perdendo calor para o gás
refrigerante que está mais frio que o ar dentro da cabine que passa por dentro do evaporador,
expulsando essa caloria para exterior evaporando o mesmo. É caracterizado por tubos de cobre em
forma de serpentinas e aletas de alumínio, como exemplo na Figura 9 (FORNASARI; BIONDO;
ROANI, 2013).
Figura 9 – Núcleo evaporador

Fonte: Soares (2009, p.64)

2.5 DEMAIS COMPONENTES


Outros componentes também apresentam sua importância, como a caixa de ar, que armazena o
evaporador e proporciona a ventilação do veiculo, captando o ar de fora para o interior por meio de um
ventilador. É composta por dutos e comporta o evaporador, aquecedor e ventilador em seu
compartimento (SOARES, 2009; ITAO, 2005). O ventilador na caixa de ar tem como função realizar a
mistura dos ares, entrando o ar quente e frio e realiza a saída do ar para a cabine do automóvel,
representado na Figura 10 abaixo (FORNASARI; BIONDO; ROANI, 2013).
Figura 10 – Sistema de mistura de ar

Fonte: Fornasari, Biondo e Roani (2013, p.25)


10

Não menos importante, o painel de controle é a fundamentação dos níveis de temperatura desejados
para manter conforme desejado pelo motorista, pode controlar também a velocidade do ventilador e
distribuição do ar, então com um comando digital são selecionadas as opções disponíveis para manter
o ambiente interno agradável. Ao longo de todo o carro, na saída das tubulações existem os filtros que
são responsáveis por impedir a saída ou entrada de pó, poluição, fuligem, bactérias, pólen, logo
melhoram a qualidade do ar. Há também outros componentes: muffler, que atua nos ruídos provocados
pela pressão do compressor; mangueiras de gas refrigerante; acumulador de sucção, que absorve a
umidade e protege o compressor contra fortes pressões do liquido; aquecedor, promove o aquecimento
do sistema; componentes de vedação; termostato, atua como sensor térmico; dispositivos de proteção e
controle de pressão (SOARES, 2009; FORNASARI; BIONDO; ROANI, 2013).
3 MANUTENÇÃO EM AR-CONDICIONADO
3.1 TIPOS DE MANUTENÇÃO
Existem alguns tipos de manutenção que foram a base de todo o desenvolvimento industrial. São
técnicas presentes no dia-a-dia que garantem o rendimento de um equipamento ou evitando perdas
significativas.
3.1.1 Manutenção preventiva Conforme Kardec e Nascif (1999) a manutenção preventiva deve
cumprir com três objetivos principais: evitar falha do equipamento e deterioração acelerada, detectar a
ocorrência de falhas incipientes e detectar a existência de falhas ocultas. Pode-se citar as principais
vantagens ao se aplicar a manutenção preventiva sendo elas: redução de custos, qualidade do produto,
aumento de produção e o respeito ao meio ambiente.
A manutenção preventiva compõe o grupo da manutenção planejada. É conceituada a sua ação em que
não se presenciou um estado de falha, logo sua função é reduzir a probabilidade de ocorrência da
falha. Possua vez passa a ser uma intervenção de manutenção prevista, preparada ou programada antes
da data provável do aparecimento da falha. Essa manutenção pretende sempre identificar, por meio de
uma análise ou medição de degradação, o fim de vida útil de alguns componentes dos equipamentos
(LUCATELLI, 2002).
Já para ABNT NBR 5462 (1994) é a “Manutenção efetuada em intervalos predeterminados, ou de
acordo com critérios prescritos, destinada a reduzir a probabilidade de falha ou a degradação do
funcionamento de um item”.
3.1.2 Manutenção preditiva
Não muito comum no cotidiano, mas muito útil para grandes indústrias, este tipo de manutenção
pretende determinar o estado real de um equipamento, ou tudo que o compõe, através de dados
detectados por meio de inspeções com periodicidade (MOUBRAY, 1998).
De acordo com Pinto e Xavier (2012), a manutenção preditiva informa dados sobre as reais condições
do equipamento, permitindo controlar e planejar o momento certo para fazer as intervenções. A
característica principal desta manutenção é devido a aplicação sistemática de técnicas de
monitoramento. A definição dada pela norma da ABNT NBR 5462 (1994) para manutenção preditiva
11

é permitir a garantia de qualidade do serviço desejado, por meio de uma aplicação sistemática de
técnicas de análise, reduzindo o máximo possível o uso da manutenção corretiva.
3.1.3 Manutenção Detectiva
A manutenção detectiva visa sua aplicação para identificas falhas ocultas, aquelas que precisam ser
verificadas a ponto de entender melhor o que as resultou (MOUBRAY, 1997). Através de sistemas de
comando, esse tipo de manutenção detecta falhas ocultas ou não perceptíveis ao mantenedor
(KARDEC; NASCIF, 1999).
3.1.4 Manutenção corretiva
A manutenção corretiva é a menos viável, pelo fato de muitos dos equipamentos já estarem totalmente
danificados ou com necessidade de reparos realmente custosos para o proprietário, além de afetar a
produção por causa do tempo de espera da correção, se tornando o método de manutenção mais caro,
devido alto custo de estoques de peças sobressalentes, altos custos de trabalho extra, elevado tempo de
paralisação da máquina, e baixa disponibilidade de produção. Sendo assim, a manutenção corretiva é
uma técnica de gerência reativa que espera pela falha da máquina ou equipamento, antes que seja
tomada qualquer ação de manutenção, afetando-se a vida útil das máquinas e das instalações
(MONTEIRO; SOUZA; ROSSI, 2010).
Nunes (2001) ainda reforça que a corretiva pode ser subdividida em dois tipos: paliativa, com
intervenções corretivas executadas provisoriamente colocando o equipamento em funcionamento para;
e a curativa, que compreende as intervenções típicas de reparo em caráter definitivo, a fim de
restabelecer o equipamento. Sendo assim, a manutenção corretiva é feita de forma a complementar à
manutenção preventiva, pois qualquer que seja a natureza ou nível de prevenção executado, sempre
existirá um grupo de falhas residuais que necessariamente irão exigir uma ação corretiva.
Conforme a ABNT NBR 5462 (1994) a manutenção engloba ações necessárias para se conservar um o
equipamento o máximo possível, como a supervisão das manutenções empregadas e assim o
equipamento possa desempenhar suas funções requeridas.
3.2 FERRAMENTAS PARA A MANUTENÇÃO
Inicialmente é importe saber quais itens irão auxiliar no momento da manutenção e precisam ficar a
mão de qualquer mantenedor da área.
3.3 PROCEDIMENTOS DA MANUTENÇÃO
Um item que faz total diferença para o funcionamento e da qualidade do arcondicionado é o filtro da
cabine, representado na Figura 11, este oferece proteção contra poluentes e o ideal que precisam ser
trocados a 6 meses ou 15000km. Mas antes de qualquer troca é necessário observar se houve perda de
eficiência do sistema, odor desagradável ou pouca saída do ar, pois o problema principal pode ser em
outros componentes. Para realizar a manutenção, neste caso corretiva e preventiva por realizarem a
troca dos componentes danificados e preparando o ambiente para o novo e assim prolongar sua vida
útil, deve-se retirar o filtro com cuidado e limpá-lo, se necessário trocá-lo (SOARES, 2009).
12

Figura11: Filtro de cabine

Fonte: EEEP (2014)


Antes de qualquer ação a ser tomada, é importante avaliar todas as áreas para saber bem quais
alterações serão realizadas, evitando danificar outras partes. Sendo assim é um diagnostico dos
motivos do problema no funcionamento do equipamento. Logo alguns passos são recomendados para
que se inicie análise da eficácia do sistema e assim realizar a manutenção: primeiro verific a-se se há
vazamento, avaliando o também o filtro se ele está danificado, colocar o máximo dos controles de
ventilação e temperatura baixa para que seja feito a avalição por um termômetro de bulbo, e ligar o
motor e abrir os vidros do carro. Por meio disso são realizadas avaliações (EEEP, [201-?]). No caso de
ineficiência, é imprescindível analisar se a agua está sendo condensada no filtro secador, se há sujeira
no evaporador, filtro ou condensador e verificar os manômetros se estão nas devidas escalas do
fabricante (SOARES, 2009).

CONSIDERAÇÕES FINAIS
O trabalho foi baseado no estudo da refrigeração do interior dos veículos, neste caso o ar-
condicionado. No primeiro capitulo compreendeu-se o principio de funcionamento do ar-
condicionado, sendo que este se baseia na condução de calor por meio da termodinâmica. Com o
auxilio dos fluidos refrigerantes é realizado a troca de calor, que pode ser transmitido por condução,
convecção e radiação, sendo os dois primeiros mais relacionados com a refrigeração. A leis da
termodinâmica baseiam-se na energia do sistema, que está em constante fluxo de saída e entrada de
um sistema, e o trabalho produzido, proporcionando a variação de temperatura. Para a refrigeração o
principio mais adequado é o Ciclo de Carnot.
Foi abordado também os componentes principais que constituem o arcondicionado, sendo os
principais: compressor, condensador e evaporador. O compressor realiza a dispersão do fluido
refrigerante, em que o fluido de baixa pressão é comprimido para que expanda o refrigerante. O
condensador realiza a troca de calor, o qual absorve o calor do ambiente e evapora para que em
seguida o fluido refrigerante seja condensado voltando ao estado liquido. E o evaporador é
considerado como o segundo trocador de calor do sistema, permite controlar a umidade. Os demais
componentes não perdem sua importância, já que fazem parte de todo um controle do sistema de
refrigeração, no caso dos filtros ocorre a impedância da mistura do ar com poluentes, impurezas e
microrganismos.
13

Visto que o ar-condicionado é a base do bem estar do condutor e passageiros em um veiculo, este
precisa de manutenção adequada, sendo a mais adequada a manutenção preventiva, já que proporciona
o funcionamento prolongado e a qualidade do ar no automóvel. Entretanto também foi apresentado os
outros tipos de manutenção, como a corretiva e preditiva, sendo a primeira a mais comum ocorrendo
apenas quando a parada ou danos no ar-condicionado. O profissional que realiza a manutenção precisa
ter os equipamentos necessários para verificar o bom funcionamento, por meio de um diagnostico
também bem aplicado de acordo com os resultados coletados.

REFERENCIAS:

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5462: 1994 –


Confiabilidade e Manutenabilidade. Rio de Janeiro, 1994, p. 37.
ANACLETO, Alcinda; ANACLETO, Joaquim. Sobre a primeira lei da termodinâmica: as
diferenciais do calor e do trabalho. Química Nova. 30 vol. 2no. 488-490p. Vila Real, 2007.
Disponível em:<http://www.scielo.br/pdf/%0D/qn/v30n2/42.pdf>. Acesso em: 27 de
Novembro de 2019.
BICALHO, Gustavo Inácio. Aumento da eficiência do ar condicionado veicular pela melhoria
do sistema de ventilação. PUC-MG. Belo Horizonte, 2009.
CAMPOS, Sergio Libanio de. Desenvolvimento de sistema climatizador automotivo para
aquecimento e resfriamento. Tese douturado. PUC-Rio. Rio de Janeiro, 2014.
ÇENGEL, Yunus A.; GHAJAR, Afshin J. Transferência de calor e massa: uma abordagem
prática. 4 ed. AMGH: Porto Alegre, 2012.
CREDER, Hélio. Instalações de ar condicionado. 6 ed. LTC: Rio de Janeiro, 2014
DECHOUM, K.; OLIVEIRA, P. M. C. de. Facilitando a Compreensão da Segunda Lei da
Termodinâmica. Revista Brasileira de Ensino de Física. 25 vol. Rio de Janeiro, 2003.
Disponível em:<http://www.scielo.br/pdf/rbef/v25n4/a04v25n4>. Acesso em: 27 de
Novembro de 2019..
EEEP. Sistema de ar-condicionado. Escola Estadual de Educação Profissional. Curso técnico
de manutenção automotiva. Ceará. [201-?].
FERREIRA, Felipe Martins Roballo; TRISTÃO, Marcelo Walter; LANES, Felipe. Estudo
experimental de sistema climatizador automotivo operando como ar condicionado e bomba de
calor. CEFERT-RJ e PUC-Rio. Rio de Janeiro, [201-?].
FORNASARI, Adriano José; BIONDO, Diego; ROANI, Luan Saldanha. Sistema de controle
de temperatura de ar condicionado automotivo. Universidade Tecnológica Federal do Paraná.
Pato Branco, 2013.
14

ITAO, Danilo Carreira. Estudo de um sistema alternativo de ar condicionado automotivo


baseado na aplicação de tubos de vórtice utilizando o conceito de regeneração energética.
Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2005.
LUCATELLI, Marcos Vinícius. Estudo de Procedimentos de Manutenção Preventiva de
Equipamentos Eletromédicos. Dissertação (Mestrado 280 em Engenharia Elétrica) - Centro
Tecnológico, Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 1998.
KARDEC, P. & NASCIF, J. Manutenção – Função estratégica. Editora Qualitymark: Rio de
Janeiro, 1999.
MONTEIRO, Caio Italiano; SOUZA, Leandro Ramalho de; ROSSI, Paulo Henrique Lobo.
Manutenção Corretiva: Manutenção e Lubrificação de Equipamentos.
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO, 2010
MOUBRAY, J. Tutela Responsável – A Missão da Manutenção. 1998.
MOREIRA, Ney Henrique; BASSI, Adalberto B. M. S. Sobre a primeira lei da
termodinâmica. Química Nova. 24 vol. 4 n. Campinas, 2001. Disponível em:<
http://www.scielo.br/pdf/qn/v24n4/a19v24n4>. Acesso em: : 27 de Novembro de 2019.
NUNES, Enon Laércio. Trabalho de dissertação: Manutenção Centrada em Confiabilidade
(MCC): Análise da Implementação em uma Sistemática de Manutenção Preventiva
Consolidada. Universidade Federal de Santa Catarina: Programa de Pós-Graduação em
Engenharia de Produção Curso de Mestrado. Florianópolis, 2001.
OLIVEIRA, Mário José de. Termodinâmica. Livraria da Física: São Paulo, 2005.
PASSOS, Julio Cesar. Os experimentos de Joule e a primeira lei da termodinâmica. Revista
Brasileira de Ensino de Física. 31 v. 3 n. 2009. Disponível em:<
http://sites.poli.usp.br/pme/sisea/portugues/disciplinas/1a%20Lei_RBEF.pdf>. Acesso em: :
27 de Novembro de 2019.
SOARES, Vitor Rafael Galisteo. Treinamento em Manutenção de Ar Condicionado
Automotivo. SENAI. Unidade São José, 2009. Disponível
em:<http://marioloureiro.net/ensino/manuaisOutros/refrigeracao/CursoArCondiciopdf>.Aces
em: : 27 de Novembro de 2019.

Você também pode gostar