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Objetivos Específicos:
• Identificar as características de um documento arquivístico;
Saudações, cursista!
GESTÃO DOCUMENTAL
dos arquivos. Essas especificidades são úteis à gestão documental, pois norteiam desde
o que deve ser mantido até a melhor forma de agrupar o que deve ser guardado.
Espécie
Atributo Gênero
Valor Natureza
Características
de um
documento
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Para compreendermos estas características, serão apresentados cada um
dos atributos que dizem respeito ao documento.
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circular que informa sobre o ponto facultativo dos funcionários. Podemos ob-
servar que este memorando foi criado com um objetivo: informar os funcioná-
rios sobre o ponto facultativo. Esse é seu valor primário ou imediato. Como a
finalidade deste é administrativa, ele não precisará ser arquivado permanente-
mente, pois não possui valor secundário para a organização.
Valor Jurídico: os documentos com esse valor provam direitos e/ou deveres
judiciáveis de curto ou longo prazo. Portanto, é necessário mantê-lo por um
período pré-determinado para cumprir obrigações fiscais ou legais. Exemplo: o
contrato de trabalho firmado entre uma organização e uma empresa que infor-
ma os serviços que a primeira prestará para a segunda. Após findar a sua fase
corrente, ele precisa ser guardado por mais um período de tempo, pois possui
o valor secundário de comprovar as atividades trabalhistas.
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O valor secundário dá-se quando cessada a utilidade primeira do documento
–aquela para qual ele foi produzido – faz-se necessária a sua guarda por um tempo
mais prolongado. Esses arquivos têm, portanto, valor mediato. Eles caracterizam-
se por serem fontes de pesquisa pela instituição ou terceiros. Ainda de acordo com
Camargo e Bellotto (1996, p. 78), o valor secundário é a “qualidade informativa que
um documento pode possuir para além de seu valor primário”. Pode-se dividir o valor
secundário em três categorias:
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dos como suporte a futuras tomadas de decisões.
2.2 Atributo
Outra característica do documento se dá a partir do atributo. Podem-se
citar os atributos de um documento arquivístico quanto à proveniência, unicidade,
organicidade, indivisibilidade, confiabilidade, autenticidade e acessibilidade.
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documental do grupo ao qual pertence”, cópias podem existir, “mas cada cópia é única
em seu lugar, porque o complexo de suas relações com os demais registros do grupo
é sempre único”.
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dúvidas, ou seja, mantém os fatos que atesta. Este atributo está relacionado ao
momento em que ele é produzido, além disso, à veracidade do seu conteúdo. Duranti
(1994) afirma que a confiabilidade é a capacidade de sustentar os fatos que atesta
que o documento de arquivo é confiável.
2.3 Espécie
A espécie documental configura-se de acordo com a razão da natureza dos
atos que geram os documentos. Relaciona-se à atividade que motivou a produção
das informações, ou seja, a motivação para a criação do documento. Quanto à espécie
destes, podem ser elencadas alguns exemplos de atos:
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O tipo documental é uma divisão da espécie documental que “reúne documentos
por suas características comuns no que diz respeito à fórmula diplomática, natureza de
conteúdo ou técnica do registro” (BRASIL, 2005, p. 163). Portanto, a espécie documental
diz respeito ao ato inspirador da produção do documento e o tipo documental
com a finalidade da sua produção. Por exemplo, uma certidão (derivado de um ato
comprobatório) pode ser do tipo documental certidão de casamento ou de nascimento.
2.4 Gênero
O gênero documental relaciona-se à característica que agrupa “suporte
e o formato, e que exige processamento técnico específico e, por vezes, mediação
técnica para acesso” (BRASIL, 2005, p. 99). Assim, os gêneros documentais podem
ser segmentados em:
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Eletrônicos: são aqueles produzidos e acessíveis apenas por meios eletrônicos,
podendo ser armazenados em cartões perfurados, discos ópticos ou unidades
de armazenamento em estado sólido.
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2.5 Natureza
Os documentos podem ser caracterizados ainda pela natureza do assunto.
Ela pode ser ostensiva, quando não há restrição de acesso às informações contidas
nos documentos e a divulgação dos dados contidos neles não apresentam riscos
à instituição. Os documentos sigilosos, por sua vez, são aqueles em que há acesso
restrito, sendo salvaguardado a sua divulgação. Os prazos máximos de restrição de
acesso e os requisitos para a atribuição de sigilo são determinados pela Lei nº 12.527,
de 18 de novembro de 2011.
RESUMO
BELLOTTO, H., Liberalli. Arquivos Permanentes: tratamento documental. 4. ed. Rio de Janeiro: FGV,
2006.
BRASIL. Arquivo Nacional. Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística. 1. ed. Rio de Janeiro:
Arquivo Nacional, 2005. Disponível em: http://www.arquivonacional.gov.br/images/pdf/Dicion_Term_
Arquiv.pdf. Acesso em: 10 jan. 2022.
DANTAS, Célia Medeiros. Representação da informação arquivística: uma proposta para o Arquivo
Histórico Waldemar Duarte. 2015. Dissertação (mestrado em Ciência da Informação) – Universidade
GESTÃO DOCUMENTAL
Federal da Paraíba, João Pessoa, 2015.
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