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QUESTÃO 01. Nos termos do disposto no § 2º do art.

329 do CP, as penas previstas no


caput e no § 1º do mesmo dispositivo legal são aplicáveis sem prejuízo das
correspondentes à violência (lesão corporal ou homicídio). Trata-se, no caso, de
concurso formal ou material?

Não se trata de um concurso material de crimes, hipótese em que teríamos duas


condutas distintas produzindo pluralidade de resultados (resistência e lesão
corporal). Não se pode falar, também, em concurso formal propriamente dito,
considerando que o sistema a ser aplicado não é o da exasperação (e sim cumulação)
de penas. Assim, pensamos que o sistema melhor se subsume ao concurso formal
impróprio (art. 70, caput, segunda parte, do CP), caso em que o agente, mediante
uma só conduta, porém com desígnios autônomos, provoca dois ou mais resultados,
cumulando-se as reprimendas.

Entretanto, não é possível aplicar o concurso formal impróprio - o que entendo ser
o mais recomendável - porque a natureza do recurso me restringe aos limites da
divergência contida no acórdão embargado.

Tendo em vista que tanto o concurso formal impróprio quanto o concurso material
impõem o sistema de cumulação das penas, não se mostra possível acolher o pleito
defensivo de resgate do voto vencido, que aplicou o sistema da exasperação.

QUESTÃO 02. O oferecimento de vantagem indevida pelo particular, seguida de seu


recebimento pelo servidor público constitui exceção pluralística à teoria monista
da ação?

Neste presente art 317, o legislador acatou a exceção pluralística, em que a


conduta do partícipe constitui outro crime.

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