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Programa de Formação

MPPO
Metodologia de Planeamento
de Projectos por Objectivos

www.arvoredeproblemas.com

Co-financiado por:
Ficha Técnica

Programa de Formação

MPPO
Metodologia de Planeamento
de Projectos por Objectivos

Autor: Rui Pena/Bee-Consulting


Colaboração: Carlos Ribeiro, Cristiano Silva e Nuno Ferreira

Concepção e Desenvolvimento Gráfico: Miscode

Co-financiado por:
Índice

ÍNDICE

1. Enquadramento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4
2. Finalidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6
3. Objectivos Gerais/Competências Visadas . . . . . . . . . . . .7
4. Conteúdos e Objectivos Específicos . . . . . . . . . . . . . . . .8
5. Metodologia de Desenvolvimento . . . . . . . . . . . . . . . . . .9
6. População Alvo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10
7. Avaliação das Aprendizagens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11
8. Planificação da Formação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12
9. Guia de Desenvolvimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13

Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .29
Endereços Electrónicos (Internet) . . . . . . . . . . . . . . . . .31

ANEXO 1 - Ficha de Auto-diagnóstico . . . . . . . . . . . . .33


ANEXO 2 - Exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .35
ANEXO 3 - Caso Prático . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .43

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2
MPPO
MPPO
Metodologia de Planeamento
de Projectos por Objectivos

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1. Enquadramento

A Metodologia de Planeamento de Projectos por Objectivos - MPPO -


é uma ferramenta de suporte a intervenções sociais e organizacionais, com
razoável disseminação em Portugal. A via da formação tem sido a principal
fonte dessa disseminação e, por essa razão, propomos-nos desenvolver um
referencial base para cursos sobre esta temática.

A sua origem assenta em metodologias direccionadas para a inter-


venção social, nomeadamente em projectos que entidades norte-americanas
e europeias desenvolvem no apoio aos países em vias de desenvolvimento. A
metodologia original, Objective Oriented Project Planning (OOPP), baseia-se na
ferramenta de diagnóstico "Árvore de Problemas" e na Logical Framework
Matrix. Esta última foi mais tarde aperfeiçoada pela empresa GTZ -
Gesellschaft für Technische Zusammenarbeit - tendo sido designada de
Zielorientierte Projektplanung (ZOPP).

Nos anos noventa, em Portugal, esta metodologia foi


desenvolvida/adaptada à intervenção organizacional. Tem sido utilizada pela
Associação Empresarial de Portugal (AEP) nas intervenções organizacionais
em programas como o FORMAÇÃO PME e o PRONACI. O elevado
número de agentes envolvidos permitiu o seu enriquecimento, sendo-lhe
acrescentado valor relativamente às metodologias que estão na sua base.

O programa que de seguida apresentamos está voltado para o desen-


volvimento de acções de formação coerentes com as raízes da metodologia,
num contexto organizacional e/ou social. Parte do pressuposto teórico que
perspectiva as organizações e os grupos sociais enquanto sistemas com-
plexos.

A MPPO é então um modelo de intervenção num ambiente social


complexo. Com ela é possível partir de um diagnóstico do contexto
social/organizacional no qual não existem indicadores ou do qual se pretende
uma perspectiva partilhada, isto é, conciliadora da visão externa, normalmente
técnico-científica, com a visão interna de cariz cultural específico ou prático.

Uma intervenção deste cariz requer competências de relacionamen-


to interpessoal, nomeadamente a abertura ao outro (individual e, principal-
mente, grupal), capacidade de reformulação e síntese e capacidade de gestão
de conflitos.

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1. Enquadramento

Neste programa apresentamos um conjunto de suportes que facilitam


a estruturação e o desenvolvimento da acção de formação, com exercícios e
exemplos de práticas pedagógicas, sendo o enfoque colocado na transferibili-
dade dos saberes sobre a aplicação da MPPO para diferentes contextos.
No entanto, o programa que se segue deve ser visto como uma base
de trabalho e não como único modelo possível. Esperamos apoiar/facilitar o
trabalho de entidades formadoras, gestores de formação e formadores, e não
rigidificar o trabalho pedagógico realizado no âmbito do conteúdo deste pro-
grama.

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2. Finalidade

Dotar os participantes de competências que os permitam intervir em


organizações ou outros contextos sociais, utilizando a Metodologia de
Planeamento de Projectos por Objectivos.

Estas competências estão, por um lado, relacionadas com a


consciencialização da importância de uma postura aberta, centrada no
"outro" e na capacitação para a gestão de trocas de conhecimentos sobre
uma determinada realidade. Por outro lado, estão relacionadas com uma
componente técnica, nomeadamente na capacitação para a utilização das fer-
ramentas de diagnóstico, planeamento, acompanhamento e avaliação de
intervenções em que é utilizada a MPPO.

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3. Objectivos gerais/Competências visadas

Objectivos Gerais Competências Visadas


Competências andragógicas:
• Desenvolver a capacidade de envolvimento e
participação activa do “outro” nas actividades
relacionadas com a intervenção;
• Desenvolver, nas intervenções
Dotar os formandos de competências sociais/organizacionais, a utilização de princípios
andragógicas subjacentes às intervenções andragógicos, tais como:
em que é utilizada a MPPO. - Abertura ao “outro”/empatia;
- Utilidade/funcionalidade;
- Motivação intrínseca;
- Estruturação;
- Pedagogia de Sucesso;
- Contextualização.

Competências de análise e interpretação:


Dotar os formandos de competências de Desenvolver a capacidade de análise e interpretação
análise e interpretação dos dados constantes dos dados representados nos diversos outputs da
nas diferentes ferramentas da MPPO. MPPO.

Competências de abertura ao “outro”, de


análise, de interpretação e de síntese:
Desenvolver a capacidade de análise e interpretação
dos dados recolhidos no diagnóstico, bem como da
sua estruturação através de um mapa cognitivo
Dotar os formandos de competências para baseado na “Árvore de Problemas”.
a elaboração de diagnósticos no âmbito de
intervenções em que é utilizada a MPPO. Competências de partilha de saberes:
Desenvolver a capacidade de reformulação, síntese
e disponibilização dos saberes apresentados pelos
diversos actores na fase de diagnóstico da
intervenção.

Competências de planeamento:
Desenvolver a capacidade de estruturação das
actividades da intervenção, relacionando-as com
Dotar os formandos de competências de objectivos/resultados estimados.
planeamento, nomeadamente através da
Competências de partilha de saberes:
utilização das ferramentas da MPPO. Desenvolver a capacidade de reformulação, síntese
e devolução dos saberes disponibilizados pelos
diversos actores na fase de planeamento da
intervenção.

Competências de organização,
acompanhamento e avaliação:
Desenvolver a capacidade de operacionalização e
Dotar os formandos de competências de controlo das actividades da intervenção, bem como
acompanhamento e avaliação, de avaliação dos resultados/objectivos previstos.
nomeadamente através da utilização das
ferramentas da MPPO e outras Competências de partilha de saberes:
complementares a esta. Desenvolver a capacidade de reformulação, síntese
e disponibilização dos saberes expressos pelos
diversos actores na fase de implementação e avaliação
da intervenção.

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4. Conteúdos e Objectivos específicos

Objectivos Objectivos Conteúdos


Gerais Específicos Programáticos
Dotar os formandos de 1. Reconhecer a importância da 1. A relação entre consultoria e
competências andragógicas componente andragógica no processo de aprendizagem;
intervenção organizacional/social;
subjacentes às intervenções 2. O papel pedagógico do consultor junto
em que é utilizada a MPPO. 2. Diferenciar saberes técnico-científicos dos elementos que fazem parte do
de saberes práticos/informais; quotidiano do contexto da intervenção;
3. Identificar os princípios da andragogia 3. Competências necessárias para o
facilitadores da aprendizagem; desempenho da actividade de consultor
formativo.
4. Distinguir a Consultoria Formativa de
outros modelos de intervenção
organizacional/social.

Dotar os formandos de 5. Identificar a MPPO como metodologia 4. O raciocínio sistémico subjacente à


competências de análise e facilitadora da criação de espaços-tempo utilização da MPPO;
de troca de saberes;
interpretação dos dados 5. Breve história da MPPO;
constantes nas diferentes 6. Identificar os diferentes níveis de
informação constantes nos outputs da 6. O “Ciclo de Projectos” e a sua relação
ferramentas da MPPO. MPPO; com a MPPO.
7. Identificar a relação entre os outputs da
MPPO.

Dotar os formandos de 8. Escolher ferramentas de levantamento 7. O papel dos diversos actores envolvidos
competências para a de problemas em função da especificidade numa intervenção em que é usada a
do campo de intervenção; MPPO;
elaboração de diagnósticos
no âmbito de intervenções 9. Identificar o procedimento para o 8. As ferramentas de levantamento de
levantamento de problemas; problemas: entrevistas e focus-group;
em que é utilizada a MPPO.
10. Distinguir “problema” de “objectivo”; 9. A análise de problemas, objectivos e
medidas;
11. Identificar regras e critérios na
definição dos “problemas”; 10. A “Árvore de Problemas” como
ferramenta e output do diagnóstico;
12. Distinguir “problemas” de “medidas”;
11. Modus operandi para construção da
13. Identificar as características do “Árvore de Problemas”;
diagnóstico segundo a MPPO;
12.Técnicas de visualização e sua utilização
14. Identificar o procedimento de na MPPO.
elaboração do diagnóstico;
15. Identificar os diferentes níveis de
informação constantes do diagnóstico.

Dotar os formandos de 16. Identificar o valor da definição de 13. A gestão de projectos por objectivos;
competências de objectivos para o planeamento de
intervenções; 14. Importância da participação activa dos
planeamento, elementos do “campo de intervenção” na
nomeadamente através da 17. Identificar o procedimento de pesquisa definição das medidas;
de medidas, a desenvolver na intervenção;
utilização das ferramentas da 15. Ferramentas de planeamento da
MPPO. 18. Construir um referencial para a relação MPPO: “Quadro de Medidas” e “Matriz
de medidas com a resolução dos de Planeamento de Projectos”.
problemas;
19. Preencher e utilizar a “Matriz de
Planeamento de Projectos”.

Dotar os formandos de 20. Utilizar o “Diagrama de Gantt” como 16. Ferramentas de acompanhamento da
competências de ferramenta de acompanhamento de uma implementação do projecto: “Diagrama
intervenção; de Gantt” e “Quadro de Actividades por
acompanhamento e Medidas”;
avaliação, nomeadamente 21. Utilizar o “Quadro de Actividades por
Medida” como ferramenta de 17. Indicadores de alcance de objectivos
através da utilização das acompanhamento de uma intervenção; - importância da sua mensurabilidade e
ferramentas da MPPO e 22. Identificar os diferentes níveis de
datação.
outras complementares a informação constantes na “Matriz de
esta. Planeamento de Projectos”;
23. Efectuar a avaliação da intervenção a
partir dos outputs da MPPO.

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5. Metodologia de Desenvolvimento

A metodologia de execução deste programa de formação tem como


principal matriz a utilização de métodos activos. No entanto, não pode
menosprezar-se o papel crítico do formador enquanto facilitador de um
processo de consciencialização e construção conjunta do valor da MPPO e
dos seus princípios para a intervenção social/organizacional.

A execução do programa deve estar balizada pelos seguintes


princípios:

1. A "utilidade" de cada um dos momentos do processo formativo


para o desenvolvimento das competências visadas;
2. A "contextualização" e a aproximação à experiência do real;
3. A "abertura ao outro" enquanto experiência vivenciada no
decurso do processo formativo;
4. O exemplo é a "prática bem sucedida".

Por esta razão apresentamos como ferramentas pedagógicas:

1. Casos práticos;
2. Exercícios a partir de casos práticos;
3. Exercícios de experimentação das diversas técnicas utilizadas na
MPPO;

Defende-se também que a metodologia não seja contaminada pelo


processo de avaliação das aprendizagens, devendo ser valorizada a motivação
que o formando tem para o desenvolvimento das competências visadas.

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6. População Alvo

Este programa está dirigido a técnicos que possam assumir o papel de


consultores generalistas de uma organização ou num contexto social específico:

• Consultores organizacionais (de empresas públicas ou privadas,


autarquias, IPSS’s, etc.);

• Quadros técnicos de organizações;

• Quadros que assumam papéis de aconselhamento sócio-económico


em contextos sociais específicos (Técnicos de Acção Social, Animadores
Sociais, Quadros de ONG's, etc.);

Na sua generalidade estes técnicos são altamente qualificados, no


entanto, este programa é adaptável a populações com menos qualificações,
que possam ter um papel relevante nas intervenções em organizações/con-
textos sociais específicos em que é utilizada a MPPO.

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7. Avaliação das Aprendizagens

O dispositivo de avaliação previsto tem por objectivo não a sobre- val-


orização deste processo, mas antes a criação de um espaço-tempo de
reflexão que permita a ampliação do processo de desenvolvimento de
competências. Assim, assenta numa avaliação auto-diagnóstica antes do início
do processo formativo e numa outra antes do seu término. A comparação
entre um momento e outro deverá ser disponibilizada ao grupo de formandos
e alvo de discussão/debate. Apresentamos uma ficha de avaliação (ver Ficha
de Auto-diagnóstico) que tem como referência algumas das competências a
desenvolver no âmbito do programa.

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8. Planificação da Formação

A formação tem a duração total de 30 horas.

A distribuição das 30 horas pode ser feita por blocos de 12h+12h+6h.


Esta distribuição permite que os formandos, no tempo que separa os 3 blocos,
possam reflectir acerca dos conteúdos abordados. Assim, recomenda-se que
entre o primeiro e o segundo bloco decorra um intervalo de 2 semanas e do
segundo para o terceiro cerca de 3/4 semanas. O último bloco é um momen-
to de follow-up.

Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4 Semana 5 Semana 6 Semana 7 Semana 8

2 dias ---- ---- 2 dias ---- ---- ---- 1 dia de


follow-up

No primeiro dia de formação é abordada a MPPO de uma forma


genérica, assim como os seus princípios. No 2º dia é abordada mais especifica-
mente a fase de diagnóstico da MPPO.

No bloco seguinte serão abordados os dispositivos de planeamento


previstos na MPPO.

No follow-up os formandos poderão apresentar casos reais de utilização


da MPPO nos respectivos contextos de intervenção.

Desta forma é possível obter feed-back por parte do formador relativa-


mente à utilização concreta da MPPO. Mesmo que nem todos os formandos
tenham possibilidade de aplicar a metodologia, poderão participar na dis-
cussão dos casos apresentados pelos colegas. Quando este programa estiver
incluído num curso que tenha prevista a realização de um estágio, a sessão
de follow-up pode ser mais extensa, por forma a possibilitar o
acompanhamento da aplicação da MPPO.

12
9. Guia de desenvolvimento

Apresentamos de seguida um guião do planeamento das sessões que


pode servir de base para formadores no desenvolvimento de acções que ver-
sam sobre a MPPO.

13
9. Guia de desenvolvimento

Plano de Sessão – 1ª sessão (1º DIA)


COMPETÊNCIAS VISADAS: OBJECTIVOS ESPECÍFICOS:
Competências andragógicas: 1. Reconhecer a importância da componente
• Desenvolver a capacidade de envolvimento e andragógica no processo de intervenção
participação activa do “outro” nas actividades organizacional/social;
relacionadas com a intervenção; 2. Diferenciar saberes técnico-científicos de saberes
• Desenvolver, nas intervenções práticos/informais;
sociais/organizacionais, a utilização de princípios 3. Identificar os princípios da andragogia facilitadores
andragógicos, tais como: da aprendizagem;
- Abertura ao “outro”/empatia; 4. Distinguir a Consultoria Formativa de outros
- Utilidade/funcionalidade; modelos de intervenção organizacional/social.
- Motivação intrínseca;
- Estruturação;
- Pedagogia de Sucesso;
- Contextualização.

Estratégia formativa
Desenvolvimento Métodos e técnicas Dispositivos
pedagógicas
1. Verificação dos pré-requisitos,
apresentação dos objectivos e
motivação para o tema.

2. Discussão em grupo. Método activo Bateria de


transparências / slides
(constituição de grupos com 4 (Grupo de Discussão) multimédia
elementos)
TEMA DA DISCUSSÃO:
Quais as competências
necessárias para a condução de
uma intervenção
organizacional/social?
Apresentação dos resultados da
discussão.

3. Apresentação dos princípios Método expositivo Bateria de


da andragogia e a sua importância transparências / slides
para a Consultoria Formativa. multimédia

4. Debate/discussão em grupo. Método activo


TEMA DA DISCUSSÃO/DEBATE: suportado pela técnica das
perguntas
A Consultoria instrutiva vs a
consultoria formativa.

5. Enquadramento da MPPO Método expositivo Bateria de


como técnica que privilegia a transparências / slides
Consultoria Formativa. multimédia

14
9. Guia de desenvolvimento

Pesquisa conceptual e bibliográfica


Conceitos-chave a explorar:
Andragogia
Pedagogia
Instrução
Consultoria instrutiva
Consultoria formativa
Saberes práticos
Saberes técnico-científicos
Saberes explícitos
Saberes implícitos
Saberes informais
Saberes formais
Trocas de saberes
Coaching
“Empatia” (enquanto princípio andragógico)
“Utilidade” (enquanto princípio andragógico)
“Funcionalidade” (enquanto princípio andragógico)
“Motivação intrínseca” (enquanto princípio andragógico)
“Estruturação” (enquanto princípio andragógico)
“Pedagogia de sucesso” (enquanto princípio andragógico)
“Contextualização” (enquanto princípio andragógico)
Bibliografia a explorar
Bibliografia a explorar:
• BELET, D., Mudar os comportamentos de gestão pela formação: para uma Andragogia da Gestão, Cadernos FORCE, AEP, Leça da
Palmeira,1991
• BELET, D., Função consultoria e apoio à gestão empresarial: o apoio dos consultores aos dirigentes de PME, Cadernos FORCE, AEP, Leça
da Palmeira, 1994
• BUCKLEY, R., CAPLE, J., Formação Individual e Coaching, Col. Formador Prático, Ed. Monitor, 1998
• LEITE, J., O Perfil do Consultor PME, Cadernos PME nº 2, AEP, Leça da Palmeira, 1999
• PENA, R. e col., Manual do formando – MPPO, Ed. Bee-Consulting, Porto, 2005
• HELMING, S. E GÖBEL, M., ZOPP - Planejamento De Projetos Orientado Por Objetivos - Um Guia de Orientação para o Planejamento
de Projetos Novos e em Andamento, Unidade 04, Ed. Deutsche Gesellschaft für Technische Zusammenarbeit (GTZ) GmbH, Eschborn,
1998

Sítios de Internet:
www.arvoredeproblemas.com
www.gtz.de/ - GTZ - Deutsche Gesellschaft für Technische Zusammenarbeit

15
9. Guia de desenvolvimento

Plano de Sessão – 2ª sessão (1º DIA)


COMPETÊNCIAS VISADAS: OBJECTIVOS ESPECÍFICOS:
Competências de análise e interpretação: 5. Identificar a MPPO como metodologia facilitadora
Desenvolver a capacidade de análise e interpretação da criação de espaços-tempo de troca de saberes;
dos dados representados nos diversos outputs da 6. Identificar os diferentes níveis de informação
MPPO. constantes nos outputs da MPPO;
7. Identificar a relação entre os outputs da MPPO.

Estratégia formativa
Desenvolvimento Métodos e técnicas Dispositivos
pedagógicas
1. Caso Prático. Método activo Caso Prático 1
(Depois de um período de (Grupo de Discussão) (Outros casos práticos em: Pena,
reflexão individual sobre o Caso R., Casos de Sucesso – Cadernos
Prático apresentado, suscita-se a Temáticos PRONACI, AEP, Leça
verbalização da interpretação feita da Palmeira, 2003)
pelos formandos)
NOTA: parte-se do pressuposto
que os formandos não têm
conhecimento prévio
aprofundado sobre os outputs da
MPPO.

2. Discussão em grupo. Método interrogativo Caso Prático 1


TEMAS DA DISCUSSÃO:
a) Interpretação da “Árvore de
Problemas”;
b) Interpretação do “Quadro de
Medidas”;
c) Interpretação da “Matriz de
Planeamento de Projectos”;
d) Relação entre os diferentes
outputs da MPPO;

3. Apresentação da história e Método expositivo Bateria de


fundamentos da MPPO. transparências / slides
multimédia

Seleccionar documentos a partir do


Dossier Dinâmico do Sítio de
Internet:

www.arvoredeproblemas.com

16
9. Guia de desenvolvimento

Pesquisa conceptual e bibliográfica


Conceitos-chave a explorar:
“Árvore de Problemas”
“Quadro de Medidas”
“Matriz de Planeamento de Projectos”
Noção de sistema social complexo

Bibliografia a explorar
Bibliografia a explorar:
·• PENA, R., Modelo de intervenção do Programa FORMAÇÃO PME, AEP, Leça da Palmeira, 2002
·• PENA, R., Metodologia da Árvore de Problemas - Ficha Técnica PRONACI, AEP, Leça da Palmeira, 2000
·• PENA, R., MPPO – A Árvore de Objectivos e alguns exemplos de boas práticas - Ficha Técnica PRONACI, AEP, Leça da Palmeira, 2002
·• PENA, R., Casos de Sucesso – Cadernos Temáticos PRONACI, AEP, Leça da Palmeira, 2003
·• PENA, R. e col., Manual do formando – MPPO, Ed. Bee-Consulting, Porto, 2005

Sítio de Internet:
www.arvoredeproblemas.com

17
9. Guia de desenvolvimento

Plano de Sessão – 3ª sessão (2º DIA)


COMPETÊNCIAS VISADAS: OBJECTIVOS ESPECÍFICOS:
Competências de abertura ao “outro”, de 8. Escolher ferramentas de levantamento de
análise, de interpretação e de síntese: problemas em função da especificidade do campo
Desenvolver a capacidade de análise e interpretação de intervenção;
dos dados recolhidos no diagnóstico, bem como 9. Identificar o procedimento para o levantamento
da sua estruturação através de um mapa cognitivo de problemas;
baseado na “Árvore de Problemas”. 10. Distinguir “problema” de “objectivo”;
11. Identificar regras e critérios na definição dos
Competências de partilha de saberes: “problemas”;
Desenvolver a capacidade de reformulação, síntese 12. Distinguir “problemas” de “medidas”;
e disponibilização dos saberes apresentados pelos 13. Identificar as características do diagnóstico
diversos actores na fase de diagnóstico da segundo a MPPO;
intervenção.
14. Identificar o procedimento de elaboração do
diagnóstico;
15. Identificar os diferentes níveis de informação
constantes do diagnóstico.

Estratégia formativa
Desenvolvimento Métodos e técnicas Dispositivos
pedagógicas
1. Apresentação da noção de Método expositivo Bateria de
“campo de intervenção” e sua transparências / slides
delimitação. multimédia

2. Discussão em grupo Método activo


Cada formando dá exemplos de suportado pela técnica das
“campos de intervenção” que lhe perguntas
são familiares.
Exploração pedagógica.

3. Apresentação das ferramentas Método expositivo Bateria de


disponíveis para “levantamento de transparências / slides
problemas”. multimédia
Exploração das vantagens e
desvantagens.

4. Trabalho de grupo. Método activo Exercício 1


Constituição de grupos de 4 (Discussão em grupo)
elementos.

5. Apresentação da noção de Método expositivo / Método Bateria de


“problema”,“objectivo” e “medida”. interrogativo transparências / slides
multimédia
- Abertura de espaço de discussão.

6. Apresentação dos critérios e Método expositivo / Método Bateria de


regras de formulação de interrogativo transparências / slides
“problemas”. multimédia
- Abertura de espaço de discussão.

18
9. Guia de desenvolvimento

7. Discussão em grupo Método activo Exercício 1


Redefinição dos problemas (baseados no Caso Prático)
(definidos no Exercício 1).

8. Apresentação das regras de Bateria de


construção da “Árvore de transparências / slides
Problemas”. multimédia

Pesquisa conceptual e bibliográfica


Conceitos-chave a explorar:
Brainstorming
Entrevista estruturada
Entrevista semi-estruturada
Entrevista de grupo
Focus-group
Inquérito
Empowerment (Participação Activa)
“Problema”
“Objectivo”
“Medida”
Gestão por Objectivos
Indicadores de problemas
Indicadores de objectivos
Noção de sistema social complexo

Bibliografia a explorar
Bibliografia a explorar:
·• PENA, R., Modelo de intervenção do Programa FORMAÇÃO PME, AEP, Leça da Palmeira, 2002
·• PENA, R., Metodologia da Árvore de Problemas - Ficha Técnica PRONACI, AEP, Leça da Palmeira, 2000
·• PENA, R., MPPO – A Árvore de Objectivos e alguns exemplos de boas práticas - Ficha Técnica PRONACI, AEP, Leça da Palmeira, 2002
·• PENA, R., Casos de Sucesso – Cadernos Temáticos PRONACI, AEP, Leça da Palmeira, 2003
··• PENA, R. e col., Manual do formando – MPPO, Ed. Bee-Consulting, Porto, 2005
··• HELMING, S. E GÖBEL, M., ZOPP - Planejamento De Projetos Orientado Por Objetivos - Um Guia de Orientação para o Planejamento
de Projetos Novos e em Andamento, Unidade 04, Ed. Deutsche Gesellschaft für Technische Zusammenarbeit (GTZ) GmbH, Eschborn
1998

Sítio de Internet:
www.arvoredeproblemas.com

19
9. Guia de desenvolvimento

Plano de Sessão – 4ª sessão (2º DIA)


COMPETÊNCIAS VISADAS: OBJECTIVOS ESPECÍFICOS:
Competências de abertura ao “outro”, de
análise, de interpretação e de síntese:
Desenvolver a capacidade de análise e interpretação
dos dados recolhidos no diagnóstico, bem como
da sua estruturação através de um mapa cognitivo
baseado na “Árvore de Problemas”.
Aplicação dos objectivos da sessão anterior
Competências de partilha de saberes:
Desenvolver a capacidade de reformulação, síntese
e disponibilização dos saberes apresentados pelos
diversos actores na fase de diagnóstico da
intervenção.

Estratégia formativa
Desenvolvimento Métodos e técnicas Dispositivos
pedagógicas
1. Realização de um Caso Prático. Método activo Caso Prático 2
Constituição de grupos de 4
elementos.
Neste caso prático parte-se da
descrição da situação de uma
determinada empresa fictícia
(“Organização Z”) e é pedido aos
grupos para, partindo de uma “Lista
de Problemas”, construírem a
correspondente “Árvore de
Problemas”.

Pesquisa conceptual e bibliográfica


Conceitos-chave a explorar:
“Problema”
“Objectivo”
“Medida”
“Árvore de Problemas”
Noção de sistema social complexo

Bibliografia a explorar
Bibliografia a explorar:
·• PENA, R., Modelo de intervenção do Programa FORMAÇÃO PME, AEP, Leça da Palmeira, 2002
·• PENA, R., Metodologia da Árvore de Problemas - Ficha Técnica PRONACI, AEP, Leça da Palmeira, 2000
·• PENA, R., MPPO – A Árvore de Objectivos e alguns exemplos de boas práticas - Ficha Técnica PRONACI, AEP, Leça da Palmeira, 2002
·• PENA, R., Casos de Sucesso – Cadernos Temáticos PRONACI, AEP, Leça da Palmeira, 2003
·• PENA, R. e col., Manual do formando – MPPO, Ed. Bee-Consulting, Porto, 2005

Sítio de Internet:
www.arvoredeproblemas.com

20
9. Guia de desenvolvimento

Plano de Sessão – 5ª sessão (3º DIA)


COMPETÊNCIAS VISADAS: OBJECTIVOS ESPECÍFICOS:
Competências de planeamento: 16. Identificar o valor da definição de objectivos para
Desenvolver a capacidade de estruturação das o planeamento de intervenções;
actividades da intervenção, relacionando-as com 17. Identificar o procedimento de pesquisa de medidas,
objectivos/resultados estimados. a desenvolver na intervenção;
18. Construir um referencial para a relação de medidas
com a resolução dos problemas;
Competências de partilha de saberes:
Desenvolver a capacidade de reformulação, síntese
e disponibilização dos saberes apresentados pelos
diversos actores na fase de diagnóstico da
intervenção.

Estratégia formativa
Desenvolvimento Métodos e técnicas Dispositivos
pedagógicas
1. Apresentação da noção de Método expositivo Bateria de
“Árvore de Objectivos” e do seu transparências/slides
valor no planeamento do multimédia
projecto, nomeadamente no
preenchimento da Matriz de
Planeamento de Projectos.

2. Resolução do Exercício 2; Método activo Exercício 2


(exercício de resolução individual)
Exploração pedagógica com
discussão em grupo alargado.

3. Apresentação da ferramenta Método expositivo Bateria de


“Quadro de Medidas”. transparências/slides
multimédia

4. Apresentação da noção de Método expositivo Bateria de


“medida técnica”,“medida de cariz transparências/slides
organizativo” e “medida multimédia
formativa”.

5. Exploração do procedimento Método interrogativo Bateria de


de pesquisa de medidas. transparências/slides
multimédia
Exploração do aproveitamento
dos “saberes práticos” na
Seleccionar documentos a partir do
definição das medidas. Dossier Dinâmico do Sítio de
Internet:

www.arvoredeproblemas.com

21
9. Guia de desenvolvimento

Pesquisa conceptual e bibliográfica


Conceitos-chave a explorar:
Empowerment (Participação Activa)
“Problema”
“Objectivo”
“Medida”
“Medida técnica”
“Medida de cariz organizativo”
“Medida formativa”
Gestão por Objectivos
Indicadores de objectivos
Noção de sistema social complexo

Bibliografia a explorar
Bibliografia a explorar:
·• BELET, D., Mudar os comportamentos de gestão pela formação: para uma Andragogia da Gestão, Cadernos FORCE,AEP, Leça da Palmeira, 1991
·• BELET, D., Função consultoria e apoio à gestão empresarial: o apoio dos consultores aos dirigentes de PME, Cadernos FORCE, AEP, Leça
da Palmeira, 1994
·• LEITE, J., O Perfil do Consultor PME, Cadernos PME nº 2, AEP, Leça da Palmeira, 1999
·• PENA, R., Modelo de intervenção do Programa FORMAÇÃO PME, AEP, Leça da Palmeira, 2002
·• PENA, R., Metodologia da Árvore de Problemas - Ficha Técnica PRONACI, AEP, Leça da Palmeira, 2000
·• PENA, R., MPPO – A Árvore de Objectivos e alguns exemplos de boas práticas - Ficha Técnica PRONACI, AEP, Leça da Palmeira, 2002
·• PENA, R., Casos de Sucesso - Cadernos Temáticos PRONACI, AEP, Leça da Palmeira, 2003
·• PENA, R. e col., Manual do formando - MPPO, Ed. Bee-Consulting, Porto, 2005
·• HELMING, S. E GÖBEL, M., ZOPP - Planejamento De Projetos Orientado Por Objetivos - Um Guia de Orientação para o Planejamento de
Projetos Novos e em Andamento, Unidade 04, Ed. Deutsche Gesellschaft für Technische Zusammenarbeit (GTZ) GmbH, Eschborn 1998

Sítio de Internet:
www.arvoredeproblemas.com

22
9. Guia de desenvolvimento

Plano de Sessão – 6ª sessão (3º DIA)


COMPETÊNCIAS VISADAS: OBJECTIVOS ESPECÍFICOS:
Competências de planeamento:
Desenvolver a capacidade de estruturação das
actividades da intervenção, relacionando-as com
objectivos/resultados estimados.
Aplicação dos objectivos da sessão anterior
Competências de partilha de saberes:
Desenvolver a capacidade de reformulação, síntese
e disponibilização dos saberes apresentados pelos
diversos actores na fase de diagnóstico da
intervenção.

Estratégia formativa
Desenvolvimento Métodos e técnicas Dispositivos
pedagógicas
1. Realização de um Caso Prático. Método activo Caso Prático 2
(re-constituição de grupos de 4 (realização da FASE 2 do
elementos) exercício)
A partir do caso prático da
“Organização Z” constrói-se o
“Quadro de Medidas”.

Pesquisa conceptual e bibliográfica


Conceitos-chave a explorar:
Empowerment (Participação Activa)
“Problema”
“Objectivo”
“Medida”
“Quadro de Medidas”
“Medida técnica”
“Medida de cariz organizativo”
“Medida formativa”
Gestão por Objectivos
Indicadores de objectivos
Noção de sistema social complexo

Bibliografia a explorar
Bibliografia a explorar:
·• PENA, R., Modelo de intervenção do Programa FORMAÇÃO PME, AEP, Leça da Palmeira, 2002
·• PENA, R., Metodologia da Árvore de Problemas - Ficha Técnica PRONACI, AEP, Leça da Palmeira, 2000
·• PENA, R., MPPO – A Árvore de Objectivos e alguns exemplos de boas práticas - Ficha Técnica PRONACI, AEP, Leça da Palmeira, 2002
·• PENA, R., Casos de Sucesso – Cadernos Temáticos PRONACI, AEP, Leça da Palmeira, 2003
·• PENA, R. e col., Manual do formando – MPPO, Ed. Bee-Consulting, Porto, 2005

Sítio de Internet:
www.arvoredeproblemas.com

23
9. Guia de desenvolvimento

Plano de Sessão – 7ª sessão (4º DIA)


COMPETÊNCIAS VISADAS: OBJECTIVOS ESPECÍFICOS:
Competências de planeamento: 19. Preencher e utilizar a “Matriz de Planeamento
Desenvolver a capacidade de estruturação das de Projectos”.
actividades da intervenção, relacionando-as com
objectivos/resultados estimados.

Estratégia formativa
Métodos e técnicas
Desenvolvimento pedagógicas Dispositivos

1. Apresentação do documento Método expositivo Bateria de


pré-formatado: “Matriz de transparências / slides
Planeamento de Projectos”. multimédia
Apresentação dos PASSOS
necessários ao seu
preenchimento.

2. Análise de exemplos de Casos Por exemplo, a partir da referência


Método activo bibliográfica:
Práticos (exploração de situações
dúbias). PENA, R., Casos de Sucesso Cadernos
Temáticos PRONACI, AEP, Leça da
Palmeira, 2003

Pesquisa conceptual e bibliográfica


Conceitos-chave a explorar:
“Problema”
“Objectivo”
“Medida”
“Orçamento”
“Fonte de Verificação”
“Pressupostos”
“Pressupostos dos resultados”
“Pressupostos dos objectivos”
“Pressupostos da finalidade”
“Finalidade”
“Matriz de Planeamento de Projectos”
Gestão por Objectivos
Indicadores objectivamente verificáveis
Noção de sistema social complexo

Bibliografia a explorar
Bibliografia a explorar:
·• PENA, R., Modelo de intervenção do Programa FORMAÇÃO PME, AEP, Leça da Palmeira, 2002
·• PENA, R., Metodologia da Árvore de Problemas - Ficha Técnica PRONACI, AEP, Leça da Palmeira, 2000
·• PENA, R., MPPO – A Árvore de Objectivos e alguns exemplos de boas práticas - Ficha Técnica PRONACI, AEP, Leça da Palmeira, 2002
·• PENA, R., Casos de Sucesso - Cadernos Temáticos PRONACI, AEP, Leça da Palmeira, 2003
·• PENA, R. e col., Manual do formando - MPPO, Ed. Bee-Consulting, Porto, 2005

Sítio de Internet:
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24
9. Guia de desenvolvimento

Plano de Sessão – 8ª sessão (4º DIA)


COMPETÊNCIAS VISADAS: OBJECTIVOS ESPECÍFICOS:
Competências de organização, 20. Utilizar o “Diagrama de Gantt” como ferramenta
acompanhamento e avaliação: de acompanhamento de uma intervenção;
Desenvolver a capacidade de operacionalização e 21. Utilizar o “Quadro de Actividades por Medida”
controlo das actividades da intervenção, bem como como ferramenta de acompanhamento de uma
de avaliação dos resultados/objectivos previstos. intervenção;
Competências de partilha de saberes: 22. Identificar os diferentes níveis de informação
Desenvolver a capacidade de reformulação, síntese constantes na “Matriz de Planeamento de Projectos”;
e disponibilização dos saberes expressos pelos 23. Efectuar a avaliação da intervenção a partir dos
diversos actores na fase de diagnóstico da outputs da MPPO.
intervenção.

Estratégia formativa
Desenvolvimento Métodos e técnicas Dispositivos
pedagógicas
1. Apresentação do “Diagrama Método expositivo Bateria de
de Gantt” enquanto ferramenta transparências / slides
de acompanhamento das multimédia
intervenções, complementar à
MPPO.

2. Apresentação do “Quadro de Método expositivo Bateria de


Actividades por Medida” transparências / slides
enquanto ferramenta de multimédia
acompanhamento das
intervenções, complementar à
MPPO.
Exploração com base na Método activo
informação que o grupo considera
pertinente para a eficiência e
eficácia do acompanhamento do
projecto.
NOTA: Também podem ser
criados grupos de quatro
elementos que constroem
exemplos de “Quadro de
Actividades por Medida”.

3. Análise de casos reais. Método activo Por exemplo, a partir da referência


bibliográfica:
Exploração: suportado pela técnica das
perguntas PENA, R., Casos de Sucesso Cadernos
- Mecanismos para a avaliação do Temáticos PRONACI, AEP, Leça da
projecto; Palmeira, 2003
- Limites da avaliação do projecto;
- Níveis de informação constantes
na Matriz de Planeamento de
Projectos.

25
9. Guia de desenvolvimento

Pesquisa conceptual e bibliográfica


Conceitos-chave a explorar:
“Problema”
“Objectivo”
“Medida”
“Orçamento”
“Fonte de Verificação”
“Pressupostos”
“Pressupostos dos resultados”
“Pressupostos dos objectivos”
“Pressupostos da finalidade”
“Finalidade”
“Matriz de Planeamento de Projectos”
“Quadro de Medidas”
“Árvore de Problemas”
“Árvore de Objectivos”
“Diagrama de Gantt”
“Quadro de Actividades por Medida”
Gestão por Objectivos
Indicadores objectivamente verificáveis
Noção de sistema social complexo

Bibliografia a explorar
Bibliografia a explorar:
·• PENA, R., Modelo de intervenção do Programa FORMAÇÃO PME, AEP, Leça da Palmeira, 2002
·• PENA, R., Metodologia da Árvore de Problemas - Ficha Técnica PRONACI, AEP, Leça da Palmeira, 2000
·• PENA, R., MPPO - A Árvore de Objectivos e alguns exemplos de boas práticas - Ficha Técnica PRONACI, AEP, Leça da Palmeira, 2002
·• PENA, R., Casos de Sucesso - Cadernos Temáticos PRONACI, AEP, Leça da Palmeira, 2003
·• PENA, R. e col., Manual do formando - MPPO, Ed. Bee-Consulting, Porto, 2005

Sítio de Internet:
www.arvoredeproblemas.com

26
9. Guia de desenvolvimento

Plano de Sessão – 9ª e 10ª sessões (5º DIA)


Objectivo: Follow-up da formação
NOTA 1: O objectivo desta sessão é analisar exemplos de aplicação da MPPO realizados pelos formandos
durante o período em que decorreu a formação.

NOTA 2: Esta sessão deve ser preparada desde o primeiro dia de formação para que os formandos
possam aplicar a MPPO no seu contexto real de intervenção. Dessa forma podem desenvolver um projecto
e, simultaneamente, treinar a aplicação da MPPO, nomeadamente a construção da “Árvore de Problemas”.

NOTA 3: Antecipadamente deve ser pedido aos formandos para (1) Definirem um campo de intervenção
e (2) Efectuarem um “Levantamento de Problemas” desse campo de intervenção.

NOTA 4: Podem ser criadas outras sessões de follow-up para acompanhamento da construção de “Quadros
de Medidas”, “Matrizes de Planeamento de Projectos por Objectivos”, “Diagramas de Gantt” e “Quadros
de Actividades por Medida” do respectivo projecto.

Estratégia formativa
Desenvolvimento Métodos e técnicas Dispositivos
pedagógicas
1. Construção de “Árvores de Método activo
Problemas” a partir da “Lista de
Problemas” que os formandos
produziram nos respectivos
contextos de intervenção.
Constituição de grupos de 4
elementos que se ajudam
mutuamente na construção dos
diversos outputs dos projectos.

27
28
Bibliografia

AUSGUIDELINES,THE LOGICAL FRAMEWORK APPROACH, 2003.


http://www.ausaid.gov.au/ausguide/ausguidelines/ausguidelines-1.pdf. Acesso em 02/11/2004.

BELET, D., FUNÇÃO CONSULTORIA E APOIO À GESTÃO EMPRESARIAL: O APOIO DOS


CONSULTORES AOS DIRIGENTES DE PME, Cadernos FORCE, AEP, Leça da Palmeira, 1994.

BELET, D., MUDAR OS COMPORTAMENTOS DE GESTÃO PELA FORMAÇÃO: PARA UMA


ANDRAGOGIA DA GESTÃO, Cadernos FORCE, AEP, Leça da Palmeira, 1991.

CARDOSO, Z.; SOARES, A.; LOUREIRO, B.; CUNHA, C.; RAMOS, F. - AVALIAÇÃO DA
FORMAÇÃO - GLOSSÁRIO ANOTADO. Coord. CARDOSO, Z.; Lisboa : INOFOR, 2003.

EUROPEAN COMMISSION, EUROPEAID CO-O OPERATION, MANUAL - PROJECT CYCLE


MANAGEMENT, 2002.
http://europa.eu.int/comm/europeaid/evaluation/methods/PCM_Train_Handbook_EN-March2002.pdf.
Acesso em 02/11/2004.

GIOVINAZZO, R. A., FOCUS GROUP EM PESQUISA QUALITATIVA - Fundamentos e


Reflexões. Revista Administração on line [On-line] FECAP.V.2, n. 4, out/nov/dez 2001.
http://www.fecap.br/adm_online/. Acesso em 10/05/2004.

GOEBERT, B., O CONSUMIDOR E OS FOCUS GROUP. HSM Management,V.2, n. 37, ano 7. São
Paulo, 2003.

GUIA DE APOIO - SISTEMA DE ACREDITAÇÃO DO INOFOR, INOFOR, 2002.


http://www.inofor.pt/upload/inofor/content/ACR_Guia_Apoio_Utilizador.doc. Acesso em 12/06/2004.

GUÍA DE EVALUACIÓN Y SEGUIMIENTO DE LA EJECUCIÓN DE INTERVENCIONES DE


EMPLEO EN CONTEXTOS DE DESFAVORECIMIENTO, DESIGUALDAD O DISCRIMINACIÓN
- Sistema General de Evaluación - Guía ESE, PROQUALITAS, 2003.
http://www.proqualitas.org/web/eng/que_siste.htm (Documentacion). Acesso em 22/09/2004.

HELMING, S. E GÖBEL, M., ZOPP - PLANEJAMENTO DE PROJETOS ORIENTADO POR


OBJETIVOS - Um Guia de Orientação para o Planejamento de Projetos Novos e em Andamento,
Unidade 04,Trad. Möbius, M., Ed. Deutsche Gesellschaft für Technische Zusammenarbeit (GTZ) GmbH,
Eschborn 1998.
http://www.zopp.com.br/zopp_p.pdf. Acesso em 02/11/2004.

JEFFRIES, D., e outros, FORMAR PARA A GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL TQM,


Col. Do Formador Prático, Ed. Monitor, 1996.

MADERS, H-P
P., e outros, A GESTÃO DE UM PROJECTO DE ORGANIZAÇÃO
- Guia metodológico para a direcção de um projecto organizativo, Edições CETOP, Col. Pensar a
Gestão, 2001.

29
Bibliografia

MAISONNEUVE, J., A DINÂMICA DE GRUPOS, Ed. Livros do Brasil, Lisboa, 1967.

MITSUYASU, M. K., ANÁLISE DO DESIGN DE ÔNIBUS URBANO PARA AS VIAS ESPRESSAS DO


MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO.Tese de Mestrado. COPPE/UFRJ. Rio de Janeiro, 2000.

MUCHIELLI, R., O TRABALHO EM EQUIPE, Ed. Martins Fontes Editora, 1975.

PARTICIPATORY PROJECT DESIGN TO COMBAT TRAFFICKING IN CHILDREN AND WOMEN


- OBJECTIVE ORIENTED PROJECT PLANNING (OOPP) AS DESIGN TOOL, ILO TICW-Project - TIA
papers: Participatory project design, 2002.
http://www.ilo.org/public/english/region/asro/bangkok/child/trafficking/downloads/tia-d.pdf. Acesso em
02/11/2004.

PENA, R., MODELO DE INTERVENÇÃO DO PROGRAMA FORMAÇÃO PME, AEP, Leça da


Palmeira, 2002.

PENA, R., METODOLOGIA DA ÁRVORE DE PROBLEMAS - Ficha Técnica PRONACI, AEP, Leça da
Palmeira, 2000.

PENA, R., MPPO - A ÁRVORE DE OBJECTIVOS E ALGUNS EXEMPLOS DE BOAS PRÁTICAS


- Ficha Técnica PRONACI, AEP, Leça da Palmeira, 2002.

PENA, R., CASOS DE SUCESSO - Cadernos Temáticos PRONACI, AEP, Leça da Palmeira, 2003.

RAMSHAW, L., A METAPLAN MODEL FOR PROBLEM-SSOLVING DISCOURSE,The ACM Digital


Library , European Chapter Meeting of the ACL, Proceedings of the fourth conference on European chapter
of the Association for Computational Linguistics table of contents, Manchester, England, Pages: 35 - 42 ,
1989.

VALIDAÇÃO DE PRODUTOS EQUAL - METODOLOGIA DE APOIO À ANÁLISE DA QUALI-


DADE E À VALIDAÇÃO DOS PRODUTOS DESENVOLVIDOS NO ÂMBITO DA EQUAL, Gabinete de
Gestão EQUAL.
http://www.equal.pt/documentos/validacao_produtos_equal.doc. Acesso em 13/07/2004.

ZOPP - PLANIFICACIÓN DE PROYETOS ORIENTADA A OBJETIVOS, Deutsche Gesellschaft


für Technische Zusammenarbeit (GTZ).
http://www.infomipyme.com/Docs/GT/Offline/zoppproc.doc. Acesso em 02/11/2004.

ZOPP - AN INTRODUCTION TO THE METHOD, COMIT - Berlin, May 1998.


http://www.serd.ait.ac.th/ump/html/books/zopp.pdf. Acesso em 02/11/2004.

30
Endereços Electrónicos (Internet)

http://www.arvoredeproblemas.com

http://www.gopp.org/ GOPP Moderators Association

http://www.gtz.de/ GTZ (Deutsche Gesellschaft für Technische Zusammenarbeit)

www.pcm-group.com PCM - GROUP

http://www.dfid.gov.uk/ DFID (Department for International Development)

http://www.oecd.org OCDE (Organization for Economic Co-operation and Development)

http://www.ausaid.gov.au Agência Governamental Australiana Ausaid

http://www.acdi-cida.gc.ca CIDA (Canadian International Development Agency)

http://www.isnar.cgiar.org/ ISNAR (International Service for National Agricultural Research)

http://www.usaid.gov USAID (The United States Agency for International Development)

31
32
Anexo 1
ANEXO 1
(Ficha de Auto-diagnóstico)

33
Ficha de Auto-diagnóstico

Ficha de auto-diagnóstico
Curso: MPPO – Metodologia de Planeamento de Projectos por Objectivos
Acção nº:

Data de início: / / Data de término: / /


Coordenação pedagógica:

Formador (a)(s):

Este questionário vai ajudá-lo a conhecer-se melhor relativamente ao processo de aprendizagem da MPPO.
Por essa razão procure ser franco e lúcido nas respostas que vai dar.

Questão 1
Como define empowerment (participação activa)?

Questão 2
Como define problemas organizacionais/sociais?

Questão 3
Apresente dois exemplos de objectivos organizacionais/sociais relacionados com a sua actividade
profissional. Se está actualmente a trabalhar numa organização ou em acção social, procure apresentar
objectivos respeitantes à sua função específica. Se nunca discutiu esses objectivos no seio da sua
organização, aproveite para os criar agora mesmo.

Questão 4
Preencha o círculo ( ) em função do seu grau de concordância com as afirmações:
Concordo à Não Concordo

a) O planeamento e a implementação não podem estar separadas

b) O valor de uma discussão é ampliado pela possibilidade de ser visualizada em esquemas

c) Os saberes práticos são desajustados da realidade

34
ANEXO 2
(Exercícios)

Anexo 2

35
Exercicio 1

TEMA:
Metodologia de Planeamento de Projectos por Objectivos

OBJECTIVOS:
1. Treinar os comportamentos a adoptar na fase de "Levantamento de Problemas";
2. Analisar os "problemas" e "objectivos" segundo as regras estabelecidas na MPPO.

Duração do exercício: 30 minutos.

Desenvolvimento do exercício (1ª FASE):


1. São constituídos grupos com um máximo de 4 elementos;
2. Aos grupos é transmitido o objectivo de apresentarem problemas, de forma aberta e "sem
censura", sobre um determinado campo de intervenção. Exemplos: "A sociedade portuguesa
contemporânea"; "O sistema de ensino em Portugal"; "O sector têxtil em Portugal";
"A organização do curso que estão a frequentar";

NOTA 1: O campo de intervenção deve estar adequado ao conhecimento específico dos


participantes na Acção de Formação.

NOTA 2:Todos os grupos têm o mesmo campo de intervenção.


3. Um porta-voz de cada grupo apresenta a listagem de problemas em voz alta,
que é escrita no flip-chart;
4. O grupo de formandos é questionado sobre a pertinência, a lógica, a coerência,
a racionalidade e o realismo de alguns dos problemas listados.

Exploração do exercício (1ª FASE):

É questionada a forma como se chegou aos problemas no que diz respeito a:


- Possibilidades de discussão;
- Possibilidades de aprofundamento dos problemas;
- Empowerment (participação activa) na forma como se chega aos problemas.
Comparação desta técnica com o inquérito e a entrevista estruturada.

Desenvolvimento do exercício (2ª FASE):

1. Em grupo, faz-se a análise dos "problemas" listados segundo o esquema da página seguinte,
estabelecendo para cada um "objectivos" e "medidas";
2. Em grupo, faz-se a análise de "problemas" listados segundo os critérios e as regras de
formulação de problemas da MPPO.

Exploração do exercício (2ª FASE):

Falhas a evitar na formulação de problemas.


A análise de problemas como forma de gestão de conflitos (através da despersonalização e do evitamento
de juízos de valor).

36
Exercicio 1

SITUAÇÃO ACTUAL SITUAÇÃO DESEJADA

PROBLEMA OBJECTIVO

(Melhoria a obter com as medidas)

MEDIDAS

37
Exercicio 2

TEMA:
Metodologia de Planeamento de Projectos por Objectivos

OBJECTIVOS:
1. Treinar as técnicas de construção da "Árvore de Objectivos".

Duração do exercício: 60 minutos.

Desenvolvimento do exercício:
1. Este exercício é realizado individualmente;
2. Consiste no preenchimento de cada um dos espaços (por preencher) da
"Árvore de Objectivos";
3. No final, o grupo de formandos discute as dificuldades, a lógica e a utilidade da construção da
“Árvore de Objectivos”.

NOTA 1: A "Árvore de Problemas", base deste exercício, é respeitante a uma empresa familiar
que comercializa materiais de segurança industrial.Tem cerca de 25 colaboradores, distribuídos
pelas áreas administrativa, comercial e armazém.

NOTA 2: Esta empresa é fictícia.

38
Árvore de Problemas

Rendimento
aquém do
possível

Facturação Eficácia
aquém do organizacional
possível possível de
melhorar

Satisfação de Eficácia Excesso de


Comercial/Marketing “Rotatividade”
cliente possível “pressão” dos
possível elevada
de melhorar clientes
de aumentar

39
Falhas Qualidade do Falhas/atrasos nos Apresentação Pouco entrosamento Ambiente de
contactos/ comercial da entre comerciais Baixa
nos prazos serviço aquém do trabalho possível
acompanhamento empresa possível (internos/ Motivação
de entrega possível de melhorar
de clientes de melhorar externos)
Árvore de Problemas

Falhas nas Esperas Falhas nas Acompanha- Dificuldade Relacionamento Ordens Percepção de Sentimento Insuficiente
entregas de desnecessárias contagens das mento das obras em realizar interpessoal desconexas de falta de clareza de injustiça feed-back
fornecedores para saída de encomendas possível de orçamentos demasiado dirigentes funcional perante sobre o
armazém melhorar urgentes emocional diferentes recompensas trabalho

Organização Falhas no
do armazém entrosamento
possível de escritório/
melhorar armazém
Árvore de Objectivos

Árvore de Objectivos

40
41
Solução do Exercício (”Árvore de Objectivos”)
Aumento
do
rendimento
“Árvore de Objectivos”

Eficácia
Solução do Exercício 2

Aumento
da organizacional
Facturação possível de
melhorar
Melhoria da Aumento da Excesso de
eficácia Redução
satisfação dos “pressão” dos da “rotatividade”
clientes Comercial/ clientes
Marketing do pessoal

42
Melhoria Melhoria do
Redução das Melhoria da Melhoria da entrosamento Melhoria do
falhas nos prazos qualidade do ao nível do “Apresentação ambiente de Aumento da
acompanhamento entre comerciais Motivação
de entrega serviço Comercial” internos/externos trabalho
de clientes
Redução das Redução das Redução das Melhoria ao Aumento da Melhoria da Aumento da Redução da Redução do Aumento do
esperas para falhas nas nível do eficácia na qualidade do coerência das percepção de sentimento feed-back
falhas nas entregas realização de
de fornecedores saída de contagens das acompanhamento orçamentos relacionamento ordens provenientes
de derigentes falta de clareza de injustiça
perante sobre o
armazém encomendas das obras urgentes interpessoal diferentes funcional recompensas trabalho
Melhoria Redução das
falhas no
da organizaçao entrosamento
do armazém escritório/
armazém
ANEXO 3
(Caso Prático)

Anexo 3

43
Caso Prático 1

TEMA:
Metodologia de Planeamento de Projectos por Objectivos

OBJECTIVOS:
1. Estabelecer relações de causalidade entre os "problemas" constantes na "Lista de Problemas",
de acordo com a informação fornecida na descrição da situação da "Organização Z";
2. Construir a "Árvore de Problemas" da "Organização Z";
3. Treinar as técnicas de construção da "Árvore de Problemas".

Duração do exercício: 120 minutos.

Desenvolvimento do exercício (1ª FASE):


1. São constituídos grupos com um máximo de 4 elementos;
2. Aos grupos é entregue o texto "CASO DA ORGANIZAÇÃO Z", para efectuarem uma
leitura/análise de familiarização com o texto;
3. Abre-se a discussão sobre a "Lista de Problemas" proposta no "CASO DA ORGANIZAÇÃO Z";

NOTA: A "Lista de Problemas" pode ser alterada em função da interpretação que o grupo faz
do texto. Deve, no entanto, ser usada uma "Listagem de Problemas" comum a todos os grupos.
Por essa razão deve procurar-se o consenso relativamente à "Lista de Problemas".
4. Cada um dos problemas é transcrito para um post'it, e dá-se início à construção da
"Árvore de Problemas" por grupo.

Exploração do exercício (1ª FASE):

No momento da discussão da "Lista de Problemas" devem ser explorados os critérios e as regras de formu-
lação de problemas da MPPO.

Enquanto decorre a construção das "Árvores de Problemas" o formador deve procurar orientar o raciocínio
dos formandos no sentido de uma lógica de causa-efeito e da interpretação do texto, inicialmente discutida
em grupo.

Depois de construídas as diversas "Árvores de Problemas" devem ser exploradas as diferenças entre os grupos.

NOTA: Não há uma solução única. A solução apresentada neste CASO PRÁTICO é apenas uma possibilidade,
sendo que, normalmente 90% dos problemas terminais são coincidentes.

Desenvolvimento do exercício (2ª FASE):

1. Os grupos anteriormente constituídos devem construir o "Quadro de Medidas" para a


respectiva "Árvore de Problemas".

Exploração do exercício (2ª FASE):

Deve ser explorado o grau de contribuição das "Medidas" para a resolução dos "problemas terminais",
bem como a simbologia utilizada para a sua representação.

44
Caso da Organização Z

A "Organização Z" vive, desde há cerca de dois anos, momentos conturbados.

O mal-estar dos trabalhadores tem-se acentuado progressivamente e a relação chefias/subordinados é, de


uma forma geral, de grande tensão.

Do balanço realizado anualmente, ressaltam alguns indicadores que podem, de certa forma, ajudar-nos a
perceber a actual situação.

A "Organização Z" registou no ano anterior um número record de ausências ao serviço (400 dias de faltas),
60% das quais "justificadas" por doença. As outras 40% tiveram na sua origem situações tão diversificadas
como: acidentes de trabalho, dias de greve, acompanhamento a filhos menores, partos e casamentos.

Refira-se, entretanto, que no "Departamento H" o número de faltas para acompanhamento de filhos menores
é elevadíssimo, quando curiosamente é o sector que menos mães integra.

O que se sabe é que o director do departamento em causa, trata os seus colaboradores com autoritarismo,
mantendo em relação a eles um grande distanciamento. Diga-se que esta situação não é isolada, já que as
chefias, de um modo geral, têm um comportamento semelhante, queixando-se eles próprios das poucas pos-
sibilidades que lhes têm sido dadas para melhorar as suas competências, que consideram insuficientes
nomeadamente no plano interpessoal.

Sabe-se também que um número significativo de trabalhadores colaboram com outras entidades no sentido
de poderem completar o salário que é, de facto, bastante baixo.

Paralelamente, entrevistas feitas a funcionários que abandonaram a instituição fazem sobressair como
principais queixas:

• Dificuldades de integração no grupo de trabalho, especialmente nos primeiros tempos, já que por
norma não há a preocupação de enquadrar as pessoas quando começam a trabalhar;
• Dificuldades em situar o seu trabalho e perceber a utilidade do mesmo, por não possuírem uma
visão integrada dos objectivos e das actividades da organização;
• Falta de atractividade das funções exercidas, sendo pouco variadas (80% dos trabalhadores
inquiridos considerava-se com capacidades para fazer bastante mais e para assumir
maiores responsabilidades);
• Dificuldades em responder eficaz e atempadamente às solicitações, quer internas quer do
exterior, por desconhecimento dos assuntos ou devido à grande morosidade na passagem
da informação pelos diferentes patamares da cadeia hierárquica;
• Proliferação dos "boatos e ruídos de corredor" devido à deficiente comunicação formal;
• Departamentalização excessiva que leva a um isolamento dos serviços (que só percebem as
suas necessidades e expectativas, ignorando os outros sectores);
• Sentimento de injustiça relativamente às classificações de serviço atribuídas, não sendo de
uma forma geral a fundamentação apresentada pelas chefias muito convincente;
• Descontentamento pelo pouco apreço dispensado ao trabalho, por parte das chefias. A ausência
sistemática de feed-back era uma constante ("a não ser para criticar os erros");

45
Caso da Organização Z

• Incapacidade de tirar todo o partido dos equipamentos informáticos entretanto adquiridos e dos
programas instalados, já que o processo de informatização não foi acompanhado pela formação
devida;
• Inexistência de políticas de acção social, nomeadamente falta de espaço de descompressão e de
realizações extra-profissionais que envolvam os trabalhadores, ("como consequência os
funcionários tendem a cumprir o horário de forma regulamentar - nem mais um minuto!").

Os responsáveis desta organização, face à redução significativa do rendimento, comprovável pelo número
crescente de reclamações dos utentes (maior demora nas respostas; mais tempo de espera nos serviços;
informações frequentemente erradas) e pela clara insatisfação demonstrada pelos serviços prestados (70% de
pessoas mostram-se descontentes, através da resposta a um inquérito que a organização passou aos seus
clientes), decide avançar com um processo de diagnóstico no sentido de identificar os principais proble-
mas e posteriormente implementar as medidas correctivas necessárias.

"LISTA DE PROBLEMAS" DA "ORGANIZAÇÃO Z":

1. Mau ambiente de trabalho;


2. Elevado grau de absentismo;
3. Estilo de liderança desadequado;
4. Excesso de trabalho paralelo;
5. Funções pouco atractivas;
6. Falta de visão integrada dos objectivos;
7. Dificuldades na comunicação interna/externa;
8. Deficiente comunicação formal;
9. Departamentalização excessiva;
10. Falta de feed-back sobre o trabalho;
11. Sentimento de injustiça relativamente às classificações de serviço;
12. Dificuldades na integração dos novos colaboradores;
13. Incapacidade de aproveitamento dos sistemas informáticos;
14. Excesso de zelo no cumprimento do horário de saída;
15. Baixa produtividade (demora/informações erradas);
16. Clientes insatisfeitos.

INSTRUÇÕES PARA A RESOLUÇÃO DO EXERCÍCIO:

1º PASSO - Discuta com os seus colegas a "Lista de problemas" aqui sugerida


(tenha em consideração as regras e critérios para a formulação de "problemas");
2º PASSO - Construa a "Árvore de Problemas" da "Organização Z";

3º PASSO - Construa um "Quadro de Medidas" para a "Organização Z".

46
Solução do caso da Organização Z “Árvore de Problemas”

Clientes
insatisfeitos

Baixa produtividade Dificuldades na


(Demora/ comunicação
informações interna/externa
erradas)

47
Excesso de zelo no Elevado grau Mau ambiente Falta de visão Incapacidade de Deficiente Deficiente
cumprimento de de aproveitamento dos Departamentalização
integrada dos comunicação comunicação excessiva
do horário absentismo trabalho objectivos sistemas formal formal
de saída informáticos

Dificuldades na Sentimento de
"Arvore de Problemas"

Execesso de Falta de feed-back Estilo de injustiça


trabalho Funções pouco sobre o integração de liderança reativamente às
paralelo atractivas trabalho novos desadequado classificações de
colaboradores serviço
Solução do Caso da Organização Z
Solução do Caso da Organização Z
"Quadro de Medidas"

Solução do caso da Organização Z “Quadro de Medidas”

PROBLEMAS

Falta de feed-back sobre o trabalho


Excesso de zelo no cumprimento

Incapacidade de aproveitamento
Estilo de liderança desadequado

Sentimento de injustiça relativo

Departamentalização excessiva
Deficiente comunicação formal
Dificuldades na integração de
Excesso de trabalho paralelo

às classificações de serviço

dos sistemas informáticos


Funções pouco atractivas

Falta de visão integrada


novos colaboradores
do horário de saída

dos objectivos
MEDIDAS
Programa de “Liderança de
Equipas de Trabalho”

Programa de Acolhimento

Redefinição do sistema de
Renumeração

Redefinição do Organograma

Definição de Funções

Redefinição do Sistema de
Avaliação do Desempenho

Desenvolvimento de procedi-
mentos de comunicação formal

Formação em informática

LEGENDA:

Muito importante para a resolução do problema


Importante para a resolução do problema
Contribuição para a resolução do problema

48
Programa de Formação

MPPO
Metodologia de Planeamento
de Projectos por Objectivos

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www.arvoredeproblemas.com

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