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INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................6
BIBLIOGRAFIA......................................................................................................................................................57
Considerando a importância da dinamização e atualização das ações formativas, este módulo tem como
objetivo familiarizar os formandos com os recursos didáticos mais comuns na atualidade e com a
construção de apresentações multimédia.
Antes de começarmos, convém sabermos exatamente daquilo que estamos a falar. Nesse sentido, é
importante definirmos o conceito de ‘recurso didático’. Em traços gerais, este conceito refere-se ao
conjunto de equipamentos e materiais (ex. quadro, textos, manuais, jornais, revistas, filmes ou
diapositivos de apresentação) utilizados em contexto formativo com o objetivo facilitar o processo de
aquisição de competências mediante a estimulação do formando. Desta forma, um recurso didático é
qualquer meio que se utiliza na sala de formação para tornar o processo de ensino-aprendizagem mais
eficiente e eficaz. Alguns autores referem-se aos recursos didáticos como ‘meios audiovisuais’. Contudo,
esta terminologia deve ser considerada com precaução, na medida em que apenas faz referência às
formas de comunicação ou transmissão que estimulam a audição e a visão, excluindo os restantes
sentidos.
Objetivos/Funções
– Otimizar a duração da formação, na medida em que o formador tem ao seu dispor meios técnicos
que lhe permitem transmitir a mensagem de uma forma mais rápida aos diferentes recetores;
Qualquer recurso utilizado na formação deve ter as seguintes características para se tornar eficaz:
– Adequação. Ser adequado ao nível de apreensão dos formandos, sem esquecer os objetivos;
– Compreensão. Ser de fácil perceção para não criar dúvidas nos formandos;
Vantagens e desvantagens
No contexto formativo, todos os recursos didáticos têm as suas vantagens e desvantagens, que deverão
ser consideradas no momento de seleção (Quadro 1):
Ajudam a aplicar e consolidar conhecimentos; Podem ser mal interpretados se mal elaborados.
A execução de um recurso didático engloba as seguintes etapas: tema, objetivos, escolha do suporte,
público, elaboração do projeto e realização.
1. TEMA
Ter em conta que o recurso se aplica especificamente ao conteúdo que o formador abordará no
módulo de formação. Não serve para ilustrar a exposição verbal, mas para fazer parte da
comunicação, desempenhando uma função concreta.
2. OBJETIVOS
Definir objetivos possibilita a opção mais adequada do recurso didático a produzir, bem como um
melhor enquadramento das funções que este deve desempenhar.
3. ESCOLHA DE SUPORTE
O formador seleciona os materiais que tem à sua disposição e analisa o tempo que levará a executar
o documento.
4. PÚBLICO
Será necessário ter um conhecimento prévio das principais características dos formandos em sala: a
idade, o sexo, a formação, as atividades profissionais, entre outros. Perante este conhecimento
define-se a intenção da utilização, se serve apenas para motivar, ensinar, entre outros.
5. ELABORAÇÃO DO PROJETO
O recurso didático que vamos usar deve obedecer a um plano: pontos importantes do tema, o tempo
de execução e de apresentação e o número de documentos a realizar.
6. REALIZAÇÃO
Passa pelo conhecimento de vários processos técnicos que podem necessitar de algum equipamento
específico. Por vezes encontramos recursos didáticos (documentos) já realizados, que se adequam
aos fins em vista e podem servir quer como ponto de partida quer mesmo para utilizar na sala de
formação.
Quando falamos da formação profissional, é necessário ter em consideração que os nossos sentidos são
canais privilegiados de acesso à formação. Neste contexto, a visão parece ser o sentido que mais
influencia a aquisição e retenção de informação. Desta forma, entre outros fatores, a seleção dos
recursos didáticos a utilizar deve ter atenção ao gradiente de importância dos sentidos no processo de
ensino-aprendizagem (Figura 1).
O gráfico acima mostra que a palavra, por si só, não é suficiente para uma aprendizagem efetiva. Como
consequência, a imagem é um complemento fundamental da palavra: se houver uma associação correta
da imagem à palavra, a aprendizagem ficará facilitada.
E essa oscilação continua a ser significativa alguns dias depois da formação, na medida em que retemos:
Tipos de recursos
Graells (2000) sistematizou um conjunto de funções que os meios didáticos devem desempenhar.
Segundo o autor, eles devem: fornecer informação; ser guiões das aprendizagens do aprendente;
proporcionar o treino e o exercício de capacidades; cativar o interesse e motivar o aprendente; avaliar
capacidades e conhecimentos; proporcionar simulações com o objetivo da experimentação, observação
e interação; criar ambientes/contextos de expressão e criação.
Os recursos didáticos podem, assim, ser vários e dos mais variados tipos, como podemos observar no
Quadro 2.
Filmes, diapositivos, acetatos, cassetes, discos, CD, DVD, televisão, rádio, vídeo,
Audiovisuais
documentários.
Outros autores organizam os recursos didáticos segundo outras terminologias, tal como se apresenta a
seguir (Quadro 3):
Vejamos agora os recursos didáticos que são utilizados mais frequentemente, designadamente os
visuais, auditivos e audiovisuais.
RECURSOS VISUAIS
Os recursos visuais dividem-se em não projetáveis e projetáveis. Os recursos visuais não projetáveis são
todos os materiais pedagógico-didáticos cuja exploração se faz por observação direta. Estes meios não
implicam a utilização de aparelhos ou equipamentos de tipo ótico ou eletrónico. Entre os diversos
recursos visuais projetáveis (projeção da imagem num ecrã) destaca-se o uso dos datashows
(videoprojetores) e as apresentações em PowerPoint. Estes são os recursos mais modernos que vieram
substituir o retroprojetor e os acetatos, com todas as facilidades e potencialidades que lhe estão
inerentes.
Os RECURSOS VISUAIS NÃO PROJETÁVEIS incluem um conjunto amplo de meios e recursos. Aqueles que
importa destacar neste contexto são os seguintes: quadros; modelos e maquetes; documentos gráficos;
e recursos do ambiente.
– Quadro magnético;
Os quadros mais utilizados são o branco/magnético e o de papel (flipchart) (Quadro 4). No quadro
branco normalmente regista-se a informação geral e no quadro de papel a informação síntese. O quadro
branco também pode ser utilizado como quadro giratório, permitindo que o formador disponha de dois
espaços para escrever, que o coloque na posição desejada e que o desloque de um espaço para outro.
Para além da escrita direta, o quadro branco pode ainda servir de quadro magnético, de ecrã de
projeção e de quadro magnético. As vantagens e desvantagens deste tipo de recurso encontram-se
sintetizadas no Quadro 4.
Preparação prévia;
Flipchart
Conservação e utilização posterior;
Utilização de cores;
– O tipo de letra (as frases não devem ser escritas em maiúsculas, porque o tamanho idêntico de
todas as letras prejudica a legibilidade, situação que não acontece com as minúsculas);
– A repetição oral do que se escreve, para tornar mais fácil a compreensão e fixação dos conceitos
por parte dos formandos;
– Não estar de costas para o grupo, mas ligeiramente de lado (para que o contacto visual com os
formandos se possa manter e para que seja mais fácil a projeção da sua voz);
No que diz respeito aos modelos e maquetes, no contexto formativo a melhor situação é mostrar o
objeto real. Contudo, se o tamanho for muito grande (ex. avião) ou muito pequeno (ex. célula) ou o
objeto for muito complexo ou perigoso (ex. motor de explosão, armas), as maquetes e os modelos (com
indicação da escala para não induzir em erro) são o recurso ideal.
Relativamente aos documentos gráficos, diremos que os organogramas, diagramas, esquemas, gráficos,
fotografias, desenhos, cartazes, livros, manuais e fotocópias constituem exemplos de documentos
gráficos. Estes completam de forma simples e prática a informação apresentada e apelam a técnicas
variadas como: a letragem, a utilização da cor, o desenho, o recorte, a colagem e a fotografia. Têm ainda
a vantagem de implicarem um baixo custo, serem de fácil adaptação aos conteúdos, transporte,
utilização e preparação. As vantagens e desvantagens de diferentes documentos gráficos encontram-se
sistematizadas no Quadro 5.
Dificuldade de atualização
Utilização de cores;
Imagem
Atratividade;
Complementaridade;
Ainda no que diz respeito aos recursos visuais não projetáveis, podemos falar dos recursos do ambiente.
Os museus, bibliotecas, empresas, instalações fabris, feiras, exposições, a própria natureza e outros
recursos que permitem ligar as aprendizagens às realidades concretas constituem exemplos de recursos
do ambiente que poderão ser utilizados na formação. Apesar de pouco utilizados, os recursos
ambientais podem tornar-se experiências inesquecíveis para os formandos, desde que devidamente
contextualizados e enquadrados no tema da formação.
Se, entretanto, nos centrarmos nos RECURSOS VISUAIS PROJETÁVEIS, devemos destacar o videoprojetor
(ou datashow), que permite a projeção de imagem e som a partir de câmaras de vídeo, videogravadores
e televisores). Os aspetos positivos deste recurso são o facto de permitir escolher a sequência da
apresentação, usar animações e apresentações interativas, usar cores e criar dinâmicas que podem
chamar a atenção. Além disso, permite alterações até mesmo na hora e é de fácil transporte. Os seus
aspetos menos positivos relacionam-se com o custo do equipamento, a necessidade de conhecimentos
técnicos de softwares de apresentação e de técnicas de apresentação, a necessidade de utilização de
outros materiais e de condições especiais do espaço (luminosidade).
Ainda no que diz respeito ao videoprojetor, a sua ligação ao computador pode ser feita de duas formas:
sem fios ou através de um cabo (normalmente VGA). Nos sistemas operativos estão disponíveis várias
formas de visualização: só no computador, duplicar, expandir (modo preferencial para as
apresentações) e só projetor. Estes modos são configuráveis através das definições do monitor ou
recorrendo à tecla de atalho Windows+P.
– Acondicionar sempre o videoprojetor com o protetor de lente (evita danificar e sujar a lente);
RECURSOS AUDITIVOS
Os recursos auditivos, tal como o nome indica, são aqueles que recorrem ao som para transmitir a
informação. No contexto formativo, os recursos auditivos dificilmente aparecem isolados, estando
normalmente associados à imagem, como no diaporama, no filme e no vídeo. Músicas, entrevistas e
discursos são exemplos de resultados de documentos auditivos utilizáveis.
– Rádio;
– Leitor de CD;
– Gravador;
– Leitor MP3.
Para formações na área do atendimento, das línguas ou do telemarketing, o gravador e o rádio são de
extrema utilidade, pois permitem ao formando treinar a dicção, tom de voz ou a própria estrutura das
suas frases. Estes equipamentos são de fácil utilização, quer isoladamente quer associados ao
computador. Todos estes equipamentos têm uma forte durabilidade e resistência.
– Permitem a gravação de vozes dos formandos, por exemplo, para posterior análise de forma de
expressão.
Os recursos audiovisuais, por sua vez, associam o som e a imagem como forma de comunicação. São
cada vez mais um meio motivador pelas suas potencialidades, pois conjugam som, imagem e até
movimento. Estes recursos são facilitadores da aprendizagem que assumem um papel central nos
nossos tempos, atraindo cada vez mais as camadas mais jovens, mas não só. Considerando que apelam
aos sentidos auditivo e visual, podem ser uma boa forma de captar a atenção da sua audiência, desde
que utilizados moderadamente.
– O diaporama;
– O filme pedagógico;
– A televisão/vídeo/leitor de DVD;
– A câmara de vídeo;
– Os multimédia.
– Identificação dos pontos principais, devendo o formador começar por colocar as questões que
preparou anteriormente.
O DIAPORAMA consiste na projeção ordenada de imagens fixas (slides) sincronizada com uma banda
sonora. Ao contrário de que acontece com o videoprojetor, em que a sequência
organizada pelo formador pode a qualquer momento ser alterada, no diaporama não
é possível modificar a ordem que foi previamente estabelecida. Atualmente, também este recurso se
encontra um pouco em desuso, embora seja ainda utilizado em algumas instituições.
O FILME PEDAGÓGICO constitui-se como um excelente recurso para dinamizar as sessões de formação.
Não obstante, a exploração de um filme requer uma preparação prévia, já que a sua exploração obedece
a regras pedagógicas específicas. Por esse motivo, na exploração pedagógica de um filme deverá
considerar-se os seguintes fatores:
ultrapassar este tempo, aconselha-se a sua segmentação em partes de conteúdo independente, para
que haja uma assimilação gradual de conhecimentos. A opção por este tipo de segmentação também
facilita a promoção de exercícios ou reflexões sobre os temas abordados. Em filmes de curta duração é
aconselhável o visionamento por inteiro, aparecendo o momento da reflexão e realização de exercícios
apenas no final.
mesmo promove. Assim, um filme pode ser estruturado segundo uma forma predominantemente
reflexiva, isto é, colocando ao longo do seu visionamento questões que podem, por exemplo, ser
aproveitadas pelo formador para fazer paragens e para propor um debate ou uma reflexão aos
formandos. Se, por outro lado, a estrutura do filme for predominantemente descritiva e
sequencial em termos de apresentação de conceitos, torna-se difícil a sua
segmentação, devendo optar-se pelo seu visionamento integral.
Enquadramento/Função. Ao elaborar o seu plano de sessão, vai prever a utilização dos diferentes
recursos audiovisuais que lhe permitam atingir os objetivos que previamente definiu. Além dessa
escolha, deve pensar nos momentos apropriados à inclusão desses recursos. Assim, a apresentação de
um filme pode ser feita nos seguintes momentos:
Vantagens
A utilização de recursos como O VÍDEO E A TELEVISÃO tem sido prática recorrente nas ações de
formação. A exploração de vídeos pedagógicos potencia a facilidade na transmissão dos conteúdos a
abordar. Com os avanços tecnológicos, a televisão tem vindo a ceder espaço ao computador. O uso do
vídeo permite mostrar informação que não se pode transmitir de outra forma. Assim, permite ilustrar
de forma mais atrativa os conteúdos que se pretendem transmitir. As simulações pedagógicas são um
excelente exemplo para a utilização do vídeo, em que a filmagem possibilita a análise posterior.
Por fim, os RECURSOS MULTIMÉDIA (onde se inclui o computador, a Internet ou o quadro interativo)
são hoje indispensáveis para um trabalho atual e de qualidade, apresentando vantagens como a
motivação dos formandos, a flexibilidade e o respeito pelo ritmo individual de aprendizagem. São ao
mesmo tempo fonte e meio para uma ampla criatividade e inovação. Outras vantagens incluem o facto
de guardarem uma grande quantidade de informação, promovem o acesso rápido à informação e
permitem atividades individualizadas. Porém, exigem um elevado investimento inicial, exigem
conhecimentos técnicos, criam a sensação de isolamento, provocam cansaço visual e estão sujeitos a
avarias e vírus.
Com o computador pode produzir um recurso de grande qualidade profissional, criar e manipular
imagens no ecrã e construir suportes formativos à medida (panfletos, fotografias, apresentações,
A Internet disponibiliza motores de busca, redes sociais, e-books, formação online, ferramentas de
comunicação, acesso a mais informação e conhecimento.
O quadro interativo funciona como um ecrã de projeção que permite uma interação direta entre os
conteúdos projetados e os participantes. Este recurso é moderno, simples e dinâmico, permitindo uma
aprendizagem ativa e o recurso a uma variedade de ferramentas.
A seleção de recursos didáticos deve ter em conta todo o processo de preparação, ou seja, todo o
período que envolve a pré-seleção. Preparar e desenvolver os recursos didáticos para uma ação de
formação requer seguir alguns fatores e pontos indispensáveis da formação. O grau de inovação e
informatização não é sinónimo de resultados mais favoráveis, pois nem todas as sessões podem e
devem ter como suportes didáticos os meios informatizados e sofisticados. Considerando que as
aprendizagens e conteúdos têm as suas singularidades, a seleção dos recursos não pode ser
homogénea, deve antes ter em atenção a situação formativa em questão. E lembre-se: os recursos não
substituem o formador. Devem ser um complemento à formação, nunca um elemento substituto.
Desta forma, na escolha dos recursos didáticos o formador deve ter em conta diversos aspetos, entre
eles os:
– Destinatários;
– Objetivos;
– Conteúdos;
– Forma de organização da formação.
Imagine que, numa ocasião especial, alguém contrata um cozinheiro famoso para preparar uma refeição
deliciosa para uns amigos. Será que o cozinheiro começa logo a preparar a refeição ou procura saber as
razões da comemoração, saber quem são os amigos, de onde vêm, o que os caracteriza? Preparar um
belo prato de peixe ou de carne e os amigos serem todos vegetarianos talvez não seja a melhor opção.
Também numa comunicação, por muito ‘apetitoso’ que seja o prato que temos para servir, este só será
verdadeiramente apreciado se for ao encontro das necessidades e expectativas de quem o vai saborear.
O papel do apresentador é antecipar as vontades e as necessidades dos participantes e surpreendê-los
com uma entrada apetitosa, um primeiro e um segundo pratos com nível e concluir com uma sobremesa
que seja recordada por muitos e longos anos.
O aspeto mais importante da formação reporta-se aos seus destinatários. Em todos os momentos
durante o processo de preparação e realização de uma apresentação, é preciso ter em mente que
estamos a falar para uma audiência e não apenas para nós mesmos. Se o objetivo é entreter, informar,
ou persuadir, devemos tentar alcançar os nossos ouvintes adequando o nosso discurso.
Qual é a média de idades e o contexto educativo da audiência? O estado civil? O género? A profissão?
O que é que sabe sobre a sua diversidade étnica? As suas características regionais? Sabe alguma coisa
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sobre os seus interesses? Valores? Crenças religiosas? Perspetivas políticas? O que é que os elementos
da audiência sabem? O que é que querem saber? Quais são as razões para o ouvirem?
Se não souber quem vai ser a sua audiência, vai ter de adivinhar as respostas a estas questões. Contudo,
se a sua audiência for predeterminada, pode reunir informação através de questionários ou outro tipo
de pesquisa e adequar o seu discurso aos interesses concretos dos seus ouvintes. Os seus esforços serão
recompensados pelo feedback que irá receber por uma apresentação interessante e sensível à
audiência.
A resposta a estas questões pode ser importante para encontrar histórias, conceber analogias e dar
exemplos que sejam mais adequados à realidade da audiência. Se fizer bem o trabalho de casa, os
formandos ficarão gratos. Além disso, não se esqueça de que as pessoas têm diferentes conhecimentos
prévios, ritmos e estilos de aprendizagem, tipos de inteligência e níveis de motivação. Portanto, o
melhor mesmo é variar, apelando aos diferentes sentidos e estilos de aprendizagem dos formandos.
Objetivos de aprendizagem
A definição de objetivos obriga-nos a “calçar os sapatos dos outros” e a arranjar as melhores estratégias
para a sua consecução. Esta tarefa nem sempre é fácil, sobretudo porque temos de considerar a
perspetiva da organização, dos participantes e do apresentador. A definição prévia dos objetivos, além
de ser condição de maior clarificação dos procedimentos pedagógicos, é também garantia de maior
congruência entre os resultados desejados e os alcançados.
Nesse sentido, os objetivos servem de critérios para a escolha dos métodos, das técnicas e dos recursos
didáticos, sendo para o formador como um guia no planeamento das atividades, condução
apresentação e avaliação dos resultados. Sabendo-se quais os objetivos a alcançar, mais facilmente se
saberá como alcançá-los. A existência de objetivos precisos assegura maior objetividade, diminuindo as
probabilidades de o formador se dispersar por conteúdos ou atividades que, embora interessantes,
satisfazem apenas os seus gostos pessoais.
Os recursos didáticos estão, assim, associados aos objetivos da ação, sendo fundamental que ajudem
os formandos na aprendizagem e compreensão das temáticas, complementem a explicação do
formador, sejam adequados à sessão e ao seu conteúdo, sejam simples e coerentes e tenham
objetividade. Por exemplo, se for ministrar uma formação sobre as etapas do suporte básico de vida,
fazê-lo apenas oralmente seria uma escolha pouco acertada; neste caso, recorrer a um manequim para
o demonstrar seria uma aposta de sucesso. Esqueça a ideia de que há uma fórmula uniformizada para
Conteúdos programáticos
A natureza do recurso tendo em conta o conteúdo da mensagem deve variar segundo a qualidade do
destinatário (individual ou grupal). Se a mensagem se destinar a uma reflexão individual, o melhor
recurso será o texto impresso. Permite uma concentração individual maior e a anotação de algumas
reflexões, por parte do formando. Se a mensagem se destinar a uma análise de grupo, o recurso a um
equipamento projetável será o aconselhável. Mais uma vez, aqui a ideia é adequar os recursos ao tipo
de conteúdos. Por exemplo, se vou ensinar como se deve manipular uma cadeira de rodas, o
preferencial é que tenha uma cadeira de rodas na sala e faça uma desmonstração prática. Se não tiver,
devo recorrer a imagens e vídeos, por exemplo. Neste caso, o recurso apenas à oralidade seria o
caminho para o insucesso.
Por fim, a seleção de recursos didáticos deve considerar a forma de organização da formação, que pode
ser presencial ou a distância. No primeiro caso, necessito de um local com determinadas características
e equipamentos. Imaginemos que quero ter uma sessão de formação numa sala de informática. Não o
poderei fazer se não houver um espaço com essas características. Nesse sentido, convém sempre
ambientar-se com o local e obter informações sobre o tipo de materiais e equipamentos de que
dispõem e das características da sala. Não posso selecionar sem conhecer a realidade que me espera.
Por outro lado, na formação a distância são necessários meios de comunicação que permitam a
interação. Para além do recurso a computadores, será necessário o acesso à Internet e a uma
plataforma de ensino a distância (como a Moodle). Não posso conceber uma formação a distância da
mesma forma que o faço presencialmente. Tenho de ser ainda mais claro e preciso na seleção dos
materiais, para que não haja dúvidas para os formandos. Além disso, é fundamental dinamizar a
formação através de chats, fóruns de discussão, hiperligações pertinentes. Na formação à distância, a
simplicidade e clareza devem ser a palavra de ordem. E não se esqueça de que a utilização dos diferentes
recursos didáticos deve surgir no momento oportuno, com moderação e de fácil acessibilidade para
todos os formandos.
Um dos recursos mais utilizados nas ações de formação é a apresentação de diapositivos recorrendo a
ferramentas como o Microsoft PowerPoint. Como na grande maioria das sessões é ministrada
recorrendo a recursos elaborados em PowerPoint, é importante destacar algumas dicas essenciais.
Muitas pessoas viram a foto de Robert Wilson em 1935 e aceitaram-na como prova da existência do
monstro de Loch Ness. No seu livro O Código Da Vinci, Dan Brown criou interesse no Priorado de Sião,
uma alegada sociedade secreta fundada no século 11. No âmbito das apresentações eletrónicas, como
em muitos outros, há frases que foram tantas vezes repetidas que acabaram por se tornar verdadeiros
mitos. Vamos desmistificá-los?
# 1 SÓ O CONTEÚDO É QUE CONTA. O primeiro mito diz-nos que a aparência da apresentação não
importa, porque é o conteúdo que conta. Quando conhece um novo cliente ou vai a uma entrevista de
emprego, não quer deixar uma boa impressão? A sua apresentação em PowerPoint também é uma
parte da impressão que os outros têm a seu respeito. Uma apresentação desleixada é o equivalente
digital a um aperto de mãos fraco. Tudo se resume à credibilidade. Gostaria de comprar algo a uma
pessoa que aparecesse com um fato sujo a uma reunião? Uma apresentação desleixada é o fato sujo na
sala.
# 2 UM DIAPOSITIVO POR MINUTO. O problema não é o número de diapositivos mas a forma como
estes são usados. Um número elevado de diapositivos não equivale a uma apresentação mais longa. A
mudança de diapositivos pode ajudar a audiência a ficar acordada e a seguir o seu raciocínio. Podemos
mostrar um ou 30 diapositivos em 10 minutos. Tudo depende do conteúdo, da estratégia e dos objetivos
da apresentação. O importante é que os diapositivos apoiem o formador e a mensagem, não o contrário.
# 3 SETE LINHAS POR DIAPOSITIVO. É comum ouvir dizer que um diapositivo não deve ter mais de 7
linhas nem mais de 6 ou 7 palavras por linha. Quem está a fazer a apresentação? Você ou um software
de apresentação? A audiência não consegue ouvi-lo e ler os diapositivos ao mesmo tempo. Você é o
perito. Por isso, não entregue a sua credibilidade a um diapositivo. Substitua esta regra pela regra de
um ponto por diapositivo. Só uma ou duas palavras ou uma foto para destacar o seu ponto mais
importante.
# 4 EFEITOS VISUAIS AUMENTAM A ATENÇÃO. Criar uma apresentação com um número interminável
de animações, transições, sombras e reflexos não é diferente de escrever palavras sem sentido.
Mantenha a apresentação simples. Evite essas distrações. A simplicidade vai passar a sua mensagem-
# 5 NÃO USAR MARCAS. As famosas marcas (bullets) usadas nos diapositivos já fizeram correr muita
tinta. Muitos livros referem que não se deve usar marcas, porque matam a apresentação. Não será um
pouco radical? Se as marcas existem, porque não usá-las? Mas, como em tudo na vida, não podemos
usar e abusar… Em alguns contextos, principalmente no ensino e formação, o uso correto das marcas
pode ajudar a hierarquizar os pontos no diapositivo, facilitando a apreensão da mensagem. Neste caso,
admite-se a sua utilização.
# 6 TÍTULOS CENTRADOS. Muitos utilizadores do PowerPoint acreditam que a estratégia mais correta é
centrar os títulos. Mas não é assim. Alinhar à esquerda será o mais correto, porque está de acordo com
o sentido da leitura ocidental (da esquerda para a direita e de cima para baixo) e oferecer maior conforto
visual à audiência, porque o início do título está sempre na mesma posição. Algumas exceções a esta
regra reportam-se ao título da apresentação, aos separadores dos diferentes pontos e às palavras-
chave, se utilizadas.
# 6 ESCREVER COM MAIÚSCULAS. Há pessoas que escrevem com maiúsculas ao longo de toda a
apresentação, porque querem que se veja melhor. Não lhe parece um pouco incómodo? É certo que
pode escrever com maiúsculas para destacar alguns pontos ou palavras, mas não ao longo de toda a
apresentação. As maiúsculas ocupam mais espaço e demoram mais tempo a ser lidas. Diz-nos a
netiqueta que escrever em maiúsculas é o mesmo que “GRITAR COM ALGUÉM”. Por isso, escreva com
maiúscula no início e depois continue com minúscula, porque facilita a leitura.
Quantas vezes já pensou ‘Ó, não! Mais uma apresentação em PowerPoint tão chata!’. É difícil estar na
audiência e ter de suportar uma apresentação sem vida, não é? Agora, imagine que é muito pior para
aquele que a está a apresentar. A verdade é que todos podemos ser vítimas de um mau PowerPoint. E
os oradores são tão vítimas como aqueles que o estão a ouvir. Ficam aqui algumas sugestões para
melhorar as apresentações em PowerPoint. Estão longe de ser exaustivas, mas são um princípio…
A investigação científica tem chegado a algumas conclusões relativas ao modo como as pessoas
aprendem. Estas informações são úteis para quem quer criar diapositivos de sucesso:
– As pessoas aprendem melhor através de imagens e histórias do que apenas de palavras. Isto
acontece porque o cérebro tem dois canais separados para o processamento da informação
verbal e visual, resultando num maior nível de compreensão (Mayer, 2009).
– As pessoas são capazes de juntar apenas algumas informações na sua memória a curto termo.
TIPOS DE LETRA
A leitura das fontes lisas (ex. Arial, Verdana ou Tahoma) é mais fácil do que fontes muito grossas (ex.
Arial Black ou Impact) ou finas (Arial Narrow ou Agency FB). Fontes como a Times New Roman ou Comic
Sans MS não devem ser utilizadas no corpo de texto (Apperson et al., 2006).
Utilize apenas 2 tipos de letra (um para o título e outro para o corpo de texto). Excecionalmente, se
quiser destacar alguma coisa, pode usar um terceiro tipo, mas garanta que se distingue dos outros.
O tamanho de letra é importante para uma boa visualização da apresentação, mas não existe o tamanho
perfeito… Não obstante, deve usar um tamanho de pelo menos 18 e recorrer a diferentes tamanhos
para destacar os títulos.
O espaçamento entre linhas é fundamental para uma boa leitura da informação. De acordo com Pina
(2011), uma relação de espaçamentos eficaz é a seguinte:
CORES
A escolha das cores nem sempre resulta bem quando é projetada, sobretudo devido à qualidade da
tela/projetor e/ou à luminosidade da sala.
Quanto à cor do texto, requer-se alguma sobriedade, mas pode usar duas cores de texto ou mesmo três
para um destaque pontual. Veja os exemplos!
FUNDOS
O fundo não deve competir com o conteúdo. A ideia é simplificar. Um fundo pode até ser apelativo, mas
não resultar em termos da apresentação. A maior parte dos fundos do PowerPoint têm elementos que
podem diminuir a eficácia da mensagem. Um toque de design na apresentação deve ser considerado,
mas é melhor ser você a criar um fundo sólido e livre daquilo que não interessa.
IMAGENS
Como se sabe, uma imagem vale mais do que mil palavras. Mas é preciso tempo, paciência e,
porventura, algum dinheiro até encontrarmos a imagem certa. Inclua na sua apresentação fotos ou
imagens de qualidade e que reforcem a sua mensagem verbal. A comunicação é reforçada quando se
combina a mensagem verbal com uma imagem.
Evite o ClipArt, pois faz parecer que a sua apresentação não tem emoção, está datada e é pouco
profissional. Incorporar o texto na foto contribui para uma mensagem visualmente mais apelativa do
que separá-los. Só deve recorrer ao ClipArt em duas situações: se não tiver mesmo outra alternativa por
falta de tempo ou se a apresentação for sobre ClipArt. Se o fizer, não misture fotos e ClipArt. Qual dos
seguintes diapositivos prefere?
TEXT0
Em vez de usar frases completas, use frases abreviadas. Com a possível exceção de pequenas citações,
guarde as frases completas para a apresentação oral.
Os seres humanos são incapazes de ler e compreender o texto no ecrã ao mesmo tempo que o orador
fala. Por isso, textos longos ou frases completas são uma estratégia muito pouco correta.
Nunca é demais reforçar esta ideia, por isso recorra o menos possível às marcas (bullets) e certifique-se
de que têm pouco texto. Os diapositivos mais eficazes são aqueles com menos texto. A sua apresentação
é para o benefício da audiência. Mas aborrecer a audiência com marca após marca não é nada benéfico.
Se quiser ter um esboço para organizar o seu discurso, mantenha-o no papel em vez de o colocar no
ecrã sob a forma de marcas.
Uma apresentação eletrónica é como uma peça de teatro: não há nenhum ator que esteja, entre ou
saia de cena sem um propósito claro. Uma animação de entrada de um texto ou objeto é equivalente à
entrada em cena de um ator; uma animação de saída de um texto ou objeto equivale à saída de cena
de um ator; também há atores, como textos e objetos, que estão sempre presentes. Cabe ao encenador
fazer a gestão dos seus atores para valorizar a peça. Cabe ao comunicador fazer uma correta gestão das
animações para valorizar a sua comunicação.
O uso de animações, transições e recursos multimédia deve ter o propósito de facilitar a comunicação.
Faça uma gestão cautelosa do seu uso. Não exagere. Se o fizer, deve ser com o objetivo de reforçar um
conceito ou uma ideia.
A audiência avalia as apresentações de acordo com o seu interesse no conteúdo, não com base nos
recursos sofisticados usados nos diapositivos.
GRÁFICOS E TABELAS
Destaque a informação mais importante em tabelas e gráficos. Há muitas fontes que mostram como
criar tabelas e gráficos eficazes (ex. Few, 2004; Paradi, 2009; Sanders & Filkins, 2009). As regras do
design são semelhantes às usadas nos documentos impressos, mas deve considerar o ritmo a que vai
apresentar as informações no ecrã. Ao destacar a informação mais importante e apresentar os dados
passíveis de serem entendidos de imediato, a audiência vai ser capaz de entender a mensagem principal.
Veja os exemplos:
Qual prefere?
PREZI. É uma alternativa que revolucionou a forma de fazer apresentações com diapositivos ao mudar
sua linearidade por uma tela infinita. Em vez de transitar estaticamente de um diapositivo para outro,
cria transições sofisticadas com zoom de uma área para a outra. Entre outras coisas, permite importar
diapositivos do Office 2013, integrar conteúdos multimédia e usar elegantes modelos adequados ao
tema.
SLIDEROCKET. É uma plataforma que permite elaborar apresentações fantásticas de forma cooperativa,
incluir facilmente conteúdos disponíveis na Internet, disponibilizar estatísticas de visualização e
partilhar a apresentação.
GOANIMATE. Permite criar animações focadas na narrativa. Contém várias aplicações que ajudam os
utilizadores a criar apresentações animadas gratuitamente. Pode criar vídeos em minutos sem ter de
desenhar ou usar uma câmara. Depois pode fazer o download, partilhar ou publicar a apresentação no
YouTube.
Mas podemos encontrar algumas desvantagens, sobretudo a falta de competências necessárias para
fazer diapositivos que falem por si. Apesar de não ser um programa difícil de usar, continua a requerer
competências para criar os diapositivos com sucesso. As pessoas com pouca experiência informática
podem achar difícil…
Se ainda não trabalhou com o PowerPoint, a melhor forma de descobri-lo é começar a utilizá-lo. Crie
uma apresentação em branco e aprenda as tarefas básicas para trabalhar com a mesma.
Menu
A barra de Menus é constituída por vários botões que, quando pressionados, abrem um menu com
várias opções.
Base
No separador Base encontram-se as ferramentas mais utilizadas para se proceder à formatação do texto
e as ferramentas para criar novos diapositivos, desenho, formatação de texto, entre outras. Cada uma
destas ferramentas divide-se em grupos, acontecendo o mesmo com cada um dos separadores, o que
facilita a procura das ferramentas que se pretende utilizar.
Inserir
Este separador contém uma panóplia de opções que se pode utilizar nos diapositivos: tabelas, imagens,
formas, gráficos, hiperligações para outros ficheiros, caixas de texto, cabeçalho e rodapé, numeração
automática dos diapositivos, inserção de um filme ou som, entre outras.
Neste separador pode-se escolher uma grande variedade de opções que permitem tornar os
diapositivos esteticamente mais apelativos. São estilos predefinidos que podem ser também alterados
pelos botões de Cores e Tipos de Letra.
Transições
Este separador permite aplicar animações aos diapositivos (aplica-se uma transição que é observável na
passagem de um diapositivo para outro). É possível cronometrar o tempo de cada transição e se é
aplicável a todos. Também apresenta a possibilidade de associar um determinado som às transições.
Animações
Neste separador é possível optar por diversos efeitos: ao colocar o ponteiro do rato por cima do texto
ou da imagem, pode-se verificar logo o efeito; este tipo de animações pode ser aplicado a um ou mais
diapositivos; é possível usar efeitos de entrada e saída; ao selecionar Adicionar Animação, temos uma
variada escolha de efeitos (estes estão agrupados de acordo com a altura da apresentação em que se
pretende a animação); não existe número limite dos efeitos a colocar nos diapositivos; ao selecionar
diferentes tipos de efeitos, estes vão ter um número de ordem que pode facilmente ser alterado na
caixa do lado direito da janela; cada efeito pode ser personalizado relativamente ao início, direção (caso
se aplique) e velocidade. Na parte superior da janela do Painel de Animação existe a opção Reproduzir
para se poder visualizar no momento as animações usadas.
Apresentação de diapositivos
É possível configurar cada um dos itens de acordo com a preferência ou personalizar a apresentação
consoante os destinatários. Na janela Configurar também se pode Ocultar Diapositivos, impedindo que
estes apareçam durante a apresentação. A opção Gravar a Apresentação permite gravar o som que
acompanha a apresentação. No caso de pretender apenas treinar o tempo de apresentação, pode
selecionar Ensaiar Intervalos, que grava e indica o tempo despendido em cada diapositivo e o tempo
total da apresentação.
Rever
Ver
A criação de apresentações interativas permite ao formador tornar a exploração dos conteúdos mais
dinâmica e atrativa, além de facilitar a navegabilidade entre os vários diapositivos ou entre diferentes
ficheiros. As hiperligações (interatividade) permitem, ainda, o acesso a outros ficheiros de tipo
diferente, como acontece com os ficheiros em formato PDF.
Hiperligar é interagir. A partir de uma apresentação em PowerPoint, é possível criar interações com
outros documentos, com uma página da Internet ou com um determinado diapositivo da própria
apresentação. Assim, a apresentação dos diapositivos pode não ser feita de forma sequencial, na
medida em que a hiperligação executa um salto para outro documento que o utilizador definiu.
Há três formas diferentes para inserir hiperligações: selecionar o texto ou objeto que pretende
interligar; aceder ao menu Inserir; e escolher a opção Hiperligação.
O PowerPoint tem diversas opções e ferramentas. Por agora, vamos ver as suas funções básicas, com
base nas explicações da Microsoft (https://support.office.com/pt).
Iniciar a aplicação
Para iniciar a aplicação do Microsoft PowerPoint, deve clicar no botão Iniciar > Programas > Microsoft
PowerPoint (esta aplicação está normalmente incluída na pasta Microsoft Office).
Escolher um tema
O PowerPoint tem temas incluídos, que definem a estrutura de diapositivo (cores, tipos de letra e efeitos
especiais, como sombras, reflexos e outros elementos). Escolha um tema > Criar.
Guardar a apresentação
Clique no separador Ficheiro > Guardar. Escolha ou aceda a uma pasta. Na caixa Nome de Ficheiro, dê
um nome à apresentação e clique em Guardar. Para ir guardando o seu trabalho, prima CTRL+G.
Adicionar texto
Formatar o texto
Selecione o texto e clique em Formatar. Para mudar a cor do texto, clique em Preenchimento do Texto
e escolha a cor. Para mudar a cor do contorno, clique em Destaque do Texto e escolha a cor. Para aplicar
uma sombra, reflexo, brilho, bisel, rotação 3D ou uma transformação clique em Efeitos de Texto e
escolha o efeito.
Inserir formas
No separador Inserir, clique em Formas. Escolha a forma que quer, clique no diapositivo e arraste para
criar a forma.
No separador Inserir pode escolher diferentes opções. Para inserir uma imagem guardada no disco local,
clique em Imagens no meu PC, procure a imagem e clique em Inserir. Para inserir uma imagem do Bing
ou da galeria de ClipArt do Office.com, clique em Imagens Online e utilize a caixa de pesquisa para
localizar uma imagem. Escolha uma imagem e clique em Inserir.
Transições de diapositivos
As transições de diapositivos são efeitos de movimento que ocorrem na vista Apresentação de Slides
quando os diapositivos são transitados na apresentação. Poderá controlar a velocidade, adicionar som
e personalizar as propriedades de efeitos de transição. Para definir as transições, selecione o item
Transições, podendo de seguida personalizar os efeitos, a ordem de entrada dos objetos ou como a
transição acontece, se de forma simples após a entrada de um objeto, se por ordem de clique ou ainda
ao fim de um determinado tempo.
Animações de diapositivos
Para adicionar uma animação personalizada num objeto no PowerPoint, em primeiro lugar deve
selecionar o objeto, em seguida, clique no item Animação. Irá encontrar miniaturas de animações que
poderá aplicar ao objeto. De modo a ver mais efeitos de animação, deverá clicar no canto inferior direito
da janela e irá descobrir as diversas animações que poderá aplicar.
Inserir áudio
Inserir som na apresentação deve ser um processo cuidado. Existem várias maneiras diferentes para
adicionar um clip de som no PowerPoint. Para inserir um clip de som na apresentação do PowerPoint,
clique em Inserir > Media > Áudio. Poderá inserir através da opção Áudio de Arquivo, caso tenha um
arquivo de som armazenado no computador. O som poderá ser introduzido ainda pelo Áudio ClipArt,
utilizando a biblioteca de ClipArt para inserir sons predefinidos. Ainda poderá inserir som através da
opção Áudio Record, que permite gravar o clip de som próprio dentro do PowerPoint. Basta utilizar um
microfone para gravar a voz, abre-se uma caixa de diálogo que pode usar para iniciar e parar a gravação
de voz.
Coloque a informação que não inseriu nos diapositivos nas Notas do Orador. Para abrir o painel das
notas, na parte inferior da janela, clique em Notas. Clique no interior do painel Notas abaixo do
diapositivo e comece a escrever.
M6. RECURSOS DIDÁTICOS E MULTIMÉDIA |Página 47 de 58
Mod.DFRH.111/01
Imprimir notas de orador
Apresentar
Atalhos
REGRAS BÁSICAS
IMAGENS
– Utilize imagens com o formato JPEG e GIFF, que são os formatos mais utilizados e menos pesados;
– Quando usa muitas imagens, comprima-as para reduzir o tamanho do ficheiro de apresentação.
As imagens perdem um pouco de qualidade, mas torna a apresentação menos pesada (Ficheiro
> Opções > Avançadas > Tamanho da Imagem e Qualidade > Predefinir Saída de Destino ou
Formatar > Comprimir Imagens);
– Faça uma cópia das imagens que vai utilizar na apresentação e agrupe-as numa pasta. Deste
modo, pode fazer as alterações sem correr o risco de modificar as imagens originais.
MULTIMÉDIA
ANIMAÇÕES
Estrutura
As apresentações devem ser leves para não sobrecarregar os participantes, pois estes não devem ser
impelidos a uma leitura demorada, mas sim a ouvir e a debater com o formador os tópicos presentes.
Desta forma, devemos ter em conta os seguintes aspetos:
Texto
– Não usar maiúsculas em bloco (apenas nos títulos e início das frases);
– Espaçar parágrafos;
– Espaçar linhas;
– Usar vocabulário adequado à audiência;
– Evitar parágrafos longos e com muita informação.
Tipo de letra
– Como já referido anteriormente, o texto dos diapositivos deve utilizar fontes fáceis de ler, tais
como: Arial, Century Gothic, Verdana ou Ms Sans Serif;
– Devemos usar sempre tipos de letra padrão; caso contrário, corremos o risco de o tipo de a letra
não estar presente no computador e ficar tudo desconfigurado;
– Os títulos devem ter a mesma formatação (tipo de letra, tamanho, cor, estilo);
– O espaçamento entre linhas também é importante, uma vez que facilita a leitura;
– A mistura de estilos de texto (negrito, itálico, sublinhado) também dificulta a leitura. Estes devem
ser usados para realçar palavras-chave, pontos principais ou frases importantes;
Cores
As cores podem ser uma boa forma de cativar a atenção dos formandos. Contudo, devemos ter em
atenção algumas regras base. Na escolha de cores para o fundo dos diapositivos há que ter em conta
os seguintes aspetos:
– O fundo dos diapositivos deve ter um padrão sólido e deve-se evitar riscados ou axadrezados;
– Devemos usar cores suaves para o fundo, pois estes conseguem conferir um bom contraste com
diferentes tipos de cores e não se tornam tão cansativos para os olhos;
– Na escolha de cores para o texto recomenda-se um máximo de 3 cores por cada diapositivo,
manter as cores usadas durante toda a apresentação, escolher uma cor de letra que confira um
bom contraste na cor de fundo do diapositivo.
Grafismo
– Imagens, gráficos e esquemas devem servir para explicar ou focalizar um determinado tema;
– Não devemos utilizar muitas imagens num diapositivo, pois podem causar distração;
– Aumente/encolha as imagens utilizando os cantos, mas mantenha as mesmas proporções (se não
mantiver as proporções, a figura ficará distorcida);
– Todos os diapositivos que compõem uma apresentação devem ter um Layout, criado através do
Modelo Global de Diapositivos. A criação de um Layout próprio faz com que a sua apresentação
obtenha um estilo próprio, de forma a conferir-lhe um cunho pessoal e uma coerência visual ao
longo de todos os diapositivos.
1. Primeiro, inserir uma música previamente guardada numa pasta, através do menu Inserir > Áudio
ou Som > Áudio ou Som de Ficheiro;
2. Clicar em Automaticamente (versão 2007);
3. Menu Reproduzir > Iniciar > Automaticamente;
4. Menu Animações > Painel de Animações;
5. No painel das Animações Personalizadas (do lado direito), clicar em do ficheiro da música;
6. Selecionar opção Opções do Efeito;
7. No submenu Efeitos dentro da caixa Parar a Reprodução, digitar o número do diapositivo até
onde a música se vai prolongar.
Nota: Um ficheiro áudio só será reproduzido noutro computador quando tiver o formato WAV ou se
tiver o codec respetivo. Noutro formato terá que transportar na mesma pasta o ficheiro de áudio junto
com a apresentação. Se enviar a apresentação por correio eletrónico terá de anexar também o ficheiro
de música.
Nota: Para capturar um vídeo do YouTube pode utilizar o programa gratuito Free YouTube Downloader
do endereço http://www.dvdvideosoft.com. Antes de descarregar o vídeo através do Free YouTube
Downloader escolha a predefinição AVI e escolha na caixa qualidade a opção Original
Quality AVI. O formato AVI é compatível com o PowerPoint.
Nota: Um vídeo sincronizado torna a apresentação muito menos pesada, mas o computador onde irá
decorrer a apresentação tem que estar ligado à Internet. O menu Programador por defeito não está
visível. Para aparecer no friso é necessário aceder ao botão Office, abrir submenu Popular e ativar opção
Mostrar Separador Programador no Friso. Se não tiver disponível a opção Shockwave Flash Object, faça
o respetivo download diretamente do site da http://www.adobe.com.
Tópicos gerais
Nota: Se a página Web for uma subpágina da página principal é mais fácil e correto copiar o endereço
para a caixa do endereço do menu Hiperligação:
O uso de recursos didáticos não deve ser um fim em si mesmo, devendo antes contribuir para a
consecução dos objetivos de uma sessão de formação. Deste modo, os recursos didáticos devem ser
utilizados de forma consciente e não substituem uma sessão mal preparada. O excesso de utilização e
as más condições técnicas provocam fadiga e o desinteresse dos formandos. Por essa razão, o formador
não pode cair na tentação de escolher os meios que mais lhe agradem, devendo sempre optar pelo
meio mais apropriado a cada situação. Sensibilidade e bom senso são características essenciais para
fazer as melhores opções!
Adas, E., Galvão, J., & Ferreira, A. (2014). Super Apresentações. Como Vender Ideias e Conquistar
Audiências. Lisboa: Top Books.
Blandin, B. (1990). Formateurs et Formation Multimédia: Les Métiers, Les Fonctions, L'ingénierie.
Paris: Les Editions Organisation.
Jaffe, C. I. (2013). Public Speaking. Concepts & Skills for a Diverse Society (7th ed.). Boston: Cengage
Learning.
Mayer, R. (2009). Multimedia Learning. New York, NY: Cambridge University Press.
Reynolds, G. (2010). Presentation Zen Design: Simple Design Principles and Techniques to Enhance your
Presentations. Berkeley, CA: New Riders.
Schultze, Q. (2006). An Essential Guide to Public Speaking. Grand Rapids: Baker Academic.