Você está na página 1de 25

Cap. 8 Lógica: aristotélica e simbólica Página 92.

Objetivos: Compreender a É justo que o que é justo seja seguido e é necessário que o que é mais forte seja seguido.
importância da lógica; A justiça sem a força é impotente; a força sem a justiça é tirânica. A justiça sem a força é
Identificar falácias; contestada, porque há sempre maus; a força sem a justiça é acusada. É preciso portanto
Distinguir argumentos pôr em conjunto a justiça e a força, e, por isso, fazer com que o que é justo seja forte, e o
válidos dos não validos; que é forte seja justo.
Aplicar regras dos A justiça está sujeita à disputa, a força é muito reconhecível e sem disputa. Assim não se
silogismos;
pode dar a força à justiça, porque a força contradisse a justiça e disse que era injusta, e
Identificar diferentes tipos
de argumentos; disse que era ela que era justa. E assim, não podendo fazer com que o que é justo fosse
Conhecer os conectivos forte, fez-se com que o que é forte fosse justo.
lógicos.
Cap. 8 Lógica: aristotélica e simbólica.
1. Por que estudar lógica? Página 93 Algumas falácias:
Qual a função da lógica, em que sentido O argumento de
A lógica ao contrario do que muitos pensam
ela pode nos ajudar? autoridade;
ela estar no dia a dia , numa conversa
Vamos dizer que ela de certo modo O argumento contra
comum, em um diálogo corriqueiro, mas
purifique alguns argumentos ou identifique o homem;
está também, em grandes debates ou
certos erros de raciocínios. Leva nos a A falácia de
discussões de ordem formal, e acadêmicas
distinguir o verdadeiro do falso e o válido generalização
cientificas. Por essa razão um bom politico,
do não valido, por falar nisso vamos ver apressada;
um líder, ao representar um certo grupo, um
agora como os argumentos podem nos ser Falácia de acidente;
cientista, advogados... tem de entender de
apresentados. Falácia da
lógica.
conclusão
2. começando pelas falácias. 93 irrelevante ou de
O que são falácias? ignorância da
Os sofistas e Platão já tinham tratado de questões
são argumentos não válidos, portanto, questão;
lógicas, mas nenhum deles o fez com a amplitude e
enganosos, eu posso me utilizar desses As falácias de
rigor alcançados por Aristóteles (c. 384-322 a .C.). O
argumentos de duas maneiras uma com a petição de principio
próprio filósofo, porém, não usou o nome “lógica”,
intenção de enganar, deste modo, trata se (ou raciocínio
termo que só apareceu mais tarde, talvez no século
de um sofisma, e/ou apenas quando circular ou círculo
III a.C., com os estoicos. As diversas obras sobre
raciocínio de modo incorreto e neste vicioso);
lógica foram reunidas com o título de Organon, que
caso, chamamos de Paralogismo, que As falácias de falsa
significa “instrumento” (e, no caso, instrumento para
não tenho a intenção de enganar a causa (ou post hoc).
se proceder corretamente no pensar).
ninguém, no entanto, meu argumento
leva as pessoas ao erro.
Algumas falácias.
Trata se de um paralogismos quando o individuo comete o erro de raciocínio sem
O que é uma falácia?
intenção de enganar, trapacear.
São argumentos não Já o segundo chama-se de sofisma por que o individuo tem a intenção de conduzir o
validos. outro ao erro em plena consciência do que está acontecendo.

Argumento de autoridade é um raciocínio Argumento contra o homem


aceitável, desde que a autoridade seja um É um tipo de autoridade “as avessas”, por ser pejorativo e
conhecedor do assunto. Assim, ao consultarmos ofensivo. Ocorre quando não aceitamos uma conclusão por
um medico, seguiremos suas prescrições; ou, se o basear- se no testemunho de alguém que depreciamos. Por
carro apresenta defeito, o levamos a uma oficina exemplo: desmerecer o valor musical de Richard Wagner por
mecânica de confiança. No entanto, o argumentos causa de sua suposta adesão aos movimentos antissemitas; ou,
de autoridade torna-se irrelevante se recorrermos ainda,
à autoridade de um cientista famoso para justifica Desconsiderar a versão de um mendigo como testemunha de
posições religiosas ou politicas. Trata –se de um um crime. O argumento contra o homem é irrelevante porque
recurso desviante, em que o prestigio da convicções pessoais e posição social nada dizem sobre os
autoridade é transferido para outro setor que não é argumentos. Ou ainda, desconsiderar a versão de um mendigo
da sua competência. Esse recurso aparece com como testemunha de um crime. O argumento contra homem é
frequência na publicidade, ao empregar irrelevante porque convicções pessoais e posição social nada
celebridades, “vendem” de sabonetes a ideias, dizem sobre a validade do raciocínio: nos exemplos dados, o
como propostas políticos de candidatos às talento musical de Wagner ou a possível veracidade do relato
eleições. do mendigo.
Atividade
1. O que significa a palavra lógica? R. Pensamento, expressão, palavra, conceito, razão.)
2. Quem criou a lógica formal e como ela era vista inicialmente pelo seu criador?
R. Aristóteles, é o criador da lógica formal, que foi aperfeiçoada no século XIX, inicialmente, o termo lógica não existia, ela era apenas uma área de
conhecimento do organon, “instrumento” para se proceder corretamente no pensar, ou seja, do conjunto cientifico aristotélico. Formulado e organizados pelos
estoicos no século III a. C)

3. Por que estudar lógica, em que sentido ela será útil na vida pratica?
R. A lógica é uma necessidade fundamental, para entendermos, para corrigirmos, os nossos erros de raciocínios, sejam no âmbito profissional, ou até mesmo, no
convívio prático, nas relações sociais, a fim de pudermos ter certeza do que nos é proposto em determinadas situações do dia a dia. A lógica nos auxilia na
distinção do falso e verdadeiro.

4. Conforme o texto de Pascal e analisando numa ótica da lógica o que ele defendeu em seu
argumento?
R. Está evidente que seu texto tem um arcabouço logico em que nos propõe como conclusão do seu raciocínio um equilíbrio entre justiça e força/ poder.

5. Na tirinha de Hagar quais os temas são abordados? Descreva o posicionamento de cada


personagem da tirinha de Hagar (2014), de Chris Browne.
R. 1. Irmão Hagar representa o pensamento de quem usa a força desequilibrada, sem nenhuma reflexão, sem pensar, sem lógica, sem argumentos, simplesmente
força pela força, de modo irracional, Ele não acredita que sua força possa ser pelo dialogo, pela capacidade racional de se imopor pelos argumentos logico.
2. o Religioso lhe propõe simbolicamente uma reflexão ao oferecer –lhe a pena símbolo do raciocínio, das ideias, do pensar, é o que Ele acredita, já o seu
oponente se recusa a reconhecer a pena como um poder capaz de vencer sem que seja pela força bruta, irracional.
Atividade

6. Qual a relação da lógica com a capacidade do individuo dialogar?


R. Concede –lhe condições mínimas de manter um dialogo racional, sem sentimentos, paixão, conversas fundadas em gostos estéticos, opções fundadas em
ideologias partidárias apaixonantes, sem levar em consideração o raciocínio correto do pensar, critérios fundamentais para se estabelecer um dialogo, rigoroso, e que
tenha como objetivo a verdade dos fatos, da realidade. Sem essa capacidade parte se para as falácias e argumentos foras de uma racionalidade.

7. Por que no mundo digital e de relações sociais formatadas em “redes” a lógica é


tão importante?
R. É um campo de atuação global, portanto, aberto, onde divulga se tudo por todos, e diante dessas informações massivas sem um mínimo de conhecimento lógico
corre se o risco de repassarmos e defendermos ideias falsas como se fossem verdadeiras, causando prejuízos alheios, comprometendo vidas e expondo pessoas.

8. Qual a relação da lógica com a política?


R. É fundamental para entendermos onde há verdade e onde se discursa na base de falácias e argumentos infundados. É crucial para quem atua nesse ambiente como
para que é ouvinte ou o alvo desses grupos, dessa classe que em boa parte são falaciosos.

9. O que tem a ver lógica e o pensar?


R. A própria lógica se confunde com o pensar, porque ela é um instrumento que possibilita o raciocínio correto das ideias, portanto, o pensamento ajustado. Deste modo lógica e pensar são
intrinsecamente inseparáveis, o pensamento é necessitante da lógica. Para se constituir um raciocínio organizado e compreensível ao ouvintes.
Atividade
10.Falácias são argumentos não válidos, dê pelo menos dois exemplos de como as falácias se
apresentam e explique a designação de cada uma delas.
R.1. Falácias são argumentos não validos, onde eu posso está enganado ou sendo trapaceado. Por algum tipo de raciocínio.
R.1. Ela pode ser um paralogismo, neste caso trata se de um argumento em que se configura por raciocinar errado, sem intenção de enganar o interlocutor.
2. numa segunda situação pode ser considerada um sofisma, neste caso, o individuo conduz seu ouvinte ao erro proposital, ou seja, Ele sabe que seu raciocínio tem erros lógicos, mas
continua a apresenta-lo como algo verdadeiro e valido.

11. Quanto a classificação dos termos e das proposições. Explique e dê exemplos:


• Qualidade: R. quando se falar de qualidade das proposições se está querendo saber se ela é afirmativa ou negativa.
• Ex. Todo cão é mamífero: “Todo C é M” [ afirmativo]
Nenhum cão é mamífero “ nenhum C é M” [negativa]

• Quantidade: R. quando se falar de quantidade das proposições se está querendo saber se esta é geral ( universal ou total)
• 1. Ex. Todo cão é mamífero: “Todo C é M” [proposição universal afirmativa]
• ou particular. Que pode ser singular se caso se refiram a um só indivíduos.

2. Ex. Algum cão é mamífero “Algum C é M” [proposição particular afirmativo]


3. Ex. Este cão é mamífero “ este C é M” [ proposição singular afirmativa]

12. utilizando se dos diagramas de Euler, represente as seguintes proposições e as classifique (


• 1“Todo homem é mortal”.... 1.R.
• 2“Nenhum homem é mortal”... 2. R 3. R.
M H M HH M
• 3“Algum homem é mortal”....
H
3. Fundamentação da argumentação.94.
Vimos as falácias que são erros de
raciocínios, que fundamentam se em Termo: é o conceito, uma palavra ou expressão: “homem”,
“animal” etc.
argumentos enganosos. Veremos agora
A proposição: é o juízo, isto é , uma frase em que se afirma
as regras dos argumentos e ou se nega uma coisa de outra: “todo cão é mamífero” (
identificarmos quando o raciocínio é todo C é M) é uma proposição em que o termo “mamífero”
correto e quando ele não é válido. afirma-se do termo “cão”.
A lógica estuda métodos e princípios da Argumentação: é raciocínio , um encadeamento de
proposições que nos leva a uma conclusão, processo
argumentação, estabelece regras da
nomeado inferência.
forma correta das operações do As premissas: são as proposições que antecedem e levam à
pensamento e identifica argumentações conclusão.
não válidas.
Termo e proposição. Página, 95.
O matemático suíço Leonhard Euler (1707-1783) criou os Exemplos de qualidade e quantidade:
diagramas para representar os enunciados na lógica. No “ todo cão é mamífero: proposição universal afirmativa.
século seguinte, o lógico e matemático inglês John Venn “nenhum animal é mineral”: proposição universal negativa.
(1834-1923) os aperfeiçoou, realizando diagramas mais “Algum metal não é sólido”: proposição particular negativa.
complexos. “Sócrates é mortal”: proposição singular afirmativa.

Os termos e proposições sofrem qualificações como:


Qualidade/ podem ser afirmativa ou negativa. Ex. “todo C é M” “nenhum C é M”.
 Proposição:
Quantidade/ São gerais ( universais ou totais). Ex. “ Todo C é M” ou
Particulares: Ex. “Algum C é M”
Singulares: Ex: “ Este C é M”.
 Extensão dos termos:

A extensão de um termo é sua amplitude, isto é, a coleção de todos os seres que o termo
designa no contexto da proposição. É fácil identificar a extensão do sujeito. Exemplo:
 A flor ( o artigo a pressupõe a totalidade das flores)
 Alguma flor.
 Esta flor.
Diagramas de Euler.95
Observe os exemplos:
Todo paulista é brasileiro (Todo P é B)

Nesse exemplo, o termo “paulista” tem extensão total (está distribuído,


referindo-se a todos os paulistas): mas o termo “brasileiro” tem extensão
B
particular (não é tomado universalmente), ou seja, apenas uma parte dos
P
brasileiros é composta de paulistas

Nenhum brasileiro é argentino (Todo B não é A).

Aqui, o termo “brasileiro” é total, porque se refere a todos os B A


brasileiros: e o termo “argentino” também é total, porque os
brasileiros estão excluídos do conjunto de todos os argentinos.
Diagramas de Euler.
Algum paulista é solteiro (Algum P é S)

Nessa proposição, ambos os termos têm extensão particular.


P S

Alguma mulher não é jovem (alguma M não é J).

Nessa proposição, o termo “mulher” tem extensão particular e o termo


“jovem” tem extensão total, ou seja, existe uma mulher que não é
nenhuma das pessoas jovens.
M J
Quadrado de oposição.96.
Proposições CONTRÁRIAS (A e E ) não podem ser ambas
verdadeiras, embora possam ser ambas falsas
Se “Todo F é G” for verdadeira,
“ Nenhum F é G” será falsa. Já
“ Todo F é G” e
“ Nenhum F é G” podem ser ambas falsas.

Proposições SUBCONTRÁRIAS ( I e O) não podem ser


ambas falsas, mas ambas podem ser verdadeiras, ou uma
verdadeira e a outra falsa:
“ Algum F é G” e
“ Algum F não é G” podem ser verdadeiras. Mas, se
“Algum F é G” é falsa, então
SUBALTERNAS (A e I) e (E e O), “Algum F não é G” é verdadeira.
se A é verdadeira, I é verdadeira;
se A é falsa, I pode ser verdadeira ou falsa;
se I é verdadeira, A pode ser verdadeira ou falsa; Proposições CONTRADITÓRIAS ( A e O) e (E e I) não
se I é falsa, A é falsa. podem ser ambas verdadeiras ou ambas falsas. Se
se E é verdadeira, O é verdadeira; considerarmos verdadeira a proposição:
se E é falsa, O pode ser verdadeira ou falsa; “ Todo F é G”,
se O é verdadeira, E pode ser verdadeira ou falsa; “ Algum F não é G” será falsa.
se O é falsa, E é falsa.
Princípio da lógica
As relações entre as proposições verificadas no quadrado de oposições se sustentam com base
nos primeiros princípios da lógica, assim chamados por serem anteriores a qualquer raciocínio.
São de conhecimento imediato por serem princípios e, portanto, indemonstráveis.
Geralmente se distinguem –se três princípios:
Identidade,
Não contradição,

E terceiro excluído.
1. Princípio de identidade: Se um enunciado é verdadeiro, então ele é verdadeiro.

2.Princípio de não contradição: Também chamado simplesmente princípio de contradição. Duas proposições contraditórias,
não podem ser ambas verdadeiras:
Se for verdadeiro que “Alguns seres humanos não são justos”, é falso que
“ Todos os seres humanos são justos”.
3. Princípio do terceiro excluído, às vezes chamado do princípio do meio excluído. Todo enunciado é verdadeiro ou é falso: não
há um terceiro valor.
Exemplo: Ou P ou não P ( não há intermediários, como proposições meio certas ou mais ou menos certas). Como disse
Aristóteles: “ Entre os opostos contraditórios não existe um meio” A lógica clássica é bivalente, ou seja, apresenta apenas dois
valores, verdadeiro e falso.
4. Argumentação silogística
Agora vamos entender o que é um silogismo conforme Aristóteles pensou, mas antes disso, é
importante conhecermos as regras do silogismo. Cabe ressaltar que a lógica aristotélica fora
ampliada pelos estoicos e medievais.
Vejamos um argumento de dedução silogística: Estamos diante de uma
argumentação composta de três
Nenhum C é B. (premissa maior) proposições, em que a última
Todos os D são C. ( premissa menor) (conclusão) deriva logicamente
D B das duas anteriores, chamadas
Logo, nenhum D é B. (conclusão) C
premissas.

No exemplo, há três termos “B”, “C” e “D”. Conforme a


posição que ocupam na argumentação, os termos podem
Verdade e validade: vejamos agora as definições de
ser médio, maior e menor:
verdadeiro/falso; válido/ não válido.
Termo médio é aquele que aparece nas premissas e faz a
 Uma proposição diz –se que é verdadeira ou falsa. É
ligação entre os outros dois “C” é o termo médio que , que
verdadeira quando corresponde ao fato que expressa.
liga “D” e “B”.
 Os argumentos podem ser válido ou não válido. O
Termo maior é o termo predicado da conclusão: “B”; a
argumento é válido quando sua conclusão é uma
premissa em que ele se encontra é chamada premissa
consequência logica de suas premissas.
maior.
Termo menor é o termo sujeito da conclusão: “D”, a veja alguns exemplos de silogismos
premissa em que se encontra é chamada premissa menor.
Verdade e validade
1. (Todos os cães...): o termo médio- que
Nesse silogismo as aparece na primeira e na segunda premissas- é
“mamífero” e faz a ligação entre “cão e “gato”.
Exemplos de silogismos: premissas são Segundo a regra 5 do silogismo, o termo médio
1.
verdadeiras, a deve ter pelo menos uma vez extensão total,
conclusão é falsa e a mas nas duas proposições ele é particular, ou
Todos os cães são mamíferos.
argumentação é seja, “todos os cães são (alguns dentre os)
Todos os gatos são mamíferos. mamíferos” e “Todos os gatos são (alguns
válida.
Logo, todos os gatos são cães. dentre os) mamíferos”.

2.
A premissa é falsa e a
Todos os homens são louros.
segunda é verdadeira; 2. O argumento é válido formalmente, porque
Pedro é homem.
apressadamente, concluímos não fere nenhuma das regras do silogismo. No
Logo, Pedro é louro. entanto, é uma falácia quanto à matéria, por
que o raciocínio não é válido.
ser um raciocínio correto que parte de
Engano: estamos diante de premissa falsa. Esses enganos costumam
um argumento logicamente ocorrer na vida real, sobretudo quando nossas
conclusões se baseiam em preconceito.
válido, isto é, que não fere as
regras do silogismo.
Regras do silogismo
Nesse caso, todas as ( Todo inseto...)
3. Todo inseto é invertebrado.
proposições são os três termos são
Todo inseto é hexápode (tem seis patas).
verdadeiras. No entanto, a “inseto”, “hexápode” e
Logo, todo hexápode é invertebrado. inferência é inválida. “invertebrado”.
Vejamos as regras que estabelecem parâmetros para
O termo menor,
Identificarmos os argumentos válidos e não válidos.
“hexápode”, tem
São oito as regras do silogismo:
extensão particular na
1. O silogismo só deve ter três termos.
premissa menor : “Todo
2. De duas premissas negativas nada resulta. inseto é (algum)
3. De duas premissas particulares nada resulta. hexápode”, mas na
4. O termo médio nunca entra na conclusão. conclusão é tomado em
5. O termo médio deve ser total pelo menos uma vez. toda extensão
6. Nenhum termo pode ser total na conclusão sem ser total nas premissas. (todo hexápode).
7. De duas premissas afirmativas não se conclui uma negativa. Portanto, fere a regra 6.
8. A conclusão segue sempre a premissa mais fraca: se nas premissas uma delas for negativa, a conclusão deverá ser
negativa; se uma for particular, a conclusão deverá ser particular.
5.Tipos de argumentação
Algumas características de Argumento dedutivo: aqui se infere a conclusão da premissa anterior
argumentações :
Dedução; portanto, não acrescenta nada além do que já houvera visto nas
Indução e proposições anteriores, por isso, fala se de um argumento estéril, porque
Analogia.
na conclusão só aparece aquilo que já fora dito nos argumentos
anteriores. Não deixa de ter um rigor na analise, contudo, não nos trás nada de novo, por outro
lado, é uma forma de organizar nossos conhecimentos já adquiridos. Exemplos:
1. Todo brasileiro é sul -americano. 2. Todo brasileiro é sul-americano.
Todo paulista é brasileiro. Algum brasileiro é índio.
Todo paulista é sul-americano. Algum índio é sul-americano.
Argumento indutivo:
Ao contrario da primeira características do argumento dedutivo que parte de pelo menos de
uma proposição geral, universal, para uma conclusão, que pode ser geral, particular ou singular.
Aqui é o oposto o argumento indutivo parte de diversos dados e informações singulares para se
afirmar proposições universais. Nesse tipo de argumento ocorre a generalização indutiva que
pode ser de dois tipos: a indução completa e a incompleta.
Tipos de argumentação
Como já afirmamos na indução o conteúdo da conclusão excede os das
Indução completa: é aquela que cria exame de
premissas, o que não ocorreria nas operações dedutivas, pois bem, aqui
cada um dos elementos de um conjunto, como neste
na indução incompleta essas operações de raciocínios podem criar
caso: “A visão, o tato, a audição, o paladar e o
apenas probabilidades de estarem corretas, ainda mais, se for o caso de
olfato ( que chamamos sentidos) têm um órgão
não serem feitas cuidadosamente e de modo criterioso. Essa técnica é
corpóreo. Portanto, todo sentido tem um órgão
muito usada e como exemplo podemos citar o caso das pesquisas de
corpóreo.
eleição de candidatos a determinado cargo publico.
Indução incompleta: é a que a partir de alguns
elementos conclui-se a totalidade. Seguem dois
exemplos: Quando se faz uma pesquisa de intenções de votos um
1. Esta porção de agua ferve a 100ºC, e esta outra, instituto consulta amostras significativas de diversos
e esta outra...; logo, posso concluir que a água segmentos sociais, conforme a metodologia científica. Ao
ferve a 100ºC. considerar que entre os eleitores da amostra
2. O cobre é condutor de eletricidade, o ouro, o 25% votarão no candidato X
ferro, o zinco, a prata também. Logo, todo 10% votarão no candidato Y, conclui que a totalidade dos
metal é condutor de eletricidade”. eleitores votará segundo a mesma proporção da amostragem
pesquisada.

A indução por mais que tenha suas fragilidades perante outros recursos do rigor e das formas
de operação do raciocínio, é muito importante tanto nas questões relacionadas as experiências
diárias quantas as relacionadas aos conhecimentos das ciências experimentais.
Tipos argumentações
Analogia: (ou raciocínio por semelhança) é uma indução parcial ou
imperfeita, na qual passamos de um ou de alguns fatos singulares não a uma
conclusão universal, mas a outra enunciação singular ou particular. Da
comparação entre objetos ou fenômenos diferentes , inferimos pontos de
semelhanças.

Exemplos: “Paulo sarou de suas dores


de cabeça com esse remédio. Logo, João
há de sarar de suas dores de cabeça com
este remédio”.
“ o macaco foi curado da tuberculose
com tal soro: logo, os seres humanos
serão curados da tuberculose com o
mesmo soro”.
Nesse tipo de argumento, parecido com o indutivo trabalha com a probabilidade, e não com certezas, contudo, é muito
importante seja na vida diária, ou na ciência, na descoberta, na invenção e na arte. Uma boa parte das conclusões que
chegamos na vida prática é por analogia. Outro exemplo desse tipo de argumentação é o uso de metáforas pelos textos
literários.
Lógica simbólica
A lógica formal criada por Aristóteles ao longo do tempo fora muito criticada por ser
considerada estéril. Mas só no final do século XIX, é que definitivamente criou- se a lógica
simbólica ou matemática. Que é utilizada e considerada uma operação segura e de método
refinado quanto a precisão das apresentações; constitui-se de um rigor de uma linguagem
técnica artificialmente aplicada, mas que evita erros de raciocínios, purifica as conotações da
emoção dando maior clareza e corrigindo as ambiguidades dos pensamento e ideias
apresentados por meios dos raciocínios.
Alguns exemplos de ambiguidades:
Comecemos observando que há frases
(em vários idiomas). Ambiguidade pode ser levantada mediante apropriada marcação
dos “lugares” ocupados pelos pronomes. Se uma única pessoa
Ela falou a Se uma pessoa discorre acerca de si
respeito dela
está em foco.
mesma com outra,
com ela. Se uma pessoa dialoga X falou a respeito de X com Y
Falando a seu respeito, consigo
Ele falou a com outra, a respeito de
mesma.
respeito dela uma terceira. X falou a X falou a respeito de Y com X.
X falou a respeito de X com X
com ele respeito de Y com Z X falou a respeito de Y com Y
Lógica proposicional.
Com os símbolos, letras e outros recursos, os argumentos são expressos por meio de uma
série de premissas, por vários termos (além dos três do silogismo). Também é possível variar os
tipos de proposições além daqueles clássicos registrados por Aristóteles, o que permite uma
análise acurada das mais diversas situações. A lógica simbólica se divide em lógica
proposicional e de predicados. Apenas a primeira é alvo de discussão aqui.
 A lógica proposicional ( ou cálculo proposicional) se utiliza de símbolos para
representar as proposições e as conexões que se estabelecem entre elas. São usados
números, letras, do alfabeto, parênteses, chaves e sinais específicos. Por exemplo, as
proposições podem ser ligadas por meio de conjunção (e);
disjunção (ou...);
implicação ( se...,então...);
equivalência ( se e somente se...).
 A lógica de predicados (ou calculo de predicados) envolve os quantificadores, que
podem ser universais e existenciais e se expressam pelas palavras
“qualquer”, “todo”, “cada”,
“algum”, “nenhum” “existente”.
7.Lógica Proposicional
Proposições simples e composta.
As proposições simples não contêm outra proposição como seu componente:
Ex. “o senador renunciou”
As proposições compostas são as que se unem mediante conectivos, assim chamados
justamente porque fazem a conexão, a junção entre as proposições. Os conectivos lógicos
variam conforme o tipo de proposição e para cada conectivo existe um símbolo que o identifica.
Vejamos os exemplos:
a) A negação usa o conectivo “não” representado por um “~”.
b) A conjunção usa o conectivo “e”, representado por um “ .”. Outros preferem “&” ou “ ^”.
c) A disjunção usa o conectivo “ou”, simbolizado por “v” ou por “w” porque a disjunção pode
ser de dois tipos: O “v” indica a disjunção inclusiva,
O “w” indica a disjunção exclusiva. Nesse caso, trata-
que admite ambas as alternativas:
se de apenas um ou outro. Por exemplo, quando lemos
“Pedro alimenta se de peixe ou
o cardápio do restaurante: “na oferta especial você
salada”. Nesse caso, ele costuma
pode escolher carne ou massa”, isso significa que uma
comer peixe, salada ou ambas os
escolha exclui a outra.
alimentos.
Proposições simples e composta
d) A implicação é o enunciado condicional, que usa o conectivo “se ...,então...”, representado
por “ ” . Outros preferem “ ”.
e) A equivalência (bicondicionalidade ou bi-implicação) usa o conectivo “...se e somente se
..”, representado pelo sinal “ ”.
A partir daqui alguns exemplos:
usaremos as letras “p” e “q” para indicar as proposições.
a) Negação: “Há água em Marte”: p. “ não há água em Marte”: ~p
b) Conjunção:
“João tem febre e Antônio está bem de saúde”: p . Q.
c) disjunção:
“Á tarde leio ou saio para andar” (supondo ser inclusiva) p v q.
“ Está chovendo ou o tempo está seco” (certamente são exclusivas): p w q.
d) Implicação (condicional): “se joão tem febre, então deve ficar em casa”: p q.
e) Equivalência: “ João permanece em casa se somente se estiver com febre”: p q.
Simbolização de sentenças
Para a simbolização de sentenças, usa se as letras destacadas em negrito como referencias.
a) O presidente é oriundo das camadas pobres da população.
(proposição simples) P
b) Não li ao livro nem assisti ao filme.
(negação e conjunção) ~L . ~F.
c) Você passara na prova se e somente e estudar muito.
(equivalência) P E.
d) Ou não janto ou tomo uma sopa.
( negação e disjunção inclusiva) ~J v S.
e) Se for ao cinema, não conseguirei terminar o trabalho.
( implicação/condicional e negação). C ~T.
f) Ou caso ou fico solteiro.
(disjunção exclusiva) C w S.
Atividade

1.Todo ser humano é mortal.


Maria é ser humano.
Maria é mortal.
Sobre a conclusão desse argumento podemos dizer que ela já estava na premissa um,
portanto, constitui se de um argumento dedutivo, em que a conclusão deriva se das premissas
um e dois.
Há uma diferença importante entre 1, 2 e 3. nos
2.Todo brasileiro gosta de matemática. argumentos 1 e 2, se considerarmos as premissas
Socorro é brasileira. também são verdadeiras, pois elas derivam
Socorro gosta de matemática. logicamente das premissas. Já em a 3, a conclusão
não está justificada plenamente pelas premissas,
3.Muitos brasileiros gostam de matemática. pois João poderia estar entre os brasileiros que não
João é brasileiro. gostam de matemática. Isso quer dizer que a
João gosta de matemática. dedução ou inferência “João gosta de matemática”
não é uma necessidade lógica. Assim, 1 e 2 são
argumentos válidos; 3 é um argumento inválido.
Atividade

Classifique o argumentos em válido e não válido explicando a


razão pela qual assumem tais posições.
Paulo coelho é escritor.
Alguns escritores são ricos.
Paulo coelho é rico.

Todos os escritores são pessoas criativas.


Todas as pessoas criativas são interessantes.
Todos os escritores são pessoas interessantes.

Você também pode gostar