Você está na página 1de 4

Universidade Federal de Sergipe

Departamento de Relações Internacionais


Política Externa Das Grandes Potências
Docente: Bárbara Vasconcelos de Carvalho Motta
Discentes: Aanne Karolinne Santos da Cruz

ALLISON, Graham.; Conceptual Models and the Cuban Missile Crisis. The American
Political Science Review, v. 1963, n. 3, 1969.

O argumento geral pode ser resumido em três proposições: (1). Analistas pensam em
problemas de estrangeiros e política militar em termos de modelos conceituais em grande
parte implícitos que têm consequências significativas para o conteúdo de seu pensamento?;
(2). A maioria dos analistas explica (e prevê) o comportamento dos governos nacionais em
termos de várias formas de um modelo conceitual básico, aqui intitulado o Modelo de Política
Racional (Modelo I); (3). Dois modelos conceituais "alternativos", aqui denominados Modelo
de Processo Organizacional (Modelo II) e um Modelo de Política Burocrática (Modelo III)
que fornecem uma base para melhorar a explicação e a previsão.
Dessa forma, o ensaio irá explorar como as perspectivas de um analista podem
influenciar sua interpretação de eventos históricos, enfatizando a importância da
autoconsciência na compreensão do comportamento governamental. O autor examina os
pressupostos e categorias fundamentais comumente usados pelos analistas ao estudar essas
questões, argumentando que apesar da falta de uma abordagem sistemática e poderosa para a
análise da política externa, existem regularidades nas explicações produzidas pelos analistas
que sugerem a existência de uma substrato. Essa regularidade reflete as suposições do analista
sobre a natureza do problema, evidências relevantes e determinantes do evento (ALLISON,
1969).
Sendo assim, a crise dos mísseis cubanos foi um evento bastante significativo na
história mundial, que levou o mundo à beira da guerra nuclear e destacou os perigos das
armas nucleares. As consequências mais visíveis da crise foram catastróficas, com milhões de
vidas em risco (ibid, 1969). A crise ressalta a necessidade de uma liderança responsável e
ponderada, bem como a importância da diplomacia e da resolução de conflitos. À medida que
o mundo continua a enfrentar desafios e ameaças globais, as lições da crise dos mísseis
cubanos permanecem relevantes na promoção da paz e da segurança (ibid, 1969).
Assim, o estudo visa melhorar a compreensão da crise dos mísseis cubanos,
fornecendo mais informações e conduzindo uma análise mais profunda das evidências
disponíveis. No entanto, a crise também é vista como um estudo de caso para explorar
questões e desafios mais amplos nas relações internacionais e na governança (ibid, 1969).
MODEL I: RATIONAL POLICY RATIONAL POLICY MODEL ILLUSTRATED
O Modelo de Política Racional envolve a análise do comportamento governamental
através de uma estrutura que assume a racionalidade na tomada de decisões. O autor usa o
exemplo do New York Times levantando questões sobre a implantação de um sistema de
mísseis antibalísticos pela União Soviética, ao mesmo tempo em que persegue uma política de
distensão (ibid, 1969).
O Modelo de Política Racional pergunta por que a União Soviética alocaria grandes
somas de dinheiro a esse sistema de armas se está seguindo uma política de distensão. Esse
modelo pressupõe que os tomadores de decisão ajam racionalmente e busquem políticas que
sejam de seu melhor interesse.
A questão de por que a União Soviética iria prosseguir a implantação de um sistema
de mísseis antibalísticos, ao mesmo tempo em que parece seguir uma política de distensão,
incomoda as pessoas porque cria um paradoxo no Modelo de Política Racional. O Modelo de
Política Racional pressupõe que os tomadores de decisão agem racionalmente e perseguem
políticas que são de seu melhor interesse, mas as ações da União Soviética parecem
contraditórias. Esse paradoxo surge porque o analista tenta estruturar os eventos como
escolhas propositais de atores consistentes, o que é um pressuposto fundamental do Modelo
de Política Racional (ibid, 1969).
Dessa maneira, as "Variantes do Modelo de Política Racional" referem-se a diferentes
versões de um modelo racional refinado que é usado na literatura moderna de estratégia. Esses
modelos assumem que os atores internacionais são mecanismos de maximização de valor que
resolvem problemas e pressões no "mercado estratégico internacional" para alcançar soluções
lógicas. A maioria dos analistas de relações exteriores confia em variantes desse modelo puro
para explicar e prever ações, colocando-as dentro de uma estrutura de maximização de valor
(ibid, 1969).
O autor ainda discute diferentes variantes do modelo de política racional, que são
usadas por analistas para explicar e prever ações de atores internacionais. A primeira variante
centra-se nas escolhas do ator nacional em uma situação particular e restringe os objetivos,
alternativas e consequências considerados com base em fatores como propensões nacionais ou
traços de personalidade (ibid, 1969). A segunda variante se concentra em líderes individuais
ou grupos de liderança como os atores cujas preferências são maximizadas, e suas
características pessoais ou de grupo modificam as alternativas, consequências e regras de
escolha. A terceira variante, mais complexa, reconhece a existência de vários atores dentro de
um governo e explica ou prevê uma ocorrência por referência aos objetivos do ator vitorioso.
O modelo de política racional é uma versão refinada do modelo racional usado na literatura de
estratégia moderna, com o objetivo de maximizar o valor dentro de certas restrições (ibid,
1969). Os analistas podem confiar em diferentes variantes do modelo, como o foco no ator
nacional, líder individual ou grupo de liderança, ou múltiplos atores dentro de um governo.
No entanto, a formulação explícita desses modelos perde parte da riqueza dos modelos
conceituais implícitos (ibid, 1969). O modelo de política racional é uma versão refinada do
modelo racional usado na literatura de estratégia moderna, com o objetivo de maximizar o
valor dentro de certas restrições. Os analistas podem confiar em diferentes variantes do
modelo, como o foco no ator nacional, líder individual ou grupo de liderança, ou múltiplos
atores dentro de um governo. No entanto, a formulação explícita desses modelos perde parte
da riqueza dos modelos conceituais implícitos (ibid, 1969).
HE U.S. BLOCKADE OF CUBA: A FIRST CUT
A resposta dos EUA à colocação de mísseis da União Soviética em Cuba foi vista
como uma escalada de maximização de valor em termos estratégicos, usando a superioridade
nuclear e local americana para demonstrar determinação, permitindo que Moscou tivesse
tempo para recuar sem humilhação. O bloqueio naval foi escolhido por seguir essa lógica,
com o presidente montando um Comitê Executivo para examinar os perigos e possíveis cursos
de ação. Seis grandes categorias de ação foram consideradas durante este processo.
As duas passagens discutem diferentes aspectos do comportamento do governo. A
primeira passagem descreve a resposta dos EUA à Crise dos Mísseis de Cuba em termos
estratégicos, destacando como os EUA utilizaram sua superioridade militar e nuclear para
escalar a situação, permitindo espaço para uma resolução pacífica (ibid, 1969).
A segunda passagem argumenta que o comportamento do governo não pode ser
explicado de forma simplista como as decisões de um único tomador de decisão racional, mas
sim como os resultados de grandes organizações semi-independentes que funcionam de
acordo com padrões padrão de comportamento e coordenação. O autor argumenta que
programas estabelecidos e procedimentos operacionais padrão são necessários para o
desempenho confiável da ação governamental (ibid, 1969).
Considerações finais
A passagem apresenta dois modelos de relações internacionais, o Modelo I e outro
modelo que não é especificado, e explica como eles são usados para entender a rendição
estratégica e o término da guerra. Esses modelos são aplicados para prever as condições sob
as quais as nações podem se render em conflitos futuros, como exemplificado pelo caso do
Vietnã do Norte. A passagem também sugere que esses modelos podem ser úteis para analisar
e prever as relações internacionais e a diplomacia de forma mais ampla. No geral, a passagem
enfatiza a importância de entender os fatores que levam as nações a se renderem em conflitos
e como os modelos de relações internacionais podem ajudar nesse entendimento (ibid, 1969).
Os modelos II e III analisam o processo de rendição de um governo em uma guerra. O
Modelo II examina a dificuldade de estimar com precisão os custos e benefícios estratégicos,
particularmente em operações de guerrilha descentralizadas como o Vietnã. O Modelo III
sugere que a rendição é mais provável de ocorrer devido a uma mudança política que aumenta
o poder efetivo daqueles que acreditam que o esforço de guerra é fútil, em vez de uma
mudança de coração pelos líderes. O curso da guerra e as ações do vencedor também podem
influenciar as vantagens e desvantagens dos jogadores no governo do perdedor. Esses
modelos podem ser aplicados à rendição de outros governos, mas exigem mais informações
sobre as organizações e políticas envolvidas (ibid, 1969).

Referências
ALLISON, Graham.; Conceptual Models and the Cuban Missile Crisis. The American
Political Science Review, v. 1963, n. 3, 1969.
Stanley Hoffmann, DaedaZus (Fall, 1962) ; reprinted in The State of War (New York, 1965)

Você também pode gostar