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Membros da Aldeia Chichupac e comunidades vizinhas do município de Rabinal

vs. Guatemala - 2016

Sujeitos de direito internacional público e o exercício das suas capacidades

O caso trata de uma série de acontecimentos na região de Rabinal, durante os


anos de 1981 e 1986, além de um massacre no ano de 1992, são incluídos nos fatos
execuções, torturas, desaparecimentos forçados, violações sexuais, omissões de auxilio,
detenções ilegais, deslocamentos e trabalhos forçados contra o povo indígena maia na
Guatemala. Ao mencionar os sujeitos tradicionais de direito internacional público nesse
processo, se estabelecem principalmente, a Corte Interamericana de Direitos Humanos,
que realizou a submissão dos casos à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, e
por sua vez, essa notificou o Estado da Guatemala sobre as suas recomendações.

Para Guido Soares (2002), os sujeitos do direito internacional público são


entidades jurídicas que gozam de direitos e deveres internacionais e que possuem plena
capacidade de exercê-los, esse conceito engloba tanto os Estados, quanto as
organizações internacionais e também, os indivíduos em tribunais ad hoc. Desse modo,
o caso sobre a Aldeia Chichupac e as comunidades vizinhas do município de Rabinal
vs. Guatemala, produz um catálogo de sujeitos de direito internacional, quando
considerado o direito das gentes daqueles que foram vítimas desse massacre. Os artigos
3 e 4 (capítulo II) da Convenção Americana sobre Direitos Humanos (1969) asseguram,
veementemente, o reconhecimento de personalidade jurídica do indivíduo e o direito de
que se respeite sua vida, portanto, cada uma das vítimas representa um ator, e juntas
formam um grupo vulnerável de entidade jurídica.

As considerações da Corte são exercidas através de competências e da


responsabilidade internacional, como ocorreu quando o Estado da Guatemala aceitou a
competência jurisdicionaria contenciosa do Tribunal de Direitos Humanos, e por sua
vez, esse utilizou novamente a competência para reconhecer as violações de caráter
contínuo e permanente. O que acontece quando a Corte Interamericana fiscaliza as
ações e omissões do Estado em questão, em relação aos problemas, é resultado do
alinhamento da Convenção Americana com outros Tratados Interamericanos e com os
representantes da comunidade do Rabinal, que comprovaram os atos cometidos de
responsabilidade internacional, para enfim outorgar mais essa competência, com o
decorrer do caso.

Fontes de direito internacional usadas na sentença da CIDH

Bibliografia

OEA, Convenção Americana sobre Direitos Humanos (“Pacto de San José de Costa
Rica”), 1969.

SOARES, G. F. Curso de Direito Internacional Público. São Paulo: Atlas, 2002.

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