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Omissões Simples:

Uma omissão simples ocorre quando algo importante é omitido de uma frase.
- Vá e faça isso.
- Quando vir isso, pegue.
- Aquilo é importante.
- Sinto-me mal.
- Não sei nada daquilo.
- Estive fora.
- Não posso.
Recupere as informações omitidas fazendo perguntas como:
- O quê exatamente ...

Índice Referencial não especificado:


Aconteceu alguma, mas não fica claro quem realizou a ação e quem foi afetado.
- Erros foram cometidos.
- Venderam a casa.
- Fizeram uma confusão !
- Eles irritam-me.
- Não querem concordar.
- As crianças são teimosas.
- As pessoas não entendem...
Recupere as informações omitidas fazendo perguntas como:
- Quem faz o quê?
- Exatamente o quê foi feito e por quem?

Verbo não especificado:


Alguma coisa foi feita, mas não está claro como foi feita.
- O Cardoso falhou.
- Eles alegraram o grupo.
- O meu vizinho assusta-me.
- O meu chefe frustra-me.
- Fui encorajado a fazer o exame.
- O meu pai sustenta-me
Recupere as informações omitidas fazendo perguntas como:
- O quê exatamente... ?
- Como especificamente... ?

Comparações:
É feita uma comparação, mas o padrão utilizado não está claro.
- Eu fiz isso muito bem.
- É melhor sair de fininho.
- O verão é muito melhor.
- Sinto-me melhor aqui.
- A reunião foi mal organizada.
- Este carro é melhor.
Descubra o padrão de comparação fazendo perguntas como:
- Comparado com o quê ...?

Nominalizações:
Nesse processo, um verbo (que descreve uma ação contínua) é transformado num
substantivo (uma coisa estática).
- Ela tem medo do fracasso.
- Caramba, foi uma emoção!
- O meu filho não me tem respeito.
- A felicidade é o mais importante.
- Precisamos ter independência.
- Eu prezo a liberdade.
- Precisamos ter educação.
Recupere as informações transformando o substantivo no verbo que lhe deu origem
e expresse o pensamento como um processo.
- Como gostaria de ser respeitado ...?

Omissão performativo / Julgamento: Aqui existe um julgamento embutido na


afirmação. A omissão do performativo caracteriza-se pelo uso de expressões como:
é bom, é mau, é errado, é certo, é verdade, é falso etc...

- É errado ser teimoso.


- É mau manipular os outros.
- É inútil reclamar da situação.
- Isso não é bom.
- Não se deve beber gelado.
- Andar descalço faz mal.
- Melancia com vinho é perigoso.
Descubra quem faz o julgamento e em relação a qual padrão:
- Quem disse isso ...?
- Como isso é mau exatamente?

Operadores Modais de Necessidade: expressões como: “deveria”, “deve”, “não


deve”, “tenho que”, “sou obrigado a”. Não há uma regra de conduta que fique
explícita. O que aconteceria se você não fizesse?
- Não devo falar sobre isso.
- Tenho que lavar as mãos antes das refeições.
- Devo sempre colocar os outros em primeiro lugar.
- Tenho de ser o melhor.
- Preciso chegar antes dos outros.
- Tenho que obedecer os preceitos religiosos.
- Tenho de voltar para casa às 10 horas.
Desafie as consequências imaginadas pela pessoa:
- O que aconteceria se você não ...?

Operadores Modais de Possibilidade: expressões como: “não posso”, “posso”,


“é impossível”. Estabelecem limites impostos por uma regra não implícita.
- Não posso dizer-lhe isso.
- Eu não consigo fazer isso.
- Sou incapaz de fazer alguém feliz.
- Não tem como, assim não vai.
- É impossível completar a tarefa na data marcada.
- Não é possível conviver com aquela pessoa.
Desafie as consequências imaginadas
pela pessoa:
- O que o impede de ...?
- Suponha que pudesse, como seria?

Quantificador Universal: São expressões que têm significado generalizado, como


se as coisas fossem universais e sem excepção. São situações que podem ter
ocorrido uma, duas, três vezes, na vida e a pessoa generaliza como se ocorresse
sempre...ou nunca.
- Todos eles são limitados na inteligência.
- Todas as pessoas gostam de chocolate.
- Os homens são todos iguais.
- Nunca antes neste país...
- Ninguém consegue ver isso.
- Isso sempre acontece comigo.
- Chegas sempre atrasado.
Repita o quantificador de forma interrogativa e com uma leve entoação de espanto
na voz.
- Sempre?!
- Nunca?!
- Todos?!

Equivalência Complexa: Ocorre quando duas afirmações são ligadas como se


tivessem o mesmo significado ou como numa relação de causa-e-efeito,por
exemplo: “Não estás atento, pois não olha para mim”. Geralmente as afirmações
estão em níveis neurológicos diferentes.
- Não estás a sorrir, logo não estás a divertir-te
- Ela não se importa comigo, está sempre atrasada.
- O meu filho não me respeita, ele não me beija.
- Ele é um óptimo profissional, está sempre bem vestido.
- Esta é uma boa empresa, paga óptimos salários.
- O meu chefe não gosta de mim, ele não me cumprimenta.
Desafie com a pergunta: De que maneira “isso” significa “aquilo”?

Leitura Mental:
Ocorre quando alguém faz afirmações supondo conhecer o estado interno de outra
pessoa.
- O Leandro está infeliz.
- Aposto que ela não gostou do presente que dei.
- Sei o porquê de estares zangado.
- Ela está aborrecida, mas não quer admitir.
- Nem reparas como me sinto.
- Ele não gosta de mim.
- Sei que fazes isso só para me irritar.

Desafie com a pergunta: Como exatamente você sabe que...?

Causa e Efeito:
Ocorre quando se supõe que o comportamento de uma pessoa automaticamente
causa o estado emocional ou o comportamento de outra. É uma forma de
pressuposição.
- A voz dele aborrece-me.
- A maneira dela estar deixa-me louco.
- Estou contente porque ele saiu de casa.
- Esse tempo deprime-me.
- Esta notícia deixou-me aborrecido.
- Fiz isso por causa dele.
Desafie com a pergunta:
Como especificamente “isso” causa “aquilo”? 
Houve alguma vez em que “isso” não causou “aquilo”? 

Pressuposições:
Ocorre quando uma suposição descabida e limitadora está implícita na afirmação,
mas não abertamente.
- Quando ficares mais esperto vai entender isso.
- Ele é tão estúpido quanto o irmão.
- Porque não consegue fazer nada certo?
- vais contar-me outra mentira?
Desafie com a pergunta:
O que o leva a acreditar que...? 

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