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TREINAMENTO - CÁLCULO DE VERBAS TRABALHISTAS

O cálculo de verbas trabalhistas envolve diversas obrigações da empresa empregadora


para com o empregado. No entanto, em que pese sejam valores variáveis entre as funções
desempenhadas pelos funcionários, a forma de calcular - na maioria dos casos - é a
mesma. É quase como se fosse uma receita de bolo, mas que demanda prática.

Nesse sentido, nosso treinamento da vez vai se voltar principalmente para o cálculo das
verbas rescisórias, que são justamente aquelas devidas quando há o término do vínculo
empregatício. Não vamos nos ater, neste momento, à fundamentação jurídica de cada
verba, já que nosso foco é o cálculo em si e aspectos pontuais de cada uma.

Assim, é importante destacar que as verbas rescisórias são devidas tanto quando a
empresa dispensa o funcionário quanto quando o empregado pede para ser desligado.

No entanto, aí que devemos ter atenção: quando o empregado pede demissão, ele só
terá direito ao saldo de salário, férias vencidas + ⅓ e 13º salário vencido.

Já quando a empresa dispensa o funcionário sem justa causa, então ele terá direito às
verbas rescisórias na sua integralidade:

● Aviso prévio;
● Saldo de salário;
● Férias proporcionais + ⅓;
● Férias vencidas + ⅓;
● Férias em dobro;
● FGTS 8%;
● FGTS 40%;
● Guias de seguro desemprego.

Em ambos os casos, a empresa deverá realizar o pagamento e entrega de documentação


no prazo de 10 dias corridos, sob pena de ser aplicada a multa do art. 477 da CLT, cujo
valor corresponde a um mês do salário do empregado demitido.

DEFINIÇÕES E CÁLCULOS:

AVISO PRÉVIO (AP): O aviso prévio é o período de 30 dias entre o aviso de intenção de
dispensa e o término contratual. Exemplo: a empresa avisa no dia 09/11/2022 que o
contrato irá acabar no dia 09/12/2022.

Ele pode ser trabalhado ou indenizado. A cada ciclo de 1 ano do contrato, aumenta-se 3
dias de aviso prévio. Ou seja, se você foi contratado no dia 02/06/2020, em 02/06/2022
você terá 36 dias de aviso prévio. Há um limite de 60 dias adicionais.

O cálculo é simples. Se o aviso for de 30 dias, então o valor da indenização será igual a um
mês de salário base. Se o aviso for de mais de 30 dias, como por exemplo 36 dias, basta
utilizar a fórmula:
AP = (Salário : 30) x Dias de aviso

SALDO DE SALÁRIO (SS): é o valor de salário correspondente aos dias trabalhados no


mês em que ocorrer a decisão. Então, se o empregado é demitido no dia 14 de determinado
mês, então ele tem direito a receber 14 dias de salário.

SS = (Salário : 30) x Dias trabalhados

FÉRIAS (SIMPLES, PROPORCIONAL E EM DOBRO) + 1/3: *fazer um slide com esses


três como tópicos porque vou explicar verbalmente*.

As férias passam por dois momentos de contabilização, ambos correspondentes a 12


meses, sendo eles: período aquisitivo e período concessivo.

Férias simples + ⅓ (FS): devido quando completado o período aquisitivo e a demissão


ocorrer durante o período concessivo;

FS = Salário + ⅓

Férias proporcionais (FP): devidas quando a demissão ocorrer durante o período


aquisitivo;

FP = [(Salário : 12) x Meses do período aquisitivo] + 1/3

Férias em dobro (FD): devidas quando ultrapassado o período aquisitivo e concessivo e as


férias não tenham sido usufruídas;

FD = (Férias Simples x 2) + 1/3

FGTS 8%: a obrigação da empresa é de liberar a chave de conectividade para que o


funcionário saque os valores que deveriam ter sido depositados mensalmente;

FGTS 8% = (Remuneração x 8%) x qtd. de meses de vínculo

FGTS 40%: Muitas vezes chamado de “multa”, essa verba está estritamente ligado ao valor
de FGTS 8%;

FGTS 40% = ( Valor de FGTS 8%) x 40%

SEGURO-DESEMPREGO: não há necessariamente cálculo nesse sentido. A empresa deve


fornecer todos os documentos que atestem o término do contrato de emprego, a fim de que
o empregado se habilite, no ministério do trabalho, a receber o seguro-desemprego.

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