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Reino Bailundo
1 Etimologia
2 Histórico
3 Monarcas bailundos
4 Monarcas subnacionais
5 Referências
Reino Bailundo
← 1700 — 1903 →
Religião Animismo
Soma Inene
• 1700 Fundação
• 1903 Dissolução
Sua formação como entidade nacional se deu por volta de 1700, sob a égide do Soma
Inene (Rei) Katyavala Bwila I, sendo que só foi finalmente subjugado pelo Império
Colonial Português em 1903. Suas tradições, no entanto, permanecem na monarquia
subnacional bailunda que assenta-se na cidade de Bailundo.
Etimologia
Mbalundo pode significar também uma "toupeira com uma listra branca na testa".[2]
Histórico
Sob seus auspícios, cinco ombalas (cidades) da região, Halã-Vala, Quiaca, Calique,
Andulo e Vilé, uniram-se sob sua figura, fazendo-o seu grande Soma Inene, o grande
monarca dos bailundos, assentando-se na ombala de Halã-Vala (depois Bimbe-Katapi).
[2]
Sob o reinado de Chingui I (1774-1776), o reino quase foi dissolvido, além de entrar em
colapso económico pois, ao empreender a primeira guerra contra o poder colonial —
onde principalmente a segunda batalha tendo causado um efeito terrivelmente nefasto
aos bailundos —, o reino perdeu duas de suas cinco cidades ao final da mesma, já sob o
reinado de Chiliva Bambangulu Chingui II (1776-1778).[3]
O ápice do reino Bailundo viria ocorrer sob o reinado do Soma Inene Jolomba
Chissende Ekuikui II (1876-1890), considerado um diplomata exímio e político muito
hábil. Evitou o conflito militar com Portugal, dando-lhes certos privilégios, além de
incentivar a produção agrícola,[4] fazendo do seu reino um celeiro para abastecer
a África Ocidental Portuguesa.[3] Durante seu reinado, por meio de muitas alianças, o
território Bailundo cresceu, atingindo o ápice, comportando 50 ombalas, 300 aldeias e
450 mil habitantes. Os poucos conflitos em seu território não afectaram a estabilidade
de Bailundo.[1]
Porém, em 1903, um duro golpe foi dado na até então vitoriosa estratégia de
Mutu-ya-Kevela: O padre Gueep da Missão Católica do Hanga, sob a justificativa de
uma missão diplomática em favor dos bailundos, entregou as posições militares do reino
aos portugueses, sob comando de Massano de Amorim. Assim, em 1903, caía
definitivamente a autonomia do Reino Bailundo.[3]
Somandalu (1771-1774);
Reino independente - 1774-1778
Chingui I (1774-1776);
Chingui II (1776-1778);
Reino fantoche português - 1778-1876
Interregno (1778-1780)
Ekuikui I (1780-1800);
Numa I (1800);
Hundungulu I (1800-1810);
Chissende I (1810-1811);
Junjulu; (1811-1818);
Ngunji (1818);
Chivukuvuku Chama Chongonga (1818);
Utondossi (1818-1832);
Bunji (1833-1842);
Bongue (1842-1861);
Chissende II (1861-1869);
Vassovava (1869-1872);
Katyavala Bwila II (1872-1875);
Ekongo Liohombo (1875-1876);
Reino associado a Portugal - 1876-1891
Ekuikui II (1876-1890);
Numa II (1890-1891);
Reino independente - 1891-1903
Numa II (1891-1892);
Moma (1895-1896);
Kangovi (1897-1898);
Hundungulu II (1898-1900);
Kalandula (1900-1902);
Mutu-ya-Kevela (1902-1903);
Monarcas subnacionais
Interregno (1903-1904)
Chissende III (1904-1911);
Kadimba, Jahulu II (1911-1935);
Mussitu (1935-1938);
Chinendele (1938-1948);
Filipe Kapoko (1948-1970);
Félix, Numa III (1970-1982);
José Maria Pessela Chongolola (1982-1986);
Manuel da Costa, Ekuikui III (1986-1996);
Augusto Cachitiopololo, Ekuikui IV (1996-2012);
Armindo Francisco Kalupeteka, Ekuikui V (desde
2012).
Referências