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AD2 – Seminário de Pesquisa em Ensino de História I – Juan da Silva Lemos

Parte I – Análise do Livro Didático:


Araribá Mais História – 7º Ano – 1ª Edição – 2018
Editora Responsável: Ana Claudia Fernandes
Editorada Publicação: Moderna

O Livro inicia apresentando resposta à pergunta que sempre permeia a mente dos
estudantes do Ensino Fundamental e Médio: Por que estudar História? Mais que uma simples
resposta, a apresentação dos autores contextualiza o aluno ao ambiente em que vive, a língua
falada, a cultura presente, tudo que se apresenta na sociedade, de bom e de ruim, todas as
condições que vivemos construídas e reconstruídas ao longo de gerações.

A principal proposta do livro é proporcionar ao aluno outro olhar sobre as coisas que
vivenciamos, mas não com um olhar de passividade ou indiferença, mas com o objetivo de
inserir o aluno na sociedade. O estudo de história não é somente para conhecimento, mas
também para formação de um ser humano critico, solitário e disposto a construção de um
mundo melhor.

O livro encontra-se divido em 8 (oito) Unidades temáticas, e na abertura de cada


Unidade possui de 2 (dois) a 4 (quatro) Capítulos. Na abertura de Cada Unidade há uma
grande imagem com o breve texto que chama atenção e fazem parte dos capítulos que serão
trabalhados nessa unidade. O Conteúdo vem por escrito dentro de um quadro chamado “Você
verá nesta Unidade”.

Cada capítulo inicia com uma imagem e um texto que introduzem o tema principal do
capítulo e frequentemente articula com temas da atualidade, dentro de cada capítulo há blocos
de glossários, explicando o que significam os principais conceitos e que facilitam a
compreensão do tema de estudo.

O texto em geral é de fácil compreensão, com imagens amplas e contextualizada, o


que proporciona um melhor aprendizado, integrando conhecimento da disciplina de História
com outros componentes curriculares como Geografia, Artes, Ciências e até matemática.
Além de ícones que remetem a sugestões complementares para os alunos, como outros livros,
sites, vídeos. Todas as imagens e mapas são descritas dentro dos capítulos.
O livro articula as Unidades numa orem cronológica e temática, seguindo a história
dos povos articulando com os povos vizinhos, como das Civilizações Asiáticas, Africanas e
Americanas antes da chegada dos conquistadores europeus. A História do Brasil segue ordem
cronológica, sendo referido a partir da chegada dos Portugueses na América. Há uma divisão
na condução da História do Brasil pré-cabraliana e da História do restante da América pré-
colombiana, o livro articula a história dos povos Inca e Asteca antes da Conquista Espanhola,
porém, só conhecemos o debate historiográfico a cerca dos Nativos do Brasil no momento do
contato com os portugueses.

O livro propõe debates historiográficos em 2 (dois) momentos distintos, dentro do


quadro “Documento” e do quadro “Debate”. A seção “Documento”, traz excertos de textos
historiográficos e fontes históricas (textuais ou imagéticas) que visam introduzir atividades de
análise, interpretação e reconhecimento das fontes historiográficas no contexto histórico em
que foram produzidos e sua presença ocorre segundo questões sugeridas pelo próprio texto
principal.
Já a seção “Debate” Esta seção, como o próprio nome sugere, dedica-se ao exame de
polêmicas historiográficas, incentivando a reflexão sobre diferentes interpretações a respeito
de um mesmo fenômeno ou evento. Tem como objetivo apresentar contrapontos a uma versão
histórica consolidada ou a explicações que configuram um lugar-comum. Possibilita, dessa
forma, que se aprofunde uma questão não suficientemente trabalhada no texto principal,
convidando o estudante a refletir sobre as proposições do excerto historiográfico.
Todas imagens tem por objetivo contextualizar o aluno ao tema estudado, promovendo
o debate historiográfico necessário a compreensão de cada tema. Assim como as fontes
históricas abordadas e a articulação do debate historiográfico, dialogando fielmente com
temas debatidos nas Universidades e temas atuais discutidos por historiadores e pesquisadores
no Brasil e no exterior.
As atividades estão dispostas no final de cada capítulo tem como objetivo promover a
organização e a sistematização dos principais conteúdos vistos nele. Explora, por meio de
atividades, tanto as possibilidades de aplicação do que foi apreendido pelo estudante quanto
as possibilidades de extrapolação do conteúdo, por meio de propostas de interpretações de
fontes históricas, de análises de textos historiográficos, de pesquisa e/ou de trabalho com a
compreensão leitora de imagens ou textos da atualidade.
Além das atividades no final de cada Capítulo, cada Unidade conta no final com 2
(dois) boxes dedicados, o “Ser no Mundo” e “Para Refletir”. O box “Ser no Mundo” trata
especialmente às questões de identidade do indivíduo ou de seu grupo, abordando as
competências socioemocionais. Com base na leitura de textos ou imagens, propõe a reflexão
sobre questões controversas da História e da atualidade, que demandam reflexão e
posicionamento crítico. Já o box “Para refletir”, tem como mote uma questão
problematizadora, uma situação-problema, que leva à reflexão e à discussão. Com base em
textos diversos, especialmente jornalísticos, e imagens atuais, a seção aborda questões
polêmicas do presente e propõe atividades em torno de uma questão de síntese, que
“responde” à pergunta norteadora.

Parte II – Analise de Tema do Livro


Unidade IV – A Economia Açucareira
Capítulo 14 – O Principal negócio da colônia
Páginas 152 – 165

A unidade é aberta com a reprodução da pintura “Engenho” de 1668, que representa


um engenho, um complexo produtor de açúcar, com a moenda em primeiro plano e a casa
grande do senhor de engenho ao fundo. A imagem já consegue articular que a açúcar foi o
motor econômico na colônia portuguesa naquele período. Ao longo de todo o capítulo, o livro
recorre ao uso de ilustrações para realizar as necessárias contextualizações apara o período da
economia açucareira.
O texto é de fácil compreensão e articulação, bem elaborado para os alunos do 7º Ano
que estão na faixa de 11 a 12 anos de idade. O texto articula os debates historiográficos de
maneira clara e sucinta, articulando com as fontes históricas e as imagens fazem a
complementação desse debate.
Nesse capítulo, em especifico, além de discutir a economia açucareira, começamos a
debater a questão da escravidão no Brasil e os primeiros focos de resistência, o debate
historiográfico não reduz o cativo africano e seu descendente a simples engrenagens do
sistema econômico açucareiro, mas propõe a eles humanidade, aborda a situação do escravo
como parte da sociedade do açúcar, dedicando não apenas uma passagem na descrição do
funcionamento d Engenho mas como parte da sociedade trazendo ao debate a Identidade, a
Religiosidade e principalmente a Resistencia escrava frente ao Escravizador.
No box “Em Debate” dessa unidade somos levados a analisar as visões de dois
historiadores importantes como Gilberto Freyre e Jacob Gorender, sobre a Escravidão,
destacando sempre o caráter nocivo e desumano da escravidão.
Os mapas também aparecem com frequência nesse capítulo para articular os locais de
desenvolvimento do açúcar com as respectivas regiões atuais. As principais atividades do
capítulo abordam a questão da Escravidão, a estrutura do Engenho de Açúcar e as regiões que
o Açúcar floresceu. As atividades propostas pelo livro articulam o debate historiográfico
proposto no texto principal com os boxes agregadores.

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