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Aluno: Juan da Silva Lemos

Matrícula: 18216090044
Curso: Licenciatura em História
Polo: Miguel Pereira

História Medieval
Avaliação à Distância 1

Respostas

- Questão 1 –

O objeto, O Livro da Cidade das Damas, do francês Le Livre de la Cité des


Dames, de autoria da brilhante Christine de Pizan, data a origem do século XV,
e no texto da professora Ana Miriam Wuensch, ela descreve que utilizou num
disciplina ofertada pelo Departamento de Filosofia da UnB, Universidade de
Brasília, no ano de 2012.

- Questão 2 –

Na idade Média, antes do surgimento da imprensa como a conhecemos, a


fabricação de livros era puramente artesanal, juntando diversos volumes de
iluminuras, que eram textos feitos a partir de imagens e dispostos em forma de
prosa ou poesia. A invenção da prensa na idade Média foi um marco na
produção literária, sendo a Bíblia de Gutemberg o primeiro livro que seu
inventor produziu utilizando a prensa.

- Questão 3 –

A primeira perplexidade se dá ao fato de termos Christine sendo


abordada como uma escritora na idade Média, levando em consideração as
condições de educação que as mulheres tinham nessa época principalmente
pelo contexto histórico no qual estavam inseridas.
A segunda perplexidade é acerca do fato de nesta época a produção
literária e, consequentemente, a educação formal estavam concentradas nas
mãos dos clérigos (daí temos o termo dos monges copistas) e Christine de
Pizan não desenvolveu seu intelecto atrás das paredes dos mosteiros ao longo
de toda a Europa, mas sim através de influências de familiares (pai, avô e
posteriormente o esposo).
A terceira perplexidade surge por ter sido personagem no árduo debate
sobre as partes da Querelle du Roman de la Rose, simplesmente o Romance
da Rosa. Curiosamente, esse escrito foi feito em épocas distintas por escritores
diferentes, que no final, apresentaram ideias e narrativas contrastante, e no
caso da segunda parte, conflituosa. A polêmica se deu devido essa segunda
parte, escrita pelo clérigo Jean de Meung, apresentar a ideia de desprezo a
mulher, e um dos atos de Christine foi organizar uma resistência literária contra
Jean, nomeada “Ordem da Rosa”, aparentemente, podemos considerar como
um registro histórico do movimento feminista, pois Christine permaneceu
escrevendo e sendo ativista contra os ataques conservadores cometidos por
Jean e seus adeptos.
A quarta e última perplexidade nos traz luz sobre diversos pontos da
autora que merecem destaque, ela que foi uma escritora profissional, primeira
do mundo ocidental, com registro de diversos trabalhos literários que foram
pedidos por membros da nobreza medieval, e foi na escrita que ela encontrou o
sustento para família além de toda a herança cultural que ela nos deixou
através dos séculos.
Christine de Pizan nos deu um belíssimo movimento literário, altamente
crítico e extremamente peculiar para sua época.

- Questão 4 –

A Querelle du Roman de la Rose, (Querela do Romance da Rosa) foi um


poema escrita por autores diferentes e em períodos destintos do século XIII.
Originalmente Guillaume de Lorris o escreveu em 1230, tendo em torno
de 4 mil versos e utilizando o latim e algumas línguas vernáculas.
Apresentando a ideia do sonho de um jovem poeta contemplando o florescer
de uma rosa, narrando sua longa busca ao seu objeto desejado, o que não
solucionado no texto que nos traz uma lírica amorosa e positivista.
Aproximadamente 40 anos depois, o clérigo Jean de Meung decidi por
solucionar a busca não resolvida na primeira parte. Ele acrescentou mais 17
mil versos, trazendo à tona sua versão mais pessimista e negativa relativa as
mulheres, contrastando totalmente com as ideias abordadas na primeira parte.
Essa segunda parte, altamente misógina foi duramente criticada pela
escritora Christine de Pizan e o teólogo Jean Gerson, o que levou a escritora a
forma a Ordem da Rosa, como resistência literária aos ataques que Jean de
Meung fez as mulheres em seu texto.

- Questão 5 –

Para a autora, na perspectiva de Simone de Beauvoir, Christine de Pizan


foi a primeira mulher na história a escrever para defender seu genêro, no
ataque aos clérigos que apoiavam Jean de Meung vários catedráticos se
levantaram em oposição a Christine (lembremos que as universidades eram
ambientes absolutamente masculinos e altamente misóginos), e ela responde
em favor da universalização do acesso à educação para as mulheres e
dignidade para que possam se instruir é transcender com o papel social que é
posto sobre elas.
Ambas pensadoras, Christine e Simone, nos presenteiam com
semelhanças em suas principais obras, Cidade das Damas e o Segundo Sexo
respectivamente, trazendo os problemas com suas origens históricas e sociais,
analisadas a partir da própria experiência, questionando as teses vigentes
sobre o gênero feminino, cada uma em seu tempo na linha da história e sendo
a escrita principal arma contra a opressão, derrubando os mitos e preconceitos
com fatos afim de conseguirem liberdade e dignidade para as mulheres de sua
época, e deixando legado para as próximas gerações.

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