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FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE LÍNGUA

PORTUGUESA E MATEMÁTICA

Ciclo 3 Formação 2 / 2022


Língua Portuguesa – Ensino Fundamental
6º / 7º anos
Narrativas de detetive em sala de aula
Depois do retorno às aulas...

● Ainda estamos nos


sentindo
adoráveis. E você?

Fonte: Google Imagens


Check-in: sobre o encontro anterior...

● Campo jornalístico-
midiático
● Notícia e
reportagem
● Letramento
midiático crítico
Check-in: sobre o encontro anterior...

● Tópicos
emergentes da
avaliação:
leitura e
interpretação
Check-in: sobre o encontro anterior...
Embarcando: proposta deste encontro...

Fonte: Google Imagens


Embarcando: proposta deste encontro...

Fonte: Google Imagens


Embarcando: proposta deste encontro...

Fonte: Google Imagens


Na bagagem: curiosidade e imaginação

Ainda há espaço para os porquês?

Fonte: Google Imagens


Na bagagem: letramentos literários
Amorim et al (2022, adaptado) sugerem que:

1. Letrar literariamente requer uma


experiência efetiva com textos literários.
2. Práticas de letramentos literários se são a
partir de movimentos sócio-historicamente
situados e de construção de sentidos do
texto no ato da leitura literária.
3. É preciso promover a diversidade textual.
4. O aluno precisa se enxergar como leitor
literário e parte de uma comunidade de
leitura.
Fonte: Google Imagens
Na bagagem: letramentos literários
Amorim et al (2022, adaptado) sugerem que:

5. É preciso alargar o contato com práticas


diversas de leitura literária.
6. O professor deve atuar como um
mediador no processo de letramento
literário.
7. É preciso estar atento aos desejos e
escolhas dos alunos.
8. Alinhado à BNCC, que seja assegurado o
trabalho com a escrita literária.
Fonte: Google Imagens
Na bagagem: BNCC

Fonte: Brasil (2018, p. 136)


Na bagagem: campo artístico-literário

Fonte: Brasil (2018, p. 138)


Na bagagem: campo artístico-literário

Fonte: Brasil (2018, p. 138)


Na bagagem: planejando por habilidades
(EF69LP44) Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes
visões de mundo, em textos literários, reconhecendo nesses textos formas de
estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades, sociedades e culturas e considerando
a autoria e o contexto social e histórico de sua produção.

(EF69LP47) Analisar, em textos narrativos ficcionais, as diferentes formas de composição


próprias de cada gênero, os recursos coesivos que constroem a passagem do tempo e
articulam suas partes, a escolha lexical típica de cada gênero para a caracterização dos
cenários e dos personagens e os efeitos de sentido decorrentes dos tempos verbais, dos
tipos de discurso, dos verbos de enunciação e das variedades linguísticas (no discurso
direto, se houver) empregados, identificando o enredo e o foco narrativo e percebendo
como se estrutura a narrativa nos diferentes gêneros e os efeitos de sentido decorrentes
do foco narrativo típico de cada gênero, da caracterização dos espaços físico e
psicológico e dos tempos cronológico e psicológico, das diferentes vozes no texto (do
narrador, de personagens em discurso direto e indireto), do uso de pontuação expressiva,
palavras e expressões conotativas e processos figurativos e do uso de recursos
linguístico-gramaticais próprios a cada gênero narrativo.
Na bagagem: planejando por habilidades
(EF69LP51) Engajar-se ativamente nos processos de planejamento, textualização,
revisão/edição e reescrita, tendo em vista as restrições temáticas, composicionais e
estilísticas dos textos pretendidos e as configurações da situação de produção – o leitor
pretendido, o suporte, o contexto de circulação do texto, as finalidades etc.– e considerando
a imaginação, a estesia e a verossimilhança próprias ao texto literário.

(EF67LP30) Criar narrativas ficcionais, tais como contos populares, contos de suspense,
mistério, terror, humor, narrativas de enigma, crônicas, histórias em quadrinhos, dentre
outros, que utilizem cenários e personagens realistas ou de fantasia, observando os
elementos da estrutura narrativa próprios ao gênero pretendido, tais como enredo,
personagens, tempo, espaço e narrador, utilizando tempos verbais adequados à narração de
fatos passados, empregando conhecimentos sobre diferentes modos de se iniciar uma
história e de inserir os discursos direto e indireto.
O gênero narrativa de detetive
● Pertence ao campo de atuação artístico-literário.
● Circula tanto em meio impresso (especialmente livros) quanto em
meio digital (sites, blogs, podcasts etc.).
● Deve ter um crime misterioso, uma vítima e um detetive
profissional.
● Apresenta estrutura canônica da narrativa (personagens, espaço,
narrador, tempo e enredo) em poucas páginas.
● Elucida uma investigação, que pode ser narrada em primeira ou
CICLO 1
terceira pessoa – frequentemente, um amigo do detetive.
Estratégias para diagnosticar e recompor o conhecimento dos estudantes
O gênero narrativa de detetive
● Fomenta o desenvolvimento de estratégias de leitura e
interpretação socialmente relevantes, especialmente no que
concerne aos elementos da narrativa e à interação a partir da
leitura.
● Permite a produção escrita, dialogando com textos de referência
e experiências pessoais.- no gênero em tela ou outro.
● Mobiliza registro escrito formal, alinhado à norma padrão, e
estratégias de textualidade importantes para o ensino escolar e
CICLO 1
extraescolar.
Estratégias para diagnosticar e recompor o conhecimento dos estudantes
Mãos à obra: um convite à leitura e à escrita

● Que enigma
um galinheiro
pode conter?

CICLO 1
Estratégias para diagnosticar e recompor o conhecimento dos estudantes
Fonte: Google Imagens
Atividade de sondagem

Antes do início das atividades de leitura e de escrita sobre o gênero narrativa de detetive, solicitar
aos/às alunos/as que formem duplas. Em seguida, entregar para cada dupla quatro fichas com
palavras criptografadas (MISTÉRIO / CRIME / DETETIVE / ENIGMA) e uma com as
correspondências com as letras do alfabeto utilizadas:
Atividade de sondagem

Assim que as palavras criptografadas forem desvendadas, pedir para que os/as alunos/as as leiam
e que deem palpites sobre o que eles/elas acham que será trabalhado em aula. Em formato de roda
de conversa, questionar:

• Vocês se interessam por assuntos ligados a detetives, mistérios e enigmas? Sim? Não?
Por quê?
• Vocês já assistiram algum filme ou série, ou já leu livros/quadrinhos com esse assunto?
Qual(is)? Gostaram?
• Vocês conhecem algum detetive famoso ou outro personagem marcante? Qual(is)?
Atividade de leitura

REY, Marcos. O
incrível enigma do
galinheiro. In:
PRIETO, Heloísa.
(Org.) Em vice-
versa ao
contrário. São
Paulo: Companhia
das Letrinhas,
1993.
Mãos à obra
Após a leitura, questionar a turma sobre quem cada um/uma acha que é o ladrão. Para isso, pode-
se escrever no quadro os nomes das personagens:

TIO CLARIMUNDO SHERLOCK HOLMES

MENINO PAI DO MENINO MÃE DO MENINO NOCA

Permitir que todos/as expressem sua opinião. É possível fazer uma enquete na turma, escrevendo
ao lado do nome das personagens quantos/as alunos/as acreditam que ele/ela seja o/a ladrão/ladra
e por que o crime foi cometido. Peça que os alunos registrem no caderno suas respostas, para
depois confirmar quando realizarem a leitura completa do texto.

Entregar a parte final da narrativa e confrontar as opiniões da turma com o desfecho dado pelo
autor. Perguntas, como: Quem, afinal, roubava as galinhas? Como descobrimos isso? O que você
achou da motivação para o crime? podem ser feitas.
Mãos à obra
1. Você já conhecia esse texto? Ou esse autor? Se sim, foi bom reler a narrativa? Se não, o que
mais chamou sua atenção nesse texto? Registre três aspectos que mais chamaram sua atenção
nessa leitura.
2. Você confirmou sua hipótese sobre quem era o ladrão e o motivo pelo qual o crime foi cometido?
Se sim, vamos fazer um levantamento sobre quem mais acertou na turma? Para isso, montaremos
um bloco de contagem no quadro e veremos quem acertou e quem errou sua hipótese inicial.

Ladrão/ladra Quantos/as alunos/as indicaram ele/a

Tio Clarimundo

Sherlock Holmes

Menino

Pai do menino

Mãe do menino

Noca
Mãos à obra
3. Depois de ter realizado a leitura, vamos listar as características de cada personagem da
narrativa? Busque no texto informações para completar o esquema abaixo:

CARACTERÍSTICAS
PERSONAGEM FÍSICAS OU
PSICOLÓGICAS
Mãos à obra
4. Depois de (re)conhecermos todos/as os/as personagens, quem é o narrador do “O incrível
enigma do galinheiro”? Ele participa ou não da história? Justifique sua resposta com passagens do
texto.

5. A narrativa que lemos (assim como tantas outras narrativas que existem) comporta dois tempos
distintos: o tempo em que o narrador conta a história e o tempo evidenciado pelas falas dos/as
personagens. Em sua opinião, por que há dois tempos na narrativa? Que pistas linguísticas nos
ajudam a identificar esses tempos e sua distinção? Traga exemplos para embasar a sua resposta.

6. Onde a narrativa se passa? É no Brasil ou em Londres? Como podemos confirmar isso?


Transcreva duas frases que mostrem a descrição do espaço onde a narrativa é situada.
Mãos à obra
7. Em suas palavras, qual foi o principal conflito da narrativa, ou seja, o fato em torno do qual ela
se organiza e justifica que ela seja contada para mais pessoas? Esse conflito seria relevante em
sua cidade? Você já ouviu alguma história que seja organizada em torno de um caso semelhante
ao do texto que lemos?

8. Vamos fazer uma síntese do enredo da narrativa? Ou seja, vamos resumir, em seis linhas, do
que essa história trata? Depois, vamos comparar nossas respostas com outras da turma e
produzirmos um registro coletivo de como percebemos o que é contado em "O incrível enigma do
galinheiro".

9. Agora, pense: se você pudesse mudar algo nessa narrativa, o que seria? Justifique sua
resposta.
Mãos à obra
10. E se você fosse indicar a leitura desse texto para alguém de fora de nossa sala de aula, o
que você diria para essa pessoa? Imagine que você deixará um bilhete escrito com essa dica.
Escreva, então, em torno de um parágrafo (curto, de no máximo 10 linhas) linhas recomendando
essa leitura e dizendo o que nela é merecedor de atenção pelo/a destinatário/a de seu bilhete (ou
seja, porque vale a pena ler esse texto!).
Mãos à obra: extrapolação
1. Você já conhecia o famoso detetive Sherlock Holmes? Se sim, como você descreveria ele para a
turma? Que características mais marcantes ele tem? Se não, que tal perguntar aos seus colegas o
que eles já sabiam ou ouvir do/a professor/a algumas dicas sobre a história desse famoso detetive?

2. E no Brasil, será que existem detetives como Sherlock Holmes, que resolvem mistérios? Você já
ouviu falar sobre algum? Que tal conversar com a turma sobre o Detetive Virtual do Fantástico
(programa televisivo) e os mistérios que ele resolve? Você pode selecionar um mistério solucionado
por ele e compartilhar com a turma em um relato oral rápido (3 a 5 minutos). Para isso, este site
pode ser uma fonte de consulta importante: https://g1.globo.com/fantastico/quadros/detetive-virtual/

3. Se você fosse investigar um mistério ou enigma, qual seria? Por quê?


Mãos à obra: extrapolação
7. Por que Noca confessou roubar as galinhas? Você concorda com essa atitude dela? Justifique
sua resposta.

8. A quais leitores o sobrinho de Clarimundo se refere no último parágrafo do texto, ao usar a


expressão “[...] pobres leitores"?
( ) a vocês, os/as leitores/as que estão lendo neste momento.
( ) aos/às leitores/as do autor Marcos Rey.
( ) aos/às leitores/as de Sherlock Holmes.

9. Logo no primeiro parágrafo do texto, temos: “Isso aconteceu numa época em que o grande
detetive Sherlock Holmes estava aposentado e um tanto esquecido.” A que se refere a palavra em
destaque? Justifique com suas palavras.
Mãos à obra: extrapolação
11. Há elementos que não podem faltar em uma narrativa de enigma. Vamos enumerar a 2ª coluna de
acordo com a 1ª para conhecermos melhor tais elementos.

(1) enigma ( ) quem investiga o ocorrido

(1) vítima(s) ( ) vestígios que ajudam na investigação

(1) culpado ( ) é(são) prejudicado(s) por um ato ilícito (ilegal)

(1) detetive ( ) algo que é difícil de resolver

(1) pistas ( ) quando o enigma é finalmente resolvido/desvendado

(1) solução do enigma ( ) quem comete um ato ilícito contra a(s) vítima(s)
Mãos à obra: extrapolação
13. Na narrativa que lemos, o próprio narrador, o sobrinho de Clarimundo, era quem roubava
as galinhas, com o objetivo de alimentar os pobres. E se essa narrativa pudesse ter um
outro/a culpado/a, quem seria? Agora está com você a missão de modificar esse enigma.
Para isso, escreva um novo final para a narrativa “O incrível enigma do galinheiro”. No
entanto, não se esqueça de:

• Manter o narrador, o sobrinho de Clarimundo;


• Levar em consideração as personagens existentes e suas características;
• Apresentar uma motivação para o crime: por que as galinhas foram roubadas?
• Apresentar no desfecho (final do texto) a solução do enigma.
Check-out: PNLD Literário

Consultar em:
https://pnld.nees.ufal.br/pnld_2020_literario/inicio
Check-out: sobre o roteiro de estudos
Check-out: sobre o roteiro de estudos
● Amplia nossas discussões e apresenta em detalhe a proposta de trabalho
com narrativa de detetive.
● Sugere materiais de apoio (sites e leituras).
● Propõe reflexão a respeito da adaptação da proposta apresentada e
mapeamento de outros textos que podem ser lidos em sala de aula
pelos/as alunos.
Check-out: avaliação do encontro

Registre suas impressões pessoais neste


formulário: https://forms.office.com/r/WdbfzwxsEk
Muito obrigado/a!
GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Governador: Ranolfo Vieira Júnior

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
Secretária: Raquel Teixeira
Secretária Adjunta: Stefanie Eskereski
Diretor-geral: Guilherme Corte
Chefe de Gabinete: Aline Mendes
Diretora Pedagógica: Letícia Grigoletto
Diretora de Recursos Humanos: Cleusa Flesh
Coordenador da Assessoria de Comunicação Social: Rodrigo Peixoto
Coordenador da Assessoria Jurídica: Josias Nunes
Coordenadora do Centro de Desenvolvimento dos Profissionais da Educação: Naomy de Oliveira
Ramos

COORDENAÇÃO DA FORMAÇÃO CONTINUADA:


Coordenadora do Programa de Formação Continuada: Martina Isnardo Gusmão

Curadoras de formação do Programa de Formação Continuada:


Ana Júlia Petter
Kátia Rocha
Rita Celeste Alfonso

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