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O planeamento pode ser classificado de acordo com o horizonte temporal e o seu impacto na
empresa de curto ou de médio e longo prazo.
Quando a organização tem uma estrutura diversificada, ou seja, tem vários negócios,
produtos ou serviços com estratégias diferentes para cada um deles, o planeamento
estratégico poderá subdividir-se em:
- Corporate level;
- SBU ou UEN – unidade estratégica da unidade de negócios.
Caracteriza-se por ser o planeamento mais amplo e abrangente sendo as suas principais
características as seguintes:
- é projetado a longo prazo, e os seus efeitos e consequências estendem-se ao longo do tempo;
- envolve a empresa como uma totalidade, abrange todos os recursos e áreas de atividade;
- está direcionado para as relações entre a empresa e o seu meio envolvente;
- define os propósitos globais da organização (a missão) e os objetivos genéricos e a forma de
os alcançar;
- é definido pela gestão de topo (nível institucional).
Planeamento Estratégico
Planos podem ainda ser classificados em:
Planos Rígidos – Dificilmente podem ser alterados.
Planos Flexíveis – Podem ser alterados e por vezes as alterações já estão previstas.
Planos Contingenciais – São elaborados para entrarem em ação se se verificarem determinadas
circunstâncias que impeçam ou ponham em causa o plano em curso.
Num contexto Incerto, os gestores devem ter planos que sejam específicos, mas flexíveis.
Gestores devem considerar o planeamento como um processo contínuo. Os planos servem como
um roteiro, se o destino mudar, face às circunstâncias do contexto, os planos devem ser
ajustados.
Etapas do Planeamento Estratégico
Visão – é um destino especifico, uma imagem de um futuro desejado, deve sobretudo ser
coerente, criar uma imagem clara do futuro e gerar compromisso com o desempenho.
Variáveis Económicas
(Exemplos):
- Inflação
- Política de Rendimento
- Sistemas de tributação
- Taxa de Desemprego Variáveis Tecnológicas (Exemplos):
- Equilíbrio sistema educativo - Proteção de patentes
Variáveis legais (Exemplos): - Surgimento de novos materiais
- Legislação laboral - Surgimento de novas técnicas de produção
- Legislação sobre Regulamentação - Surgimento de novos equipamentos
- Concorrência
- Publicidade Análise da
Variáveis ambientais (Exemplos): Envolvente
- Preços - Alterações Climáticas Externa –
Meio Específico (setor) - Fornecedores de energia
- Disponibilidade de água
O meio envolvente específico é composto
pelos agentes e fatores que influenciam diretamente a atividade da empresa e que interferem
com o nível de desempenho da mesma.
A análise do meio envolvente específico pretende determinar as ameaças e oportunidades que
advêm da indústria ou sector onde a emprese insere a sua atividade. Os elementos que o
constituem são os clientes, os fornecedores, os concorrentes e a comunidade.
Uma indústria é composta por um grupo de empresas que produzem produtos ou serviços
similares. A rendibilidade de uma empresa deriva:
- Do desempenho e das suas características;
- Das características do sector.
Michael Porter identificou cinco forças competitivas que determinam o interesse de qualquer
setor de atividade e que podem influenciar a rendibilidade ao nível da empresa.
Análise Interna
A análise da empresa tem como objetivo avaliar os recursos e as capacidades da mesma para
competir nas condições do meio envolvente geral e específico. Por outras palavras, pretende-se
determinar os pontos fortes e os pontos fracos da empresa.
- a análise dos recursos pode ser feita através de análise funcional
- análise da cadeia de valor
Análise SWOT
Análise SWOT
A análise SWOT (Forças, fraquezas, oportunidades, ameaças) permite aos gestores
posicionarem a organização para tirar vantagens das oportunidades no ambiente enquanto
evitam ou minimizam as ameaças ao fazerem isto as organizações tentam enfatizar as suas
forças e moderar as consequências negativas das suas fraquezas.
A conjugação da informação sobre o contexto com a informação sobre as capacidades da
organização permite a formulação de estratégias realistas para atingir os objetivos.
As forças e fraquezas são identificadas pela análise Interna (Análise Funcional; Análise da
Cadeia de Valor).
Uma força é algo que a empresa faz bem ou uma característica que aumente a sua
competitividade.
Fraquezas é algo que a empresa não tem, que execute mal ou a coloque numa situação
de desvantagem face à concorrência.
As ameaças e oportunidades prendem-se com fatores externos que estão fora do controlo da
empresa (Análise PESTEL/PEST; Modelo das Cinco Forças de Porter).
Existem três categorias de recursos que são a base para as forças e fraquezas da empresa:
Estratégias de Negócio
As empresas necessitam de desenvolver uma estratégia de negócio que lhes permita ter uma
vantagem competitiva, ou seja, ter melhor desempenho que os concorrentes e obter uma
rendibilidade superior à média das empresas no sector.
Uma empresa obtém uma vantagem competitiva sustentável quando um número apreciável de
compradores prefere os seus produtos/serviços em comparação à oferta dos concorrentes e
quando esta preferência for duradoura.
Segundo Porter (1980) uma empresa é distinta das demais devido às múltiplas características da
sua atividade, atividade essa que pode dar origem a dois tipos de vantagens competitivas:
- Vantagem competitiva em custos;
- Vantagem competitiva em diferenciação.
A empresa tem uma vantagem competitiva em custos quando consegue produzir um produto
(bem ou serviço) com características semelhantes ao da concorrência, mas a custos mais baixos.
Estratégias Competitivas
Estratégias Corporativas
Estratégia corporativa – Determina em que negócios uma empresa está ou quer estar e o que
quer fazer com os seus negócios. É baseada na missão e objetivos da Organização.
Estratégias de Crescimento
a) Concentração – Estratégia assente num só negocio (e.g, cadeias de fast food - negócio de
comida rápida a preços acessíveis).
Desenvolvimento do produto – expansão da linha de produtos.
Desenvolvimento de mercado – expansão dos mercados onde opera.
Integração Horizontal – Aquisição de empresas na mesma área de negócio.
A matriz BCG também é conhecida pela matriz crescimento – quota de mercado, pois são estas
as duas variáveis que aparecem na análise.
O objetivo da matriz BCG é fornecer uma base de sustentação para o planeamento da carteira de
negócios da empresa, de forma a garantir, através de uma gestão adequada de fluxos
financeiros, um crescimento equilibrado.
Pretende classificar os produtos de uma empresa de acordo com o seu potencial.
A matriz é concebida considerando:
- em ordenadas, a taxa de crescimento anual das vendas do produto no mercado, ou seja, a
atratividade do mercado. Considera-se elevada a taxa de crescimento que for superior a metade
do eixo.
A taxa de crescimento de mercado representa a atratividade da indústria e a necessidade de
investimentos para manter o crescimento dos negócios. Há uma relação direta entre a taxa de
crescimento da indústria e a necessidade de investimentos. Quando mais elevada (baixa) for a
taxa de crescimento da indústria, maior (menor) é a necessidade de investimentos.
- em abcissas, a quota de mercado relativa, ou seja, a participação do produto no mercado, em
relação ao seu maior concorrente. Traduz a vantagem concorrencial. A linha divisória assume o
valor de 1.
Estrelas – do ponto de vista estratégico a empresa deve consolidar estes negócios e manter a
sua liderança de mercado, porque eles a medio/longo prazo tendem a transformar-se em “vacas
leiteiras”, gerando uma grande libertação de fundos financeiros para a empresa.
A empresa tem uma elevada quota de mercado relativa, ou seja, é líder de mercado;
Elevadas taxas de crescimento da indústria;
Necessitam de muito investimentos, pois o mercado está em forte crescimento;
Podem gerar fluxos financeiros equilibrados, mas como o mercado está em forte
expansão, necessitam, regra geral, de apoios financeiros elevados.
Tende presente o modelo da matriz BCG um portfólio de negócios equilibrado deve conter
negócios denominados “vacas leiteiras”, para financiar os negócios “estrelas” e “dilemas”, que
garantam o crescimento sustentado da empresa.
4 – Declínio – Neste período a procura entra em derrapagem, os lucros sofrem uma rápida
erosão e um número elevado de empresas abandona o mercado.
Nas organizações são tomadas decisões com diferentes graus de importância e de complexidade
de forma continua. A tomada de decisões é uma constante no dia-a-dia dos gestores, os quais
são avaliados e recompensados pelos resultados dessas decisões. Os Gestores de todos os níveis
e de todas as áreas tomam decisões, isto é, fazem escolhas.
Críticas uma vez que os modelos racionais falham porque nem sempre:
- Os objetivos estão definidos à partida
- É possível considerar todas as opções
- Está disponível toda a informação (não há limitações orçamentais ou cognitivas,
associadas à utilização parcial e seletiva da informação)
Modelos Racionais – uteis em contexto de certeza quando os decisores têm toda a informação
de que necessitam sobre os custos e benefícios das alternativas.
Risco – Não se pode prever com certeza os resultados das alternativas, mas existe informação
sobre a probabilidade de uma alternativa levar a um resultado.
Incerteza – Conhecem objetivos, mas não têm informação sobre as alternativas e respetivos
resultados.
Tipo de Decisões
As decisões que os gestores tomam nas suas organizações não são todas do mesmo tipo:
Decisões de Rotina – São decisões repetitivas, isto é, decisões que têm que ver com a
rotina das operações. Os problemas são semelhantes e solucionados de forma habitual.
As decisões de rotina são típicas dos gestores de nível inferior.
Decisões de não rotina – São decisões não programadas, novas, relacionadas com
situações que não se apresentam habitualmente. As decisões de não rotina são sobretudo
tomadas pelos gestores de topo.
DECISÕES INDIVIDUAIS
A tomada de decisão individual é mais adequada quando:
- A decisão é simples e/ou rotineira;
- Existe urgência;
- O decisor é único e detém a informação necessária à tomada de decisão;
- Os membros do grupo podem desempenhar as suas tarefas independentemente uns dos
outros.
A tomada de decisão individual é inconveniente quando:
- Os problemas forem complexos ou mal estruturados e/ou exigirem respostas criativas;
- For negativo depender de uma só perspetiva;
- For necessário evitar a todo o custo enviesamentos pessoais ou a oposição de quem
não é consultado.
Brainstorming
O Brainstorming realiza-se normalmente face a face e apresenta as seguintes regras básicas
de funcionamento:
Um brainstorming é uma reunião destinada a incentivar a total libertação da atividade
mental, sem restrições. (Criatividade)
O objetivo de um brainstorming é recolher um elevado número de ideias. Para atingir
esse objetivo, é importante que haja um clima de confiança e liberdade total e que
nenhum participante tenha receio de avançar com qualquer opinião.
Poderá ser usado em qualquer fase do processo de decisão, mas é mais eficaz quando
surge o problema (Para gerar alternativas)
Inexistência de críticas – são proibidos juízos negativos sobre as ideias próprias ou dos
outros;
Produção do maior número de ideias possível – pois o princípio é o de que, quanto mais
ideias surgirem, maior é a possibilidade de uma resultar;
Andar em roda viva – não há ideias demasiado loucas ou selvagens, é possível que uma
ideia muito criativa seja a melhor;
Utilização das ideias dos outros – é encorajada a reutilização e a expansão das ideias
alheias.
Grupo Nominal – Técnica que consiste numa reunião de grupo em que as pessoas apresentam as
suas ideias face a face de forma sistemática e independente (reunião tradicional).
Após a apresentação do problema pelo líder do grupo o processo desenvolve-se da seguinte
forma:
1 – Cada membro regista de forma independente e escrita as suas ideias;
2 – Depois segue-se a apresentação das ideias de cada um (nesta fase não existe qualquer
discussão ou critica);
3 – O grupo inicia a discussão das ideias para clarificação e avaliação das mesmas;
4 – Cada um atribui uma classificação a cada ideia apresentada;
5 – A decisão final é determinada pela ideia que tiver maior pontuação.
Método Delphi – Este método é idêntico ao anterior, no entanto as ideias são recolhidas através
de um questionário (sem a presença física do grupo).
As fases são as seguintes:
1 – Identificação do problema e apresentação do questionário;
2 – Resposta ao questionário (anónimo e independente);
3 – Compilação das respostas e sua distribuição pelos membros do grupo acompanhada do
questionário revisto;
4 – Resposta ao novo questionário da mesma forma descrita na segunda fase (anónimo e
independente);
5 – Repetição das fases anteriores até se atingir uma solução de consenso.
Reuniões eletrónicas
Esta técnica vem juntar a tecnologia dos computadores aos grupos nominais.
- Um grupo de 50 pessoas dispõem de um computador para cada um. À medida que as
ideias são apresentadas, os participantes digitam as suas respostas e comentários no seu
terminal. Estas são projetadas num ecrã gigantesco no topo da sala.
- Este método assenta no anonimato, na honestidade e na rapidez.
Técnica em Escada
Restrições temporais – A decisão sob pressão pode levar a que não se ponderarem todas as
soluções possíveis, levando a um processo decisório menos eficiente.
Regulamento escritos – A existência, de regulamentos escritos, permite uma melhor avaliação
do processo de decisão.
Quantidade de informação disponível – a atualização permanente da informação vai permitir
dados mais confiáveis.
Cultura da empresa – A forma como a empresa vê o processo decisão pode potenciar um maior
ou menor risco na decisão. (Cultura: Inovação, Burocrática).
Capacidade do gestor como decisor – A experiência e intuição do gestor são fundamentais para
uma tomada de decisão mais correta.
Criatividade e inovação – A capacidade do gestor para gerar novas ideias é decisivo, sobretudo
quando se trata de decisões que não são de rotina.
Pressões políticas – A preservação de uma boa imagem pode levar, por exemplo, a que não se
tome uma decisão impopular, mas que seria mais adequada.
Limitações restritivas (morais e éticas) – só devem ser consideradas decisões que se insiram
dentro das fronteiras da moral e da ética.
Processo de Controlo
O planeamento e o controlo são duas funções relacionadas. Por muito bem que sejam
elaborados os planos, se a sua execução não for acompanhada e não se tomarem medidas
corretivas, dificilmente se consegue cumprir os objetivos propostos.
Relevância do Controlo:
- Averiguar cumprimento de objetivos;
- Aprender;
- Capacitar os colaboradores/empowerment;
- Proteger o património da empresa.
Estratégias de Controlo
Mecanicistas ou Orgânicas?
O que medir?
Standards ou padrões – são níveis de qualidade ou quantidade preestabelecidos como
orientações para o desempenho.
Relevância de para as áreas e atividades centrais ter indicadores – chave de desempenho – key
performance indicators (KPls).
Key performance indicator (KPIs) – medidas que informam a Gestão sobre as
resultados/desempenho das atividades centrais para o alcance dos objetivos da empresa.
(ex. tempo de espera de doentes graves numa urgência, nível de sucesso de Alunos numa
Escola; Resultados líquidos, etc.)
Benchmarking – Procura de boas práticas no mercado (por exemplo, junto dos concorrentes)
que podem levar a organização a um desempenho organizacional superior.
Através do Benchmarking identificar standards de excelência.
“Aprender com os outros”“Olhar para o que também é feito dentro da própria organização”
Padrões de:
Tempo;
Produtividade;
Custo;
Qualidade;
Comportamento.
Tempo - Servem para medir o tempo gasto para fazer um determinado produto ou executar uma
determinada tarefa. (ex: um piloto tem um tempo-padrão para executar uma viagem; um técnico
de RH para fazer uma entrevista de seleção, um médico para uma consulta).
Custo - Baseiam-se nos custos associados à produção de bens e serviços. (ex: custo padrão em
matérias-primas é de 10 euros por produto, custo padrão de uma açãode Formação.)
Qualidade - Qualidade - Baseiam-se no nível de perfeição desejado. (ex: não é permitido que
um determinado produto químico tenha mais do que 5% de impurezas).
Tendência para as plataformas de GRH apresentarem soluções integradas que permitem gerir os
processos de GRH de forma articulada.
Tipos de Controlo
Amplitude
Estratégico – Globalidade da empresa;
Tático – Área funcional específica
Operacional – Atividades
Processo
Controlo de Inputs – Pré-controlo ou feedforward, políticas, medidas para prevenir a
existência de problemas (e.g., controlo de matérias – primas, implementação de
mediadas de segurança, critérios de seleção de recursos humanos, formação, existência
de planos de contingência).
Controlo de Processo – Observação e correção imediata de problemas (em regra
efetuada pelas chefias de base).
Controlo de Outputs – Controlo a posteriori, feedback.
Autocontrolo
Heterocontrolo: Hierárquico e funcional
Lateral
Balanced Scorecard