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Objetividade dogmática e institucionalização

A dogmática tem na sua base uma decisão. A decisão traduz uma opção, o que é bem natural porque
os critérios são afinal, sempre passíveis de crítica (pelo que nunca se impõe como necessários). Ou
seja: a dogmática jurídica (mesmo que queira ser e deve sê-lo – uma dogmática jurídica
materialmente finfada) impõe uma decisão (uma opção). Ora está imposição corresponde , no
âmbito do especificamente jurídico discurso metodonomológico , e como se sabe, a necessidade de
decidir, à proibição de denegar a justiça . O juiz não tem ao seu dispor a escapatória do non liquet,
devendo sempre decidir os problemas concretos que lhe cumpra institucionalmente resolver. E, por
está razão, as decisões jurídicas nunca se apresentaram, a priori, como decisões necessárias .

Retomemos, todavia as considerações de há pouco: a normatividade constitutiva do direito tende s


dogmatizar-se, a dogmática radica num momento decisório e a decisão a que assim se alude faz
intervir aqui uma nova personagem: o poder, caracterizado pela sua autoridade. É pois, em virtude
da irremissível dimensão dogmático-decisória do direito que nele se manifesta a autoridade de um
poder,

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