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Relação Jurídica e obrigação, seja lá de

Direito Subjetivo fazer, de dar ou de não


fazer) do sujeito que o
Texto 7 (Caio Mario) direito protege, que a lei
Diferença entre Direito protege, direito que se
Subjetivo e Objetivo relaciona ao sujeito
sempre. Facultas agendi:
Direito Objetivo:: ela vai dizer que o direito
É independentemente subjetivo é uma
dos sujeitos, direito prerrogativa que está
objetivo como um sistema relacionada à faculdade
de normas, como um (consciência) do
sistema de proposições indivíduo, a consciência
normativas, e essas que ele tem de exercer ou
normas podem proibir, não determinada
podem obrigar e podem prerrogativa, facultas
permitir. O enfoque que agendi tem essa limitação
vai dar uma relevância que é justamente o
maior para as normas, problema da consciência
para a ideia de sistema de ela só permite que você
normas, o sujeito é visto entenda o direito
em segundo plano ou no subjetivo como exercício.
máximo ele vai ter uma Porque quando você
permissão normativa. exerce o seu direito, você
está dando prova de que
você o conhece. Mas
Direito Subjetivo: existem direitos que a
É uma prerrogativa (A gente exerce, ou a gente
prerrogativa é exigir um tem, ou a gente não faz a
cumprimento de uma menor ideia que tem esses
direitos e eles não deixam
de ser direitos por isso. apenas a natureza
Mas, quando ele não sabe humana), mas tem a
que tem esses direitos, não perspectiva. Jurídica ela
faz sentido você dizer que vai deixar claro que o
ele tem uma faculdade de direito subjetivo, ele só
ação, porque ele não tem existe se existir o seu
opção. Para você ter complemento normativo,
opção, você tem que é preciso que exista uma
conhecê-la. Como é que norma jurídica que
você vai ter opção se você estabeleça que alguém tem
não conhece? Então, para um determinado direito. A
você saber que tem o gente está diante aqui do
direito, você tem que enfoque onde
conhecê-lo. Então, o fato primeiramente nós
do indivíduo saber ou não encontramos a
que tem o direito não faz prerrogativa do sujeito e
com que ele deixe de em segundo momento a
existir. O direito subjetivo gente vai encontrar
ele precisa apenas aqui por normas, você tem direito
enquanto de ser uma porque existem normas
prerrogativa e de ter um jurídicas, mas aqui na
titular que é o sujeito. O ideia de direito subjetivo a
direito subjetivo ele pode gente vai ver como o
existir tanto como direito direito se individualiza,
natural, que é a deia de como o direito se atrela a
que todos nós teríamos um sujeito como uma
direito à vida, à liberdade prerrogativa.
(para o direito natural
existir, não precisa de
complemento normativo, Teorias que negam,
precisa considerar negligenciam,
ou(criticam)a existência favorável a você que é
do Direito Subjetivo consumidor. Não é que
você tem direito, é que o
 Critica de Leon sistema de normas
Duguit jurídicas que se caracteriza
Vai partir do pressuposto como direito ao
de que o direito subjetivo consumidor, vai colocar
ele não existe, ele é você nessa relação como
apenas uma situação ocupando uma posição
favorável ligada a um favorável, que vai direito
sujeito que é na verdade de garantia, direito de
regulamentado por normas devolver o produto caso
jurídicas, o Léon Duguit ele esteja danificado.
vai dizer que o sujeito tem Exemplo 2: 13º. Não é que
apenas uma situação você tem direito a 13º, é
favorável, porque em que você está numa
determinada realidade situação favorável porque
normatizada, as normas jurídicas que
regulamentada por estabelecem a obrigação
normas, ele está numa de pagar o 13º a você
situação mais favorável do existem. Existe uma
que outros. norma que obriga uma
Exemplo: Se você vai instituição a pagar o seu
comprar algum produto no décimo terceiro.
estabelecimento
comercial, o que existe ali, Então todas essas
já que você está situações favoráveis
comprando no que você tem, elas
estabelecimento vão existir sempre em
comercial, é uma situação razão de uma norma
que estabelece essa uma ideologia que não
situação. Então o que deve ser estudada pela
a norma cria são ciência do direito,
cenários. Nesses porque ele teria
cenários vai existir conotações políticas. O
sempre alguém que direito subjetivo é uma
vai estar numa sombra das normas
situação mais jurídicas. O direito
favorável e outro que subjetivo existe como
vai estar numa consequência de uma
situação menos norma que deve sempre
favorável. Então não existir em primeiro plano.
vai existir direito E mais, para Kelsen, quem
subjetivo, mas constitui o sujeito são as
apenas posições normas jurídicas. São as
favoráveis que são normas jurídicas que vão
regulamentadas deixar bem claro se você é
pelas normas um sujeito de direito ou se
jurídicas. É como se você não é um sujeito de
as normas criassem direito, a própria ideia, por
cenários onde os exemplo, de que o sujeito
indivíduos se de direito ele é construído
relacionam o tempo por normas, permite que a
todo. gente entenda que no final
 Crítica de Hans das contas, a ideia de
Kelsen sujeito de direito é uma
abstração, porque ele tanto
Defende o direito objetivo pode ser uma pessoa
contra o direito subjetivo. natural, como pode ser
Para o Kelsen, o direito uma empresa. Ele vai
subjetivo é, na verdade, deixar a problemática do
direito subjetivo. como delega aos particulares
secundária., vai deixar uma competência. Então
claro que o problema a perspectiva normativa
principal da teoria do vai sempre ser vista em
direito deve ser a primeiro plano. E o
definição do direito como direito subjetivo vai ser
normas, como conjunto apenas um poder
de normas, porque são as delegado, vai ser apenas
normas que vão uma permissão ou um
estabelecer quem é poder delegado por
sujeito e quem não é, são normas. As normas
as normas que vão delegar jurídicas vão sempre
poderes. Ao invés de falar delegar competências ou
de direito subjetivo, ele determinados poderes
fala de poder, a ideia é para que nós possamos
que os indivíduos têm comprar e vender, para
um poder negocial A que nós possamos
gente tem um poder contratar, para que nós
delegado de fazer possamos votar. Mas, a
contratos na esfera priori, direito subjetivo
privada. Ele não fala de aqui vai se resumir a
direitos subjetivos, ele fala uma questão sempre
de uma delegação secundária que vai
normativa. Porque no sempre precisar de
final das contas, essa ideia normas que vai exercer o
de que nós temos esse efeito de delegação, a
poder de criar contratos, delegação vai ser ali a
que na verdade é um característica principal
direito, mas ele vai desse debate que você vai
chamar de poder, existe fazer sobre direito
porque uma norma subjetivo, o sujeito só vai
existir em razão de não é seu, ele pode muito
normas. O sujeito vai ser bem existir de uma hora
uma construção para outra e deixar de
normativa. São as normas existir. Basta que o
que vão deixar claro sistema normativo expulse
quem é sujeito e quem aquela norma ou
não é. modifique aquela norma,
então o Kelsey vai dar um
privilégio(enfoque) maior
Resumindo: A perspectiva para essa ideia de que as
de Kelsen vai ser uma normas constituem todos
perspectiva que vai deixar os poderes e elas definem,
claro pra gente a ideia de inclusive, os limites dos
que direito subjetivo deve poderes. A própria ideia de
ser visto em segundo sujeito é uma construção
plano. Não é uma normativa. Você só vai ser
problemática principal ou considerado sujeito, não
muito relevante não. Por porque você tem direitos,
quê? Porque ao invés de mas porque uma norma te
falar em direito que o diz que você é sujeito.
indivíduo tem, o que a Depois que a norma diz
gente vai encontrar é uma que você é sujeito, é que
delegação normativa. Uma você pode ter algum
delegação normativa poder. Não existe
porque as normas jurídicas nenhuma perspectiva
vão delegar a particular onde os direitos
em determinados poderes, subjetivos são vistos a
que ora podem existir e priori, como relevantes
ora podem deixar de aqui eles são sempre
existir. Então ninguém tem poderes que são
o direito. apriori. O direito delegados por normas.
vontade consciente, é um
Teorias que elemento psicológico, é
defendem a um elemento interno ao
existência do sujeito. Essa definição é
interessante para explicar
Direito Subjetivo
o exercício do direito.
 Teoria Volitiva de Porque, de fato, para você
Windscheid – exercer o direito, que é
Direito Subjetivo uma prerrogativa, você
como poder de precisa ter consciência
ação assegurado dele.
pela ordem jurídica
Essa teoria do Windscheid Crítica:
pode ser chamada de
volitiva, interna ou Porém há direitos que
psicológica. A teoria existem e são
volitiva (“vontade”, e a independentes da
vontade é um elemento consciência e da vontade
interno ao sujeito, está ali do sujeito, como uma
dentro dele, é criança que tem direito à
psicológica,) vai partir do vida, mas não tem
pressuposto de que o consciência disso. A
direito subjetivo é um existência do direito
poder de ação consciente subjetivo não precisa da
interiorizado no sujeito vontade consciente, mas o
assegurado pela ordem exercício precisa. Então,
jurídica. Ela vai colocar essa teoria do Windscheid
aqui a ideia de que o é interessante apenas para
elemento essencial do a gente entender o
direito subjetivo é a exercício, mas a
existência não, ela que vai
fundamentar a ideia de chegar: “eu tenho direito
que direito subjetivo é a...” você vai perguntar, a
uma faculdade de ação, quê? eu tenho direito a
quem tem faculdade tem quê? porque esse “a quê”
consciência, então o que coloca em evidência o
direito pode existir sem interesse ou a finalidade,
que a pessoa tenha a que é um elemento que
menor faculdade que ele está fora do sujeito, é o
existe elemento externo. Vai
evidenciar como essencial
 Teoria Teleológica
para o direito subjetivo
ou Finalista de esse elemento externo ao
Ihering – Direito sujeito que é a
Subjetivo como concretização de uma
finalidade finalidade, comprar ou
juridicamente vender, votar, ir e vir,
protegida assistir aula, todas essas
finalidades aqui vão existir
Ideia de que direito e são cruciais para que o
subjetivo ele não é direito exista, porque não
consequência de um pode existir direito sem
elemento interno ao finalidade. Essa teoria que
sujeito, como consciência, é considerada externalista
ele é, na verdade ligado a ou finalista, porque é
um fim, a concretização de externalista.? Porque esse
um fim, todo direito está fim está fora do sujeito. E
relacionado à realização vai ser finalista porque ela
de algo. Todo direito só vai se direcionar para a
vai fazer sentido porque finalidade. O direito
existe uma finalidade. subjetivo vai se definir a
Agora, você não pode partir do fim que ele
busca. A teoria do Ihering  Elemento Volitivo
tem dois tipos de + Elemento
componentes. Um que é Teleológico - O
substancial e outro que é
formal. O substancial é o
poder de ação
próprio interesse que é baseado na vontade
protegido, votar, comprar não se realiza no
e vender, andar. O formal vazio, mas visa a
é a proteção jurídica desse realização de um
interesse tem que ser um resultado ou
interesse protegido concretização de
juridicamente. um interesse
O elemento volitivo que é
A diferença entre essas a ideia do poder de
duas teorias é que, vontade, é consciente, e
enquanto a do também a realização de
Windscheid, o elemento um interesse real, um
essencial do direito interesse que é exterior ao
subjetivo é psicológico e indivíduo, que é a
interno ao sujeito, a do concretização de uma
Ihering, o elemento é finalidade.
externo, está fora do Na definição mista, por
sujeito, porque é aquilo mais que ela tenha que
que ele vai buscar juntar as duas definições, a
realizar. gente vai encontrar tanto o
elemento interno, que é o
Teoria mista do poder de vontade baseado
Direito Subjetivo na consciência, e aí a
gente está diante do
elemento interno, o sujeito necessariamente está
psicológico. ligado à ação.
(Crítica) Porém vai
encontrar aquele Concepção Mista
problema da consciência do Direito
do direito, vai funcionar.
Subjetivo
para explicar o exercício
do direito, mas não a O direito subjetivo é um
existência dele. Uma poder de vontade para
coisa pode existir, sem que satisfação dos interesses
de fato ela seja executada, humanos em
então existe o direito, mas conformidade com a
o fato de não existir a norma jurídica, é uma
consciência da existência definição mista, tem aí o
desse direito, não vai fazer elemento volitivo, como
com que ele não exista, poder de vontade, e a
vai fazer com que ele não satisfação dos interesses
seja exercido pelo seu humanos como elemento
sujeito, pelo seu titular. finalista. Visa explicar
muito mais o exercício do
Para escapar desse
direito subjetivo do que a
problema, a melhor
existência do direito
definição que se pode
subjetivo, o direito ele não
formular é simplesmente a
pressupõe, a vontade do
ideia de que direito
subjetivo, ele não
subjetivo é uma
pressupõe a consciência
prerrogativa do sujeito
do subjetivo.
protegida pelas novas
jurídicas. O direito
subjetivo não
3 Componentes de
definição:
Relação Jurídica
Poder de ação baseada em Direito
consciente: Que é a Subjetivo com eficácia
dimensão agênica do
Inter Partes:
sujeito, a ideia de que tem
direito, é saber que você Significa que o direito é
os tem e exercê-los. oponível a uma pessoa
determinada, ou seja, ele
Interesse: Que é se opõe a uma pessoa
justamente a finalidade, determinada., ele exige
comprar e vender e etc de alguém determinado o
tudo que se realize no cumprimento de um
exterior. dever.
Submissão ao Direito Todo direito vai colocar
Objetivo: Significa que em evidência uma
há ali a ideia de que o prerrogativa do sujeito
direito subjetivo precisa de protegida pelo direito, só
um respaldo das normas que essa prerrogativa vai
jurídicas, porque são as ser suportada por alguém.
normas jurídicas que vão Numa relação Inter
de fato limitar o exercício Partes, esse alguém vai
dos direitos, eles existem, suportar essa
mas não existem sendo prerrogativa do sujeito
limitados. que tem direito e ele é
determinado.
Relação Jurídica: Exemplo: contrato de
Inter Partes e locação de imóveis, todo o
direito do locatário vai
Erga Omnes
implicar um dever que
deve ser suportado pelo Vai ter uma eficácia
locadouro, e vice-versa. generalizada, quem vai
Exemplo: Um contrato de suportar o direito do outro
compra e venda porque o é a sociedade toda.
seu direito de comprar vai Exemplo: Direito de ir e
implicar ali um dever de vir é um direito subjetivo,
prestação daquele direito à integridade física,
estabelecimento, que é liberdade sexual, direito
muito bem determinado. ao nome e direito de votar,
Tanto quem tem o direito, são Erga Omnes. Não vai
quanto quem vai suportar encontrar imediatamente
o dever em relação àquele uma pessoa certa que vai
direito. Todo direito suportar aquele direito.
implica o dever de porque toda a sociedade, a
alguém. Não existe priori, vai ter que suportar
direito sem que esse aquele direito, inclusive o
direito implique o dever Estado.
de alguém que vai ter
que suportar aquele
direito ou vai ter que
Relação Jurídica:
fazer alguma coisa para Análise do Direito
aquele direito ser Subjetivo
realizado.
A Relação Jurídica é
marcada por 3
Relação Jurídica conceitos:
baseada em Direito
1)Sujeito do direito
Subjetivo com eficácia
(titular do direito).
Erga Omnes:
Sujeito de direito é o estados, a união, todos
titular do direito subjetivo esses são sujeitos de
(Titular de direito direito. Toda pessoa é
subjetivo é aquele que tem sujeito de direito, seja ela
a prerrogativa jurídica natural, seja ela de
assegurada pelo direito), direito privado, seja ela
aquele que vai ter a de direito público, e
prerrogativa que, ou pode justamente por isso, cada
se direcionar contra uma delas vai ter direitos
alguém certo específicos, direitos e
(determinado) ou pode se deveres muito
direcionar contra a específicos. Se toda
sociedade. O sujeito de pessoa é sujeito de direito,
direito é um conceito, não nem todo sujeito de direito
são apenas pessoas vai ser necessariamente
naturais, ou seja, seres uma pessoa, porque vai ter
humanos que se envolvem situações onde a gente vai
nessa categoria, mas, além encontrar sujeitos
disso, vai ser sujeito de despersonalizados, vai
direito também pessoas existir situações onde
jurídicas de direito sujeitos que têm direitos,
privado, como empresas. mas ainda não são
Empresas são pessoas pessoas como, por
jurídicas e, justamente exemplo, o nascituro (feto
por isso, também são que ainda está na barriga
sujeitos de direito, assim da mãe) ele tem direitos
como também pessoas em expectativa, se ele
jurídicas de direito tem direitos em
público também são expectativa, ele tem
sujeitos de direito, como direitos. Ele pode,
por exemplo municípios, inclusive, figurar como
herdeiro, se ele nascer ideia., Ele vai utilizar um
com vida, ele vai ser conceito que é de jurista
herdeiro, também há alemão Paul Oentman, o
situações jurídicas bem Oentman vai desenvolver
específicas onde a gente uma tese sobre o sujeito
vem encontrar animais de direito como realidade
domésticos, psicológica, significa que,
principalmente, figurando para existir o sujeito, não
como sujeitos de direito. é necessário que exista
Problemática - Vai existir de fato alguém de carne e
alguns teóricos que vão osso, basta que exista a
sustentar a ideia da mera expectativa do
possibilidade de direito retorno daquele sujeito a
sem sujeito (Ihering), vão Roma para que todos os
utilizar um exemplo seus direitos se
histórico, como o Ihering configurem de volta para
fala, vamos imaginar a ele, mas o sujeito continua
hipótese de um cidadão existindo porque existe a
romano que foi expectativa do retorno
sequestrado por forças desse sujeito, assim como
inimigas, e o direito desse o direito nascituro. Esse
cidadão continua em conceito é abstrato, pode
Roma, só que ele não está tanto conceber pessoas
mais em Roma, ele foi materiais como sujeitos
sequestrado, não sabe naturais, como nós,
onde está. Então seria aí a empresas e estados, por
hipótese de um direito exemplo, mas também a
sem sujeito (Ihering, expectativa do retorno
concorda com essa de alguém (O direito dele
hipótese). Só que o Caio continua existindo em
Mário vai criticar essa razão da expectativa dele
retornar) e do sujeito, que é o titular, o
nascimento com vida. dono do direito, vai
E não pode existir de exercer o seu poder
maneira nenhuma aqui limitado por normas.
direito subjetivo sem o Então é preciso que exista
seu titular, direito objeto ou bem jurídico
subjetivo sem sujeito de sempre, por que? Para
direito. Seja ele como existir direito, é preciso
pessoa, seja ele como que ele tenha uma
expectativa de nascimento realização anatômica, é
com vida ou expectativa preciso que ele se
de retorno de alguém. configure ou exista para
proteção de alguma coisa.
E só vai existir direito esse objeto ou esse bem,
porque existe sujeito de ele pode tanto ser
direito. E só vai existir material e pode ser
sujeito de direito porque transferível através de
existe direito. venda, de troca, como,
2)Objeto ou Bem por exemplo, os objetos
jurídico (aquilo que se que caracterizam direito
subordina ao titular do de propriedade, como
celular, casa, carro. E
direito)
também pode ser
É tudo aquilo que se imaterial e
subordina ao sujeito de intransponível, como por
direito (titular do direito), exemplo a vida, a
o objeto não é sujeito e o integridade física, a
bem jurídico não é sujeito honra.
mas é tudo aquilo que se
Existe um debate que vai
subordina ao sujeito, é
tentar defender a ideia de
tudo aquilo sobre o qual o
que podem existir
direitos sem objetos ou caracteriza um bem
sem bens, vai existir um jurídico, como no caso de
debate sobre o direito votar. O interesse em votar
autoral. Tem ali um é um bem jurídico. A
direito, só que esse direito problemática aqui é a
não vai ter ali um objeto seguinte, se o direito de
claro, porque se você for propriedade intelectual é
encarar os objetos concreto, tem um bem
produzidos como objetos jurídico concreto, teria
protegidos pelas normas, que ter normas para
teria que ter uma norma cada objeto. Então, não é
para cada produção assim que funciona,
intelectual, teria que ter porque o objeto protegido
uma norma para pelo direito de
regulamentar a produção propriedade intelectual,
de memórias próximas de ele é abstrato. Ele vai se
Brás Cubas, teria que ter configurar como interesse
uma norma para de um autor da obra.
regulamentar quem foi que poder aferir lucros
pintou Monalisa, para esse provenientes desse tipo de
tipo de situação vai ter, produção. Então aqui tem
sim, bem jurídico, só que um bem jurídico que é
esse bem jurídico vai ser abstrato. O interesse
abstrato. Ele vai se pode ser sim um bem
configurar como o jurídico protegido
interesse que o sujeito tutelado pelo direito
que produziu a obra de autoral. A propriedade
arte tem de só ele aferir os intelectual caracteriza um
lucros provenientes dessa interesse tutelado pelo
produção. Então o direito. E nesse caso, ter
interesse por si só já direito à propriedade
intelectual é ter um direito pode realizar o seu poder
sobre um objeto, um bem sobre a coisa, sobre o bem.
jurídico que é um interesse Seja material ou imaterial.
3) Vinculo Juridico O direito não existe sem
bilateral. dever. Relação jurídica é
É preciso entender a isso. O vínculo jurídico se
primeira característica constitui dessa maneira.
dele, que é a Existe o sinalagma aqui.
bilateralidade. A Sinalagma é essa situação
bilateralidade é formada onde direitos e deveres se
por dois polos. O polo constituem. E é o
ativo, existe um objeto ou sinalagma que permite a
um bem jurídico e existe constituição do vínculo.
um polo passivo. Esse Só que, na situação
polo ativo ele vai figurar sinalagmática Inter Partes,
na situação do sujeito de quem suporta o dever é
direito, que é o titular de bem determinado. No Erga
direito ele é o dono do Omnes, quem suporta o
direito, é quem tem dever não é bem
direito. E ele tem o direito determinado.
sobre a coisa, o bem Relação jurídica não é a
jurídico. mesma coisa que relação
Pode-se definir relação processual. Aqui é uma
jurídica como um vínculo relação jurídica, no seu
jurídico bilateral, que aspecto mais material.
permite a realização do  Inter Partes
direito subjetivo. É para
Vamos imaginar aqui,
isso que ela existe. Porque
João tem uma casa e ele
é realizando esse objetivo
faz um acordo com José,
onde o sujeito de direito
para que José construa um obrigação se realiza, ele
muro na casa dele. Então, possa exercer o seu poder
João paga sobre o objeto que é o
antecipadamente a José muro. João não tem poder
uma quantia para que ele sobre vida de José, José
levante esse muro. A partir não está subordinado a
desse momento estamos João, ele está subordinado
em um vínculo jurídico, a uma obrigação de fazer
onde o dono da casa, que é que vai existir em razão do
João, figura no polo ativo, direito do João. João
porque a partir deste exerce o seu direito
momento, tem o direito de subjetivo e exigiu o
exigir o cumprimento de cumprimento de obrigação
uma obrigação a José. José de fazer, protegida por
que vai ter a obrigação de normas jurídicas, que deve
construir o muro pra João. ser suportada por José
Ele vai suportar uma (direito subjetivo com
obrigação de fazer para eficácia é Inter partes),
que João possa exercer o porque o direito subjetivo
seu poder sobre esse muro, de João se direciona
que vai ser dele a partir contra José. Quem se
daquele momento. A partir subordinar a João é o
daquele momento, o João muro. Sujeito ativo é
vai ter um muro que vai quem tem o direito, sujeito
fazer parte da propriedade passivo é quem tem o
dele. O direito do sujeito, poder do dever. Há a
o direito do ativo que é obrigação de dar, de fazer
João vai existir como uma e de não fazer, existe
exigência de uma sempre uma pessoa certa.
obrigação de fazer. Para
que, uma vez que essa
Não fazer: Quando, por
exemplo, existe um casal
Exemplo da pizzaria:
de namorados, termina o
Dar: Vai ser suportada namoro e a menina se
pelo sujeito passivo sente ameaçada pelo seu
(pizzaria) nessa situação ex. Então, ela vai pedir na
de interpartes. justiça uma medida de
Fazer: A pizzaria vai ter restrição, onde ele vai
que te receber/atender, suportar a obrigação de
você é consumidor. O não fazer, de não se
atendimento é uma aproximar dela. tem uma
obrigação de fazer. Uma obrigação de não fazer em
obrigação protegida pelo razão do bem jurídico,
direito do consumidor. que é a integridade física.

O objeto jurídico objeto Está diante de objetos aí


vai tanto ser o interesse que são claramente
em ser atendido, que aí é definidos. Um é abstrato,
a obrigação de fazer, mas na ocasião da obrigação de
também vai ser a coisa, não fazer, que é a
que é a pizza, quando a integridade física, ou até
gente se deparar com a mesmo a vida. Outro é
obrigação de dar. material, que é a pizza,
outro é abstrato também,
Então, aqui tem a ideia de que é um serviço, o
que direitos só podem ser atendimento, por
entendidos a partir de exemplo.
deveres.
A gente vai estar sempre
Exemplo de medida de diante de uma relação
restrição: jurídica baseada em um
direito subjetivo com
eficácia Inter Partes Significa que o exercício
quando o sujeito passivo, daquele direito vai exigir
ou seja, aquele que suporta uma submissão que deve
a obrigação, ele é bem ser suportada por toda a
determinado. O sujeito sociedade, por exemplo,
ativo aqui é o titular de direito à vida. E como é
direito subjetivo de exigir que ele se configura na
o cumprimento de uma relação jurídica? Primeiro
obrigação. o fato de você estar aí,
O sujeito ativo é aquele andando na rua, estar aqui.
que é o titular do direito Existe um sujeito de
subjetivo de exigir o direito, que é você. Existe
cumprimento de uma um bem jurídico, que é a
obrigação. Seja ela de dar, vida. E existe o sujeito
seja ela de fazer ou seja passivo, que é que é a
ela de não fazer. Do outro sociedade toda que tem
lado, a gente está diante de que se subordinar ao
um sujeito passivo, que dever de não atentar
vai ser aquele que vai contra o teu bem
suportar o dever de ter que jurídico. O sujeito
cumprir qualquer uma passivo é sujeito
dessas três, a depender da indeterminado e geral, é
situação, a depender da a sociedade toda.
característica da situação Exemplos:
jurídica.
Direito à vida, direito de
 Erga Omnes votar, direito à honra,
direito de propriedade,
Ter um direito subjetivo
liberdade sexual.
com eficácia erga homens
significa ter um direito
subjetivo contra todos.
É um dever geral negativo, fazer alusão às gerações
uma obrigação de não futuras, nos casos de
fazer generalizada. direitos de terceira
Se começa aqui a entender geração, situações onde
que a relação jurídica é tanto o sujeito ativo
um modo através do qual quanto o sujeito passivo
o direito pensa a vão ser generalizados,
existência social. vão ser indeterminados.
Porque o direito ao meio
ambiente é um exemplo de
 Direitos de 3º direito que é para todos.
geração (Erga Para todos e para as
Omnes) pessoas que ainda vão
nascer. Então, existe uma
São aqueles Direitos de
indeterminação até mesmo
titularidade difusa. Vai
temporal. É um direito que
existir situações,
vai colocar em evidência
principalmente no caso de
toda a humanidade como
direitos de terceira
sujeito ativo. E, ao mesmo
geração, onde o próprio
tempo, vai colocar toda a
titular do direito
humanidade como sujeito
subjetivo vai ser
passivo também. Então, aí
indeterminado. Por
a gente vai ter dois
exemplo, o direito ao
sujeitos que vão ser
meio ambiente, que é um
indeterminados quando a
direito fundamental de
gente estiver falando de
terceira geração. O
direitos de terceira geração
interesse na defesa do bem
como o direito ao meio
jurídico no meio ambiente
ambiente equilibrado.
equilibrado não se limita
às gerações atuais vai
Resumindo: Relação
jurídica é um vínculo
bilateral. marcado pela
existência de dois polos,
um ativo e um passivo.
Isso vai permitir entender
a realização do direito
subjetivo, que ora vai ser
com eficácia interparte,
porque ele vai ser contra a
pessoa certa, ora vai ser
contra a sociedade toda,
quando for Erga Omnes. E
tem o detalhe de também
existir direitos de terceira
geração (também Erga
Omnes), onde o próprio
sujeito e direito vai ser
determinado.

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