INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Departamento de Economia e Gestão

Curso de Licenciatura em Gestão Ambiental

Levantamento dos riscos na empresa DELTA

Alberto José Cardoso Chipeua: 81210400

Nampula, Junho de 2022

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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Departamento de Economia e Gestão
Curso de Licenciatura em Gestão Ambiental

Levantamento dos riscos na empresa DELTA

Trabalho de Campo a ser submetido na

Coordenação da UnISCED na cadeira de
Psicologia educacional.
O Tutor
Teresa Rungo Ferrão

Alberto José Cardoso Chipeua: 81210400

Nampula, Junho de 2022

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Índice
Introdução.........................................................................................................................3
Levantamento dos riscos na empresa DELTA.................................................................4
Riscos Físicos...................................................................................................................4
Riscos Químicos...............................................................................................................5
Riscos de Acidentes..........................................................................................................5
Riscos Ergonômicos.........................................................................................................5
Riscos Específicos............................................................................................................6
Mapa de risco...................................................................................................................7
As acções correctivas e de remediação para cada risco identificado na empresa DELTA
..............................................................................................................................9
Medidas de Controle dos Riscos......................................................................................9
Riscos Físicos...................................................................................................................9
Riscos Químicos.............................................................................................................10
Riscos bilogico...............................................................................................................10
riscos de Acidentes.........................................................................................................10
Ergonômicos..................................................................................................................11
Conclusao.......................................................................................................................12
Referências Bibliográficas..............................................................................................13
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Introdução

É indiscutível a importância do setor extrativo, para o bem-estar da sociedade e

seu desenvolvimento, porém, este apresenta sérios riscos à saúde dos trabalhadores,
principalmente nas pequenas de perfuração que, geralmente, possuem condições
precárias de trabalho. Este estudo enfoca a atividade de perfuração, etapa de
fundamental importância no processo de extração de minérios. Diante do exposto, o
presente trabalho objetivou identificar os riscos dessa atividade a fim de conscientizar
os empregadores a importância de se preservar a integridade de seus funcionários, bem
como contribuir com a melhoria da qualidade de vida,
A abordagem metodológica consistiu em uma pesquisa composta por uma
revisão da literatura
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Levantamento dos riscos na empresa DELTA.

Realizadas as observações das atividades de perfuração , identificou-se os

principais riscos e suas consequências :
 Riscos Físicos: Ruídos; Vibrações; Radiações não ionizantes (solar, UVA,
UVB); Frio; Calor; Umidade;
 Riscos Químicos:Produtos químicos(gás sulfídrico, hidrocarbonetos voláteis)
 Riscos bilogico (Distribuição): há riscos de doenças de pele e dermatites por
contato físico com os desengordurantes dos combustíveis ou lubrificantes
 Riscos de Acidentes: Máquinas e equipamentos; Incêndios e explosões;
Estabilidade dos taludes; Risco de quedas(colapsos estruturais );
 Ergonômicos: Levantamento e transporte das hastes; Exigência de postura
inadequada; Imposição de ritmos excessivos; Jornadas de trabalho prolongadas.
 Risco especificos;  sistemas de isolamento, distância da costa,  dificuldade de
evacuação , às intempéries do clima.

Riscos Físicos

Quanto aos riscos físicos, a existência de ruídos e vibrações se dá devido ao

funcionamento dos equipamentos, perfuratriz e compressor. De acordo com Fernandes
& Morata (2002) os trabalhadores expostos ao ruído queixam-se de perda auditiva e
zumbido, e de vários outros sintomas como cefaléia, nervosismo e problemas de
estômago. Pode ocorrer ainda nestes trabalhadores a perda auditiva induzida por ruído
(PAIR), decorrente da exposição ocupacional sistemática a níveis de pressão sonora
elevados. A PAIR possui como características principais a irreversibilidade e a
progressão gradual com o tempo de exposição ao risco. Tratando-se da vibração, os
trabalhadores expostos podem apresentar diversos sintomas, tais como dor de cabeça,
insônia, esquecimento, irritabilidade, entre outros.
Ressalta-se que o indivíduo precisa estar exposto a vibração há vários anos para
que ocorram mudanças em seu estado de saúde. As radiações não ionizantes, o calor, o
frio e a umidade ocorrem devido ao trabalho ser realizado a céu aberto, ou seja, o
colaborador está exposto às intempéries climáticas. Entre esses, o fator de maior
impacto ao trabalhador é a exposição crônica ao sol. Segundo Hayashide et al. (2010),
os tipos mais comuns de lesões de pele causadas por esta exposição são queimadura
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solar, ceratose actínica, melanose solar e fotoenvelhecimento, sendo que o efeito da

radiação ultravioleta é cumulativo. Além disso, cerca de 90% dos cânceres de pele
desenvolvem-se em regiões do corpo expostas ao sol.

Riscos Químicos

Ao inspirar material particulado contendo produtos toxicos tais como gas

sulfidrico, hidrocarbonetos voláteis ou outros gases pode criar a
contaminação ou intoxicação  dos funcionários , podendo
causar narcose, asfixia e irritação.
. Ocorre a modificação das características do pulmão, de esponjoso, macio e
rosado, para firme, duro e acinzentado. Inicialmente os sintomas são pouco intensos,
porém, com a persistência da inalação das partículas e seu acúmulo nos tecidos
pulmonares, há uma reação maciça de inflamação e cicatrização, com fibrose e perda
progressiva da capacidade de troca de gases pelo pulmão (Bellusci, 1996).
O contato do trabalhador com graxas e óleos para a lubrificação das hastes de
perfuração pode desencadear o desenvolvimento de dermatoses ocupacionais, como por
exemplo, a elaioconiose, também conhecida por dermatite folicular ou acne por óleos
pesados derivados do petróleo, de tratamento difícil e prolongado, exigindo longos
períodos de afastamento do trabalho para a sua remissão (Valgas et al., 2011)

Riscos de Acidentes

Os riscos de acidentes com máquinas e equipamentos se devem pela

possibilidade de ocorrência de cortes e esmagamentos durante o manuseio das hastes de
perfuração (adição e retirada das hastes dos furos); e ao atropelamento devido ao tráfego
de equipamentos , incluindo a própria perfuratriz. Cupo et al., 2003; AzevedoMarques
et al., 2003; Instituto Butanta & Fundacentro, 2001)

Riscos Ergonômicos

Os riscos ergonômicos estão relacionados às condições irregulares do terreno; à

constante movimentação das hastes de perfuração; às longas jornadas de trabalho para
cumprimento das metas e planejamento das detonações; exposição às intempéries
climáticas, além da repetitividade das operações e da má postura dos operadores. Santos
(2007) apresenta que todos esses fatores podem causar cansaço, dores musculares,
fraquezas, hipertensão arterial, taquicardia, diabetes, úlcera, problemas da coluna
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vertebral, doenças nervosas, tensão, ansiedade, medo, além de alterações do sono, da

libido e da vida social, com reflexos na saúde e no comportamento

Riscos Específicos

Os riscos das plataformas de petróleo por vezes assemelham-se ao

das refinarias e unidades de produção de energia. Mas também há fator além-mar e o
de sistemas de isolamento, que acarretam riscos mais específicos.
Por sua distância da costa, um agravante é a dificuldade de evacuação e o pouco
tempo que se tem para isso. E estando no mar, sempre se está sujeito às intempéries
do clima. Condições meteorológicas desfavoráveis podem implicar na segurança dos
frequentes transportes.
Outro fator complicador está no fato de algumas plataformas
de petróleo trabalharem com funcionários subcontratados que nem sempre trabalham no
mesmo local e/ou realizam a mesma atividade, em um trabalho em que a rotina é
fundamental para a segurança.
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Mapa de risco

Com base nos riscos identificados no cenário da empresa DETLTA foi elaborado seguinte mapa

Riscos
Riscos Físicos Riscos Químicos Risco biologico(Distribuição) Riscos de Acidentes Ergonômicos
especificos

Máquinas e Levantamento e sistemas de

Ruídos gás sulfídrico doenças de pele
equipamentos transporte das hastes isolamento

, hidrocarbonetos Exigência de postura

Vibrações dermatites Incêndios e explosões distância da costa
voláteis inadequada

Radiações não
ionizantes Imposição de ritmos dificuldade de
X X Estabilidade dos taludes
(solar, UVA, excessivos evacuação
UVB)
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Risco de
Jornadas de trabalho às intempéries
Frio quedas(colapsos
prolongadas do clima
estruturais )
Calor X X X X X

Umidade X X X X X

X X X X X X
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As acções correctivas e de remediação para cada risco identificado na empresa

DELTA.

Medidas de Controle dos Riscos

Embora neste trabalho não tenham sido realizadas medidas quantitativas em

relação aos riscos, algumas providências podem contribuir para a minimização dos
riscos presentes na atividade
Quando possível, deve ser considerada a substituição da perfuratriz não
cabinada por outra que possua cabine. Tal mudança auxilia na prevenção da exposição
ao ruído, ergonomia, bem como das intempéries climáticas (calor, frio e umidade).
Ainda assim, há a necessidade de se tomar outras medidas que melhorem as condições
de saúde e segurança do trabalhador.
A instalação de equipamentos de proteção coletiva – EPCs deve ser realizada,
tais como umidificação do processo através da instalação de aspersores de água nas
perfuratrizes,
No caso da existência de alguma dessas ocorrências, deve-se tomar as medidas
corretivas necessárias para se iniciar as operações de perfuração. O correto
dimensionamento dos equipamentos de proteção individual - EPIs e a cobrança e
treinamento, por parte da empresa, do uso destes são de fundamental importância para
manter as garantias mínimas de segurança aos envolvidos. A seguir é sugerida a
utilização dos seguintes EPIs de acordo com a NR-6 (MTPS, 2015)

Riscos Físicos

 : uso de Creme Protetor: Proteção contra radiações não ionizantes (solar, UVA,
UVB); proteção para as mãos contra agentes químicos;
 Óculos: Proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes;
luminosidade intensa; e radiação ultravioleta;
 Protetor auditivo circum-auricular: Proteção do sistema auditivo contra níveis
de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR-15,
 Luvas: Proteção das mãos contra agentes cortantes e perfurantes; agentes
térmicos; e vibrações;
 Botina: Proteção dos pés contra impactos de quedas; agentes térmicos; agentes
cortantes e perfurantes; e respingos de produtos químicos;  Perneira: Proteção
contra animais peçonhentos;
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 Vestimentas: Proteção do tronco contra riscos térmicos, mecânicos e

meteorológicos.


Riscos Químicos

 Máscara (PFF1): Proteção das vias respiratórias contra gases;

Riscos bilogico

 Portar óculos de segurança, máscaras, viseiras ou outros equipamentos de

proteção sempre que necessário.
 Evitar o uso de lentes de contato no local de trabalho.
 Calçado apropriado deve ser usado quando necessário.
 Os trabalhadores têm de lavar cuidadosamente as mãos após o manuseamento
de materiais infecciosos, contato com animais e sempre que saírem do
laboratório. É fundamental o uso de toalhas descartáveis.
 Todos os procedimentos devem ser efetuados de forma a minimizar a formação
de aerossóis.
 O local de trabalho deve manter-se sempre arrumado e limpo.
 As superfícies de trabalho devem ser descontaminadas, pelo menos uma vez ao
dia ou após qualquer derrame de material potencialmente perigoso.
 Todos os trabalhadores que manipularem produtos biológicos, deverão colher e
conservar amostras de soro para que sirvam de referência. De acordo com a
natureza do agente manipulado poderão ser necessárias colheitas seriadas e de
sangue.
 É primordial existir um programa de controle para o manuseamento de agentes
infecciosos.

riscos de Acidentes

O equipamento de proteção de uma máquina deve seguir alguns pré-requisitos

para garantir a segurança
 Prevenir o contato – para eliminar a possibilidade de acidentes, as proteções
devem impedir que partes do corpo do trabalhador ou de suas vestimentas
entremem contato com a máquina.
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 Ter alta durabilidade – as proteções devem ser feitas com materiais

adequados,que suportem o uso contínuo e as condições de trabalho e que
mantenham suas propriedades durante a vida útil. Elas devem ser bem fixadas às
máquinas e só podem ser retiradas por pessoas autorizadas, como os responsáveis
pela manutenção.
 Proteger de contato com objetos estranhos – a proteção deve ser tanto para a
máquina, quanto para o trabalhador; portanto, deve-se assegurar que nenhum
objeto entre em contato com as partes móveis da máquina, o que pode ocasionar
danos ao equipamento ou causar sérios acidentes.
 Não criar novas situações de perigo – as proteções perdem sua função quando
por si só criam novos perigos. Deve-se notar que elas não devem ter
extremidades ou arestas cortantes, assim como pontos de esmagamento ou
agarramento entre as partes da proteção e da máquina.
 Não interferir no trabalho – proteções que atrapalham o trabalho do operador
são rapidamente inutilizadas. As proteções podem ser divididas em cinco
classificações gerais: Barreira ou anteparos de proteção; Dispositivos de
segurança; Isolamento ou separação pela distância de segurança; Outros
mecanismos auxiliares de proteção
Ergonômicos
A área de trabalho deve ser mantida próxima ao corpo (tronco), levando-se em
consideração as prioridades durante a realização das atividades das tarefas. Devem-se
evitar posturas estáticas (manutenção), principalmente em combinações de movimentos
(rotação, inclinação, extensão, flexão e desvios). Nestas situações há aumento das
tensões
sobre as articulações e os músculos e a possibilidade de sobrecarga física, com por
exemplo:
 Rotação de tronco
 Movimentos bruscos (muito dinâmicos) devem ser evitados:
 Deve-se alternar a postura e os movimentos:
 Limitar a duração de esforço muscular contínuo
 Buscar paradas curtas frequentes ao invés de única parada longa
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Conclusao

A atividade de perfuração é de suma importância para a extração de recursos

energeticos tais como o petroleo , gas natural e, porém, expõe o trabalhador a uma
grande quantidade de riscos à sua saúde e segurança. Neste trabalho, realizou-se o
levantamento qualitativo dos principais riscos existentes na referida atividade, suas
consequências ao trabalhador, além de se sugerir algumas medidas de prevenção.
Salienta-se que além das citadas, outras medidas de controle podem e devem ser
aplicadas a fim de se mitigar tais riscos, de acordo com as particularidades de cada
empreendimento mineiro. Cabem ao empregador a implantação das medidas de controle
dos riscos da atividade de perfuração . e a realização de treinamento em saúde e
segurança dos trabalhadores, enquanto ao empregado, a conscientização dos riscos e
respeito às normas de segurança estabelecidas pela empresa
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Referências Bibliográficas

Azevedo-Marques, M. M.; Cupo, P.; Hering, S. E. (2003). Acidentes por animais

peçonhentos: Serpentes peçonhentas. Medicina, Ribeirão Preto, v.36, n.2, p.480-
489.
Universidade Católica de Moçambique (2019). Manual de Bioquimica Ambital . CED-
Moçambique
Santos, Z.; dos. (2003). Segurança no trabalho e no meio ambiente. 2007. Disponível
em: http://www.if.ufrgs.br/~mittmann/NR-9_BLOG.pdf. Acesso em: 27 de
junho. 2016.
Silva, V. C., (2011). Apostila de Operações Mineiras. UFOP, 146p..
Universidade Católica de Moçambique (2019). Manual de Bioquimica Ambital . CED-
Moçambique
Valgas, N.; Salaro, C. P.; Bornhausen-Demarch, E.; Bonora, C. J.; Abrego, A. (2011).
Elaioconiose - Relato de caso. Anais Brasileiros de Dermatologia, v.86, n. S1.