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£ξ gab = 0.
∇a ξb + ∇b ξa = 0.
Os dois resultados mais imediatos que obtemos com vetores de Killing são apresentados
a seguir.
Proposição 1. Seja ξ a um vetor de Killing e seja uma geodésica com vetor tangente ua .
Então, a quantidade
Q = ξa ua
1
2 CAPÍTULO 1. SIMETRIAS E GRANDEZAS CONSERVADAS
J a = T ab ξb
é covariantemente conservada.
Prova:
∇a J a = ∇a (T ab ξb ) = (∇a T ab )ξb + T ab ∇a ξb = 0.
£∂ζ gab = (∂ζ )c ∂c gab + (∂a (∂ζ )c )gcb + (∂b (∂ζ )c )gac ,
Q = ξa ua
Prova:
D 1
Q = (∇a ξb + ∇b ξa )ua ub = ω(x)gab ua ub = 0.
dτ 2
Na última igualdade, usamos que a geodésica é nula.
É possı́vel provar que se uma teoria fı́sica associa-se a uma ação S (que é um funcional
da métrica e de quaisquer outros campos), tal que S é invariante por transformações de
Weyl, então o tensor de energia-momento desta ação tem traço nulo:
J a = T ab ξb
é covariantemente conservada.
Prova:
∇a J a = (∇a T ab )ξb + T ab ∇a ξb
1
= T ab (∇a ξb + ∇b ξa ) = ω(x)T ab gab = 0.
2
Comentário: observe que se um vetor ξ a é de Killing para uma métrica gab , então ele será
Killing ou ao menos Killing conforme para qualquer transformação de Weyl da métrica.
De fato, seja a transformação gab → g̃ab = e2ω gab , e seja ξ a um vetor de Killing de gab . A
derivada de Lie de g̃ab ao longo de ξ a é, por definição,
onde
α(x) = ξ c ∂c ω(x).
Esta é precisamente a equação de Killing conforme. Observe que no caso particular
de ω ser constante ao longo das curvas integrais de ξ a , então ξ a será um vetor de Killing
propriamente dito.
Um vetor de Killing conforme que não é obtido de um vetor de Killing após uma
transformação conforme é dito essencial.
1.3. TENSORES DE KILLING E KILLING-YANO 5
Proposição 5. Seja uma geodésica com vetor tangente ua , e seja ξa1 ...an um tensor de
Killing. Então, a grandeza
Q = ξa1 ...an ua1 · · · uan
é constante ao longo da geodésica.
Prova:
D
Q = (∇b ξa1 ...an )ub ua1 · · · uan = 0,
dτ
pois os termos ua ua1 · · · uan são obviamente simétricos. Observe que devido ao fato de
estarmos numa geodésica as primeiras n derivadas covariantes (dos vetores tangentes à
geodésica) se anulam identicamente.
Proposição 6. Seja uma geodésica com vetor tangente ua , e seja ξa1 ...an um tensor de
Killing-Yano. Então, a corrente
Ya1 ...an−1 = ub ξba1 ...an−1
é paralelamente transportada ao longo da geodésica.
6 CAPÍTULO 1. SIMETRIAS E GRANDEZAS CONSERVADAS
Prova:
D
Ya ...a = ua ub ∇b ξab1 ...bn−1 = 0
dτ 1 n−1
onde usamos o fato, já usual, de os produtos dos vetores tangente serem simétricos, en-
quanto ∇b ξab1 ...bn−1 é totalmente antissimétrico.
Exemplos: Alguns exemplos imediatos de tensores de Killing são o tensor métrico, cuja
grandeza conservada é a própria Lagrangiana (como já vimos neste mesmo capı́tulo) e
produtos de vetores de Killing. Para ver este último fato, sejam ξ a e ζ a dois vetores de
Killing. Então
D a b
(u u ξa ζb ) = uc ∇c (ua ub ξa ζb ) = ua ub uc (ξa ∇c ζb + ζb ∇c ξa ) = 0,
dτ
onde usamos o fato de ambos ξ e ζ satisfazerem a equação de Killing e das somas serem
simétricas. É fácil generalizar este raciocı́nio para um número arbitrário de vetores. Do
raciocı́nio acima fica evidente que constantes obtidas a partir destes tensores de Killing
triviais não acrescentam nada àquelas já obtidas anteriormente.
No caso de tensores de Killing-Yano, alguns exemplos triviais são os próprios vetores
de Killing.