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PERIODIZAÇÃO NO FUTSAL: FUNCIONALIDADE E EFICÁCIA DE UM

MICROCICLO

COLOMBO, Dienifer Carolaine1*


SOARES, Guilherme Antônio¹
TAVARES, Renan Felipe¹
PEREIRA, Tamires¹
SCOLARI, Adriel Paulo²
PIVA, Jaíne de Lima²
GIACOMAZZI, Rodrigo Britto²

RESUMO: Este projeto busca apresentar de forma clara e objetiva a periodização de um microciclo de
treinamento técnico tático de uma semana, realizado em uma equipe de futsal feminino do Centro de Educação
Ideau – Colégio Santa Clara. Este microciclo propôs exercícios e movimentos para condicionar as atletas a ter
uma melhora esportiva, tanto técnica como física com o intuito de prepará-las para grandes competições.
Inicialmente as mesmas passaram por uma avaliação física e antropométrica para analisar percentual de gordura,
medidas de perímetro corporal, peso e altura. O microciclo proposto foi dividido em sessões de treinamento de
nível moderado pelo fato de a equipe estar em fase competitiva com muitos jogos entre uma semana e outra e
uma sessão de treinamento de ritmo elevado poderia acarretar em sérias lesões nas atletas. O desempenho delas
na sessão de treinamento foi excelente, elas se empenharam em executar com maestria os exercícios propostos,
obtendo um desempenho relevante para a performance da equipe. A sessão de treinamento proposta foi montada
com duração de uma hora e meia, dividida em quatro partes de acordo com o protocolo, sendo elas: introdução,
alongamento/aquecimento, parte principal e volta a calma/desaquecimento.

Palavras-chave: Microciclo de treinamento; periodização; futsal feminino; avaliação antropométrica.

ABSTRACT: This project seeks to present in a clear and objective way the periodization of a one-week tactical
technical training microcycle, carried out in a female futsal team at the Ideau Education Center – Santa Clara
high school. This microcycle proposed exercises and movements to condition athletes to have a sports
improvement, both technical and physical in order to prepare them for major competitions. Initially, they
underwent a physical and anthropometric assessment to analyze fat percentage, body perimeter measurements,
weight and height. The proposed microcycle was divided into moderate-level training sessions due to the fact
that the team is in a competitive phase with many games between one week and another and a training session at
a high pace could lead to serious injuries to the athletes. Their performance in the training session was excellent,
they made an effort to execute the proposed exercises with mastery, obtaining a relevant performance for the
team's performance. The proposed training session lasted an hour and a half, divided into four parts according to
the protocol, namely: introduction, stretching/warm-up, main part and cool-down.

Keywords: Training microcycle; periodization; women's futsal; anthropometric assessment.

1 INTRODUÇÃO

A ciência do esporte teve uma evolução considerável, e atualmente qualquer equipe


que tenha por objetivo disputar competições de alto nível deve estar sempre bem preparada,
tanto na parte física como na parte técnica, no entanto, ainda existem grandes dificuldades

1
Discentes do Curso de Educação Física,, Nível IV 2021/4 - Faculdade UNIDEAU - Getúlio Vargas/RS.
² Docentes do Curso de Educação Física, Nível IV 2021/4 - Faculdade UNIDEAU – Getúlio Vargas/RS.
*E-mail para contato: dienifercollombbo@hotmail.com
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para treinadores e profissionais do esporte na formação esportiva de jovens atletas. Há uma
quantidade limitada de informações acadêmicas e científicas relacionadas à realização de
sessões de treinamento para atletas jovens.
Para o processo de preparação desportiva de atletas, as fases de organização,
planejamento e estruturação se revelam fundamentais não só em temporadas competitivas,
mas em todo o processo de formação do atleta. A competição e o treinamento devem andar de
maneira conjunta a fim de auxiliar na preparação dos desportistas com vistas a um melhor
desempenho em quadra, no caso do futsal.
A maioria dos estudos utiliza modelos periódicos ou sistematizados de treinamento
como forma metodológica de aquisição de determinada habilidade física, mas no cenário mais
antigo, ou tentam identificar a habilidade física primária para treinar a partir das propriedades
psicofísicas determinada capacidade técnica a ser desenvolvida. No entanto, existem muitas
divergências e discussões sobre modelos tradicionais e modernos e sobre quais modelos
permitem o melhor desenvolvimento esportivo.
Este artigo teve como objetivo esclarecer como ocorre a criação de microciclos de
treinamento, apresentando uma sessão de treinamento específica para o desenvolvimento da
parte técnico/tática de uma equipe de futsal feminino do Centro de Educação Ideau - Colégio
Santa Clara da cidade de Getúlio Vargas - RS, bem como trazer curiosidades sobre a origem
do futsal tanto masculino quanto feminino, em conjunto com a periodização, avaliações
antropométricas e ciclos de treinamentos e como esses assuntos são abordados, estudados e
colocados em prática dentro de equipes de futsal.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Treinamento esportivo: Estruturação e Periodização para o futsal

Inicialmente serão abordados aspectos relativos à criação do futsal, a história que o


originou, especialmente voltado à origem do futsal feminino, que teve muitas restrições em
seu início, uma vez que era um esporte voltado eminentemente aos homens. Com o passar do
tempo e notadamente, com o crescimento da prática entre as mulheres, o referido esporte
passou a ser autorizado pela FIFUSA (Federação Internacional de Futebol de Salão), o que
contribuiu ainda mais para o incentivo dos grupos femininos. Além disso, também haverá

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uma discussão voltada para a periodização e ciclos de treinamentos, avaliações tanto
antropométricas, quanto postural e física.

2.1.1 Futsal

O futsal é um esporte coletivo, criado por brasileiros, que, segundo Zierhut (2011 apud
GARCIA) começou a ser praticado, nos meados de 1940, por jovens frequentadores da ACM
(Associação Cristã de moços), em São Paulo. Ao encontrar dificuldades para encontrar
campos de futebol para se divertirem em suas horas de lazer, improvisaram “peladas” nas
quadras de basquete e hóquei, aproveitando as traves usadas na prática desse último esporte”.
Na atualidade, acaba sendo considerada a prática esportiva que possui o maior número
de praticantes no Brasil, sendo que, mundialmente, são mais de setenta países que praticam
este esporte, nos quatro continentes destacando-se, notadamente, o Paraguai, Espanha,
Portugal, Itália, Austrália e Rússia (ZIERHUT, 2011 apud VOSER, 2004).

2.1.2 O futsal feminino

Segundo Oliveira (2008 apud Franzini, 2005), a prática feminina do futsal, espaço
especialmente ocupado por homens, ainda é recente, mas teve uma rápida e impressionante
expansão mundial, notadamente a partir da década de 1980. Apesar de uma rápida expansão
mundial, a trajetória do esporte no meio feminino possui peculiaridades que o difere do
esporte praticado por homens, uma vez que a prática esportiva feminina passou por inúmeras
restrições e complicações, notadamente em vista do contexto social no país e tendo em vista a
construção do esporte como sendo uma prática esportiva eminentemente masculina
(ANTUNES e PEREIRA, 2017).
Prova das restrições encontra-se estabelecida na própria legislação brasileira. Com
efeito, o Decreto-Lei 3199, elaborado em 1941, trazia a proibição das mulheres em praticar
esportes que não condizem com sua feminilidade. Nesse sentido, o texto legal trazia a
seguinte previsão: "Art. 54. Às mulheres não se permitirá a prática de desportos incompatíveis
com as condições de sua natureza, devendo, para este efeito, o Conselho Nacional de
Desportos baixar as necessárias instruções às entidades desportivas do país” (BRASIL, 1941,
p. 1). A revogação do decreto apenas ocorreu em 1979.

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A prática feminina do referido esporte passou a ser autorizada pela FIFUSA
(Federação Internacional de Futebol de Salão) na data de 23 de abril de 1983. Passados 25
anos, pode-se observar uma significativa evolução em âmbito nacional, uma vez que, além da
Taça Brasil de Clubes, em 07/12/2001 formou-se uma seleção brasileira do gênero, sendo que
em 2002, houve a realização do 1º Campeonato Brasileiro de Seleções. Atualmente, no Brasil
parte das atletas da modalidade é remunerada para competir e treinar futsal (OLIVEIRA, 2008
apud SANTANA; REIS, 2003).

2.1.3 Periodização de treinamentos

A periodização consiste no planejamento geral e detalhado do tempo disponível para


realizar o treinamento, baseando-se nos objetivos intermediários estabelecidos, desde que
sejam respeitados os princípios científicos do treinamento desportivo (DANTAS, et. al., 2011,
apud DANTAS, 2003; TUBINO; MOREIRA, 2003).
Com o objetivo de identificar e avaliar os modelos de periodização foram levantados
os seguintes aspectos a serem considerados: a especificação da estrutura; estar direcionada a
um tipo de atividade; respeitar o calendário; distribuir as cargas; possuir formato de macro,
meso e microciclos; atender as exigências do desporto; ser condizente no nível de excelência
do atleta; contemplar os objetivos; e adequar-se ao momento do plano de expectativa.
A partir disso, Azevedo (2005) aprofundou seus estudos e definiu os critérios de
classificação dos modelos de periodização, reunindo-os em: adequabilidade; abrangência; e
aplicabilidade. Ter conhecimento de qual a forma de periodização é mais apropriada para cada
situação, seja ela em meio ao treinamento esportivo ou programas de condicionamento físico
para a saúde, é uma dúvida que prejudica os treinadores constantemente (MILISTETD et al.,
2008; RAMALHO; MARTINS, 2003).
Portanto se a periodização não tem como base uma ideia clara de estrutura de
preparação elaborada, não é possível dirigir efetivamente o processo de treinamento, dessa
forma, para que se pudesse avaliar a estrutura da periodização, esta foi classificada em três
níveis: completa; adaptada; e indefinida (ZAKHAROV e GOMES 1992).

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2.1.4 Ciclos de treinamento

Os ciclos partem do princípio de que nosso corpo funciona regido por dois fatores
específicos: aptidão física (força e habilidade), fadiga (cansaço e desgaste). Cada metabolismo
trabalha de uma forma diferente, com necessidades distintas de estimulação e recuperação. A
periodização cíclica surge para proporcionar treinos individualizados na busca por maior
eficiência nos resultados. Os ciclos de treinamento tem como objetivo o estabelecimento de
metas, planejamento estratégico, colocação de planos em ação e alcance de bons resultados
(MARQUES, 2017)
A construção cíclica dos treinos funciona através de subdivisões que possibilitam que
o treinamento tenha uma sólida lógica de controle e progressão. Treinar em ciclos é trabalhar
o corpo de forma sistemática e organizada, oferecendo estímulos programados e pausas
adequadas para o restabelecimento fisiológico e muscular. Esse método é super importante
para que o atleta descanse quando necessário e tenha energia suficiente para dar tudo de si
quando exigido.
Segundo Marques (2019) na elaboração de um ciclo de treinamento, o profissional,
juntamente ao aluno, define um objetivo e um prazo realista para a conquista desse objetivo.
Nessa etapa, as condições físicas e clínicas do atleta são levadas em consideração e após a análise
do perfil do aluno, é feita a periodização em dias, meses ou anos, sendo que esse tempo dependerá
diretamente das metas estabelecidas e da aptidão física do atleta.
Os ciclos de treinamento são divididos em macrociclos, mesociclos e microciclos. O
macrociclo é um plano de periodização que organiza o treino a longo prazo, o mesociclo é o
conjunto de microciclos, ou seja, o agrupamento de treinos menores e o microciclo é a menor
unidade do treinamento, sendo composto de 1 até 4 semanas de treino.

2.1.5 Avaliação antropométrica

A antropometria é a medida das dimensões físicas de uma pessoa, incluindo peso,


circunferência abdominal, altura, Índice de Massa Corporal (IMC), percentual de gordura e
índice de padrão de crescimento. Obviamente, a utilização desses valores varia bastante de um
paciente para outro, mas mesmo assim, esses índices servem para verificar o estado físico
geral da pessoa e para comparações com os parâmetros que seriam ideais para a mesma.
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A avaliação antropométrica é muito usada na medicina e na nutrição e dependendo dos
resultados, podem ser solicitados exames laboratoriais mais consistentes. Logo, essa avaliação
pode ser entendida como uma coleta de informações, que podem servir para o reconhecimento
de problemas de saúde e doenças. ‍
Esse tipo de avaliação tem a vantagem de poder ser realizada em qualquer paciente,
independentemente do estado de saúde e da idade, além disso, o exame é simples, de baixo
custo e pode ser feito no consultório. No entanto, é preciso ter cuidado com a calibragem de
equipamentos como a balança, o estadiômetro e o adipômetro e também é importante verificar
outras condições do paciente que podem afetar os resultados, como retenção líquida e tensão
muscular.
Em muitos casos, pode ser necessário fazer a medição mais de uma vez, para maior
precisão nos dados. Ainda assim, mesmo sendo bastante útil, a avaliação antropométrica pode
ser insuficiente para o entendimento das condições físicas do paciente, principalmente em
casos de patologias e sobrepeso.
Por isso, é fundamental que todos os profissionais de educação física sejam
capacitados, de forma que a partir de uma avaliação antropométrica seja possível organizar a
periodização de um ciclo de treinamento adequado para cada tipo de pessoa, pois todos esses
métodos trabalham juntos para que no final o aluno ou atleta fique satisfeito com o seu
desenvolvimento e evolução.

2.2 Materiais e métodos

Esse trabalho teve como objetivo a realização de um microciclo de treinamento


voltado para a melhora esportiva de atletas do time feminino, categoria Sub-17, da equipe da
Escola de Educação Básica IDEAU – Santa Clara, de Getúlio Vargas, denominado “Ideau
Feminy”.
O microciclo foi planejado para que tivesse duração de sete dias respeitando o
calendário de atividades do time que estava em período competitivo (Tabela 1). O objetivo
desse microciclo foi aprimorar as técnicas já dominadas pelas atletas e trabalhar de forma
moderada seus pontos de dificuldade com o propósito de que houvesse uma evolução para a
próxima competição.

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Tabela 1 - Microciclo (Plano semanal)

Período do treinamento Subfase

Competitivo Competitiva

Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo

Manhã Escola Escola Escola Escola Escola Repouso Jogo

Treino de
Treino Preventivo
Preventivo - resistência
Tarde Repouso regenerativo na – Reforço Repouso Jogo
Fisioterapia aeróbica na
academia muscular
academia

Treino Treino Treino Treino


Teórico-Tático Teórico-Tático Teórico-Tático Teórico-Tático
Noite Repouso Repouso Jogo
(intensidade (intensidade (intensidade (intensidade
leve) moderada) alta) leve)

Fonte: Autores da pesquisa, 2022

Desta forma foi desenvolvido uma sessão de treinamento que aconteceria na terça feira
a noite, com duração de uma hora e meia, dividida em quatro partes de acordo com o
protocolo, sendo elas: introdução, alongamento/aquecimento, parte principal e volta a
calma/desaquecimento.
Durante os primeiros 5 minutos foi introduzida a parte inicial na qual houve a
apresentação da turma, esclarecendo o que seria realizado e qual era o objetivo da sessão de
treinamento. Em segundo lugar, as atletas foram instruídas a executar manobras de
mobilidade (Figuras 1 e 2) e aquecimento (Figuras 3 e 4) a fim de que ficassem preparadas
para o que viesse a seguir.

Figura 1 e 2: Manobras de mobilidade realizadas com o time feminino Ideau Feminy.

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Figuras 3 e 4: Manobras de aquecimento realizadas com o time feminino Ideau Feminy.

A parte principal da sessão de treinamento teve duração de aproximadamente 60


minutos de exercícios técnico táticos. Inicialmente foi proposto ao time realizar breves
movimentos com bola, de domínio e passe, para que as atletas fossem assimilando o tempo de
bola e se familiarizando com os próximos exercícios (Figuras 5 e 6).

Figuras 5 e 6: Movimentos de domínio e passe realizados com o time feminino Ideau Feminy.

Também foi elaborado um circuito de cones mostrado na figura 7, com o objetivo de


aprimorar a agilidade, melhorar a flexibilidade, ampliar a resistência e o equilíbrio corporal
das atletas. Ao fim da parte principal, foi realizado um coletivo entre as integrantes do time
para que elas colocassem os movimentos desempenhados nas atividades anteriores em prática
(Figura 8), e também para que as atletas tivessem um momento de lazer, fazendo com que
houvesse um pouco de diversão em meio a um período de aprendizado.

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Figuras 7 e 8: Exercícios técnico táticos realizados com o time feminino Ideau Feminy

E para finalizar foram utilizados 10 minutos da parte final do treino para a realização
do desaquecimento das atletas que consistiu em uma curta sessão de alongamentos estáticos
como mostram as figuras 9 e 10. O desaquecimento/volta a calma tem como principal função
relaxar os músculos e diminuir a tensão a qual eles foram expostos durante a atividade, sendo
também uma maneira de diminuir as dores musculares tardias ligadas aos exercícios físicos.

Figuras 9 e 10: Alongamentos estáticos realizados com o time feminino Ideau Feminy.

2.3 Resultados e Discussão

A aplicação desse microciclo nas atletas da equipe Ideau Feminy, do Centro de


Educação Ideau - Colégio Santa Clara da cidade de Getúlio Vargas - RS, categorias sub-15 e
sub-17, foi realizada para que houvesse uma melhora da parte técnico/tática das atletas, pois
como elas se encontram em fase competitiva esse tipo de treinamento é essencial para a
manutenção da qualidade do time durante o jogos.
Durante a parte inicial da sessão de treinamento foi possível perceber que há uma
grande diferença entre as atletas, pois algumas demonstraram ter uma mobilidade mais ampla

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enquanto outras encontraram mais dificuldade na realização dos movimentos, tanto porque
realmente não tem tanta flexibilidade para esse tipo de atividade quanto por conta de lesões.
Na sequência, em meio a parte principal todas as atletas mostraram muita habilidade
na realização das manobras técnico táticas e também muita agilidade o que é de suma
importância durante as competições. Posteriormente durante o coletivo as jogadoras
apresentaram um bom resultado, colocando todas as técnicas anteriormente treinadas em
prática da forma correta e adequada para cada momento da partida.
Portanto, as atletas tiveram êxito na realização do treinamento proposto, executando
todos os movimentos com maestria, demonstrando um desempenho técnico acima do
esperado o que é fundamental para as próximas competições.

3 CONCLUSÃO

O presente trabalho buscou aplicar um microciclo de treinamento técnico tático nas


atletas componentes da equipe da Ideau Feminy. A partir dos estudos desenvolvidos em sala
de aula, buscou-se selecionar exercícios, movimentos e alongamentos que buscassem facilitar
e melhorar o desempenho das atletas.
Nesse aspecto, é importante ressaltar que o acompanhamento físico das atletas, ao
longo das temporadas de competições, principalmente, revela-se essencial, pois na elaboração
de projetos de preparação física, é preciso que se estabeleçam os movimentos dos exercícios a
serem aplicados em quadra.
O conhecimento das particularidades e características das atletas com a aplicação da
periodização desportiva por parte do corpo técnico da equipe, adquire uma relevância
importante, não só para o desenvolvimento individual das atletas, mas também para o
desenvolvimento coletivo da equipe.
Através da aplicação da sessão de treinamento proposta para as atletas avaliadas,
concluiu-se que as desportistas demonstram estar em condições e preparadas para os jogos e
competições vindouras, uma vez que executaram de forma perfeita e sem erros os exercícios
que foram propostos pelos acadêmicos.
Apesar da idade das componentes do time, tratando-se de um time jovem, as atletas
estão cientes e tem conhecimento da grande responsabilidade que carregam e entendem a
importância que a realização dos ciclos de treinamento, avaliações antropométricas, medição
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de peso e altura, periodização de treinamentos e demais métodos envolvidos afetarão, de
forma positiva, em sua performance individual e também o próprio desempenho da equipe,
como um todo.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Decreto-lei nº 3.199, de 14 de abril de 1941. Disponível em: <


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/1937-1946/Del3199.htm.> Acesso em: 28 de
ago. de 2022.

DANTAS, Estélio Henrique Martin et al. Adequabilidade dos principais modelos de


periodização do treinamento esportivo. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 33, p.
483-494, 2011.

DE OLIVEIRA, CAROLINE SILVA; GRANDE, CAMPO. Mulheres em quadra: o futsal


feminino fora do armário, 2008.

IPEMED, Avaliação antropométrica: tire suas dúvidas. Blog Ipemed, 2022. Disponível em:
<https://www.ipemed.com.br/blog/avaliacao-antropometrica> Acesso em: 30 de set. de 2022.

MARQUES, Monica. Ciclos de treinamento: como funcionam?. Companhia Athletica,


2017. Disponível em:
<https://blog.ciaathletica.com.br/definicao/os-treinos-tem-ciclos-como-funcionam/> Acesso
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PEREIRA. Claudia Moraes e Silva; ANTUNES. Alfredo Cesar. Trajetória do Futsal


Feminino no Brasil: Um caminho repleto de obstáculos. Seminário Internacional Fazendo
Gênero 11 & 13th Women 's World Congress (Anais Eletrônicos), Florianópolis, 2017.
Disponível em:
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ZIERHUT, João Paulo. Avaliação antropométrica e de desempenho em atletas de futsal


em Guarapuava. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, 2011. Disponível em:
<https://efdeportes.com/efd157/avaliacao-antropometrica-em-atletas-de-futsal.htm.> Acesso
em: 28 de ago. de 2022.

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