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Índice
I. Introdução.............................................................................................................................3
i. Objectivo geral......................................................................................................................3
iii. Metodologia..........................................................................................................................3
1. Ortografia..............................................................................................................................4
2. Acentuação...........................................................................................................................8
3. Pontuação............................................................................................................................11
II. Conclusão...........................................................................................................................18
III. Bibliografia.....................................................................................................................19
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I. Introdução
A ortografia é o conjunto de regras estabelecidas pela gramática normativa para a grafia correcta
das palavras e o uso de acentos, da crase, e dos sinais de pontuação. É neste presente trabalho em
que vamos abordar com o maior enfoque a ortografia e o mesmo enquadra-se no domínio de
Técnica de Expressão em Língua Portuguesa, como sabemos que a ortografia da Língua
Portuguesa é determinada por normas legais e comuns que rejam a ortografia oficial de todos os
países da Língua Portuguesa.
Como estrutura do trabalho, em primeiro lugar, vamos realçar sobre a ortografia e suas regras,
neste caso vamos definir a ortografia segundo BORRIGANA (2007) extraída da gramática da
Língua Portuguesa e de seguida apresentaremos suas regars, em segundo lugar vamos debruçar
sobre acentuação, também traremos a definição segundo BECHARA (2009) Moderna Gramática
da Língua Portuguesa e por fim abordaremos sobre a pontuação e seus sinais de pontuação,
neste caso desenvolvemos segundo BORRIGANA (2007).
i. Objectivo geral
Compreender a ortografia no domínio da Língua Portuguesa.
iii. Metodologia
Quanto a metodologia, o presente trabalho investigativo apresenta apenas uma (1), sendo ela:
Pesquisa bibliográfica;
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1. Ortografia
Para BORREGANA (2007), entende-se por ortografia a escrita correcta da língua, no seu estado
actual
A mesma letra representa, por vezes, vários sons ou fonemas, o que se vê nos exemplos:
O mesmo som pode corresponder a varias letras, como mostram os seguintes exemplos:
O facto de a mesma letra representar vários sons e de o mesmo som poder corresponder a várias
letras dificulta a escrita, o que sucede, por exemplo, nas palavras homófonas: cegar ( perder a
vista)- segar (ceifar), coser ( com agulha)- cozer ( com o fogo).
N.B.: 1. As palavras Fulano, Sicrano e Beltrano escrevem-se também com maiúsculas, sempre
que designem pessoas; mas quando as mesmas palavras significam um individuo indeterminado,
escrevem-se com minúscula: um fulano qualquer.
2. Certos nomes comuns escrevem-se com maiúscula quando substituem o nome de uma
personalidade célebre, ou quando designam um valor relevante: O mestre (cristo), o épico
(Camões), a liberdade.
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b. Nos cognomes
c. Nos nomes geográficos de continentes, países, províncias, cidades, vilas, lugares, serras,
rios e planícies:
Europa, Portugal, Ribatejo, Lisboa, Arraiolos, Montargil, Serra da Estrela, Tejo, Pampa
(planície da Argentina).
d. Nos nomes de povos, raças ou tribos, grupos regionais, desde que usados como
substantivos:
Eça de Queirós
Não nos preocuparmos se temos sido mais uteis aos amigos do que a nós.
N.B Tratando-se da citação de uma frase em discurso directo, usa-se a maiúscula mesmo que o
seu começo esteja na mesma linha dos dois pontos precedentes:
O homem gaguejou arrastadamente esta queixa:- “Há dentro de mim um fogo que me devora!...”
Deus, Virgem Maria, Santo António, Ceu, Paraíso, Natal, Pascoa, etc.
p. nos nomes das sedes das altas magistraturas, dos estabelecimentos de ensino, das
repartições publicas:
r. Nos nomes de idades, épocas e períodos históricos, de festas civis, de factos históricos
importantes:
2. Acentuação
Para BECHARA (2009:67), acentuação é o modo de proferir um som ou grupo de sons com
mais relevo do que outros
Este relevo se denomina acento. Diz-se acento é de intensidade (acento de forca, acento
dinâmico, acento expiratório ou icto), quando relevo consiste no maior esforço expiratório. Diz o
acento é musical (acento de altura ou tom), quando o relevo consiste na elevação ou maior altura
da voz. O português e as demais línguas românticas, o inglês, o alemão, são línguas de acento de
intensidade; o latim e o grego, por outro lado, possuem acento musical.
Acento de intensidade. Numa palavra nem todas as silabas são proferidas com a mesma
intensidade e clareza. Em solida, barro, poderoso, material, há uma silaba que se sobressai às
demais por ser proferida com mais esforço muscular e mais nitidez e, por isso, se chama tónica:
solida, barro, poderoso, material. As outras silabas se dizem átonas e pode estar antes
( pretónicas) ou depois (postónicas) da tónica
Po - de - ro - sa
Dizemos que nas silabas fortes repousa o acento tónico do vocábulo (acento da palavra ou
acento vocabular). Existem ainda as silabas semifortes chamadas subtónicas que, por questões
rítmicas, compensam o seu afastamento da silaba, tónica, fazendo que se desenvolva uma acento
de menor intensidade- acento secundário.
Em português, geralmente a silaba tónica coincide com a silaba tónica da palavra latina de que se
origina. Há vocábulos que ao serem proferidos acostam-se ou ao vocábulo que vem antes ou ao
que os segue. Por, isso, são chamados clíticos (que se inclinam), e serão proclíticos se se
inclinam para o vocábulo seguinte (o homem, eu sei, vai ver, mar alto, não viu) ou enclíticos, se
para o vocábulo anterior ( vejo-me, dou-a, fiz-lhe)I
Os clíticos são geralmente monossilábicos que, por não terem acento próprio, também se dizem
átonos. Os monossilábicos de individualidade fonética se chamam tónicos.
Alguns dissílabos podem ser também clíticos ou atonas: para (reduzida a pra) ver, quero crer,
quero porque quero.
-mentira!... mentiiiira!... Mentiiiiiira!- berra cada um para seu lado” [HC.1, 32].
“encasquea-lhes na cabeca que o amor, o amoor, o amooor é tudo na vidae adeus” [ML.1, 147]
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Acentos de intensidade na frase- isoladas, as palavras regulam sua sílaba tónica pela
etimologia, isto é, pela sua origem; mas, na sucessão de vocábulos, deixa de prevalecer o acento
da palavra para entrar em cena o acento da frase ou frásico, pertencente a cada grupo de força.
Chama-se grupo de força à sucessão de dois ou mais vocábulos que constituem um conjunto
fonético subordinado a um acento tónico predominante: A casa de Pedro/é muito grande.
Notamos aqui, naturalmente, dois grupos de força que se acham indicados por barra.
É quase sempre fácil determinar a silaba tónica de cada grupo de forca; o difícil é precisar, em
certos casos, o ponto de divisão entre dois grupos sucessivos [NT.1, 29, n.1]
A distribuição dos grupos de forca e a alternância de silabas proferidas mais rápidas ou mais
demoradas, mais fracas ou mais fortes, conforme o que temos em mente expressar, determinam
certa cadência do contexto à qual chamamos ritmo. Prosa e verso possuem ritmo.
No verso, o ritmo é essencial e específico; na prosa, apresenta-se livre, variando pela iniciativa
de quem fala ou escreve.
Vocábulos tónicos e átonos: os clíticos- nestes grupos de forca certos vocábulos perdem seu
acento próprio para unir-se a outro que os segue ou que precede. Dizemos que tais vocábulos são
clíticos (que se inclinam) ou átonos ( porque se acham destituídos de seu acento vocabular) .
Aquele vocábulo que, no grupo de forca, mantem sua individualidade fonética é chamada tónico.
Ao conjunto se dá o nome vocábulo fonético: rei /urrey/; deve estar / devistar/.
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3. Pontuação
Para BORREGANA (2007: 69), a pontuação destina-se não só a garantir a fidelidade de sentido
relativamente à intenção comunicativa do emissor, mas também a marcar pausas mais ou menos
longas segundo a maior ou menor amplitude dos grupos de palavras (constituintes de unidades de
sentido). A maioria dos sinais de pontuação sugere também a entoação com que a frase deve ser
lida.
Mas a maior importância dos sinais de pontuação está no condicionarem o sentido da frase. A
não adequação dos sinais de pontuação ao sentido intentado pelo emissor pode levar o receptor a
captar a mensagem distorcida, ou até modificada. Considere-se, por exemplo, esta frase:
O reu deve ser libertado: não está provado que cometeu crime
O reu deve ser libertado? Não! Está provado que cometeu o crime.
O ponto final emprega-se no fim de cada período para indicar uma acentuada da inflexão
descendente de entoação e uma longa pausa, que se tornam ainda mais evidentes no fim de cada
parágrafo.
D. (Dom ou Dona)
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Sr. (senhor)
Na enumeração de partes de uma exposição , quer por cardinais , quer por ordinais:
1. (….) 2.(…), 3. (…)… ou 1º (…), 2º (…), 3º (…)…
b. Virgula (,)
A vírgula assinala uma ténue inflexão na entoação e uma pausa muita curta. A vírgula é usada
para separar:
O vocativo:
N.B.: nas orações intercaladas, a vírgula pode ser substituída pelo travessão:
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Eça de Queirós
A vírgula usa-se também para indicar a supressão de uma forma verbal que vem atras,
evitando a sua repetição
Os dois pontos marcam uma inflexão de entoação e uma pausa superiores às da vírgula, mas
inferiores às do ponto final. Emprega-se:
Eras a minha vida: tinha a certeza de que as contrariedades me não privavam de ti.
Camilo C. Branco
Eis as razoes principais que atraem os turistas a Portugal: o mar, o clima e o acolhimento do
nosso povo.
Antes das falas (discurso directo), depois de formas verbais declarativas, como disse,
responderam, ou equivalente (expressas ou subentendidas):
Camilo C. Branco
O ponto e vírgula indica uma inflexão na entoação e uma pausa superiores às da vírgula e
inferiores às do ponto final. Emprega-se:
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Em frases constituídas por varias orações, algumas das quias já contem uma ou mais
vírgulas:
Maridos não lhe faltam; ate o alferes da casa da Igreja a queria, se eu lhe fizesse doação de
tudo, que pouco é, mas ainda vale quatro mil cruzadas bons; o caso é que a moça não tem
querido casar…
- Tenho dito , rapariga; aqui te entrego o nosso doente; trata-o com quem é e como se fosse teu
irmão ou marido.
Camilo C. Branco
Ninguém duvidava que ela o amava secretamente; que a cada momento procurava encontrar-se
com ele; que estaria disposta a partir com ele para o exilio.
Ficarás sem mim Teresa; mas não haverá ai um infame que te persiga depois da minha morte.
Camilo C. Branco
Emprega-se nas frases interrogativas directas, que correspondem a perguntas feitas directamente:
Eça de Queirós
O ponto de exclamação usa-se para exprimir tudo o que se relaciona com a função emotiva e por
vezes apelativa da linguagem : admiração, espanto, dor, incitamento, ironia:
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Eça de Queirós
Os pontos de interrogação e de exclamação usam-se, associados, para indicar uma pergunta que
exprime, ao mesmo tempo, admiração e espanto:
Casa com ele, filha, o pai dela tem uma herdade de trezentas jeiras…
Eu?!... Com aquele sabujo que andou com a filha do Mocho, pagando-a ao pai em dinheiro
vivo?!...
h. Reticências (…)
As reticencias empregam-se para indicar que ficou incompleto o sentido da frase. As reticências,
pondo fim à frase, deixam-na, porém, aberta à imaginação do leitor, que, de harmonia com o
contexto, lhe imagina um desfecho:
Homem, vê la… pensa bem no que vais fazer…- ponderou-lhe o prior. A raquel não é má
pequena… agora quanto ao resto… tens de contar com carga hereditária…olha, eu não digo
nada. Resolve tu…
Miguel Torga
i. Travessão (-)
O travessão é usado:
-pois não, - resmungou ela, que não era de se calar- o senhor doutor é que lá sabe o que faz…
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Por mais duro que fosse o serviço- rocar estrume, saibrar ou arrancar batatas-bastava a ideia
desse dia longínquo para o cansaço se evaporar.
Miguel Torga
j. Os parênteses ( () )
Os parênteses (ou parêntesis) usam-se para isolar, numa frase, palavras ou expressões não
necessárias propriamente ao decorrer do discurso, mas constituindo informações subsidiarias , a
jeito, por vezes, de “apartes”. A expressão entre parenteses deve ler-se com uma certa inflexão
de entoação:
Portugal sempre foi uma nação de emigrantes e (engana-se quem julgar o contrario) terá de
continuar a sê-lo, para não se negar a si própria.
A “electricidade de Portugal” é a empresa que produz e faz chegar a energia ecléctica a nossas
casas.
II. Conclusão
Em virtude de uma conclusão, a ortografia remete-nos a escrita correcta das palavras de uma
língua, que está relacionada tanto com critérios ligados à origem das palavras (etimológicos)
quanto aos ligados aos fonemas (fonológicos). A forma de grafar ou escrever as palavras é fruto
de uma convenção social, ou seja, de acordos ortográficos que envolvem os diversos países em
que uma língua é reconhecida como sendo idioma oficial.
Quanto a acentuação e pontuação, esses dois elementos são essenciais na composição da norma
correcta de escrita, pois uma palavra mal acentuada e uma frase mal colocada os sinais de
pontuação, teremos a falta de coesão e coerência textual e os mesmos desempenham a função da
ordem estílica. Portanto, o tema nos leva a uma forma correcta de acentuar e colocação dos sinais
de pontuação no seu devido lugar para não condicionar o sentido da frase.
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III. Bibliografia
BECHARA, Evanildo, Moderna Gramatica Portuguesa, 37ª edição, Rio de Janeiro. 2009
2007; Pp.40-77