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O QUE É EQUIVALÊNCIA DE ESTÍMULOS

Profa. Patricia Orlando Bacciotti

RESUMO

A equivalência de estímulos é definida como sendo o responder


relacional emergente, que apresenta as propriedades de reflexividade, simetria
e transitividade. Além disso, o modelo de equivalência de estímulos oferece
uma especificação operacional do comportamento simbólico e tem orientado o
ensino e a verificação objetiva de repertórios novos.
Eles são intercambiáveis entre si, então aquelas funções que são
adquiridas através de um estímulo, num controle através de um
comportamento operante serão transferidas para outro estímulo.
O comportamento simbólico é influenciado por uma rede de estímulos
que formam relações, e os estímulos nem sempre são semelhantes entre si.
Por isso, uma série de comportamentos podem ocorrer em determinados
contextos.
Compreender o meio social e interagir com outros indivíduos demanda
compreender códigos sociais, e muitas vezes essa aprendizagem ocorre de
modo indireto.
Ou seja, na sala de aula, na clínica ou no consultório iremos trabalhar
com o ensinamento de comportamentos simbólicos, e estes estarão
relacionados a códigos.
Os códigos que temos na vida social, e que podem interferir nos nossos
comportamentos são: a fala (comunicação), a leitura, a escrita, as regras, os
valores e as normas. Portanto, podemos entender esses códigos sociais
estabelecendo relações entre eles (GOMES, VARELLA e SOUZA, 2010).
Exemplificando o que foi citado anteriormente, temos por exemplo a
“caneta” ela é um objeto concreto que recebe o nome de “referente”. Mas, é
também uma palavra impressa (junção das letras C/A/N/E/T/A), e este é um
símbolo que remete ao objeto concreto.

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A partir da relação entre o objeto concreto e o referente temos uma
relação arbitrária. Pois, o objeto não tem uma semelhança física com a palavra
escrita. E, também podemos ter outro tipo de relação - a convencional, na qual
o inverso ocorre (palavra escrita tem semelhança com o objeto), ou seja,
quando tem-se um grupo de triângulos semelhantes e com cores diferentes
(generalização).
É importante pensar na equivalência porque o comportamento não
treinado precisa estabelecer relações novas. E, por outro lado, entre a relação
com fenômenos complexos que envolvem relações arbitrárias: aprendizagem
simbólica, de linguagem, de matemática, musical, entre outros. Ou seja, essa
relação também vai precisar de uma equivalência de estímulos para obtermos
novas aprendizagens.
Isto é, como será possível aprender uma coisa nova e fazer com que ela
possa interagir com todas as outras coisas que se relacionam? Através da
equivalência de estímulos, conhecendo os objetos, conhecendo as relações
simbólicas entre eles e tudo aquilo que faz parte dos nossos códigos sociais vai
fazer com que tenhamos essa equivalência, e que dessa forma possamos
proporcionar novos estímulos e comportamentos para os alunos.

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