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Português

SONHO E REALIDADE

Não sei se é sonho, se realidade


O sujeito poético tenta encontrar a felicidade através do sonho, o que se
revela impossível, já que o próprio sonho é produto da imaginação do
pensamento, verificando-se:
A oposição sonho/realidade;
A tensão entre o apelo do sonho e o peso da realidade;
A estrutura bipartida do poema como reflexo dessa
tensão;
A impossibilidade de concretização do sonho anunciada
no primeiro verso, "Não sei", e na seleção vocabular, "inexistentes",
"longínquas", "sem poder ser";
O pensamento como inviabilizador da felicidade, "Só de
pensá-la cansou pensar";
A constatação de que a felicidade não é viável nem na
realidade nem no sonho - "Não é com ilhas do fim do mundo, / Nem com
palmares de sonho ou não, / Que cura a alma seu mal profundo, / Que o
bem nos entra no cora-cão" - mas no interior de cada um - "É em nós
que é tudo. É ali, ali / Que a vida é jovem e o amor sorri."
1ªestrofe
- A ilha é a representação do sonho. Está ligada a uma ideia de
felicidade, de paraiso alcançado, na «Terra de suavidade»
- A vida jovem e o amor são o que Fernando Pessoa considera os
melhores objetivos: a juventude eterna a ideia de imortalidade ou
negação da morte e o amor a negação da solidão humana
2ªestrofe
- Talvez, dá uma ideia de incerteza acerca da Terra dos sonhos
- Estas paisagens são o que o sujeito poético descreve por mais
maravilhosas que sejam são apenas ilusões
- Mesmo na terra dos sonhos a felicidade não é garantida
- A felicidade é apenas um talvez, mas um talvez soturno pois
quase adivinhamos que não vai acontecer
3ªestrofe
- A terra da felicidade só é terra da felicidade porque é imaginada
- Se, se torna realidade o sonho deixa de ser sonho e perde o seu encanto
- O sujeito poético diz que até já terra dos sonhos se sente o frio da noite
- O mal não deixa de existir nem o bem dura para sempre, logo a ideia da terra dos sonhos é
impossível
4ªestrofe
- O sujeito poético toma consciência do quão inútil é sonhar e idealizar a vida
- Mas, o sujeito poético apesar de tomar do quão fútil é sonhar pois nunca vai conseguir viver
na terra dos sonhos, e afirma que para conseguir realizar os seus objetivos é necessário
sermos nós próprios e procurar em nos aquilo que nós falta e não nos sonhos

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