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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS


E ARTES CURSO DE PSICOLOGIA

TRABALHO DE PSICOLOGIA DO TRABALHO I


A CULTURA NO BRASIL E AS POSSIBILIDADES DE DESENVOLVIMENTO DE
EMPRESAS QUE BUSQUEM QUALIDADE E PRODUTIVIDADE ASSOCIADOS
A SAÚDE E SEGURANÇA.

MARIA HELENA RIBEIRO CAVALCANTI AMARAL ALVES, 20210058001

JOÃO PESSOA – PB 2023


O sistema capitalista é um sistema econômico e político baseado na propriedade
privada dos meios de produção e na busca do lucro. Neste sistema, os trabalhadores são
contratados para produzir bens e serviços para as empresas, com a finalidade de
maximizar seus lucros. No entanto, a busca incessante pelo lucro muitas vezes leva as
empresas a priorizar os resultados financeiros em detrimento da saúde e bem-estar dos
trabalhadores. Os empregadores podem adotar práticas que aumentam a produtividade,
mas que também podem ser prejudiciais à saúde dos trabalhadores.

Diante disso, é válido observar que muitos trabalhadores em empregos de baixa


remuneração são obrigados a trabalhar longas horas em condições de trabalho
insalubres. Essas condições podem incluir exposição a produtos químicos tóxicos, ruído
excessivo, falta de ventilação e falta de equipamentos de proteção adequados. A
exposição a essas condições pode levar a problemas de saúde, incluindo doenças
respiratórias, lesões e outras doenças relacionadas ao trabalho como a síndrome de
burnout, que é um distúrbio emocional causado pelo esgotamento profissional com
sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de
trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade. O
sistema capitalista, muitas vezes promove a competição e o individualismo em vez da
colaboração e do cuidado mútuo. Isso pode levar a um ambiente de trabalho estressante
e desumanizante, onde os trabalhadores são vistos apenas como recursos a serem
explorados em vez de serem tratados como seres humanos.

É importante ressaltar que nem todas as empresas operam dessa forma, e muitas
empresas adotam práticas socialmente responsáveis que priorizam o bem-estar dos
trabalhadores. No entanto, a natureza competitiva do sistema capitalista pode encorajar
as empresas a adotarem práticas que prejudiquem a saúde dos trabalhadores, a fim de
maximizar seus lucros. Em conclusão, embora o sistema capitalista tenha trazido muitos
benefícios para a sociedade, também pode ter um impacto negativo na saúde e no bem-
estar dos trabalhadores. É importante que as empresas sejam responsáveis socialmente e
priorizem a saúde e a segurança de seus funcionários, em vez de buscar apenas lucros a
qualquer custo.

Em face ao exporto, é importante analisar que a cultura do trabalho no Brasil


está dentro do sistema capitalista, pois é influenciada por diversos fatores históricos,
sociais e psicológicos. Uma das características mais marcantes é a valorização do
trabalho como um meio para alcançar o sucesso e a ascensão social, a meritocracia. No
entanto, também é comum a existência de uma cultura de informalidade e
desvalorização do trabalhador em certos setores.

Historicamente, o Brasil teve uma economia baseada no trabalho escravo, que


foi abolida apenas em 1888. A partir daí, houve um processo de transição para uma
economia baseada no trabalho livre, mas com muitas desigualdades sociais e
concentração de renda. Foi só nos anos 1930, com a chegada do Estado Novo, que
houve um esforço do governo para instituir uma cultura do trabalho, com a criação de
leis trabalhistas e sindicais. Essas medidas ajudaram a criar um mercado de trabalho
mais formalizado, mas também desejavam a burocratização e a rigidez das relações
trabalhistas.

Atualmente, a cultura do trabalho no Brasil é marcada pela informalidade, pela


precarização do trabalho em muitos setores, pela desigualdade social e pela falta de
oportunidades para muitos trabalhadores. Apesar dos avanços recentes na legislação
trabalhista e na economia, ainda há muitos desafios a serem enfrentados para que se
tenha uma cultura do trabalho mais justa e inclusiva.

A qualidade de vida no trabalho se refere a um conjunto de fatores que


influenciam a qualidade de vida dos funcionários, incluindo suas condições de trabalho,
relacionamentos com colegas, oportunidades de desenvolvimento, equilíbrio entre vida
pessoal e profissional, entre outros. Nesse sentido, uma boa qualidade de vida no
trabalho é um fator importante para a produtividade e eficiência dos trabalhadores,
assim como para a redução da rotatividade e afastamentos por doenças ocupacionais.
Além disso, promover uma qualidade de vida adequada no ambiente de trabalho é
fundamental para a saúde mental e física dos trabalhadores.

Conclui-se, portanto, que algumas ações podem ser adotadas pelas empresas para
promover a qualidade de vida no trabalho, as quais incluem proporcionar um ambiente
de trabalho seguro, limpo e confortável, oferecer treinamentos e oportunidades de
desenvolvimento profissional para os funcionários, estabelecer uma cultura
organizacional de respeito e colaboração, garantia de uma remuneração justa e
benefícios compatíveis com o mercado, flexibilização dos horários e adotar medidas que
respeitem um equilíbrio entre a vida pessoal e profissional dos funcionários e incentivar
a participação dos trabalhadores em atividades de promoção da saúde, como campanhas
de vacinação e ginástica laboral. Logo, investir na qualidade de vida dos funcionários
não é apenas uma questão de responsabilidade social, mas também um investimento
estratégico que pode trazer benefícios tanto para a empresa quanto para os
trabalhadores. funcionários mais felizes e satisfeitos tendem a ser mais produtivos e
engajados, o que contribui para o sucesso da organização a longo prazo.

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