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CATARATA ADQUIRIDA
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
RELEVÂNCIA
Pequenas opacidades no cristalino são comuns e raramente interferem na visão. Em 2019, o número de pessoas
com alguma deficiência visual no mundo ultrapassava 2 bilhões, dos quais pelo menos 1 milhão de casos poderiam ter
sido evitados ou ainda não foram abordados. Dentre essas causas, a catarata é responsável por cerca de 80% dos casos
(OMS/2019), excluídas as ametropias. A prevalência em adultos é de 10%, aumentando progressivamente a partir dos
50 anos e alcançando 75% de prevalência em maiores de 75 anos. Nos próximos 20 anos, estima-se que a incidência de
catarata irá duplicar.
INFORMAÇÕES GERAIS
Catarata é definida como qualquer opacidade pela melhora da visão em pacientes previamente
no cristalino que afete a acuidade visual (OMS/1990). hipermétropes (segunda visão da idade).
Cerca de um terço do poder refrativo do olho é
proveniente do cristalino, podendo variar de 20D a 30D
pelo mecanismo de acomodação.
O cristalino é circundado por ligamentos
suspensores, ligados ao músculo ciliar e responsáveis
pela acomodação. O comprometimento desse sistema
causa presbiopia que ocorre em pacientes com mais de
40 anos de idade Anatomo-histologicamente, pode-se
dividir o cristalino em cápsula (formada por fibras
colágenas), epitélio subcapsular (produz as fibras do
cristalino), córtex (contém as fibras do cristalino) e
núcleo (fibras cristalinas antigas).
São as proteínas cristalinas que conferem
transparência ao cristalino. O estresse oxidativo
degenera as fibras, resultando, inicialmente no FIGURA 1. Catarata nuclear com esclerose moderada
Medidas preventivas
Causas Comentário
ABORDAGEM AO PACIENTE
Biomicroscopia
Ultrassonografia ocular
DIAGNÓSTICO
Todo paciente com mais de 60 anos com miopia
recente ou baixa de acuidade visual progressiva não FIGURA 5. Catarata hipermadura com enrugamento da capsula anterior
refracional, deve ser avaliado para catarata. Paciente
diabéticos e/ou usuarios de corticoide crônicos com
baixa visual também devem ser avaliados para catarata
O diagnóstico definitivo deverá ser feito no
exame da lâmpada de fenda ou biomicroscopia do
cirstalino para confirmar, estadiar e traçar o plano
terapêutico da catarata.
REFERÊNCIAS
3. SCHOR, P.; CHAMON, W.; BELFORT-JUNIOR, R. Guias de medicina ambulatorial e hospitalar. Barueri: Manole, 2004.
4. EHLERS, J. P.; SHAH, C. P. Manual de Doenças oculares do Wills Eye Hospital: diagnóstico e tratamento no consultório e na emergência. Porto
Alegre: Artmed, 2009.
5. WEVILL, M. Epidemiology, pathophysiology, causes, morphology and visual effects of cataract. In: MYRON, Y.; DUKER, J. S. Ophthalmology. Saint
Louis: Elsevier, 2009.
6. WORLD REPORT ON VISION. World Health Organization, 2019. Disponível em: https://www.who.int/docs/default-source/infographics-pdf/
world-vision-infographic-final.pdf?sfvrsn=85b7bcde_2. Acesso em: 25 de março de 2020.