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A GESTÃO EDUCACIONAL SOB A ÓTICA DE UMA INSTITUIÇÃO PÚBLICA DE

EDUCAÇÃO INFANTIL DE FORTALEZA

Gabriel de Amorim Santiago¹


Iago Henrique de Carvalho Martins²
Italo Rondinelle Lira de Carvalho³
Leandro Brainer Pires4
Luiz Felipe Marques Monteiro de Souza5
Marcelle da Silva Lima6
Talita Kelly Santos Bezerra7

RESUMO

O presente artigo tem o objetivo de compreender a Gestão Educacional em uma instituição de


ensino pública de Educação Infantil, identificando a prática pedagógica e o tipo de gestão
empregada. Como fundamentação teórica, utiliza-se os conceitos de Heloísa Lück (2010),
Sonia Kramer (2008), Libâneo et. al (2012), dentre outros autores que discorrem acerca da
Gestão Educacional e Gestão democrática-participativa nas instituições de ensino. No que
concerne à metodologia, realizamos uma entrevista estruturada com uma coordenadora
escolar de uma instituição pública de Educação Infantil no município de Fortaleza. Os
resultados demonstram que há uma busca por uma prática pedagógica e gestão democrática.

Palavras-chave: Gestão educacional. Educação infantil. Gestão participativa.

1 INTRODUÇÃO

Contextualização do tema. Descrição da justificativa e relevância do estudo. Apresentação do


problema e das questões norteadoras da pesquisa. Esclarecimento dos objetivos deste artigo
(geral e específicos). Relato resumido sobre a metodologia a ser adotada na pesquisa. Etapas
do artigo (descrição sucinta dos tópicos). Aqui evite muitas citações de autores, gráficos,
figuras, quadros, tabelas.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2. 1 - Estratégias

Planejamento Estratégico(Italo, no máximo 01 lauda)


Modelos De Gestão
Na visão de Libâneo,Oliveira e Toschi(2012,p.438) a gestão é: " atividade pela
qual são mobilizados meios e procedimentos para atingir os objetivos da organização,
envolvendo basicamente, os aspectos gerenciais e técnico- administrativos. Há várias
concepções e modalidades de gestão: centralizada, participativa, etc." Essa afirmação nos
mostra que a gestão pode adotar uma postura mais gerencial ou participativa, dependerá dos
objetivos e também do tipo de organização.
Neste sentido, a gestão de uma escola pode assumir diferentes modelos de gestão,
isso dependerá da visão que as organizações educacionais possuem. Assim, Libâneo, Oliveira
e Toschi(2012) apresentam quatro concepções de organização e gestão escolar, são elas:
técnico-científica, autogestionária, interpretativa e democrático-participativa. De acordo com
esses mesmos autores, a concepção técnico-científica está baseada na hierarquia de cargos e
funções, há uma racionalização do trabalho e da eficiência dos serviços escolares, e as
decisões são de cima para baixo(cúpula-operacional); na concepção autogestionária, a
responsabilidade é de todos e apresenta uma direção descentralizada, assim todos devem
participar do processo de decisão; na concepção interpretativa, consideramos a subjetividade
dos sujeitos e a interação entre as pessoas; na concepção democrático- participativa, há uma
relação entre direção e demais participantes, dessa forma a tomada de decisão é coletiva.
No que concerne à concepção democrático- participativa, ela está presente no modelo
de gestão preconizado pelos documentos oficiais, pois de acordo com as diretrizes
pedagógicas da Educação Infantil do município de Fortaleza(2019), a gestão de uma escola
deve contar com a participação de todos que compõem a comunidade escolar: alunos, pais,
professores e demais colaboradores do ambiente escolar. Ademais, a lei de diretrizes e bases
da Educação ( LDB 9394/96) propõe uma gestão democrática no ensino público, bem como a
lei complementar 169/2014, que é uma lei específica do município de Fortaleza para orientar
a gestão democrática e participativa da rede pública municipal de ensino.
Apesar desses documentos oficiais pregarem uma gestão mais democrática. Libâneo,
Oliveira e Toschi(2012) relatam que a concepção técnico- científica ainda está presente nas
escolas, assim podemos presenciar modelos de gestão híbridos, pois apresentam uma misto
de posturas gerenciais e participativas. Entretanto, a Escola é uma organização que pelo seu
papel social, e seu universo plural busca por um modelo de gestão participativo e
democrático, pois a realidade complexa do ambiente escolar não admite uma gestão pautada
somente em aspectos técnico-administrativos devido à natureza social do ambiente escolar.
Portanto, a gestão educacional nas palavras de Lück(2010) deve estar de acordo as diretrizes
e políticas educacionais para que seja possível implementar projetos pedagógicos,
compromissada com a democracia, e visando um ambiente educacional no qual se considere
a autonomia, participação, autocontrole e transparência.

Sustentabilidade Econômico- Financeira

A gestão das escolas públicas municipais de Educação Infantil estão amparadas por lei,
conforme as diretrizes pedagógicas da Educação Infantil(2019), o coordenador realiza o
levantamento das prioridades de gastos e o diretor define a empregabilidades dos recursos
referentes às verbas do programa programa municipal de desenvolvimento da escola(PMDE)
e do programa dinheiro direto na escola( PDDE), juntamente com a comunidade escolar.
Em relação ao PDDE e PMDE, O PDDE( programa municipal de desenvolvimento da
escola) é uma programa gerenciado pelo fundo Nacional de desenvolvimento da Educação
(FNDE). De acordo com Sousa, Vidal e Vieira (2020), o objetivo desse programa é promover
melhoria na estrutura física e pedagógica das escolas e no reforço a autogestão escolar nas
áreas financeira, administrativa e didática. Por sua vez, O PMDE( programa municipal de
manutenção e desenvolvimento do ensino) foi sancionado a partir da lei complementar
n°169/2014. De acordo com Sousa, Vidal e Vieira(2020, p.141) esse programa: " consiste na
transferência de recursos financeiros consignados no orçamento do executivo com o objetivo
de prestar assistência financeira, em caráter suplementar, às escolas da rede municipal de
Fortaleza". Esses recursos oriundos desses dois programas são geridos pelas unidades
executoras dos recursos financeiros( UERF), criadas em todas as escolas públicas municipais.
Conforme a lei complementar 169/2014, a unidade executora dos recursos
financeiros(UERF) possui o intuito de garantir uma gestão democrática no que se refere à
gestão dos recursos financeiros. Acerca de sua natureza e composição, ela possui natureza
privada e sem fins lucrativos, e é composta pelos seguintes membros: diretor escolar,
secretário escolar, presidente do conselho escolar e dois membros que podem ao conselho
escolar ou à comunidade.
É importante destacar que, conforme Colombo(2007,p 26): "Cada instituição de ensino
encontra- se em uma fase financeira específica. Desta maneira, os objetivos futuros poderão
ser direcionados para diminuição de custos, manutenção, crescimento rentável e contínuo ou
alta lucratividade "(COLOMBO,2007,p.26). Isso significa que cada realidade escolar tem
suas demandas específicas, muitas vezes podemos encontrar cenários em que os recursos são
suficientes ou insuficientes. No entanto, essa gestão de recursos precisa está aliada ao
planejamento estratégico, para que seja possível alcançar os objetivos organizacionais da
instituição de ensino.

Processos

Gestão democrática na escola

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº 9.394/96 em seu art. 3º


afirma que: “O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios [...] VIII - gestão
democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino;
[...]” (BRASIL, 1996). E o que é essa gestão democrática? Conforme Lück:

Ao se referir às escolas e sistemas de ensino, o conceito de gestão


democrática envolve, além dos professores e funcionários, os pais, os alunos
e qualquer outro representante da comunidade que esteja interessado e na
melhoria do processo pedagógico. (LÜCK. et al, 2005, p.17)

Ou seja, em uma gestão democrática todos que fazem parte do processo educativo,
incluindo a família e a comunidade, devem e podem participar de tomadas de decisões
coletivas, que visem a sua melhoria. Compreendemos que o papel social da escola vai muito
além de alfabetizar um aluno. A instituição tem por obrigação oferecer uma educação de
qualidade que vise a formação integral dos educandos. Uma educação que cumpra sua função
de se tornar uma ferramenta de mobilidade social e conscientização. Então, se a instituição
escolar diz recusar a gestão tradicional automaticamente isso a torna democrática? Para
Oliveira:

Na realidade aquela escola tradicional, transmissiva, autoritária,


verticalizada, extremamente burocrática mudou. O que não quer dizer que
estejamos diante de uma escola democrática, pautada no trabalho coletivo,
na participação dos sujeitos envolvidos, ministrando uma educação de
qualidade. Valores como autonomia, participação, democratização foram
assimilados e reinterpretados por diferentes administrações públicas,
substantivados em procedimentos normativos que modificaram
substancialmente o trabalho escolar. (OLIVEIRA. 2004, p. 1140)

Logo, é possível compreender que para de fato existir esse modelo de gestão é
primordial a participação de todos, porém uma participação consciente e significativa para a
escola e para as pessoas que contribuem. A maior ferramenta da construção desse modelo de
gestão é o diálogo. O enfrentamento de ideias contraditórias é fundamental para que o
processo democrático possa existir, na escola isso não funciona de forma diferente. Todavia é
importante salientar como o papel do gestor é necessário. Um gestor competente e ciente de
suas funções, que entenda seu papel de mediador durante todo o processo, capaz de delegar
funções de forma justa para pessoas que de fato consigam colaborar para o processo
educativo e que esteja ciente da importância de ter uma boa relação com a comunidade em
que a escola está inserida.

Papel da Escola: contribuições para o seu entorno (Leandro)

Especificidades da Educação Infantil em relação às outras Etapas de Ensino (Felipe)

Especificidades da Gestão em Educação Infantil (Iago)

A Gestão na Educação Infantil, assim como as das outras etapas de ensino,


também adota a perspectiva democrática, ou seja, afirma a necessidade de participação de
pais, educadores, educandos, funcionários e da comunidade nos conselhos deliberativos e na
vida escolar. Porém, a educação infantil tem características próprias que a diferenciam das
outras etapas de ensino. De quais formas essa gestão vai abraçar as características únicas
dessa etapa de ensino? Como a gestão cumprirá a sua função democrático-participativa na
Educação Infantil?

Como um dos documentos norteadores da educação infantil no Brasil, além da


BNCC (Base Nacional Comum Curricular), o “Indicadores de Qualidade na Educação
Infantil” (BRASIL, 2009) fornece subsídios para os profissionais da escola, principalmente
os que compõem a gestão, avaliarem a qualidade da educação proporcionada pela instituição
em que atuam. Definir o que é qualidade, principalmente na área educacional, significa
dialogar com vários fatores que influenciam a definição desse termo, como: os valores de
uma população; os conhecimentos científicos desenvolvidos sobre a aprendizagem das
crianças; o contexto social, cultural e histórico em que a instituição educacional está inserida.
Uma gestão escolar democrática busca continuamente atentar-se para esses e outros fatores
no dia a dia da instituição com a participação da comunidade. As pessoas que não atuam
diretamente na gestão também possuem saberes e experiências que podem contribuir para a
melhoria da escola. As observações e análises feitas por outros ângulos e pontos de vista
permitem que aspectos talvez nunca antes percebidos sejam evidenciados, assim como
problemas que parecem ser tão pequenos para as pessoas que constituem a gestão, mas que
geram um mal-estar ou uma irritação desnecessárias para os professores ou para as crianças
em seu cotidiano. Quando todos os entes escolares, além de votarem, participam dos
conselhos deliberativos da escola compartilhando seus posicionamentos, ideias e sugestões,
as suas participações efetivamente representam os interesses de cada segmento que compõe a
comunidade escolar e a gestão democrática ocorre de fato.

Com o objetivo de desenvolver práticas que respeitem os direitos fundamentais


das crianças e uma cultura de autoavaliação nas instituições de educação infantil, o
documento “Indicadores da Qualidade na Educação Infantil” (BRASIL, 2009) apresenta
apresenta sete dimensões a serem avaliadas na instituição: Planejamento Institucional;
Multiplicidade de Experiências e Linguagens; Interações; Promoção da Saúde; Espaços,
Materiais e Mobiliários; Formação e Condições de Trabalho das Professoras e demais
Profissionais; e Cooperação e Troca com as Famílias e Participação na Rede de Proteção
Social. Em cada dimensão, no mínimo três aspectos são avaliados por meio das cores verde,
amarelo e vermelho. ou seja, quando, respectivamente, as ações, atitudes ou situações
benéficas para a qualidade da Educação Infantil existem e estão consolidadas, quando
ocorrem apenas esporadicamente, mas não estão consolidadas, ou quando não existem.

Sete anos após a publicação desse documento nacional, a Secretaria Municipal de


Educação de São Paulo lançou a obra “Indicadores de Qualidade da Educação Infantil
Paulistana” (SÃO PAULO, 2016) elaborada por meio de um Grupo de Trabalho (GT)
composto por profissionais da Rede Municipal de Ensino e complementada pelas
contribuições de diversos profissionais da educação. Esse documento reformula e amplia as
sete dimensões apresentadas na obra nacional para atender às especificidades paulistas.
Mesmo sendo direcionada para um público específico, essa produção contribui
significativamente para a prática pedagógica e de gestão das instituições de educação infantil
de todo o Brasil. As nove dimensões abordadas no documento são: Planejamento e Gestão
Educacional; Participação, escuta e autoria de bebês e crianças; Multiplicidade de
experiências e linguagens em contextos lúdicos para as infâncias; Interações; Relações
étnico-raciais e de gênero; Ambientes educativos: tempos, espaços e materiais; Promoção da
saúde e bem-estar: experiências de ser cuidado, cuidar de si, do outro e do mundo; Formação
e condições de trabalho das educadoras e dos educadores; e Rede de Proteção Sociocultural:
Unidade Educacional, família, comunidade e cidade.

Por meio de uma leitura superficial das dimensões, já é possível perceber a


amplitude das características presentes na educação infantil que devem ser desenvolvidas.
Vale ressaltar que dentro de cada dimensão há vários aspectos a serem observados. As nove
dimensões são como nove universos de estudos, de pesquisas e de atuação pedagógica, pois
abrangem desde detalhes importantes do cotidiano como acontecimentos bem visíveis na
instituição.

4. PESSOAS (liderança, motivação)

3. METODOLOGIA (Em construção).

Como caminho metodológico, optamos por uma pesquisa de natureza qualitativa.


Conforme Lakatos e Marconi (2010), a pesquisa qualitativa apresenta variáveis subjetivas,
seus dados não podem ser quantificados. Portanto, a pesquisa qualitativa foi escolhida por
apresentar características que implicam em uma subjetividade

O lócus da pesquisa foi uma instituição educacional pública de Educação Infantil no


município de Fortaleza; como sujeito da pesquisa, apresentamos a coordenadora escolar da
referida instituição. Neste contexto, o instrumento metodológico foi uma entrevista
estruturada com um roteiro elaborado com dezoito(18?) perguntas acerca da temática. Na
construção e análise dos dados, registramos as respostas da entrevistada, para que fosse
possível realizar uma análise posterior.
4 ANÁLISE, RESULTADOS E DISCUSSÃO

Exponham de maneira sucinta a sua análise dos dados obtidos, seus resultados alcançados na
pesquisa, resultados estes discutidos tomando como base o referencial teórico e o modelo
adotados.

5 CONCLUSÕES OU CONSIDERAÇÕES COMPLEMENTARES

Devolutiva geral sobre a sua pesquisa, explicando o que pretendeu com o artigo, sua a
importância e uma reflexão sobre a problemática do estudo e apresente algumas
possibilidades de soluções para o problema estudado.

Prestar contas com as questões norteadoras/hipóteses (foram respondidas? Foram


confirmadas?).

Apresente os principais resultados das análises empreendidas na pesquisa e, por fim, alguma
solução para o problema colocado.

Prestar contas com os objetivos (geral e específicos) (foram atingidos?)

Apresentar as facilidades e as dificuldades da pesquisa.

Propor a continuidade da pesquisa, com aprofundamento, outras aplicações, caso necessário.

Aqui evite citações de autores, gráficos, figuras, quadros, tabelas. Aqui é o autor do artigo em
essência.

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6022: artigo em publicação


periódica técnica e/ou científica: apresentação. 2. ed. Rio de Janeiro, 2018.

BASTOS, Cleverson Leite; KELLER, Vicente. Aprendendo a aprender: introdução à


metodologia científica. 19. ed. Petrópolis: Vozes, 2006.
Brasil. Ministério da Educação. Secretária de Educação Básica. Indicadores de qualidade na
educação infantil. Brasília: MEC, 2009. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/indic_qualit_educ_infantil.pdf. Acesso em: 17 out
2020.

KRAMER, Sonia (org.). Profissionais de educação infantil - gestão e formação. São Paulo:
Ática, 2008.

LÜCK, Heloísa. A gestão pedagógica da organização curricular com foco na superação da


distorção idade-série. Gestão em Rede, n. 62, p. 10 – 14, junho, 2005.

MOREIRA, Verônica Martins. GESTÃO EDUCACIONAL E PRÁTICA DOCENTE NA


REALIDADE ESCOLAR. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer,
Goiânia, v.8, n.15; 2012.

OLIVEIRA, Dalila Andrade. Reestruturação do Trabalho Docente: Precarização e


flexibilização. Educação Sociedade. Campinas, vol. 25, n. 89, p. 1127-1144, Set./Dez. 2004.

SÃO PAULO (Município). Secretaria Municipal de Educação. Diretoria de Orientação


Técnica. Indicadores de qualidade da Educação Infantil Paulistana. São Paulo:
SME/DOT, 2016. Disponível em:
http://portal.sme.prefeitura.sp.gov.br/Portals/1/Files/35117.pdf. Acesso em: 17 out. 2020.

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NBR 6023.

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