Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Imagine que a Câmara Municipal de Lisboa decidia hoje aprovar uma deliberação com
o seguinte teor:
1. A fim de contribuir para a ajuda ao povo ucraniano, impõe-se aos proprietários de
imóveis sitos no município de Lisboa arrendados em sistema Airbnb com rendimentos
superiores a 200.000€ anuais, por referência ao ano de 2019, a cedência gratuita de
10% da sua capacidade hoteleira para acolhimento de refugiados daquele Estado.
2. Os proprietários deverão comunicar quais os imóveis que disponibilizarão para este
efeito até final do mês de Maio, na sequência de notificação da Câmara Municipal de
Lisboa.
Resolução:
Armando tinha interesse processual segundo o artigo 39.º CPTA, interesse qualificado.
Armando não pode impugnar a norma pois ela não é imediatamente exequível, só o
poderia fazer caso o ato – notificação – já tivesse chegado – art.73/3.º. A única
entidade que pode impugnar regulamentos não imediatamente exequíveis é o MP.
Quanto a Bruna, há que averiguar a legitimidade no art.73.º, n.º 3 CPTA. Bruna não
tem legitimidade.
(*Nota: em matéria de atos administrativos, há uma norma que permite que as
pessoas que residam no município atuem: art.55/2.º CPTA. *Discussão se faria sentido,
ou não, estender a lógica ao art.73/3.º 2ª parte CPTA*).
B quer atacar numa ação principal a norma então quer aplicar o art.73/3º b) !! Se não
quiser atacar a norma na ação principal será incidental segundo o art.73/3º a) CPTA
(esta alínea não implica a sua vigência na ordem jurídica, por isso é que é importante o
n4).