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Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE

Disciplina: Fundamentos da Educação


Professora: Rebeca Oliveira Duarte
Acadêmico: Pedro Henrique Marques Feitosa
Turma: LF

Fichamento Nº 01: LIBÂNEO, José Carlos. Tendências pedagógicas na prática


escolar. Democratização da Escola Pública – a pedagogia crítico-social dos
conteúdos. São Paulo: Loyola, 1992. Capítulo 1.

O autor inicia seu texto com uma breve crítica à realidade do professor, na
qual menciona a falta de preparo, preocupação com a pedagogia mais
adequada para determinada turma ou as pressões exercidas pelo sistema; em
seguida classifica as tendências pedagógicas em duas vertentes: As liberais e
as progressistas.
Para ele, a pedagogia liberal é uma manifestação da sociedade capitalista,
que busca preparar o indivíduo para o desempenho de papéis sociais, dando a
todos igualdade de chances, porém, sem se preocupar com a desigualdade de
condições da realidade do estudante; em seguida divide a pedagogia liberal
entre: Tradicional, renovada progressista, renovada não-diretiva e tecnicista.
Libâneo classifica o ensino tradicional como algo meritocrático e isolado dos
problemas da sociedade, conteudista de maneira enciclopédica que tem o
ensino inteiramente expositivo e focado no professor, com disciplina perfeita
por meio dos estudantes, visando o aumento intelectual.
Em seguida vem a escola renovada progressista, com enfoque no estudante,
aplicando a ideia do “aprender fazendo”, para ser uma jornada de
autodescoberta e aprendizagem dinâmica. A outra vertente da escola renovada
é a renovada não-diretiva, com o ensino focado no desenvolvimento pessoal
(psicológico e mental) do estudante com mínima interferência do professor,
pois, fazendo isso, o próprio aluno irá buscar conhecimento novo.
Por fim, a liberal tecnicista, que é classificada como sendo um método
pedagógico com interesse em formar mão-de-obra especializada para o
mercado de trabalho. Para isso o conhecimento é organizado de maneira
lógica por especialistas, sempre no âmbito das ciências objetivas; é visto
também como uma espécie de programação comportamental. O professor
neste caso serve apenas como um elo entre o aluno e a ciência.
Agora no âmbito das pedagogias progressistas, ele inicia classificando a
libertadora, que visa o aprendizado dos estudantes baseado na sua realidade
pessoal, trazendo as experiências vividas pelos mesmos para grupos de
discussão afim de gerar conhecimento novo por meio da problematização
crítica da vida de cada um. Paulo Freyre foi seu principal divulgador e
desenvolvedor.
Já a pedagogia progressista libertária é, expressamente, uma forma de
resistência política contra qualquer tipo de autoritarismo, visando que o aluno
leve todo o seu aprendizado para sua vida em sociedade. O conteúdo a ser
trabalhado é escolhido pelos estudantes, que se organizam em debates e
desdobramentos sobre determinado assunto, sendo o professor apenas um
orientador que se mistura ao grupo, visando uma reflexão generalizada.
Enquanto que na “critico-social dos conteúdos”, a educação visa preparar o
aluno para a vida adulta, por fornecer a ele os instrumentos necessários por
meio de aprendizado intelectual e socialização; o professor atua como um
mediador nas suas turmas, pois o mesmo é possuidor de mais conhecimento,
na mesma medida que o estudante tenta associar o conteúdo as suas
vivências pessoais e experiências de vida.
Para concluir o seu trabalho e, de certa forma, favorecer a pedagogia crítico-
social dos conteúdos, ele afirma que não há como centrar o ensino no
professor nem no aluno, pois é uma relação de troca entre ambos, e deve se
balancear a pedagogia visando este câmbio, afinal, não existem alunos
aprendendo sozinhos, nem professores ensinando as paredes.

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