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GOVERNO DA PROVÍNCIA DO BENGO

ESCOLA DE MAGISTÉRIO KIMAMUENHO

CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO Iº CICLO DO ENSINO


SECUNDÁRIO
ESPECIALIDADE INGLES E EMC

RESPOSTAS PEDAGÓGICAS PSICÓLOGICAS DA NEES


GOVERNO DA PROVÍNCIA DO BENGO

ESCOLA DE MAGISTÉRIO KIMAMUENHO

TRABALHO DO FIM DE CURSO

CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO Iº CICLO DO ENSINO


SECUNDÁRIO
ESPECIALIDADE INGLES E EMC

RESPOSTAS PEDAGÓGICAS PSICOLÓGICAS DA NEES

AUTORES:
CAXITO-NOVEMBRO/2022
DEDICATÓRIA

Dedicamos este trabalho a todas as crianças com Necessidades Educativas


Especiais, pelo esforço, entrega, luta e coragem que demonstram a cada dia. Sobretudo por
acreditarem que são capazes e por nos fazerem acreditar que aquilo que parece impossível
pode tornar-se possível. Basta acreditarmos e olharmos para todos como sendo iguais…

Não desistam, continuem a lutar e a acreditar…

I
AGRADECIMENTOS

Aos todos professores da instituição, pelo apoio, pela paciência, pela


disponibilidade e acompanhamento, pela amizade…que com o seu saber me orientou na
realização deste trabalho.

Aos nossos pais, pela eterna gratidão, que estão sempre ao nosso lado em todos os
momentos e jamais deixaram de nos apoiar e dar coragem para alcançar os nossos
objetivos.

II
RESUMO

As atitudes dos professores são consideradas contextos fundamentais no


desenvolvimento do educando com papéis complementares no processo educativo. Neste
sentido, o presente trabalho tem como objetivo investigar se os professores, demonstram
atitudes de inclusão, com alunos com NEE. Foi realizada uma revisão da literatura,
envolvendo o conceito de atitude e a sua relação com a inclusão dos alunos com NEE.
Embora alguns estudos contradigam outros, parece possível afirmar que as atitudes dos
professores quando positivas facilitam a inclusão dos alunos com NEE na escola e na sala
de aula. Fizemos também um percurso pela evolução do atendimento às crianças com
NEE, até chegarmos à caminhada para a escola inclusiva. Podemos dizer que existe uma
grande evolução mas muito ainda terá que ser feito, sobretudo nos aspetos referentes à
qualidade na educação e à formação dos profissionais como promotores dessa qualidade e
duma escola que se pretende realmente inclusiva.

Palavras-chave: Atitudes, métodos pedagógicos. Necessidades Educativas Especiais,


Inclusão.

III
ÍNDICE
DEDICATÓRIA....................................................................................................................I
AGRADECIMENTOS........................................................................................................II
RESUMO............................................................................................................................III
INTRODUÇÃO....................................................................................................................1
JUSTIFICATIVA.....................................................................................................................2
OBJECTIVO GERAL:.............................................................................................................2
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS:..................................................................................................2
IMPORTÂNCIA DO ESTUDO..................................................................................................2
ESTRUTURA DO TRABALHO................................................................................................2
I- ENQUADRAMENTO TEMÁTICO...............................................................................3
1.1. NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS – CONCEPTUALIZAÇÃO ................................3
1.2.- ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS INCLUSIVAS..................................................................4
1.2.2- A INCLUSÃO E SEUS BENEFÍCIOS...............................................................................4
1.2.3- PROTECÇÃO NOS PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO..................................................5
1.2.4- ESTRATÉGIA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA PARA CRIANÇAS COM NEE...............5
1.2.5- PROCESSO ADEQUADO..............................................................................................5
1.2.7- METODOLOGIA PARA TRABALHAR COM ALUNOS CEGOS..........................................5
1.2.8- ATITUDES DOS PROFESSORES FACE À INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM NEE..............6
2- AS ATITUDES DOS PROFESSORES NO PROCESSO DE INCLUSÃO................6
2.1- GESTÃO CURRICULAR..................................................................................................7
3- METODOLOGIA............................................................................................................7
4- CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................................8
SUGESTÕES........................................................................................................................9
5- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA.............................................................................9
INTRODUÇÃO

O presente Trabalho vai abordar sobre os métodos e técnicas para Trabalhar com
alunos com necessidades Educativas especial.

Sanches e Teodoro (2007) consideram que, para falar de NEE, é necessário falar de
pessoas com deficiência, as quais tiveram de lutar desde sempre contra a exclusão social,
pelo que, para muitos, hoje em dia, a implementação das NEE, é dirigida a estes
indivíduos, embora, na realidade, ela seja atribuída tanto a indivíduos portadores de
deficiência, como a indivíduos com necessidades educativas específicas. O foco da
abordagem desta temática centra-se no estudo dos métodos e estratégias para trabalhar com
alunos portadores de Necessidades Educativa Especial. Este tema nos ajudará a entender o
conceito de Necessidade educativa especial, assim como, os métodos e estratégias eficazes
para trabalhar com Aluno (criança) portadores de necessidades educativa especial.

Correia (2004) refere-se a alunos com NEE, como aqueles que são aparentemente
normais, mas que, por alguma razão não visível, têm problemas de aprendizagem que
afectam o seu sucesso escolar, principalmente em áreas relacionadas com leitura, escrita e
cálculo.

O que normalmente assistimos é à justificação dos problemas de aprendizagem dos


alunos, com base na zona em que reside, na família, no grupo social em que se insere,
concluindo-se que devem ser esses pontos a mudar (Freire, 2008).

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Justificativa

Em primeiro lugar, dizer que não foi a nossa escolha falar sobre respostas
pedagógicas psicológicas N.E.E, sendo assim procuramos entender este tema que é de
extrema importância para os educadores, uma vez que alunos com necessidades educativas
especiais podem ou não ter uma inteligência igual ou superior à média, mas aprendem de
forma diferente.

Objectivo Geral:

 Descrever as respostas pedagógicas e psicológicas para trabalhar com alunos com


NEE;

Objectivos Específicos:

 Identificar as possíveis formas de entender alunos portadores de NEE;


 Analisar a importância da inclusão dos alunos portadores de NEE;
 Sugerir possíveis maneiras pedagógicas que visam aumentar o nível de
conhecimento sobre alunos portadores de NEE.

Importância do Estudo

A nossa presente pesquisa, traz consigo a grande importância na vida do cidadão,


de modo a compreender as possíveis formas e respostas pedagógicas psicológicas na
aplicação da aprendizagem sobre como trabalhar com alunos portadores de NEE,
contribuindo para uma educação mais inclusiva.

Estrutura do Trabalho

Contudo o nosso trabalho está constituído por uma introdução, onde fez-se o
desenrolar dos objectivos da pesquisa. Seguiu-se com pesquisa tendo como a
fundamentação, como o primeiro capítulo na qual desenvolvemos tudo sobre NEE como
base as questões teóricas e conceptuais dos elementos para trabalhar com alunos portadores
de NEE. O segundo capítulo fala-se das metodologias de investigação utilizada. No final
do trabalho encontramos a conclusão e as referências bibliográficas.

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I- ENQUADRAMENTO TEMÁTICO

1.1. Necessidades Educativas Especiais – Conceptualização

Ao longo da história da humanidade foram várias as atitudes assumidas pela


sociedade ou certos grupos sociais para com as pessoas com deficiência, as quais se foram
alterando por influência de diversos fatores (económicos, sociais, culturais, filosóficos e
científicos). A importância do papel da educação especial para a educação de alunos com
NEE faz deste assunto motivo de estudo de vários autores, professores e alunos de
formação inicial e contínua, no sentido de obterem respostas a inquietações que, em tudo,
estão ligadas à aceitação da diferença e à praticabilidade de uma “escola para todos”.

Faz todo o sentido desdobrar Educação Especial em 2 conceitos, o de Educação e o de


Especial:

 -Educação é o “processo de aprendizagem e de mudança que se opera num aluno


através do ensino e de quaisquer outras experiências a que ele é exposto nos
ambientes onde interage.” (Correia, 2008:18)
 -Especial (no termo de educação especial) é “ um conjunto de recursos que a escola
e as famílias devem ter ao seu dispor para poderem responder mais eficazmente às
necessidades de um aluno com NEES.” (Correia, 2008:19)

Assim, perante estas duas definições, verificamos, no processo de ensino


aprendizagem dos alunos que, dependendo do grau dos seus problemas e dos ambientes
onde interagem, poderão exigir alterações educativas diferenciadas.

Perante isto, educação especial é “um conjunto de recursos especializados que se


constituem como condição fundamental para uma boa prestação de serviços educativos
para os alunos com NEES”. (Correia, 2008, p.19).

Necessidades educativas especiais são o conjunto de conhecimentos que visam


responder as preocupações dos individuo (crianças / adultos), com dificuldades,
deficiências ou anormalidades na aprendizagem ou ainda se quisermos também dizer que é
o conjunto de conhecimentos que apoiam as pessoas em risco de exclusão do processo de
ensino e aprendizagem.

As metodologias de ensino têm um papel fundamental no processo de


aprendizagem, independente da escolha do método pedagógico. Todas fazem uso de

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estratégias, técnicas e actividades voltadas a diferentes situações didácticas vividas em sala
de aula, visando criar condições para que o aluno possa se apropriar dos conhecimentos
escolares. Adopção de um método depende tanto do envolvimento do professor com o ato
pedagógico, quanto da forma como são planejadas e aplicadas as metodologias de ensino.

As estratégias pedagógicas correspondem aos diversos procedimentos planejados e


implementados por educadores com a finalidade de atingir seus objectivos de ensino. Elas
envolvem métodos, técnicas e práticas explorados como meios para a cessar, produzir e
expressar o conhecimento.

1.2.- Estratégias pedagógicas inclusivas

O ponto de partida deve ser o próprio estudante. É preciso empenhar-se em


conhecê-lo bem. Partir do seu repertório e dos seus eixos de interesse torna o processo de
ensino-aprendizagem muito mais espontâneo, prazeroso e significativo. Uma dica é se
perguntar com frequência: o que cada um deles sabe sobre o conceito a ser trabalhado?
Como seus interesses podem ser explorados como facilitadores do ensino de cada
conteúdo?

1.2.1- Inclusão

A escola é, cada vez mais, um contexto inclusivo por isso importa saber o tipo de
respostas e as atitudes dos professores.

O termo integração tem vindo a ser abandonado, pois implica o retorno à corrente
principal de alguém que foi previamente excluído. O conceito de inclusão tem vindo a ser
adotado porque comunica de uma forma mais clara e exata aquilo de que se necessita: que
todas as crianças sejam incluídas na vida educativa e social das escolas e aulas da
vizinhança, não unicamente dentro da corrente principal (Correia, 2003, p.22).

1.2.2- A inclusão e seus benefícios

Segundo Correia (2003), a filosofia da inclusão traz vantagens às aprendizagens de


todos os alunos, transformando-se assim num modelo educacional, que proporciona uma
educação igual e de qualidade.

A inclusão permite também ao professor trabalhar com outros profissionais,


atenuando assim o stress associado ao ensino, pois desenvolve-se uma partilha de

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estratégias, maior controlo de progressão dos alunos, combate aos problemas de
comportamento e aumento de comunicação entre os parceiros educativos. Em ambientes
inclusivos, os professores consideram que a sua vida profissional e pessoal melhora em
virtude da estreita colaboração entre todos os intervenientes.

1.2.3- Protecção nos procedimentos de avaliação

Os alunos devem ser protegidos de todos tipos de riscos na avaliação, a avaliação


deve ser justas, imparciais e não discriminatórias. A elaboração de uma avaliação deve ser
feita de modos a não descriminar racial o socialmente, quando possível deve ser feita na
língua 12 materna do aluno, deve ser aplicado por especialista, devem fornecer
características de NEE. Para aplicar uma avaliação é necessário conhecer e compreender a
história educacional do aluno, as suas atitudes, personalidade, capacidades e dificuldades.

1.2.4- Estratégia de intervenção pedagógica para crianças com NEE

Um dos problemas com que nós, profissionais de educação, nos confrontamos


quando nos deparamos com crianças com NEE na sala de aula é, para além da necessidade
de nos inteirarmos da problemática específica de cada caso, que tipo de actividades lhe
poderá proporcionar, por forma a desenvolver o seu potencial de forma inclusiva e
integradora.

1.2.5- Processo adequado

A escola deve ter uma relação pedagógica com os pais, de modos a facultar
frequentemente os registos escolares dos filhos e poderem se necessário darem o seu apoio
fruto das experiencia de educação com os filhos. Em situações de avaliações é importante
notificar os antecipadamente naquelas situações em que o resultado desta exija cuidados
especiais, devem ser ouvidos antes de serem tomadas decisões psicopedagógicas que
impliquem mudanças ambientais.

1.2.7- Metodologia para trabalhar com alunos cegos

O professor, sua prioridade é garantir que todos os seus alunos tenham


oportunidades iguais de acesso aos materiais de educação e de concluírem seu curso. Para
ensinar alunos com deficiência visual sejam eles cegos ou com visão subnormal, é preciso

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adaptar suas estratégias de lecionar, permitindo o uso de auxílios visuais e tecnologias de
assistência, criando assim um ambiente de aprendizado seguro.

Descreva os materiais visuais. Ao lecionar para alunos cegos ou com visão


subnormal, é importante explicar de forma bem clara todos os materiais visuais utilizados
na aula. Por exemplo, se está ilustrando uma questão com uma imagem, descreva-a com
clareza. Sempre repasse as instruções oralmente. Não entregue um papel impresso com as
instruções de uma tarefa ou trabalho, já que os alunos com deficiência visual podem não
conseguir enxergar as palavras e saber o que é esperado deles. Em vez disso, sempre passe
instruções orais de todas as actividades.

1.2.8- Atitudes dos Professores face à inclusão de crianças com NEE.

A escola tem como um dos objetivos ajudar o aluno a integrar e a organizar as normas
específicas que foi adquirindo ao longo do tempo, na sociedade e na família. Esta função
da escola torna-se fundamental quando falamos das atitudes que os professores têm em
relação às crianças com NEE.

De acordo com Evans (1997, cit. por Florian, 2003), é fundamental que os
professores compreendam que todos os alunos se sintam num contínuo de capacidade de
aprendizagem, o que implica, numa perspetiva educativa, não haver diferenças qualitativas
entre crianças com NEE e crianças sem essas dificuldades.

2- AS ATITUDES DOS PROFESSORES NO PROCESSO DE INCLUSÃO


Sabendo o professor que o seu papel é fundamental para que os objetivos da
intervenção sejam postos em prática, este deve ter uma visão global das necessidades
educativas especiais desenvolvendo competências e atitudes de aceitação da diferença e
estratégias para lidar com ela e de articulação e trabalho com as famílias, aproveitando os
recursos da comunidade e a experiência dos técnicos, a fim de ver a criança como um todo.

O sucesso, a qualidade da educação e o bem-estar do aluno, família e professor,


dependem da preparação, motivação e intervenção de todos os intervenientes e dos
recursos que estão ao seu alcance. Sem uma coerente e competente intervenção os
programas e currículos falham e as oportunidades perdem-se.

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O desafio lançado pelas crianças com NEE aos Professores desde a perspetiva
normalizadora e inclusiva, implica atitudes diferentes, uma atuação sistemática, uma visão
ecológica e sistémica, embora contextualizada das realidades vividas em cada momento do
processo ensino-aprendizagem, em que se deixa de valorizar unicamente os conhecimentos
e o progresso académico, para se valorizar o desenvolvimento global de cada ser humano a
fim de o tornar o mais autónomo e independente possível em relação a si, aos outros e ao
mundo que o rodeia (Helena Serra, 2008).

Santos e Paulino (2006, p.33) afirmam que promover a inclusão significa


sobretudo, uma mudança de postura e de olhar acerca da deficiência, implica romper
paradigmas, reformular o sistema de ensino para garantir um atendimento adequado e a
permanência de todos os alunos, independentemente das suas diferenças e necessidades.

Assim, as atitudes que os professores adotam determinam as suas respostas à


inclusão de alunos com NEE na sala de aula do regular.

2.1- Gestão curricular

É positivo contar com um currículo que sirva como um guia para o professor, mas
este currículo deve ser flexível para oferecer a cada aluno aquilo que melhor se adapte às
suas necessidades e interesses. Assim, este currículo deve possibilitar o desenvolvimento
de todos os alunos, compensando as desigualdades e favorecendo a integração de todos.

O professor deve possuir uma grande “flexibilidade” para agir em função do


contexto e da individualidade de cada criança; deve possuir uma enorme “sensibilidade”
para atender aos momentos críticos que cada criança e família atravessam; deve ser um
“prático reflexivo” que busque, aprenda e melhore a sua atuação interventiva e se
desenvolva profissionalmente. (Mesquita- Pires, 2007).

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3- METODOLOGIA

A Metodologia é a aplicação de procedimentos e técnicas que devem ser


observados para construção do conhecimento, com o propósito de comprovar sua validade
e utilidade nos diversos âmbitos da sociedade.

A metodologia consiste numa reflexão, selecção e aplicação de um conjunto de


abordagens, técnicas e processos utilizados pela ciência, para formular e resolver
problemas de aquisição do conhecimento, de uma maneira sistemática.

2.1. Paradigma ou Modelo de Pesquisa

Segundo DEMO (2003) diz que metodologia é uma preocupação instrumental. Trata
das formas de se fazer ciência. Cuida dos procedimentos, das ferramentas, dos caminhos.
Nessa pesquisa utilizamos o paradigma de pesquisa qualitativa. DEMO (2003, p.19).

 Qualitativa: é um método de investigação científica que se foca no carácter


subjectivo do objecto analisado, estudando as suas particularidades e experiencias
indivíduas. A abordagem de cunho qualitativo trabalha os dados buscando seu
significado, tendo como base a percepção do fenómeno dentro do seu contexto.

2.2.4 Técnicas de Pesquisa

Para o alcance dos objectivos previsto, fizemos recurso as seguintes técnicas de


pesquisa:

2.2.4. Análise Bibliográfica

Estudo desenvolvido a partir de material já elaborado, principalmente livros e


artigos científicos. Grande parte dos estudos exploratórios é desenvolvida a partir de fontes
bibliográficas e são importantes para o surgimento de novos caminhos para as pesquisas
empíricas. Permite ao pesquisador cobrir uma gama maior de fenómenos. Como principal
desvantagem, destaca-se o risco da apresentação de dados com baixa qualidade (GIL,
1999).

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4- CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo teve como foco de investigação os professores, com alunos com
NEE, no sentido de saber se as atitudes que demonstram face à inclusão desses alunos, na
sala de aula regular, são capazes de dar resposta a esses mesmos alunos. Verificamos que
os alunos com NEE são todos aqueles que, sem serem portadores de qualquer tipo de
deficiência, e tendo um quociente de inteligência igual ou superior à média, têm
dificuldades de aprendizagem que os impedem de ter rendimento no seu estudo.

A adopção de um método depende tanto do envolvimento do professor com o ato


pedagógico, quanto da forma como são planejadas e aplicadas as metodologias de ensino.
O ensinar, o educar e o aprender não são atos mecânicos; são relações sociais e
interpessoais que promovem, para além do aprendizado do conteúdo escolar em si, o
desenvolvimento das crianças por meio das interacções que estabelecem com os
indivíduos, do convívio social.

Por esse motivo é fundamental a educação inclusiva para alunos com NEE, no
sentido de permitir meios de ensino adaptados aos mesmos, com profissionais
especializados que os ajudem de forma individualizada a garantir o seu sucesso escolar, de
acordo com a lei vigente.

SUGESTÕES
Tendo em conta o resultado da pesquisa, sugerimos que:

A escola exige mudanças organizacionais e funcionais nos vários níveis de ensino,


começando pela adaptação da sala de aula, dos programas curriculares, e da
actividade ensino/aprendizagem.

A necessidade de adaptar a escola aos diferentes ritmos de aprendizagem dos seus


alunos, com os currículos adequados em função dos mesmos, com estratégias
pedagógicas referenciadas e a devida cooperação de toda a comunidade escolar.

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Evitar a exclusão destes alunos, permitindo que todos possam participar nas tarefas
escolares e diminuir o abandono escolar devido ao insucesso.

5- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA

 RIEF,S,F;HEIMBURGE,J.A.como ensinar todos os alunos da sala de aula


inclusiva. Porto: Editora,2003
 CORREA,I.M Alunos com necessidades educativas especiais nas classes regulares.
Porto: porto editora, 1997.
 Correia, L. M. (1999). Alunos com Necessidades Educativas Especiais nas Escolas
Regulares. Porto: Porto Editora.
 Correia, L. M. (2003). Inclusão e Necessidades Educativas Especiais. Porto: Porto
Editora.
 Correia, L. M. (2008). A Escola Contemporânea e a inclusão de alunos com NEE.
Porto: Porto Editora.
 AINSCOW,M. Necessidades Especiais na sala de aula- Um guia para a formação
de professores. Lisboa:IIE, ED, UNESCO,1998
 Correia, L.M. (2004). Problematização das dificuldades de aprendizagem nas
necessidades educativas especiais. Análise Psicológica 2 (XXII): 369-376.
 Freire, S. (2008). UM OLHAR SOBRE A INCLUSÃO. Revista da educação, Vol.
XVI, nº1.
 Mesquita-Pires C. (2007). Educador de Infância: Teorias e práticas. Porto:
Profedições.
 Rodrigues, D., & Nogueira, J. (2010). Educação especial e Inclusiva em Portugal.
Factos e opções. REVISTA EDUCACIÓN INCLUSIVA. Vol.3, nº 1.
 Sanches, I, & Teodoro, A. (2007). Procurando indicadores de educação inclusiva:
as práticas dos professores de apoio educativo. Revista Portuguesa de educação.
Vol. 20, nº2.
 Serra, H. (2008). Estudos em Necessidades Educativas Especiais – Domínio
Cognitivo. Porto: Edições Gailivro, S.A.

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