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RECEITA FEDERAL

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
CICLO ORÇAMENTÁRIO

Pré-edital

Livro Eletrônico
VINICIUS RIBEIRO

Analista
Analista Legislativo
Legislativo na
na Câmara
Câmara dos Deputados,
Deputados,
onde trabalha
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comas
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orçamentárias.Aprova-
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no concurso
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de Orçamento
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na Câmara
dos Deputados.
dos Deputados.
Formado
Formado
em Administração
em Admi-
na
nistração
Universidade
na Universidade
Federal de Federal
Uberlândia.
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ainda, Analista
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ainda, Analista
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de Planejamento
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Orçamento
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e noPossui
STF;
pós-graduação
e Especialista –
noMBA
FNDE.
em Negócios
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Internacionais
e
– Comércio
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Exterior naInternacionais
FGV. e Comércio
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Ciclo Orçamentário
Prof. Vinicius Ribeiro

Ciclo Orçamentário......................................................................................5
1. Orçamento na Constituição Federal............................................................5
1.1. Plano Plurianual (PPA)...........................................................................6
1.2. Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).....................................................9
1.3. Lei Orçamentária Anual (LOA)............................................................... 15
2. Ciclo Orçamentário................................................................................ 25
2.1. Elaboração......................................................................................... 27
2.2. Aprovação.......................................................................................... 32
2.3. Execução........................................................................................... 36
2.4. Controle............................................................................................ 40
3. Créditos Adicionais................................................................................. 43
Resumo.................................................................................................... 54
Mapas Mentais.......................................................................................... 59
Questões Comentadas em Aula................................................................... 62
Questões de Concurso................................................................................ 77
Gabarito................................................................................................... 88
Gabarito Comentado.................................................................................. 89
Referências............................................................................................. 105

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Olá, tudo bem com você? Foco nos estudos.

Vamos dar início a nossa quarta aula.

Antes de iniciarmos, é importante enfatizar que apesar do edital de Auditor da

RFB anterior fazer referência apenas ao tópico “ciclo orçamentário”, este necessa-

riamente envolve a compreensão de todo o processo orçamentário, inclusive das

leis que antecedem a lei orçamentária anual (PPA e LDO) e as leis que porventura

sejam aprovadas para sua alteração (créditos adicionais)...

Recentemente, novembro/2019, foi proposta pelo Poder Executivo Emenda

Constitucional (PEC do Pacto Federativo) com o objetivo de alterar sensivelmente

as disposições constitucionais sobre orçamento, com especial destaque para o fim

do PPA e a introdução de um orçamento plurianual....

Na eventualidade de ocorrer a aprovação destas alterações antes da realização

da prova de auditor, iremos preparar uma atualização do material, contudo, por

enquanto, vamos nos ater àquilo que está atualmente na Constituição.

Não se esqueçam de dar seu retorno sobre as aulas, com críticas e sugestões.

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CICLO ORÇAMENTÁRIO
1. Orçamento na Constituição Federal
A vinculação entre o planejamento governamental e o orçamento é efetivada

na Constituição de 1988 por meio de três diferentes leis/instrumentos: o Plano Plu-

rianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual

(LOA).

A iniciativa de elaboração dessas leis é de competência exclusiva (só ele

pode fazer isso!) do Chefe do Poder Executivo (Presidente da República), devendo

apresentar os respectivos projetos de lei nos prazos previstos no Ato das Disposi-

ções Constitucionais Transitórias (ADCTs).

Esses prazos deveriam estar sendo tratados em lei complementar federal. Con-

tudo, essa lei complementar prevista no § 9º do art. 165 da Constituição ainda não

foi criada, mantendo em vigor os prazos previstos no ADCTs.

CF/1988, Art. 165 ,§ 9º Cabe à lei complementar:


I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organiza-
ção do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual;
II  – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e
indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos.

A despeito de atualmente os prazos de elaboração do PPA, LDO e LOA estarem pre-


vistos na Constituição, sua regulamentação deve se dar por meio de lei complemen-
tar FEDERAL (não é nacional), ou seja, tais prazos não devem ser seguidos obrigato-
riamente pelos demais entes da federação (Estados, Distrito Federal e Municípios)!

Os projetos de lei apresentados pelo Poder Executivo ao Poder Legislativo serão


analisados por uma comissão mista de deputados e senadores e apreciados pelas

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duas Casas do Congresso Nacional, na forma do seu regimento comum. Os proje-


tos, após aprovados, terão status de Leis Ordinárias.

Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orça-


mentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pe-
las duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum.
§ 1º - Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados:
I – examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas
apresentadas anualmente pelo Presidente da República
II – examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e se-
toriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orça-
mentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de
suas Casas, criadas de acordo com o art. 58.

Assim, cabe ao Poder Executivo elaborar e ao Poder Legislativo discutir e apro-

var (projeto vai para sanção do Presidente). No tocante à fiscalização, ela está a

cargo também do Poder Legislativo, com auxílio do Tribunal de Contas da União.

Questão 1    (CESPE/MPE-PI/2018) O projeto de lei orçamentária anual independe


de sanção ou veto do chefe do Poder Executivo, sendo diretamente promulgado
pelas mesas do Congresso Nacional.

Errado.
O projeto de lei orçamentária após sua votação no CN vai para sanção do presiden-
te, que pode sancionar ou vetar suas disposições.

1.1. Plano Plurianual (PPA)

A Constituição de 1988 inovou ao prever, além da Lei Orçamentária Anual, mais

duas outras peças orçamentárias: o Plano Plurianual e a Lei de Diretrizes Orçamen-

tárias.

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O Plano Plurianual (PPA) representa a peça máxima do planejamento do Estado,


sendo sua elaboração, competência exclusiva do Chefe do Poder Executivo. A Lei
de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual deverão ser compatíveis com
suas diretrizes, bem como os planos e programas nacionais, regionais e setoriais
previstos na Constituição.

Esses planos nacionais, regionais e setoriais possuem período de vigência até

mais longos do que o PPA, sendo considerados de longo prazo. No entanto, eles

devem observar (ser compatíveis/adequados) o PPA. Alguns exemplos desses pla-

nos e programas: Plano Nacional de Educação – PNE (duração de 10 anos), Plano

Nacional de Cultura – PNC (10 anos), Plano Nacional de Viação – PNV (revisto a

cada 5 anos).

Fiquem atentos ao fato de que o PPA reflete o planejamento de médio prazo.

Assim, apesar de ser o principal instrumento do planejamento no Brasil, deve ser

considerado de médio prazo e não de longo prazo.

Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá

ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a in-

clusão, sob pena de crime de responsabilidade.

De acordo com a CF/88, o PPA estabelecerá de forma regionalizada as diretrizes,

metas e objetivos da Administração Pública com relação às despesas de capital

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e outras delas decorrentes, bem como para as relativas aos programas de du-

ração continuada.

Exemplo: as despesas de capital contribuem, diretamente, para a formação ou aqui-

sição de um bem de capital (equipamentos e instalações necessários para a produção

de outros bens ou serviços. Ex.: fábricas, máquinas, ferramentas, equipamentos etc.).

O Projeto de Lei deve ser encaminhado até 4 meses antes do encerramento da

sessão legislativa ordinária do primeiro ano do mandato do Chefe do Poder Execu-

tivo, ou seja, até 31 de agosto, devendo ser aprovado pelo Poder Legislativo até 22

de dezembro do mesmo ano, data do encerramento da sessão legislativa ordinária.

O PPA tem vigência de 4 anos, compreendendo o segundo ano de mandato do Pre-

sidente da República até o primeiro ano de mandato do seu sucessor, ou seja, o pra-

zo de duração do PPA não coincide com o mandato presidencial. Essa medida

visa evitar rupturas no Planejamento Estatal, mantendo assim, pelo menos no pri-

meiro ano do mandato do sucessor, o Planejamento estabelecido pelo seu antecessor.

Questão 2    (CESPE/DPU/2016) O período de vigência do PPA compreende o início

do segundo ano de mandato do presidente da República até o final do primeiro ano

financeiro do mandato presidencial subsequente.

Certo.

Essa medida tem o objetivo de garantir a continuidade dos programas de governo.

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Questão 3    (CESPE/FUB/2015) O Plano Plurianual (PPA) garante a continuidade de


ações de um governo para o governo seguinte.

Certo.
Como afirmamos, uma das características do PPA é se estender de um mandato até
o primeiro mandato do seu sucessor. Isso possibilita a continuidade das ações de
um governo para o seguinte.
É claro que esse aspecto não tem tanto impacto (risco de descontinuidade) quando
estamos falando de um presidente reeleito, como foi no caso do FHC (que executou
o PPA 96-99 em sua plenitude) e do Lula (que executou o PPA 2004-2007 em sua
plenitude).

1.2. Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)

Para fazer o vínculo entre o planejamento de médio prazo e a Lei Orçamentária

Anual, a Constituição Federal de 1988 trouxe um importantíssimo instrumento do

Orçamento, a Lei de Diretrizes Orçamentárias.


A LDO estabelece as metas e prioridades da administração pública federal,
incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orienta a
elaboração do orçamento, estabelece a política das agências oficiais de fomento e
dispõe sobre as alterações na legislação tributária.

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O Projeto de Lei da LDO deve ser encaminhado até 8 meses e meio antes do

encerramento da sessão legislativa ordinária, ou seja, até 15 de abril, devendo ser

aprovado até 17 de julho.

A mensagem que encaminhar o projeto da LDO apresentará, em anexo especí-

fico, os objetivos das políticas monetária, creditícia e cambial, bem como os parâ-

metros e as projeções para seus principais agregados e variáveis, e ainda as metas

de inflação, para o exercício subsequente.

Ainda sobre o prazo para sua aprovação pelo Poder Legislativo, a Constituição

Federal trouxe uma regra muito interessante e particular, de que o Congresso Na-

cional não poderá entrar em recesso no meio do ano se não aprovada a LDO.

E o PPA e a LOA têm essa mesma previsão?

Não! Apenas o rito da LDO tem essa previsão. Essa regra deve-se ao fato de que

a LDO deve servir de parâmetro para aprovação da LOA ainda naquele exercício.

Iria contra um dos objetivos da LDO, caso sua discussão ou aprovação coincidissem

com a da LOA.

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Assim, como a LOA deve ser apresentada até 31 de agosto, nada mais lógico do

que a LDO ser aprovada antes dessa data, lembrando que o Congresso entra em

recesso dia 17 de julho.

Quanto à vigência da LDO, essa será superior a um ano, em torno de um ano e

meio, pois é aprovada no meio do ano, servindo para orientar a elaboração da LOA.

Além disso, no ano seguinte a LDO continua vigendo, dispondo sobre regras sobre

a execução e acompanhamento do orçamento aprovado.

A importância da LDO aumentou com a publicação da Lei Complementar n.

101/2000, Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que ampliou os objetivos da LDO,

passando a dispor também sobre:

• equilíbrio entre receitas e despesas;

• critério e forma de limitação de empenho;

• normas relativas ao controle de custos e à avaliação de programas;

• demais condições e exigências para a transferência voluntária de recursos

(transferências de recursos a entidades públicas e privadas).

A LRF ainda criou dois importantíssimos anexos que deverão compor a LDO.

O Anexo de Metas Fiscais e o Anexo de Riscos Fiscais compreenderão:

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Veja como isso apareceu na LRF:

§ 1º Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em


que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a
receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o
exercício a que se referirem e para os dois seguintes.
§ 2º O Anexo conterá, ainda:
I – avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior;
II – demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálcu-
lo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três
exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas e os obje-
tivos da política econômica nacional;
III – evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a
origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos;
IV – avaliação da situação financeira e atuarial:
a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do Fundo
de Amparo ao Trabalhador;

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b) dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial;


V – demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de
expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado.
§ 3º A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão ava-
liados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas,
informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem.
§ 4º A mensagem que encaminhar o projeto da União apresentará, em anexo específico,
os objetivos das políticas monetária, creditícia e cambial, bem como os parâmetros e as
projeções para seus principais agregados e variáveis, e ainda as metas de inflação, para
o exercício subsequente.

Questão 4    (FCC/AFAP/2019) Segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal, cabe à Lei


de Diretrizes Orçamentárias dispor ou conter
a) diretrizes, objetivos e metas da Administração pública para as despesas de
capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração
continuada.
b) normas de gestão financeira e patrimonial da Administração direta e indireta
bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos.
c) critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que serão adotados
quando houver impedimentos legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e
limitação das programações de caráter obrigatório.
d) reserva de contingência, medidas de compensação a renúncias de receita e cré-
ditos cuja finalidade seja imprecisa.
e) formas de limitação de empenho, meta anual de resultado primário e avaliação
da situação atuarial do Regime Próprio de Previdência Social.

Letra e.

De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, cabe à Lei de Diretrizes Orça-

mentárias dispor sobre formas de limitação de empenho, meta anual de resultado

primário e avaliação da situação atuarial do Regime Próprio de Previdência Social.

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Questão 5    (FCC/SEMEF-AM/2019) Entre os elementos que devem, obrigatoria-

mente, constar da Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO, insere-se o Anexo de

Riscos Fiscais,

a) no qual é demonstrada a estimativa e compensação da renúncia de receita e da

margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado.

b) que representa a evolução do patrimônio líquido do ente, nos últimos três exer-

cícios, destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de

ativos.

c) onde serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as

contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem.

d) que contempla as metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas

a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública.

e) fixando o limite máximo de endividamento do ente e os limites globais e pruden-

cial de gastos com pessoal e custeio para o exercício seguinte.

Letra c.

A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão ava-

liados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públi-

cas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem.

Questão 6    (FCC/PREFEITURA DE MACAPÁ-AP/2018) Entre os elementos que de-

vem, obrigatoriamente, integrar a Lei de Diretrizes Orçamentárias, conforme de-

terminado pela Constituição da República e pela Lei de Responsabilidade Fiscal,

inserem-se:

I – Anexo de riscos fiscais.

II – Anexo de metas fiscais.

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III – Autorização para abertura de créditos extraordinários.

IV – Critérios para limitação de empenho.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I, III e IV.

b) II e IV.

c) I, II e IV.

d) I e II.

e) III e IV.

Letra c.

A LDO não contém autorização para abertura de créditos extraordinários, lembran-

do que a LOA pode trazer autorização para abertura de créditos suplementares.

1.3. Lei Orçamentária Anual (LOA)

Última peça orçamentária que compõe a estrutura de planejamento e orçamento

da CF/1988, a Lei Orçamentária Anual é o orçamento propriamente dito do Gover-

no, onde estarão consignadas a previsão das receitas e fixação das despesas.

Guarde isso: fixação de despesas e previsão de receitas!

O examinador adora trocar essas informações. Às vezes, ele coloca numa questão

que no orçamento são previstas as despesas e fixadas as receitas. Errado!!! Temos

que entender a lógica: como podemos fixar as receitas do governo? Não há como.

O governo não tem certeza de que receberá essas receitas. Todo mundo vai pagar

os seus impostos? E qual o valor exato? Impossível de saber, não é?

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Por outro lado, as despesas devem sim ser fixadas. Desta forma, é vedado o início

de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual!

Questão 7    (CESPE/MPE-PI/2018) O orçamento, importante instrumento de pla-

nejamento de qualquer entidade pública ou privada, representa o fluxo previsto

de ingressos financeiros e a aplicação desses recursos em determinado período de

tempo.

Certo.

Exato, trata-se da previsão das receitas e fixação das despesas.

Da mesma forma que os demais instrumentos orçamentários, a competência

para sua elaboração é exclusiva do Chefe do Poder Executivo. Este consolidará as

propostas orçamentárias dos demais poderes (Legislativo, Judiciário, Ministério Pú-

blico e Tribunal de Contas) e irá apresentá-la ao Congresso Nacional na forma de

um projeto de Lei.

O Projeto de Lei deve ser encaminhado até 4 meses antes do encerramento da

sessão legislativa ordinária do mandato do Chefe do Poder Executivo, ou seja, até

31 de agosto, devendo ser aprovado pelo Poder Legislativo até o encerramento da

sessão legislativa ordinária, 22 de dezembro do mesmo ano. A lei orçamentária

possuirá vigência de um ano (Princípio da anualidade).

Para ajudá-los, vamos aproveitar para ver um quadro comparativo dos prazos e

vigências do PPA, LDO e LOA:

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Questão 8    (CESPE/MPE-PI/2018) Todos os projetos de lei relacionados a orça-


mento devem ser apresentados conjuntamente, ou seja, o projeto de lei de diretri-
zes orçamentárias e o de orçamento anual — e, quando for o caso, o de plano plu-
rianual — devem ser apresentados na mesma oportunidade ao Poder Legislativo,
para discussão e votação.

Errado.

Nada disso, como visto no quadro acima, as leis orçamentárias têm datas distintas

de apresentação.

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A Lei Orçamentária Anual será composta pelo orçamento fiscal, pelo orçamento

da seguridade social e pelo orçamento de investimento de empresas.

Conforme CF/1988, art. 165:

§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá:


I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades
da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamen-
te, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela
vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações insti-
tuídos e mantidos pelo Poder Público.

A Constituição determina que os Orçamentos Fiscal e de Investimento das Esta-

tais deverão buscar a redução das desigualdades inter-regionais.

CF/1988, Art. 165, § 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compa-
tibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades
inter-regionais, segundo critério populacional.

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Mas e o orçamento da seguridade social?

Bem, nesse caso não deve ser buscada essa redução das desigualdades. Pega-

dinha recorrente em provas, mas de fácil possibilidade de você se lembrar dela.

Basta entender que o orçamento de seguridade possui um objetivo muito especí-

fico, que é financiar a saúde, previdência e assistência social, desta forma, não se

alinha a esses objetivos a redução das desigualdades inter-regionais.

O projeto de lei orçamentária deverá ser acompanhado de demonstrativo regio-

nalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, re-

missões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.

Assim como fez com a LDO, a Lei de Responsabilidade Fiscal trouxe algumas

disposições sobre a Lei Orçamentária Anual (LOA). De acordo com a LRF, são veda-

dos créditos com finalidade imprecisa ou com dotação ilimitada, bem como investi-

mentos com duração superior a um exercício financeiro que não esteja previsto no

plano plurianual ou em lei que autorize a sua inclusão.

O projeto de lei orçamentária anual, compatível com o PPA/LDO/LRF, deverá:

• Conter demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos

com os objetivos e metas constantes do Anexo de Metas Fiscais (LDO);

• Acompanhar medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento

de despesas obrigatórias de caráter continuado;

• Conter Reserva de Contingência, cuja forma de utilização e montante, com

base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na LDO. A reserva se

destina ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos

fiscais imprevistos;

• Conter todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual,

e as receitas que as atenderão.

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Questão 9    (FCC/SEAD-AP/2018) De acordo com a legislação de regência, a Lei Orça-


mentária Anual - LOA deve contemplar a denominada reserva de contingência, a qual
a) contempla o limite máximo para abertura de créditos adicionais especiais e su-
plementares, independentemente de autorização legislativa específica, mediante
transposição ou remanejamento.

b) somente pode ser utilizada na hipótese de frustração da previsão da receita or-

dinária da arrecadação de impostos, nos montantes previstos no anexo de metas

fiscais que instrui a referida peça orçamentária.

c) destina-se ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos

fiscais imprevistos, cuja forma de utilização e montante são estabelecidos na Lei de

Diretrizes Orçamentárias - LDO.

d) pode ser acionada para fazer frente à compensação ou mitigação de medidas de

incentivo que contemplem renúncia fiscal, de acordo com limites e critérios estabe-

lecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO.

e) contempla dotações globais destinadas à complementação daquelas previstas

na LOA para programas de investimento que ultrapassem o exercício financeiro,

os quais devem estar previstos no Plano Plurianual - PPA.

Letra c.

LOA deve conter Reserva de Contingência, cuja forma de utilização e montante,

com base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na LDO. A reserva se

destina ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais

imprevistos.

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Questão 10    (FCC/SEAD-AP/2018) Um ente público estadual definiu o valor de

R$2.155.000,00 para a Reserva de Contingência para o exercício financeiro de 2018.

De acordo com a Lei Complementar n. 101/2000, a forma de utilização da Reserva

de Contingência teve que ser estabelecida na Lei

a) Orçamentária Anual e o montante de R$ 2.155.000,00 pode ser destinado ao

refinanciamento da dívida pública.

b) Orçamentária Anual e o montante de R$ 2.155.000,00 deve ser destinado ao

atendimento de eventos fiscais imprevistos.

c) de Diretrizes Orçamentárias e o montante de R$2.155.000,00 pode ser destina-

do ao atendimento de passivos contingentes.

d) Orçamentária Anual e o montante de R$2.155.000,00 pode ser destinado ao

pagamento das provisões trabalhistas dos servidores.

e) de Diretrizes Orçamentárias e o montante de R$ 2.155.000,00 deve ser desti-

nado ao pagamento das despesas relativas à dívida pública.

Letra c.

LOA deve conter Reserva de Contingência, cuja forma de utilização e montante, com

base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na LDO. A reserva se destina ao

atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos.

Por fim, a Lei n. 4.320/1964 ainda determina que o Projeto de Lei Orçamentária

Anual compreenderá a discriminação das receita e despesas, de forma a eviden-

ciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo,

obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade. Devendo ser

integrado e acompanhado dos seguintes quadros:

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Integra a LOA Acompanha a LOA


Sumário geral da receita por fontes e da des- Quadros demonstrativos da receita e planos de
pesa por funções do Governo; aplicação dos fundos especiais;
Quadro demonstrativo da Receita e Despesa
Quadros demonstrativos da despesa;
segundo as Categorias Econômicas;
Quadro demonstrativo do programa anual de
Quadro discriminativo da receita por fontes e
trabalho do Governo, em termos de realização
respectiva legislação;
de obras e de prestação de serviços.
Quadro das dotações por órgãos do Governo e
da Administração.

Quer visualizar isso melhor? Dê uma passadinha no link abaixo, onde estão

todos os arquivos/links relacionados a um projeto de lei orçamentária. Só um con-

selho: não gaste muito tempo visitando essa página, pois o seu foco é passar no

concurso e esses detalhamentos do PLOA são bastante específicos, ok?

http://www2.camara.leg.br/orcamento-da-uniao/leis-orcamentarias/loa

Questão 11    (FCC/PREFEITURA DE MACAPÁ-AP/2018) A elaboração da Lei Orça-

mentária Anual obedece aos preceitos e princípios estabelecidos na Constituição da

República e na Lei de Responsabilidade Fiscal, entre os quais o da especificação ou

discriminação, que impede a inclusão de dotações genéricas e inespecíficas. Não

obstante, de acordo com o marco legal existente, referida peça orçamentária con-

templa:

a) créditos adicionais, fixados em valores globais, para fazer frente a despesas que

ultrapassem um exercício financeiro e que estejam atreladas a programas previstos

no Plano Plurianual.
b) créditos suplementares, em valores estimados de acordo com a expectativa de
crescimento da arrecadação de impostos, destinados a despesas imprevistas.

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c) reserva de contingência, correspondente a um percentual da receita corrente


líquida, cujo montante e forma de utilização são estabelecidos na Lei de Diretrizes
Orçamentárias.
d) previsão de receita extraordinária decorrente de alienação de ativos, estimada
em faixas de variação, com valores mínimos e máximos de acordo com avaliação
prévia dos bens a serem alienados.
e) previsão de receita decorrente de operações de crédito, em montante variável
atrelado à cotação da moeda estrangeira quando se tratar de órgão financiador
internacional.

Letra c.
O projeto de lei orçamentária anual, compatível com o PPA/LDO/LRF, deverá:
• Conter demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos
com os objetivos e metas constantes do Anexo de Metas Fiscais (LDO);
• Acompanhar medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento
de despesas obrigatórias de caráter continuado;
• Conter Reserva de Contingência, cuja forma de utilização e montante,
com base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na LDO; e
• Conter todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual,
e as receitas que as atenderão.

Questão 12    (FCC/TRF-3ª/2016) Nos termos da Constituição Federal é conteúdo


da Lei Orçamentária Anual:
I – Orçamento fiscal referente aos fundos da União.
II – O orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indire-
tamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto.
III – Autorização para abertura de créditos suplementares.

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IV – Autorização para contratação de operação de crédito por antecipação de receita.


V – Critérios e formas para limitação de empenho.
Está correto o que consta APENAS em
a) I, II, III e IV.
b) II, III, IV e V.
c) I, III, IV e V.
d) I, II, IV e V.
e) I, II, III e V.

Letra a.

A única assertiva errada é a V, pois cabe à LDO tratar sobre os critérios e formas

para limitação de empenho.

Questão 13    (FCC/SEAD-AP/2018) O Projeto de Lei Orçamentária

a) disporá sobre os critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada

quando a realização da receita não comportar o cumprimento das metas de resul-

tado primário ou nominal.

b) compreenderá o orçamento de investimento referente às despesas de pessoal e

manutenção das empresas estatais dependentes e não dependentes.

c) será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas

e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de

natureza financeira, tributária e creditícia.

d) admitirá emendas individuais que poderão ser aprovadas no limite de 1,8% da

receita prevista no referido projeto.

e) conterá demonstrativo das metas anuais referentes a resultados primário e no-

minal, instruído com memória e metodologia de cálculo que justifiquem os resulta-

dos pretendidos.

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Letra c.

a) Errada. Isso é disposição necessária na LDO.


b) Errada. São despesas com investimento.
c) Certa. Essa é a nossa resposta.
d) Errada. É sobre a Receita Corrente Líquida. E a porcentagem é de 1,2.
e) Errada. Isso cabe à LDO.

2. Ciclo Orçamentário
Ciclo Orçamentário é um processo contínuo, dinâmico e flexível, em que são
avaliados os aspectos físicos e financeiros dos programas do setor público, compos-
to pelas seguintes etapas: elaboração/planejamento, discussão/aprovação,
execução e controle/avaliação da Lei Orçamentária.

Essa é a forma clássica de apresentação do ciclo orçamentário, contudo, prin-


cipalmente nas provas do CESPE, vocês precisam conhecer o ciclo orçamentário
ampliado.
Uma vez que o ciclo orçamentário também envolve a Lei de Diretrizes Orçamen-

tárias – LDO – e o Plano Plurianual – PPA, a partir da Constituição de 1988, esse

ciclo se estende em oito fases, quais sejam:

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• formulação do planejamento plurianual, pelo Executivo;

• apreciação e adequação do plano, pelo Legislativo;

• proposição de metas e prioridades para a administração e da política de alo-

cação de recursos pelo Executivo;

• apreciação e adequação da LDO, pelo Legislativo;

• elaboração da proposta de orçamento, pelo Executivo;

• apreciação, adequação e autorização legislativa;

• execução dos orçamentos aprovados;

• avaliação da execução e julgamento das contas.

Essa abordagem com 8 fases é de autoria do Consultor de Orçamento da Câ-


mara dos Deputados, o Sr. Osvaldo Sanches, recentemente aposentado do órgão.

Tais fases são insuscetíveis de aglutinação, dado que cada uma possui

ritmo próprio, finalidade distinta e periodicidade definida.

Diferentemente da Lei Orçamentária Anual que possui duração de um exercício,

coincidindo com o ano civil, o ciclo orçamentário não se limita ao período de um

ano, pois, como vimos, envolve todas as etapas anteriores e posteriores à execução

orçamentária e financeira do orçamento.

Questão 14    (CESPE/MPE-PI/2018) Medição, execução e avaliação são fases do

ciclo orçamentário.

Errado.

O ciclo orçamentário é composto pelas etapas de elaboração, aprovação, execução

e controle/avaliação.

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Questão 15    (CESPE/POLÍCIA FEDERAL/2018) O ciclo orçamentário inicia-se com

a definição das macrodiretrizes e encerra-se com a mensagem presidencial comu-

nicando a aprovação do orçamento anual.

Errado.

O ciclo orçamentário ainda contempla a execução e avaliação do orçamento.

2.1. Elaboração

A elaboração e apresentação da proposta da Lei Orçamentária Anual (LOA) é

competência exclusiva do Chefe do Poder Executivo (Presidente da República – PR).

Assim, não pode um parlamentar ou mesmo o Presidente do Supremo Tribunal Fe-

deral apresentar o projeto de Lei Orçamentária Anual ao Congresso.

Os demais Poderes, Ministério Público e Tribunal de Contas encaminharão suas

propostas orçamentárias para o Poder Executivo, dentro dos limites impostos pela

Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

O Poder Executivo consolidará as propostas orçamentárias dos demais poderes

(Legislativo, Judiciário, Ministério Público e Tribunal de Contas) e irá apresentá-las

ao Congresso Nacional na forma de um único projeto de Lei.

O Sistema de Planejamento e Orçamento Federal compreende as atividades

de elaboração, acompanhamento e avaliação de planos, programas e orçamentos,

e de realização de estudos e pesquisas socioeconômicas, sendo composto pelo

Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), pelos órgãos setoriais e

pelos órgãos específicos.

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São finalidades desse sistema:

• Formular o planejamento estratégico nacional;

• Formular planos nacionais, setoriais e regionais de desenvolvimento econô-

mico e social;

• Formular o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos

anuais;

• Gerenciar o processo de planejamento e orçamento federal; e

• Promover a articulação com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios,

visando à compatibilização de normas e tarefas afins aos diversos Sistemas,

nos planos federal, estadual, distrital e municipal.

O órgão central é o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).

Ele possui a Secretaria de Orçamento Federal (SOF) e a Secretaria de Planejamento

e Investimentos Estratégicos (SPI) como secretarias auxiliares de planejamento e

orçamento.
A SOF é responsável pela Lei Orçamentária Anual (LOA) e pela Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO). A SPI, pelo Plano Plurianual (PPA). Temos ainda dentro da

estrutura do MPOG o DEST (Departamento de Coordenação e Governança das Em-

presas Estatais), responsável pelo orçamento de investimento nas estatais.

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O Sistema de Planejamento e Orçamento Federal é regulado pela Lei n. 10.180/2001,

que disciplina ainda os Sistemas de Administração Financeira Federal, de Contabi-

lidade Federal e de Controle Interno do Poder Executivo Federal.

Caberá à SOF definir as estratégias e diretrizes do processo de elaboração da

LOA. Nesse sentido, as setoriais e unidades orçamentárias dos outros Poderes e ór-

gãos estarão vinculadas tecnicamente as diretrizes da SOF, apesar de não estarem

vinculadas hierarquicamente.

As setoriais são responsáveis por unificar as propostas das unidades orçamen-

tárias de um mesmo órgão ou poder e repassá-las à SOF até o dia 15/8, conforme

dispõe a LDO 2019.

Caso os demais Poderes, Ministério Público e Tribunal de Contas não encaminha-

rem as suas propostas no prazo acima, o Poder Executivo considerará como proposta

a Lei Orçamentária vigente, ajustando-a aos limites impostos pela LDO aprovada.

Constitui unidade orçamentária o agrupamento de serviços subordinados ao

mesmo órgão ou repartição a que serão consignadas dotações próprias.

O Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento – SIOP é o sistema de in-

formação utilizado na esfera federal no processo orçamentário.

Com o SIOP, os órgãos centrais, setoriais e as unidades orçamentárias do Go-

verno Federal passam a ter um único sistema para alimentar e atualizar o cadastro

de programas e ações.

Ele é utilizado para:

I – elaboração do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias;


II – elaboração do Projeto de Lei Orçamentária Anual;

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III – elaboração e revisão do Projeto de Lei do Plano Plurianual;


IV – alterações orçamentárias: ferramentas para permitir os ajustes necessários ao
orçamento durante a execução: créditos suplementares, créditos especiais, créditos
extraordinários e ajustes em classifi­cações;
V – acompanhamento das Estatais: ferramentas para permitir acompanhar a execução
orçamentária das Empresas Estatais; e
VI – acompanhamento orçamentário: ferramentas para permitir o registro físico das
Ações orçamentárias da União.

No SIOP, as Setoriais juntamente com a UOs, a partir dos referenciais monetá-

rios definidos pela SOF, irão realizar o detalhamento da proposta orçamentária em

consonância com a estrutura programática, ou seja, em programas, com as respec-

tivas atividades, projetos e operações especiais.

De acordo com o MTO 2019, o processo de detalhamento da proposta setorial,

via SIOP, compreende três etapas decisórias: UO (Unidade Orçamentária), órgão

setorial e Órgão Central. Cada momento é tratado exclusivamente pelos atores or-

çamentários responsáveis pela respectiva etapa decisória e não pode ser compar-

tilhado, o que confere privacidade e segurança aos dados.

De maneira geral, podemos dividir a Elaboração da Proposta Orçamentária em

quatro fases: Planejamento (Diretrizes e Objetivos), Programação (definição

das atividades necessárias para atingir os objetivos), Projeto (definição dos in-

sumos – materiais e mão de obra - para realizar as atividades) e Orçamentação

(definição dos custos e recursos para a execução de projetos, os quais devem con-

ter a definição da quantidade de produto a ser ofertado à sociedade ao final de seu

período de execução).

NOVO REGIME FISCAL: durante um período de 20 anos, as despesas primárias


constantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União serão limitadas

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ao valor executado no exercício anterior, corrigido pelo Índice Nacional de Preços


ao Consumidor Amplo – IPCA, registrado no período de doze meses encerrado em
junho do exercício anterior a que se refere a lei orçamentária.
No caso de descumprimento desse limite na elaboração ou na execução do orçamen-
to, acarretará sanções ao Poder ou órgão responsável, em especial quanto às des-
pesas de pessoal, com restrições a nomeações e aumentos salariais. Ficam fora des-
se limite e consequentemente das sanções, transferências constitucionais, créditos
extraordinários, - despesas não recorrentes da Justiça Eleitoral com a realização de
eleições e despesas com aumento de capital de empresas estatais não dependentes.

Questão 16    (FCC/TRT-4ª/2017) De acordo com a Constituição Federal, ao Poder


Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira, sendo que os tribu-
nais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados con-
juntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias. Se essas
propostas orçamentárias forem encaminhadas em desacordo com os limites esti-
pulados pela Constituição Federal, o Poder Executivo
a) devolverá a proposta para o Poder Judiciário para revisão e adequação no prazo
máximo de sessenta dias.
b) devolverá a proposta para o Poder Judiciário para revisão e adequação no prazo
máximo de trinta dias.

c) procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orça-

mentária anual.

d) encaminhará a proposta para o Tribunal de Contas da União que deverá tomar

as medidas corretivas e proceder aos ajustes necessários para fins de consolidação

da proposta orçamentária anual no prazo máximo de noventa dias.

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e) devolverá a proposta para o Poder Judiciário para revisão e adequação no prazo


máximo de noventa dias.

Letra c.
As setoriais são responsáveis por unificar as propostas das unidades orçamentárias
de um mesmo órgão ou poder e repassá-las à SOF até o dia 15/8.
Caso os demais Poderes, Ministério Público e Tribunal de Contas não encaminharem
as suas propostas no prazo acima, o Poder Executivo considerará como proposta
a Lei Orçamentária vigente, ajustando-a aos limites impostos pela LDO aprovada.

2.2. Aprovação

Finalizada a elaboração da Proposta, essa será apresentada ao Congresso Na-


cional por meio de Mensagem Presidencial (instrumento oficial de comunicação
entre Presidente e Congresso), devendo conter:

I – resumo da política econômica do País e análise da conjuntura econômica, com indi-
cação do cenário macroeconômico e suas implicações sobre a proposta orçamentária;
II – resumo das políticas setoriais do governo;
III  – avaliação das necessidades de financiamento do Governo Central relativas aos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social, evidenciando a metodologia de cálculo e os
parâmetros utilizados;
IV – indicação do órgão que apurará os resultados primário e nominal, para fins de ava-
liação do cumprimento das metas;
V – justificativa da estimativa e da fixação, respectivamente, da receita e da despesa; e
VI – demonstrativo sintético, por empresa, do Orçamento de Investimento das Estatais
(Programa de Dispêndios Globais), informando as fontes de financiamento, bem como
a previsão da sua respectiva aplicação, e o resultado primário dessas empresas com a
metodologia de apuração do resultado.

NOVO REGIME FISCAL: a mensagem que encaminhar o projeto de lei orçamentária

demonstrará os valores máximos de programação compatíveis com o teto, estabe-

lecido pela atualização dos gastos do exercício anterior pelo IPCA.

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A proposta orçamentária, apesar da sua natureza de lei ordinária, possui rito es-

pecial. Ela é discutida concomitantemente em ambas as casas do Congresso Nacional

– CN (na forma de seu regimento comum), por meio da Comissão Mista de Planos,

Orçamentos Públicos e Fiscalização, sendo votada em sessão conjunta do CN.

Ao contrário ao que ocorre em outras tramitações legislativas, as emendas par-

lamentares serão todas apresentadas nessa comissão mista, que ficará responsá-

vel por analisá-las e emitir parecer.

Qualquer emenda ao PLOA deverá ser apresentada à Comissão de Orçamentos.

Para ser aprovada, a emenda deverá, nos ditames constitucionais, seguir os se-

guintes preceitos:

• Sejam compatíveis com PPA e LDO;

• Indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anu-

lação de despesa, excluídas as que incidam sobre:

− Dotações para pessoal e seus encargos;

− Serviço da dívida;

− Transferências tributárias constitucionais;

• Sejam relacionadas com a correção de erros ou omissões na redação da LOA.

As emendas apresentadas no Congresso podem ser individuais de cada par-

lamentar, de comissão (das comissões existentes na Câmara e no Senado) ou de

bancada estadual.

Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só será admitida se com-

provado erro ou omissão de ordem técnica ou legal, devendo ser apresentado os

cálculos que sustentem a revisão dos valores anteriormente definidos.

Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei

orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados,

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conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e es-

pecífica autorização legislativa.

É permitida a proposta de emenda ou modificação de algum projeto caso este

ainda não tenha sido analisado pela Comissão Mista de Orçamento.

E se o Chefe do Poder Executivo, nosso Presidente da República, desejar reali-

zar uma alteração no projeto de lei, será possível? Sim, a Constituição determina

que o Presidente poderá, por meio TAMBÉM de Mensagem ao Congresso Nacional,

modificar o projeto, desde que não tenha se iniciado votação sobre aquele item na

Comissão Mista.

Questão 17    (FCC/PREFEITURA DE RECIFE-PE/2019) O processo de discussão e

aprovação da proposta de Lei Orçamentária Anual no âmbito do poder legislativo,

na forma prevista na Constituição Federal,

a) não comporta alterações por parte dos parlamentares, aos quais cabe apenas

a aprovação ou rejeição, total ou parcial, da proposta apresentada pelo Chefe do

Executivo.

b) admite a apresentação de emendas parlamentares, tendo como uma de suas

condicionantes a compatibilidade com a Lei de Diretrizes Orçamentárias e com o

Plano Plurianual.

c) admite alterações no âmbito do legislativo exclusivamente para correções de er-

ros materiais e para adequação aos limites fixados na Constituição para destinação

de recursos às áreas da Saúde e Educação.

d) comporta alterações, mediante emendas parlamentares, exclusivamente no que

concerne à estimativa de receita apresentada, que poderá ser ampliada ou reduzi-

da com base em índices de órgãos oficiais.

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e) admite modificação, tanto em relação às despesas como às receitas, mediante


emendas parlamentares, as quais são de execução obrigatória em face do princípio
do orçamento impositivo.

Letra b.
A lei orçamentária poderá ser emendada no Poder Legislativo, sendo um dos requi-
sitos a compatibilidade com a LDO e o PPA.

Questão 18    (FCC/SEMEF-AM/2019) De acordo com as normas constitucionais e


legais que disciplinam a elaboração, encaminhamento, tramitação e aprovação da
Lei Orçamentária Anual, as estimativas de receitas constantes da proposta encami-
nhada pelo Poder Executivo ao Legislativo,
a) não são passíveis de alteração no âmbito parlamentar, salvo para correção de
erro ou omissão de ordem técnica ou legal.
b) podem ser alteradas por meio de emenda parlamentar, desde que nos limites
estabelecidos pela Lei de Diretrizes Orçamentárias.
c) não podem contemplar valores provenientes da alienação de ativos, eis que in-
certo o efetivo ingresso no curso do exercício a que se refere.
d) não podem extrapolar as estimativas previstas no Anexo de Metas Fiscais que
compõe o Plano Plurianual - PPA do período em que se insere.
e) não são vinculantes, salvo no que concerne ao montante destinado as emendas
parlamentares impositivas, aprovado por quórum qualificado de três quintos dos
parlamentares.

Letra a.

Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só será admitida se com-

provado erro ou omissão de ordem técnica ou legal, devendo ser apresentado os

cálculos que sustentem a revisão dos valores anteriormente definidos.

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2.3. Execução

Após a etapa de discussão e aprovação da Lei Orçamentária, iniciam-se as ro-

tinas para viabilizar a execução do orçamento. Assim, trinta dias após aprovação

da Lei Orçamentária Anual, conforme disposto no art. 8º da LRF, o Poder Executivo

publicará cronograma mensal de desembolsos de recursos financeiros, por meio de

Decreto.

Serão objeto de programação financeira, as  fontes cujos recursos transitem

pelo órgão central de programação financeira. A programação financeira correspon-

dente às dotações descentralizadas, quando decorrentes de termo de convênio ou

similar (transferências voluntárias), será da responsabilidade do órgão descentra-

lizador do crédito.

Salvo as despesas com pessoal e encargos sociais, precatórios e sentenças ju-

diciais, os cronogramas anuais de desembolso mensal dos Poderes Legislativo e

Judiciário, do Ministério Público da União e da Defensoria Pública da União serão

repassados na forma de duodécimos. Isso está consignado no § 3º do art. 58 da

Lei n. 13.707/2018 (LDO 2019).

De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, bimestralmente todos os pode-

res deverão verificar a compatibilidade entre os recursos financeiros disponíveis e

a execução orçamentária.

Caso seja verificada a possibilidade de incompatibilidade desse sistema, cada

Poder deverá preceder contingenciamento de despesas/empenhos, até que o fluxo

se restabeleça, de acordo com os critérios definidos na Lei de Diretrizes Orçamen-

tárias. À medida que o fluxo se restabelecer, deverá se proceder o descontingen-

ciamento proporcionalmente a essa recuperação.

O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre,

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relatório resumido da execução orçamentária, abrangendo todos os Poderes e o

Ministério Público.

Observa-se que a finalidade do decreto de programação orçamentária e finan-

ceira e de limitação de empenho e movimentação financeira (contingenciamento) é

garantir o cumprimento das metas de resultados fiscais e de obter maior controle

sobre os gastos públicos.

Na esfera federal esse processo é gerido pelo Sistema de Administração Finan-

ceira Federal, sendo composto pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), como

órgão central do sistema, e pelos órgãos setoriais.

Próximo passo para viabilizar a execução do orçamento é providenciar que os

créditos orçamentários e os recursos financeiros estejam disponíveis para as uni-

dades executoras.

Quando tratamos de orçamento utilizamos o termo crédito, já quando tratamos

de financeiro utilizamos o termo recurso.

A transferência inicial de recursos financeiros do órgão central do Sistema Fi-

nanceiro às unidades setoriais é conhecida como Cota. A transferência desses re-

cursos aos órgãos da mesma estrutura é conhecida como Sub-repasse. Já quando

o recurso é transferido para outro órgão orçamentário essa transação é conhecida

como repasse.

Vamos lá!

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Para os Créditos Orçamentários os nomes são outros. Dotação é a transferência

do crédito inicial. Provisão é a descentralização interna de orçamento. E Destaque

é a descentralização para outro órgão.

Então vamos lá de novo:

O Sistema Integrado de Administração Federal (SIAFI) é o sistema de infor-

mação utilizado na esfera federal para controle diário da execução orçamentária,

financeira e patrimonial dos órgãos da Administração Pública, tendo como objetivos:

• Prover os Órgãos da Administração Pública de mecanismos adequados ao

controle diário da execução orçamentária, financeira e contábil;

• Fornecer meios para agilizar a programação financeira, otimizando a utiliza-

ção dos recursos do Tesouro Nacional, através da unificação dos recursos de

caixa do Governo Federal;

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• Permitir que a Contabilidade Aplicada à Administração Pública seja fonte se-

gura e tempestiva de informações gerenciais para todos os níveis da Admi-

nistração Pública;

• Integrar e compatibilizar as informações no âmbito do Governo Federal;

• Proporcionar a transparência dos gastos públicos.

E se o orçamento não foi aprovado, como fica a execução? Anualmente, a  LDO

aprovada prevê que, nos casos de a proposta orçamentária anual não for aprovada

no prazo estipulado, algumas despesas de caráter inadiáveis e outras que são elen-

cadas na LDO poderão ser executadas até que o projeto seja aprovado.

É o que diz o art. 60 da LDO atual. Veja:

Art. 60. Se o Projeto de Lei Orçamentária de 2019 não for sancionado pelo Presidente
da República até 31 de dezembro de 2018, a programação dele constante poderá ser
executada para o atendimento de: (Vejamos alguns exemplos):
a) ações de prevenção a desastres classificadas na subfunção Defesa Civil ou relativas
a operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO);
b) concessão de financiamento ao estudante;
c) outras despesas correntes de caráter inadiável, até o limite de um doze avos do valor
previsto, multiplicado pelo número de meses decorridos até a publicação da respectiva Lei.

Questão 19    (FCC/SEFAZ-PI/2015) Um dos pilares da boa política fiscal é o plane-

jamento por meio da especificação de metas. Nos termos da LRF, se verificado que

a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resul-

tado nominal ou primário, deverão ser adotadas medidas relacionadas

a) ao congelamento das contas públicas.

b) à flexibilização dos limites constitucionais para saúde e educação.

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c) à flexibilização das regras para realização de operação de crédito.

d) à limitação de empenho e de movimentação financeira.

e) à utilização de recursos dos fundos de previdência.

Letra d.

Nesses casos, para que o Estado possa garantir o cumprimento das metas de re-

sultado nominal ou primário, deverá tomar medidas para reduzir as despesas, por

meio de limitações de empenho e de movimentação financeira.

2.4. Controle

O Controle e Avaliação são classificados dependendo do órgão ou entidade que

exerce a fiscalização. Assim, quando o controlador for do mesmo Poder, o controle

será considerado interno (CGU controlando o MEC), quando o controle for realizado

por uma entidade externa aquele Poder (TCU controlando o MEC), o controle será

externo.

Apesar de ser considerado a última etapa do ciclo orçamentário, o controle e

avaliação do orçamento não precisam esperar o fim da execução orçamentária para

acontecer. Atualmente, o controle pode ser prévio (antes), concomitante (durante)

ou posterior (depois) à execução do orçamento.

O controle externo da União e das entidades da administração direta e indireta,

quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e re-

núncia de receitas, será exercido pelo Congresso Nacional, com auxílio do Tribunal

de Contas da União (TCU).

Quanto ao controle interno, cada um dos Poderes (Executivo, Legislativo e Judi-

ciário) deve manter uma estrutura de controle interno, que, como o próprio nome

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já indica, se refere à fiscalização dos atos de cada Poder, por uma unidade ou sis-

tema dentro da estrutura daquele Poder.

São objetivos do Controle Interno:

• avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução

dos programas de governo e dos orçamentos da União;

• comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência,

da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da

administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por enti-

dades de direito privado;

• exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos

direitos e haveres da União;

• apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

As pessoas responsáveis pelo controle interno de cada Poder, ao tomarem co-

nhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, devem comunicá-la ao TCU,

sob pena de responsabilidade solidária.

Exemplo: a responsabilidade solidária se contrapõe à responsabilidade subsidiária.

Na subsidiária, o responsável tem o benefício de ordem. E o que significa isso? Sig-

nifica que o responsável subsidiário só será cobrado após a cobrança do responsá-

vel principal. No caso da solidária, como não há benefício de ordem, o responsável

solidário poderá ser cobrado primeiro, não há ordem de cobrança.

Desta forma, caso o servidor da área de controle interno não comunique uma irre-

gularidade ao TCU, poderá vir a ressarcir os cofres públicos, independentemente da

cobrança do responsável pela irregularidade.

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Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato também poderá de-

nunciar irregularidades e ilegalidades ao TCU. Atenção! Diferentemente da pessoa

responsável pelo controle interno, que é obrigado a fazer essa comunicação, para

essas outras pessoas, trata-se de faculdade, não havendo responsabilização pela

sua inércia.

Questão 20    (FCC/TCM-RJ/2015) Uma das áreas de interesse do Controle Interno

está relacionada à execução orçamentária. A atuação do Controle Interno, nesse

caso, ocorre de forma

a) prévia, concomitante e subsequente, uma vez que o Controle Interno participa

de todas as fases desse processo.

b) concomitante e subsequente apenas, uma vez que o Controle Interno não par-

ticipa da elaboração da proposta orçamentária.

c) subsequente apenas, uma vez que ao Controle Interno cabe exclusivamente o


acompanhamento dos atos já realizados.
d) prévia apenas, uma vez que o Controle Interno é o responsável por monitorar
os atos de planejamento.
e) prévia e subsequente apenas, uma vez que os atos de execução têm aspectos
discricionários que não estão sob o jugo do Controle Interno.

Letra a.

Ao tratar do Controle Interno, a Lei n. 4.320/1964, art. 77, determina que a verifi-

cação da legalidade dos atos de execução orçamentária será prévia, concomitante

e subsequente.

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3. Créditos Adicionais
Durante a execução do orçamento, é possível que ocorram situações não pre-

vistas em sua fase de elaboração. Considerando isso, estão previstos a utilização

de créditos adicionais.

Temos três tipos de créditos adicionais:

• Suplementares: destinados a reforço de dotação orçamentária, são utilizados

nos casos em que o crédito inicial foi insuficiente para cobrir a despesa reali-

zada. (Autorizados por lei e abertos mediante Decreto)

• Especiais: destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentá-

ria específica. (Autorizados por lei e abertos mediante Decreto)

• Extraordinários: destinados a despesas imprevisíveis e urgentes, como em

caso de guerra, comoção interna ou calamidade pública. (Abertos mediante

Medida Provisória – MP - ou por Decreto nos entes que não possuem MP)

Questão 21    (FCC/AFAP/2019) As emendas à Lei Orçamentária feitas após a sua apro-

vação e dotadas de efeitos financeiros constituem créditos, que são classificados em

a) suplementares, especiais e extraordinários, estes últimos devendo ter sua aber-

tura autorizada na própria Lei Orçamentária.

b) suplementares, especiais e extraordinários, estes últimos destinados a despesas

de guerra, por exemplo.

c) de transposição, de remanejamento e de transferência, estes últimos devendo

ter sua abertura autorizada na própria Lei Orçamentária.

d) suplementares, especiais e adicionais, estes últimos encaminhados de natureza

imprevisível, abertos por medida provisória.

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e) de transposição, de transferência e de remanejamento, estes últimos destinados

a despesas de guerra, por exemplo.

Letra b.

São os créditos adicionais: suplementar, especial e extraordinário.

Extraordinários: destinados a despesas imprevisíveis e urgentes, como em caso de

guerra, comoção interna ou calamidade pública.

Questão 22    (FCC/PREFEITURA DE RECIFE-PE/2019) Suponha que o Município

tenha se defrontado com situação de calamidade pública, em função de fortes

chuvas na região metropolitana, necessitando realizar obras emergenciais de

contenção. Ocorre que a Lei Orçamentária Anual (LOA) vigente não contempla

dotações orçamentárias específicas para suportar as despesas correspondentes.

Diante desse cenário e de acordo com as disposições constitucionais e legais

pertinentes,

a) cabe a abertura de crédito adicional extraordinário para dar suporte às referidas

despesas, independentemente de autorização legislativa.

b) as despesas deverão ser suportadas por créditos adicionais suplementares com

anulação, por decreto e independentemente de autorização legislativa, de outras

dotações previstas na Lei Orçamentária Anual (LOA).

c) cabe o remanejamento de outras dotações previstas na Lei Orçamentária Anual

(LOA), com a sua realocação para dar suporte às despesas extraordinárias, inde-

pendentemente de previsão legal, desde que para a mesma categoria econômica.

d) as despesas deverão ser suportadas por créditos especiais adicionais, desde que

não extrapolem o montante estabelecido na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

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e) as despesas deverão ser suportadas com a abertura de créditos adicionais ex-

traordinários ou especiais, ambos necessitando de prévia autorização legislativa.

Letra a.

Extraordinários: destinados a despesas imprevisíveis e urgentes, como em caso de

guerra, comoção interna ou calamidade pública. (Abertos mediante Medida Provi-

sória – MP - independentemente de autorização legislativa).

Enquanto os créditos suplementares incorporam-se ao orçamento, adicio-

nando-se a importância autorizada à dotação orçamentária que se propunham

reforçar, os créditos especiais e extraordinários, apesar de se incorporarem

ao orçamento, conservam sua especificidade, demonstrando-se suas despesas,

separadamente.

Da mesma forma que os créditos ordinários (orçamento propriamente dito),

os projetos de créditos adicionais (que alteram o orçamento) serão analisados

em ambas as casas do Congresso Nacional (na forma do regimento comum

do Congresso Nacional), na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e

Fiscalização.

Os créditos suplementares deverão ser aprovados por lei e abertos mediante

decreto. Pode haver uma autorização prévia na Lei Orçamentária Anual para emis-

são desses créditos adicionais (apenas para os suplementares!).

Os créditos especiais, da mesma forma que nos créditos suplementares, deve-

rão ser autorizados por Lei e abertos por meio de Decreto. Contudo, as LDOs que

vêm sendo instituídas afirmam que a Lei que institui o crédito já é responsável pela

abertura do mesmo.

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Os créditos, em regra geral, têm a sua vigência adstrita ao exercício financeiro.

Entretanto, os créditos especiais e os extraordinários possuem uma peculiaridade:

se o ato de autorização desses dois créditos for promulgado nos últimos 4 meses

do exercício, os créditos poderão ser reabertos nos limites de seus saldos, sendo

incorporados ao exercício subsequente.

Essa possibilidade de reabertura configura uma exceção ao princípio da anuali-

dade ou periodicidade orçamentária. Segundo esse princípio, o orçamento é elabo-

rado e autorizado para um período determinado de tempo.

E qual é a razão desse princípio, meus caros? É simples: a necessidade de au-

torização periódica do Parlamento para a realização de gastos por parte do Poder

Executivo. Sem a anualidade/periodicidade, o Poder Executivo passaria a ter carta

branca para gastar. Isso é perigoso e nada democrático!!

Mas voltando à nossa questão central, essa reabertura de crédito especial ou

extraordinária é feita por meio de decreto não numerado. Vejamos um exemplo de

ementa de decreto publicado em 3/2/2016:

Reabre, em favor de diversos órgãos do Poder Executivo, de Encargos Finan-


ceiros da União e de Operações Oficiais de Crédito, créditos especiais e extra-
ordinários, no valor de R$ 1.454.183.322,00, abertos pelas Leis e pelas Medi-
das Provisórias que especifica.

No decreto em tela, temos a reabertura tanto de crédito especial (aberto por

lei) quanto de crédito extraordinário (aberto por medida provisória). Vejamos dois

exemplos constantes dessa reabertura:

Lei n. 13.223, de 23/12/2015: Abre ao Orçamento Fiscal da União, em favor de Encar-


gos Financeiros da União e de Operações Oficiais de Crédito, crédito especial no valor de
R$ 745.150.000,00, para os fins que especifica.

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Medida Provisória n. 709, de 30/12/2015: Abre crédito extraordinário, em favor dos


Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, da Saúde, da Cultura, do Esporte,
da Defesa, da Integração Nacional e do Turismo, da Secretaria de Aviação Civil, da Se-
cretaria de Portos e de Transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios, no valor
de R$ 1.318.639.330,00, para os fins que especifica.

Veja o seguinte: se somarmos os créditos da Medida Provisória e da Lei, o nú-

mero é maior que o valor constante do decreto de 3/12/16, que realizou a reaber-

tura.

E qual é a razão? A reabertura ocorre sempre nos limites dos saldos. Assim, se

algo foi executado ainda em 2015, teremos um valor disponível menor no momento

da reabertura.

Outro detalhe importante: o mês de publicação da Lei e da Medida Provisória

foi dezembro. Assim, a autorização ocorreu dentro do período permitido (últimos

quatro meses).

Mas, professor, a Constituição fala em ato de autorização. Tanto a lei quanto a

medida provisória falam de abertura. E aí?

Acontece que a lei já serve tanto para a autorização quanto para a abertura. E,

no caso da Medida Provisória, não há necessidade de pedir autorização. A MP já

abre o crédito extraordinário.

Questão 23    (FCC/SEAD-AP/2018) Atenção: Para responder à questão utilize as

informações abaixo e as da Lei n. 4.320/1964.

Em decorrência de uma calamidade pública, o governador de um ente público es-

tadual abriu crédito adicional no valor de R$ 1.180.000,00 em 11/12/2017 para a

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reconstrução de uma ponte que foi destruída em decorrência de imprevisíveis chu-

vas torrenciais, o que impossibilitou o tráfego de veículos e a circulação de pessoas.

Em 31/12/2017, as obras referentes à reconstrução não tinham sido concluídas e,

do crédito adicional aberto, restava um saldo de R$ 580.000,00.

O crédito adicional no valor de R$ 1.180.000,00 foi

a) aberto por decreto do Poder Executivo, que dele deu, em seguida, imediato co-

nhecimento ao Poder Legislativo.

b) autorizado por lei e, em seguida, aberto por decreto do Poder Executivo.

c) autorizado por lei e, em seguida, aberto por decreto do Poder Legislativo.

d) aberto por decreto do Poder Legislativo, que dele deu, em seguida, imediato

conhecimento ao Poder Judiciário.

e) autorizado por lei e, em seguida, aberto por medida provisória do Poder Le-

gislativo.

Letra a.

Esse é um caso de crédito extraordinário. Como a gente não sabe se o Estado tem

medida provisória, o Poder Executivo pode abrir por Decreto e dar imediata ciência

ao Poder Legislativo.

Questão 24    (FCC/SEAD-AP/2018) Atenção: Para responder à questão utilize as

informações abaixo e as da Lei n. 4.320/1964.

Em decorrência de uma calamidade pública, o governador de um ente público

estadual abriu crédito adicional no valor de R$ 1.180.000,00 em 11/12/2017

para a reconstrução de uma ponte que foi destruída em decorrência de imprevi-

síveis chuvas torrenciais, o que impossibilitou o tráfego de veículos e a circulação de

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pessoas. Em 31/12/2017, as obras referentes à reconstrução não tinham sido

concluídas e, do crédito adicional aberto, restava um saldo de R$ 580.000,00.

De acordo com as determinações da Constituição Federal de 1988, o saldo rema-

nescente de R$ 580.000,00 do crédito adicional

a) extraordinário poderia ser reaberto no exercício financeiro de 2018.

b) especial não poderia ser reaberto no exercício financeiro de 2018.

c) especial poderia ser reaberto no exercício financeiro de 2018.

d) suplementar não poderia ser reaberto no exercício financeiro de 2018.

e) extraordinário não poderia ser reaberto no exercício financeiro de 2018.

Letra a.
Os créditos, em regra geral, têm a sua vigência adstrita ao exercício financeiro.
Entretanto, os créditos especiais e os extraordinários possuem uma peculiaridade:
se o ato de autorização desses dois créditos for promulgado nos últimos 4 meses
do exercício, os créditos poderão ser reabertos nos limites de seus saldos, sendo
incorporados ao exercício subsequente.
Esse é o caso desse crédito extraordinário.

Questão 25    (FCC/SEAD-AP/2018) A Lei Orçamentária Anual - LOA referente ao


exercício financeiro de 2017 de um ente público estadual contém um dispositivo
que autoriza a abertura de créditos suplementares até o limite de 15% da Receita
Corrente prevista na referida lei que foi R$ 850.000.000,00. Tal limite não havia
sido utilizado até o dia 28/04/2017.
No dia 31/01/2017, o chefe do Poder Executivo estadual assinou um convênio com
a União no âmbito do Sistema Único de Saúde para a construção de um hospital
especializado em transplantes. O período de execução da obra é de 03/07/2017

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a 31/12/2020, sendo que o ente público estadual deveria realizar uma despesa

orçamentária de R$2.600.000,00 no exercício financeiro de 2017. Todavia, a LOA

referente a 2017 não apresentava créditos e dotações específicos para despesas

com investimentos.

Para a realização da despesa orçamentária referente à construção do hospital, em

28/04/2017, o limite estabelecido na LOA

a) poderia ser utilizado para a abertura do crédito adicional e a construção do hos-

pital deveria estar incluída no Plano Plurianual ou em lei que tivesse autorizado a

sua inclusão.

b) não poderia ser utilizado para a abertura do crédito adicional e a construção do

hospital deveria estar incluída no Plano Plurianual ou em lei que tivesse autorizado

a sua inclusão.

c) poderia ser utilizado para a abertura do crédito adicional e a construção do hos-

pital não precisaria estar incluída no Plano Plurianual ou em lei que tivesse autori-

zado a sua inclusão.

d) poderia ser utilizado para a abertura do crédito adicional e a construção do

hospital não precisaria ser compatível as prioridades definidas na Lei de Diretrizes

Orçamentárias.

e) não poderia ser utilizado para a abertura do crédito adicional e a construção do

hospital não dependia de ter recursos disponíveis para ocorrer a despesa.

Letra b.

Muito erro nessa questão. Primeiro que o crédito autorizado é suplementar. No en-

tanto, estamos falando de uma despesa que não consta no orçamento, o que seria

típico de crédito especial.

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Ademais, nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro

poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize

a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.

O artigo 43 da Lei n. 4.320/1964 determina que a abertura dos créditos adicio-

nais depende necessariamente da existência de recursos disponíveis, salvo para

abertura de créditos extraordinários. Os recursos para abertura de créditos adicio-

nais advêm das seguintes fontes:

• Excesso de arrecadação, computando-se a tendência do período e excluindo-se

os valores abertos com créditos extraordinários no exercício;


• Superavit Financeiro apurado no Balanço Patrimonial do Exercício anterior,
excluindo-se os créditos adicionais transferidos e computando-se as opera-
ções de crédito a esses vinculados;
• Operações de crédito, com exceção das Antecipações de Receita Orçamentária;
• Reserva de contingência;
• Anulação total ou parcial de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais.

Créditos Adicionais

Tipo Destinação Vigência Abertura


Reforço de dotação
Suplementar Final do exercício financeiro
orçamentária Autorizado por
Despesas para as quais Final do exercício financeiro, Lei, aberto por
Especial não haja dotação orça- salvo se o ato de autoriza- Decreto
mentária específica ção for promulgado nos últi-
mos quatro meses daquele
Medida Provisó-
Despesas urgentes e exercício, caso em que, rea-
ria ou Decreto
imprevisíveis (guerra, bertos nos limites de seus
Extraordinário nos entes que
comoção intestina, saldos, serão incorporados
não tiverem
calamidade pública) ao orçamento do exercício
previsão de MP
subsequente

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Questão 26    (FCC/PREFEITURA DE RECIFE-PE/2019) Em abril de 2018, um de-


terminado ente público municipal verificou que a dotação orçamentária remanes-
cente no crédito orçamentário destinado à aquisição de material odontológico era
insuficiente para o empenho da despesa necessária à prestação de serviços em
2018 pelo referido ente. Assim, de acordo com a Lei n. 4.320/1964, para a aber-
tura do crédito adicional para a execução da despesa com a aquisição de material
odontológico em abril de 2018, o ente público municipal poderia utilizar, como fonte
de recursos, desde que não comprometido, o
a) superavit financeiro apurado em balanço patrimonial de 31/03/2018.
b) resultado patrimonial positivo apurado em balanço financeiro referente ao ano
de 2017.
c) superavit financeiro apurado em balanço patrimonial de 31/12/2017.
d) resultado financeiro positivo apurado em balanço financeiro referente ao primei-
ro trimestre de 2018.
e) resultado patrimonial positivo apurado na demonstração das variações patrimo-
niais referente ao ano de 2017.

Letra c.
O superavit é aquele apurado no balanço patrimonial do exercício anterior.

Questão 27    (FCC/TRT-15/2018) Considere hipoteticamente que determinado Tri-


bunal Regional do Trabalho constatou, em novembro de 2017, que seria necessária a
abertura de crédito adicional no valor de R$ 500.000,00 para reforço da dotação or-
çamentária referente a auxílio-moradia a agentes públicos. Assim, de acordo com a
Lei n. 4.320/1964, o crédito adicional utilizado pelo Tribunal Regional do Trabalho foi

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a) autorizado por lei e aberto por decreto do Poder Legislativo, sendo sua vigência
adstrita aos exercícios financeiros de 2017 e 2018.
b) autorizado por lei e aberto por decreto do Poder Executivo, sendo sua vigência
adstrita aos exercícios financeiros de 2017 e 2018.
c) autorizado por lei e aberto por decreto do Poder Executivo, sendo sua vigência
adstrita ao exercício financeiro de 2017.
d) aberto por decreto do Poder Executivo, que dele deu imediato conhecimento ao
Poder Legislativo, sendo sua vigência adstrita ao exercício financeiro de 2017.
e) aberto por decreto do Poder Executivo, que dele deu imediato conhecimento
ao Poder Legislativo, sendo sua vigência adstrita aos exercícios financeiros de
2017 e 2018.

Letra c.

Trata-se de crédito adicional suplementar autorizado por lei e abertos por decreto

executivo, sendo que sua vigência adstrita ao exercício financeiro em que foram

abertos.

Questão 28    (CESPE/CGE-PI/2015) Créditos especiais e extraordinários são aber-

tos para inserir novas dotações orçamentárias na LOA, podendo ser transferidos

para a continuidade da execução no exercício seguinte, se a autorização do Poder

Legislativo ocorrer no mês de novembro.

Certo.

Como vimos, tratando-se de créditos especiais e extraordinários autorizados nos

últimos quatro meses do ano (setembro, outubro, novembro e dezembro) os saldos

poderão ser reabertos no exercício subsequente. Logo, certa nossa questão.

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RESUMO

Orçamento na Constituição Federal de 1988:

Instrumento Objeto Observações


O PPA estabelecerá de forma
regionalizada as diretrizes, Nenhum investimento cuja execu-
metas e objetivos da Adminis- ção ultrapasse um exercício financeiro
tração Pública com relação às poderá ser iniciado sem prévia inclu-
Plano Plurianual (PPA)
despesas de capital e outras são no plano plurianual, ou sem lei que
delas decorrentes, bem como autorize a inclusão, sob pena de crime
para as relativas aos progra- de responsabilidade.
mas de duração continuada.
De acordo com a Lei Complementar
n. 101/00, Lei de Responsabilidade
Fiscal (LRF), a LDO disporá também
A LDO estabelece as metas sobre:
e prioridades da administra- • Equilíbrio entre receitas e despesas;
ção pública federal, incluindo • Critério e forma de limitação de
as despesas de capital para empenho;
o exercício financeiro subse- • Normas relativas ao controle de
Lei de Diretrizes
quente, orienta a elaboração custos e à avaliação de programas;
Orçamentárias (LDO)
do orçamento, estabelece a • Demais condições e exigências para
política das agências oficiais a transferência voluntária de recursos
de fomento e dispõe sobre (transferências de recursos a entidades
as alterações na legislação públicas e privadas).
tributária. A LRF ainda criou dois importantíssimos
anexos que deverão compor a LDO.
O Anexo de Metas Fiscais e o Anexo de
Riscos Fiscais

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O projeto de lei orçamentária anual,


compatível com o PPA/LDO/LRF,
deverá:
• Conter demonstrativo da compatibili-
dade da programação dos orçamentos
com os objetivos e metas constantes
Última peça orçamentária do Anexo de Metas Fiscais (LDO);
que compõe a estrutura de • Acompanhar medidas de compen-
planejamento e orçamento sação a renúncias de receita e ao
da CF/88, a Lei Orçamentária aumento de despesas obrigatórias de
Lei Orçamentária
Anual é o orçamento propria- caráter continuado;
Anual (LOA)
mente dito do Governo, onde • Conter Reserva de Contingência,
estarão consignadas a previ- cuja forma de utilização e montante,
são das receitas e fixação das com base na receita corrente líquida,
despesas. serão estabelecidos na LDO. A reserva
se destina ao atendimento de passivos
contingentes e outros riscos e eventos
fiscais imprevistos;
• Conter todas as despesas relativas à
dívida pública, mobiliária ou contratual,
e as receitas que as atenderão.

Prazos de envio e aprovação:

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Ciclo orçamentário:

Etapa Objeto Observações


NOVO REGIME FISCAL:
A elaboração e apresentação da proposta Durante um período de 20 anos,
da Lei Orçamentária Anual (LOA) é com- as despesas primárias constantes
petência exclusiva do Chefe do Poder dos Orçamentos Fiscal e da Seguri-
Executivo (Presidente da República – PR). dade Social da União serão limita-
Os demais Poderes, Ministério Público e das ao valor executado no exercício
Elaboração
Tribunal de Contas encaminharão suas anterior, corrigido pelo Índice Nacio-
propostas orçamentárias para o Poder nal de Preços ao Consumidor Amplo
Executivo, dentro dos limites impos- – IPCA, registrado no período de doze
tos pela Lei de Diretrizes Orçamentárias meses encerrado em junho do exercí-
(LDO). cio anterior a que se refere a lei orça-
mentária.

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Qualquer emenda ao PLOA deverá


ser apresentada à Comissão de Orça-
mentos. Para ser aprovada, a emenda
deverá, nos ditames constitucionais,
Finalizada a elaboração da Proposta, essa
seguir os seguintes preceitos:
será apresentada ao Congresso Nacio-
• Sejam compatíveis com PPA e LDO;
nal. A proposta orçamentária, apesar
• Indiquem os recursos necessários,
da sua natureza de lei ordinária, possui
admitidos apenas os provenientes de
rito especial. Ela é discutida concomi-
anulação de despesa, excluídas as
Aprovação tantemente em ambas as casas do Con-
que incidam sobre:
gresso Nacional – CN (na forma de seu
o Dotações para pessoal e seus encar-
regimento comum), por meio da Comis-
gos;
são Mista de Planos, Orçamentos Públicos
o Serviço da dívida;
e Fiscalização, sendo votada em sessão
o Transferências tributárias constitu-
conjunta do CN.
cionais;
• Sejam relacionadas com a corre-
ção de erros ou omissões na redação
da LOA.
De acordo com a Lei de Responsabili-
dade Fiscal, bimestralmente todos os
poderes deverão verificar a compati-
bilidade entre os recursos financeiros
Após a etapa de discussão e aprovação disponíveis e a execução orçamentá-
da Lei Orçamentária, iniciam-se as roti- ria.
nas para viabilizar a execução do orça- Caso seja verificada a possibilidade
mento. Assim, trinta dias após aprovação de incompatibilidade desse sistema,
Execução da Lei Orçamentária Anual, conforme dis- cada Poder deverá preceder contin-
posto no art. 8º da LRF, o Poder Executivo genciamento de despesas/empe-
publicará cronograma mensal de desem- nhos, até que o fluxo se restabeleça,
bolsos de recursos financeiros, por meio de acordo com os critérios definidos
de Decreto. na Lei de Diretrizes Orçamentárias.
À medida que o fluxo se restabelecer,
deverá se proceder o descontingen-
ciamento proporcionalmente a essa
recuperação.

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O controle externo da União e das enti-


dades da administração direta e indireta,
quanto à legalidade, legitimidade, eco- Apesar de ser considerado a última
nomicidade, aplicação das subvenções e etapa do ciclo orçamentário, o con-
renúncia de receitas, será exercido pelo trole e avaliação do orçamento não
Congresso Nacional, com auxílio do Tribu- precisam esperar o fim da execução
nal de Contas da União (TCU). orçamentária para acontecer. Atu-
Controle
Quanto ao controle interno, cada um dos almente, o controle pode ser prévio
Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciá- (antes), concomitante (durante) ou
rio) deve manter uma estrutura de con- posterior (depois) à execução do
trole interno, que, como o próprio nome orçamento.
já indica, se refere à fiscalização dos atos
de cada Poder, por uma unidade ou sis-
tema dentro da estrutura daquele Poder.

Créditos adicionais:

Créditos Adicionais

Tipo Destinação Vigência Abertura


Reforço de dotação
Suplementar Final do exercício financeiro
orçamentária
Autorizado por Lei,
Despesas para as quais Final do exercício financeiro,
aberto por Decreto
Especial não haja dotação orça- salvo se o ato de autorização
mentária específica for promulgado nos últimos
quatro meses daquele exer-
Despesas urgentes e cício, caso em que, reabertos Medida Provisó-
imprevisíveis (guerra, nos limites de seus saldos, ria ou Decreto nos
Extraordinário
comoção intestina, serão incorporados ao orça- entes que não tive-
calamidade pública) mento do exercício subse- rem previsão de MP
quente

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MAPAS MENTAIS

Orçamento na CF/1988:

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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA


Questão 1    (CESPE/MPE-PI/2018) O projeto de lei orçamentária anual independe

de sanção ou veto do chefe do Poder Executivo, sendo diretamente promulgado

pelas mesas do Congresso Nacional.

Questão 2    (CESPE/DPU/2016) O período de vigência do PPA compreende o início

do segundo ano de mandato do presidente da República até o final do primeiro ano

financeiro do mandato presidencial subsequente.

Questão 3    (CESPE/FUB/2015) O Plano Plurianual (PPA) garante a continuidade de

ações de um governo para o governo seguinte.

Questão 4    (FCC/AFAP/2019) Segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal, cabe à Lei

de Diretrizes Orçamentárias dispor ou conter

a) diretrizes, objetivos e metas da Administração pública para as despesas de

capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração

continuada.

b) normas de gestão financeira e patrimonial da Administração direta e indireta

bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos.

c) critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que serão adotados

quando houver impedimentos legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e

limitação das programações de caráter obrigatório.

d) reserva de contingência, medidas de compensação a renúncias de receita e cré-

ditos cuja finalidade seja imprecisa.

e) formas de limitação de empenho, meta anual de resultado primário e avaliação

da situação atuarial do Regime Próprio de Previdência Social.

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Questão 5    (FCC/SEMEF-AM/2019) Entre os elementos que devem, obrigatoria-

mente, constar da Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO, insere-se o Anexo de

Riscos Fiscais,

a) no qual é demonstrada a estimativa e compensação da renúncia de receita e da

margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado.

b) que representa a evolução do patrimônio líquido do ente, nos últimos três exer-

cícios, destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de

ativos.

c) onde serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de

afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso

se concretizem.

d) que contempla as metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas

a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública.

e) fixando o limite máximo de endividamento do ente e os limites globais e pruden-

cial de gastos com pessoal e custeio para o exercício seguinte.

Questão 6    (FCC/PREFEITURA DE MACAPÁ-AP/2018) Entre os elementos que de-

vem, obrigatoriamente, integrar a Lei de Diretrizes Orçamentárias, conforme de-

terminado pela Constituição da República e pela Lei de Responsabilidade Fiscal,

inserem-se:

I – Anexo de riscos fiscais.

II – Anexo de metas fiscais.

III – Autorização para abertura de créditos extraordinários.

IV – Critérios para limitação de empenho.

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Está correto o que se afirma APENAS em

a) I, III e IV.

b) II e IV.

c) I, II e IV.

d) I e II.

e) III e IV.

Questão 7    (CESPE/MPE-PI/2018) O orçamento, importante instrumento de pla-

nejamento de qualquer entidade pública ou privada, representa o fluxo previsto

de ingressos financeiros e a aplicação desses recursos em determinado período de

tempo.

Questão 8    (CESPE/MPE-PI/2018) Todos os projetos de lei relacionados a orça-

mento devem ser apresentados conjuntamente, ou seja, o projeto de lei de diretri-

zes orçamentárias e o de orçamento anual — e, quando for o caso, o de plano plu-

rianual — devem ser apresentados na mesma oportunidade ao Poder Legislativo,

para discussão e votação.

Questão 9    (FCC/SEAD-AP/2018) De acordo com a legislação de regência, a Lei

Orçamentária Anual - LOA deve contemplar a denominada reserva de contingência,

a qual

a) contempla o limite máximo para abertura de créditos adicionais especiais e su-

plementares, independentemente de autorização legislativa específica, mediante

transposição ou remanejamento.

b) somente pode ser utilizada na hipótese de frustração da previsão da receita or-

dinária da arrecadação de impostos, nos montantes previstos no anexo de metas

fiscais que instrui a referida peça orçamentária.

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c) destina-se ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos

fiscais imprevistos, cuja forma de utilização e montante são estabelecidos na Lei de

Diretrizes Orçamentárias - LDO.

d) pode ser acionada para fazer frente à compensação ou mitigação de medidas de

incentivo que contemplem renúncia fiscal, de acordo com limites e critérios estabe-

lecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO.

e) contempla dotações globais destinadas à complementação daquelas previstas

na LOA para programas de investimento que ultrapassem o exercício financeiro,

os quais devem estar previstos no Plano Plurianual - PPA.

Questão 10    (FCC/SEAD-AP/2018) Um ente público estadual definiu o valor de

R$2.155.000,00 para a Reserva de Contingência para o exercício financeiro de 2018.

De acordo com a Lei Complementar n. 101/2000, a forma de utilização da Reserva

de Contingência teve que ser estabelecida na Lei

a) Orçamentária Anual e o montante de R$ 2.155.000,00 pode ser destinado ao

refinanciamento da dívida pública.

b) Orçamentária Anual e o montante de R$ 2.155.000,00 deve ser destinado ao

atendimento de eventos fiscais imprevistos.

c) de Diretrizes Orçamentárias e o montante de R$2.155.000,00 pode ser destina-

do ao atendimento de passivos contingentes.

d) Orçamentária Anual e o montante de R$2.155.000,00 pode ser destinado ao

pagamento das provisões trabalhistas dos servidores.

e) de Diretrizes Orçamentárias e o montante de R$ 2.155.000,00 deve ser desti-

nado ao pagamento das despesas relativas à dívida pública.

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Questão 11    (FCC/PREFEITURA DE MACAPÁ-AP/2018) A elaboração da Lei Orça-


mentária Anual obedece aos preceitos e princípios estabelecidos na Constituição da
República e na Lei de Responsabilidade Fiscal, entre os quais o da especificação ou
discriminação, que impede a inclusão de dotações genéricas e inespecíficas. Não obs-
tante, de acordo com o marco legal existente, referida peça orçamentária contempla:
a) créditos adicionais, fixados em valores globais, para fazer frente a despesas que
ultrapassem um exercício financeiro e que estejam atreladas a programas previstos
no Plano Plurianual.
b) créditos suplementares, em valores estimados de acordo com a expectativa de
crescimento da arrecadação de impostos, destinados a despesas imprevistas.
c) reserva de contingência, correspondente a um percentual da receita corrente
líquida, cujo montante e forma de utilização são estabelecidos na Lei de Diretrizes
Orçamentárias.
d) previsão de receita extraordinária decorrente de alienação de ativos, estimada
em faixas de variação, com valores mínimos e máximos de acordo com avaliação
prévia dos bens a serem alienados.
e) previsão de receita decorrente de operações de crédito, em montante variável
atrelado à cotação da moeda estrangeira quando se tratar de órgão financiador
internacional.

Questão 12    (FCC/TRF-3ª/2016) Nos termos da Constituição Federal é conteúdo


da Lei Orçamentária Anual:
I – Orçamento fiscal referente aos fundos da União.
II – O orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indire-
tamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto.
III – Autorização para abertura de créditos suplementares.
IV – Autorização para contratação de operação de crédito por antecipação de receita.
V – Critérios e formas para limitação de empenho.

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Está correto o que consta APENAS em

a) I, II, III e IV.

b) II, III, IV e V.

c) I, III, IV e V.

d) I, II, IV e V.

e) I, II, III e V.

Questão 13    (FCC/SEAD-AP/2018) O Projeto de Lei Orçamentária

a) disporá sobre os critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada

quando a realização da receita não comportar o cumprimento das metas de resul-

tado primário ou nominal.

b) compreenderá o orçamento de investimento referente às despesas de pessoal e

manutenção das empresas estatais dependentes e não dependentes.

c) será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas

e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de

natureza financeira, tributária e creditícia.

d) admitirá emendas individuais que poderão ser aprovadas no limite de 1,8% da

receita prevista no referido projeto.

e) conterá demonstrativo das metas anuais referentes a resultados primário e no-

minal, instruído com memória e metodologia de cálculo que justifiquem os resulta-

dos pretendidos.

Questão 14    (CESPE/MPE-PI/2018) Medição, execução e avaliação são fases do

ciclo orçamentário.

Questão 15    (CESPE/POLÍCIA FEDERAL/2018) O ciclo orçamentário inicia-se com

a definição das macrodiretrizes e encerra-se com a mensagem presidencial comu-

nicando a aprovação do orçamento anual.

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Questão 16    (FCC/TRT-4/2017) De acordo com a Constituição Federal, ao Poder

Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira, sendo que os tribu-

nais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados con-

juntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias. Se essas

propostas orçamentárias forem encaminhadas em desacordo com os limites esti-

pulados pela Constituição Federal, o Poder Executivo

a) devolverá a proposta para o Poder Judiciário para revisão e adequação no prazo

máximo de sessenta dias.

b) devolverá a proposta para o Poder Judiciário para revisão e adequação no prazo

máximo de trinta dias.

c) procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orça-

mentária anual.

d) encaminhará a proposta para o Tribunal de Contas da União que deverá tomar

as medidas corretivas e proceder aos ajustes necessários para fins de consolidação

da proposta orçamentária anual no prazo máximo de noventa dias.

e) devolverá a proposta para o Poder Judiciário para revisão e adequação no prazo

máximo de noventa dias.

Questão 17    (FCC/PREFEITURA DE RECIFE-PE/2019) O processo de discussão e

aprovação da proposta de Lei Orçamentária Anual no âmbito do poder legislativo,

na forma prevista na Constituição Federal,

a) não comporta alterações por parte dos parlamentares, aos quais cabe apenas

a aprovação ou rejeição, total ou parcial, da proposta apresentada pelo Chefe do

Executivo.

b) admite a apresentação de emendas parlamentares, tendo como uma de suas

condicionantes a compatibilidade com a Lei de Diretrizes Orçamentárias e com o

Plano Plurianual.

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c) admite alterações no âmbito do legislativo exclusivamente para correções de er-

ros materiais e para adequação aos limites fixados na Constituição para destinação

de recursos às áreas da Saúde e Educação.

d) comporta alterações, mediante emendas parlamentares, exclusivamente no que

concerne à estimativa de receita apresentada, que poderá ser ampliada ou reduzi-

da com base em índices de órgãos oficiais.

e) admite modificação, tanto em relação às despesas como às receitas, mediante

emendas parlamentares, as quais são de execução obrigatória em face do princípio

do orçamento impositivo.

Questão 18    (FCC/SEMEF-AM/2019) De acordo com as normas constitucionais e

legais que disciplinam a elaboração, encaminhamento, tramitação e aprovação da

Lei Orçamentária Anual, as estimativas de receitas constantes da proposta encami-

nhada pelo Poder Executivo ao Legislativo,

a) não são passíveis de alteração no âmbito parlamentar, salvo para correção de

erro ou omissão de ordem técnica ou legal.

b) podem ser alteradas por meio de emenda parlamentar, desde que nos limites

estabelecidos pela Lei de Diretrizes Orçamentárias.

c) não podem contemplar valores provenientes da alienação de ativos, eis que in-

certo o efetivo ingresso no curso do exercício a que se refere.

d) não podem extrapolar as estimativas previstas no Anexo de Metas Fiscais que

compõe o Plano Plurianual - PPA do período em que se insere.

e) não são vinculantes, salvo no que concerne ao montante destinado as emendas

parlamentares impositivas, aprovado por quórum qualificado de três quintos dos

parlamentares.

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Questão 19    (FCC/SEFAZ-PI/2015) Um dos pilares da boa política fiscal é o plane-

jamento por meio da especificação de metas. Nos termos da LRF, se verificado que

a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resul-

tado nominal ou primário, deverão ser adotadas medidas relacionadas

a) ao congelamento das contas públicas.

b) à flexibilização dos limites constitucionais para saúde e educação.

c) à flexibilização das regras para realização de operação de crédito.

d) à limitação de empenho e de movimentação financeira.

e) à utilização de recursos dos fundos de previdência.

Questão 20    (FCC/TCM-RJ/2015) Uma das áreas de interesse do Controle Interno

está relacionada à execução orçamentária. A atuação do Controle Interno, nesse

caso, ocorre de forma

a) prévia, concomitante e subsequente, uma vez que o Controle Interno participa

de todas as fases desse processo.

b) concomitante e subsequente apenas, uma vez que o Controle Interno não par-

ticipa da elaboração da proposta orçamentária.

c) subsequente apenas, uma vez que ao Controle Interno cabe exclusivamente o

acompanhamento dos atos já realizados.

d) prévia apenas, uma vez que o Controle Interno é o responsável por monitorar

os atos de planejamento.

e) prévia e subsequente apenas, uma vez que os atos de execução têm aspectos

discricionários que não estão sob o jugo do Controle Interno.

Questão 21    (FCC/AFAP/2019) As emendas à Lei Orçamentária feitas após a

sua aprovação e dotadas de efeitos financeiros constituem créditos, que são

classificados em

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a) suplementares, especiais e extraordinários, estes últimos devendo ter sua aber-

tura autorizada na própria Lei Orçamentária.

b) suplementares, especiais e extraordinários, estes últimos destinados a despesas

de guerra, por exemplo.

c) de transposição, de remanejamento e de transferência, estes últimos devendo

ter sua abertura autorizada na própria Lei Orçamentária.

d) suplementares, especiais e adicionais, estes últimos encaminhados de natureza

imprevisível, abertos por medida provisória.

e) de transposição, de transferência e de remanejamento, estes últimos destinados

a despesas de guerra, por exemplo.

Questão 22    (FCC/PREFEITURA DE RECIFE-PE/2019) Suponha que o Município

tenha se defrontado com situação de calamidade pública, em função de fortes

chuvas na região metropolitana, necessitando realizar obras emergenciais de con-

tenção. Ocorre que a Lei Orçamentária Anual (LOA) vigente não contempla dota-

ções orçamentárias específicas para suportar as despesas correspondentes. Diante

desse cenário e de acordo com as disposições constitucionais e legais pertinentes,

a) cabe a abertura de crédito adicional extraordinário para dar suporte às referidas

despesas, independentemente de autorização legislativa.

b) as despesas deverão ser suportadas por créditos adicionais suplementares com

anulação, por decreto e independentemente de autorização legislativa, de outras

dotações previstas na Lei Orçamentária Anual (LOA).

c) cabe o remanejamento de outras dotações previstas na Lei Orçamentária Anual

(LOA), com a sua realocação para dar suporte às despesas extraordinárias, inde-

pendentemente de previsão legal, desde que para a mesma categoria econômica.

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d) as despesas deverão ser suportadas por créditos especiais adicionais, desde que

não extrapolem o montante estabelecido na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

e) as despesas deverão ser suportadas com a abertura de créditos adicionais ex-

traordinários ou especiais, ambos necessitando de prévia autorização legislativa.

Questão 23    (FCC/SEAD-AP/2018) Atenção: Para responder a questão utilize as

informações abaixo e as da Lei n. 4.320/1964.

Em decorrência de uma calamidade pública, o governador de um ente público es-

tadual abriu crédito adicional no valor de R$ 1.180.000,00 em 11/12/2017 para a

reconstrução de uma ponte que foi destruída em decorrência de imprevisíveis chu-

vas torrenciais, o que impossibilitou o tráfego de veículos e a circulação de pessoas.

Em 31/12/2017, as obras referentes à reconstrução não tinham sido concluídas e,

do crédito adicional aberto, restava um saldo de R$ 580.000,00.

O crédito adicional no valor de R$ 1.180.000,00 foi

a) aberto por decreto do Poder Executivo, que dele deu, em seguida, imediato co-

nhecimento ao Poder Legislativo.

b) autorizado por lei e, em seguida, aberto por decreto do Poder Executivo.

c) autorizado por lei e, em seguida, aberto por decreto do Poder Legislativo.

d) aberto por decreto do Poder Legislativo, que dele deu, em seguida, imediato

conhecimento ao Poder Judiciário.

e) autorizado por lei e, em seguida, aberto por medida provisória do Poder Le-

gislativo.

Questão 24    (FCC/SEAD-AP/2018) Atenção: Para responder a questão utilize as


informações abaixo e as da Lei n. 4.320/1964.
Em decorrência de uma calamidade pública, o governador de um ente público es-
tadual abriu crédito adicional no valor de R$ 1.180.000,00 em 11/12/2017 para a

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reconstrução de uma ponte que foi destruída em decorrência de imprevisíveis chu-

vas torrenciais, o que impossibilitou o tráfego de veículos e a circulação de pessoas.

Em 31/12/2017, as obras referentes à reconstrução não tinham sido concluídas e,

do crédito adicional aberto, restava um saldo de R$ 580.000,00.

De acordo com as determinações da Constituição Federal de 1988, o saldo rema-

nescente de R$ 580.000,00 do crédito adicional

a) extraordinário poderia ser reaberto no exercício financeiro de 2018.

b) especial não poderia ser reaberto no exercício financeiro de 2018.

c) especial poderia ser reaberto no exercício financeiro de 2018.

d) suplementar não poderia ser reaberto no exercício financeiro de 2018.

e) extraordinário não poderia ser reaberto no exercício financeiro de 2018.

Questão 25    (FCC/SEAD-AP/2018) A Lei Orçamentária Anual - LOA referente ao

exercício financeiro de 2017 de um ente público estadual contém um dispositivo

que autoriza a abertura de créditos suplementares até o limite de 15% da Receita

Corrente prevista na referida lei que foi R$ 850.000.000,00. Tal limite não havia

sido utilizado até o dia 28/04/2017.

No dia 31/01/2017, o chefe do Poder Executivo estadual assinou um convênio com

a União no âmbito do Sistema Único de Saúde para a construção de um hospital

especializado em transplantes. O período de execução da obra é de 03/07/2017

a 31/12/2020, sendo que o ente público estadual deveria realizar uma despesa

orçamentária de R$2.600.000,00 no exercício financeiro de 2017. Todavia, a LOA

referente a 2017 não apresentava créditos e dotações específicos para despesas

com investimentos.

Para a realização da despesa orçamentária referente à construção do hospital, em

28/04/2017, o limite estabelecido na LOA

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a) poderia ser utilizado para a abertura do crédito adicional e a construção do hos-

pital deveria estar incluída no Plano Plurianual ou em lei que tivesse autorizado a

sua inclusão.

b) não poderia ser utilizado para a abertura do crédito adicional e a construção do

hospital deveria estar incluída no Plano Plurianual ou em lei que tivesse autorizado

a sua inclusão.

c) poderia ser utilizado para a abertura do crédito adicional e a construção do hos-

pital não precisaria estar incluída no Plano Plurianual ou em lei que tivesse autori-

zado a sua inclusão.

d) poderia ser utilizado para a abertura do crédito adicional e a construção do

hospital não precisaria ser compatível as prioridades definidas na Lei de Diretrizes

Orçamentárias.

e) não poderia ser utilizado para a abertura do crédito adicional e a construção do

hospital não dependia de ter recursos disponíveis para ocorrer a despesa.

Questão 26    (FCC/PREFEITURA DE RECIFE-PE/2019) Em abril de 2018, um de-

terminado ente público municipal verificou que a dotação orçamentária remanes-

cente no crédito orçamentário destinado à aquisição de material odontológico era

insuficiente para o empenho da despesa necessária à prestação de serviços em

2018 pelo referido ente. Assim, de acordo com a Lei n. 4.320/1964, para a aber-

tura do crédito adicional para a execução da despesa com a aquisição de material

odontológico em abril de 2018, o ente público municipal poderia utilizar, como fonte

de recursos, desde que não comprometido, o

a) superavit financeiro apurado em balanço patrimonial de 31/03/2018.

b) resultado patrimonial positivo apurado em balanço financeiro referente ao ano

de 2017.

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c) superavit financeiro apurado em balanço patrimonial de 31/12/2017.

d) resultado financeiro positivo apurado em balanço financeiro referente ao primei-

ro trimestre de 2018.

e) resultado patrimonial positivo apurado na demonstração das variações patrimo-

niais referente ao ano de 2017.

Questão 27    (FCC/TRT-15/2018) Considere hipoteticamente que determinado

Tribunal Regional do Trabalho constatou, em novembro de 2017, que seria neces-

sária a abertura de crédito adicional no valor de R$ 500.000,00 para reforço da

dotação orçamentária referente a auxílio-moradia a agentes públicos. Assim, de

acordo com a Lei n. 4.320/1964, o crédito adicional utilizado pelo Tribunal Regio-

nal do Trabalho foi

a) autorizado por lei e aberto por decreto do Poder Legislativo, sendo sua vigência

adstrita aos exercícios financeiros de 2017 e 2018.

b) autorizado por lei e aberto por decreto do Poder Executivo, sendo sua vigência

adstrita aos exercícios financeiros de 2017 e 2018.

c) autorizado por lei e aberto por decreto do Poder Executivo, sendo sua vigência

adstrita ao exercício financeiro de 2017.

d) aberto por decreto do Poder Executivo, que dele deu imediato conhecimento ao

Poder Legislativo, sendo sua vigência adstrita ao exercício financeiro de 2017.

e) aberto por decreto do Poder Executivo, que dele deu imediato conhecimento ao

Poder Legislativo, sendo sua vigência adstrita aos exercícios financeiros de 2017

e 2018.

Questão 28    (CESPE/CGE-PI/2015) Créditos especiais e extraordinários são aber-

tos para inserir novas dotações orçamentárias na LOA, podendo ser transferidos

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para a continuidade da execução no exercício seguinte, se a autorização do Poder

Legislativo ocorrer no mês de novembro.

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QUESTÕES DE CONCURSO

Questão 29    (FCC/TRF-4ª/2019) À luz da disciplina constitucional do processo de

elaboração de leis orçamentárias,

a) as emendas ao projeto de lei do orçamento anual serão apresentadas e aprecia-

das perante a Comissão mista permanente de Deputados e Senadores responsável

por exercer o acompanhamento e a fiscalização da execução orçamentária.

b) o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será acompanhado de demonstra-

tivo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções,

anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e

creditícia.

c) o Presidente da República poderá propor modificação nos projetos de lei relati-

vos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias e ao orçamento anual, desde

que não iniciada a votação do projeto respectivo, na Comissão mista parlamentar

permanente.

d) as emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite

de 1,2% da receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder

Executivo, sendo que metade deste percentual será destinada a ações de desenvol-

vimento e manutenção do ensino.

e) os recursos que, em decorrência de veto ao projeto de lei orçamentária anual,

ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso,

mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização

legislativa.

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Questão 30    (FCC/SEMEF-AM/2019) No que se refere aos instrumentos de planeja-

mento de um ente público municipal, de acordo com a Constituição Federal de 1988,

a) a Lei Orçamentária Anual do referido ente deve compreender o Orçamento Fis-

cal, o Orçamento de Investimento das Empresas Dependentes e o Anexo das Metas

Anuais, sendo que tal lei não deve apresentar dispositivos estranhos à previsão das

receitas e das despesas públicas.

b) a avaliação dos passivos contingentes referentes às demandas judiciais capazes

de afetar as contas públicas, informando sobre as providências a serem tomadas,

caso se concretizem, deve ser apresentada no Anexo de Riscos Fiscais contido na

Lei Orçamentária Anual do referido ente.

c) a Lei de Diretrizes Orçamentárias do referido ente deve conter reserva de con-

tingência, cuja forma de utilização e montante devem ser estabelecidos na Lei

Orçamentária Anual, sendo que tal reserva deve ser destinada ao atendimento de

passivos contingentes trabalhistas.

d) a construção de uma escola para a abertura de 750 vagas no ensino fundamen-

tal, com início das obras em outubro de 2019 e conclusão das mesmas prevista

para outubro de 2023, não poderá ser iniciada sem sua prévia inclusão no Plano

Plurianual vigente do referido ente, ou em lei que autorize a sua inclusão.

e) o Anexo de Metas Fiscais, contido na Lei Orçamentária Anual, deve apresentar

a avaliação da situação atuarial e o resultado patrimonial dos fundos públicos, bem

como a compatibilidade da programação financeira com os objetivos e metas cons-

tantes no Demonstrativo de Projeção de Resultados.

Questão 31    (CESPE/MPE-PI/2018) A Lei de Diretrizes Orçamentárias é o instru-

mento em que o governo define as prioridades contidas no plano plurianual e as

metas que deverão ser atingidas no ano corrente.

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Questão 32    (CESPE/MPE-PI/2018) O Sistema de Planejamento e de Orçamento

Federal confere ao plano plurianual (PPA), à lei de diretrizes orçamentárias (LDO)

e à lei de orçamento anual (LOA) atuações integradas: o PPA estabelece o planeja-

mento de longo prazo; a LOA fixa o planejamento de curto prazo; a LDO estabelece

a ligação entre o PPA e a LOA.

Questão 33    (FCC/SP PARCERIAS/2018) Considere que determinada Secretaria

municipal tenha firmado um contrato de obras e, no curso da execução do mesmo,

surgiram despesas não passíveis de serem suportadas pelas dotações orçamentá-

rias originalmente destinadas aos pagamentos correspondentes, decorrentes de

reequilíbrio econômico-financeiro em favor da contratada. De acordo com as dis-

posições aplicáveis da Constituição da República e da legislação que disciplina os

orçamentos e finanças públicas, a cobertura das despesas adicionais deverá se dar

mediante abertura de crédito especial suplementar,

a) desde que previsto no Anexo de Metas Fiscais que integra a Lei Orçamentária

Anual.

b) com remanejamento de dotações destinadas a outras despesas de capital.

c) sendo necessária prévia autorização legislativa e indicação dos recursos corres-

pondentes.

d) com desvinculação de receitas destinadas à saúde ou manutenção do ensino.

e) com oneração da Reserva de Contingência, prevista na Lei de Diretrizes Orça-

mentárias.

Questão 34    (FCC/CLDF/2018) Na Lei de Diretrizes Orçamentárias para o exercício

financeiro de 2018,

a) devem constar as metas de resultados primário e nominal, em valores correntes

e constantes, para os exercícios de 2018, 2019 e 2020.

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b) devem constar as diretrizes, os objetivos e as metas da Administração pública

do Distrito Federal por Regiões Administrativas para os anos de 2018 e 2019.

c) deve constar a autorização para exclusão, alteração ou inclusão de programas

no Plano Plurianual 2016-2019.

d) deve constar o Anexo de Metas Fiscais em que são avaliados os riscos passíveis

de afetar a previsão da receita tributária e, consequentemente, as contas públicas.

e) deve constar o Anexo de Riscos Fiscais com a evolução do patrimônio líquido,

nos últimos cinco exercícios, destacando a origem e a aplicação dos recursos obti-

dos com as operações de crédito.

Questão 35    (FCC/TRT-15/2018) Um projeto de lei orçamentária teve tramitação

pelo Poder Legislativo, ocasião em que foram apresentadas três emendas parla-

mentares:

I – A primeira indicou recurso proveniente de anulação de despesa destinada a

serviços da dívida.

II – A segunda indicou recurso proveniente de anulação de despesa relacionada a

dotação para encargos de pessoal.

III – A terceira indicou recurso proveniente de anulação de despesa para construção

de escola de ensino fundamental.

De acordo com a Constituição Federal, está em condições de ser aprovado o que

consta APENAS de

a) I.

b) I e III.

c) II.

d) II e III.

e) III.

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Questão 36    (FCC/CLDF/2018) Suponha que determinado órgão público tenha se

defrontado com a necessidade de adquirir insumos de informática em montante

superior àquele considerado quando da elaboração do orçamento vigente, de sorte

que a dotação consignada na Lei Orçamentária Anual – LOA afigura-se insuficiente

para fazer frente ao total necessário para a aquisição correspondente. De acordo

com as disposições constitucionais e legais aplicáveis,

a) a despesa poderá ser suportada com a abertura de crédito adicional suplemen-

tar, o qual, contudo, depende de autorização legislativa.

b) a geração da despesa condiciona-se à abertura de crédito extraordinário, me-

diante decreto do Chefe do Executivo.

c) poderá ser aberto crédito adicional especial para fazer frente à referida despesa,

nos limites fixados na Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO.

d) os pagamentos poderão ser suportados com saldo de outras dotações de custeio

não utilizadas ou utilizadas parcialmente.

e) poderá ser efetuado remanejamento entre dotações da mesma categoria, por

ato do ordenador de despesa, observados os limites e condições fixadas na Lei de

Diretrizes Orçamentárias − LOA.

Questão 37    (FCC/SEFAZ-GO/2018) De acordo com a Constituição Federal de 1988,

as emendas ao Projeto de Lei do Orçamento Anual ou aos projetos que o modifi-

quem somente podem ser aprovadas caso

a) sejam compatíveis com o Plano de Governo e sejam relacionadas com a corre-

ção de erros ou omissões e com os dispositivos do texto do projeto de lei.

b) indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes, desde que

não comprometidos, do superavit financeiro apurado em balanço patrimonial do

exercício anterior.

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c) sejam apresentadas em comissão mista permanente que emitirá parecer quanto

à compatibilidade com o Plano Diretor Estratégico.

d) indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes do produ-

to de operações de crédito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao

Poder Executivo realizá-las.

e) indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anu-

lação de despesa, excluídas, entre outras, as que incidam sobre as dotações para

pessoal e seus encargos e serviço da dívida.

Questão 38    (FCC/SEAD-AP/2018) De acordo com as determinações da Lei Com-

plementar n. 101/2000, os Anexos que integram a Lei de Diretrizes Orçamentárias

de um ente público estadual para um determinado exercício financeiro devem conter

a) a aplicação das receitas orçamentárias vinculadas a fundos especiais do estado.

b) a avaliação da situação financeira e atuarial das fundações e empresas estatais

não dependentes.

c) a compatibilidade da programação dos orçamentos com os objetivos e metas

constantes no Anexo de Gestão Fiscal.

d) a avaliação do cumprimento das metas relativas ao exercício financeiro anterior

e) o programa anual atualizado dos investimentos, inversões financeiras e transfe-

rências previstos no Quadro de Recursos e de Aplicação de Capital.

Questão 39    (FCC/TRT-15ª/2018) Sobre os créditos adicionais:

a) é vedada a edição de decreto executivo para a abertura de créditos adicionais

suplementares.

b) o produto de operações de crédito pode ser usado como fonte de recurso apenas

para o crédito adicional especial.

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c) um crédito adicional suplementar, cujo ato de autorização for promulgado em

agosto de determinado ano, poderá viger até dezembro do ano seguinte, caso seja

reaberto nos limites dos seus saldos.

d) por expressa disposição, somente os créditos especiais e extraordinários pos-

suem hipóteses de exceção à regra da vigência adstrita ao exercício financeiro da

abertura do crédito adicional.

e) os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei

orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser automati-

camente utilizados para créditos adicionais especiais ou suplementares.

Questão 40    (FCC/TRT-11ª/2017) O gestor de uma entidade do Poder Judiciário

Federal

a) pode propor emendas à Lei Orçamentária Anual, desde que indique que os re-

cursos necessários serão provenientes de operações de crédito.

b) pode encaminhar a Lei Orçamentária Anual referente ao Poder Judiciário des-

tacadamente da Lei Orçamentária Anual do Poder Executivo para aprovação pelo

Poder Legislativo.

c) pode realizar a despesa orçamentária com construção de um prédio, cujo prazo

de execução é superior a dois anos, desde que compatível com o Plano Plurianual

e a Lei de Diretrizes Orçamentárias.

d) deve inserir um dispositivo com a autorização para a abertura de créditos adi-

cionais especiais e para a contratação de operação de crédito por antecipação da

receita orçamentária na Lei Orçamentária Anual.

e) deve abrir créditos adicionais extraordinários para reforçar uma dotação já exis-

tente para despesas com Outros Serviços de Terceiros − Pessoa Jurídica.

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Questão 41    (FCC/TRT-11ª/2017) Durante a execução do orçamento público, po-

dem surgir situações em que é necessária a realização de despesas não fixadas na

lei orçamentária ou cuja dotação é insuficiente para a realização da despesa. É um

exemplo de mecanismos utilizados para alterar o orçamento:

a) suprimentos de fundos.

b) despesas de exercícios anteriores.

c) créditos iniciais suplementares.

d) superavit financeiro do exercício corrente.

e) créditos adicionais suplementares.

Questão 42    (FCC/TRT-11ª/2017) Em junho de 2016, após a verificação da exis-

tência de superavit financeiro do exercício anterior, o qual não havia créditos adi-

cionais e operações de crédito a ele vinculados, o Chefe do Poder Executivo de um

determinado Estado resolveu adquirir uma frota de veículos para ser utilizada em

programas de segurança pública. Entretanto, em junho de 2016, o saldo da do-

tação disponível para despesa com Equipamentos e Material Permanente não era

suficiente para realizar a aquisição da frota de veículos. Dessa forma, para a reali-

zação da despesa foi necessária a abertura de crédito adicional

a) extraordinário, o que provocou lançamentos contábeis de natureza orçamentá-

ria e patrimonial.

b) especial, o que provocou um lançamento contábil de natureza orçamentária.

c) suplementar, o que provocou lançamentos contábeis de natureza orçamentária

e patrimonial.

d) suplementar, o que provocou um lançamento contábil de natureza orçamentária.

e) especial, o que provocou lançamentos contábeis de natureza orçamentária e

patrimonial.

https://www.facebook.com/groups/2095402907430691 84 de 108
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Questão 43    (FCC/TCE-CE/2015) A iniciativa para a elaboração do Plano Plu-

rianual − PPA, da Lei de Diretrizes Orçamentárias − LDO e da Lei Orçamentária

Anual − LOA é

a) do Poder Executivo.

b) do Poder Legislativo.

c) do Poder Judiciário.

d) dos Poderes Executivo e Legislativo.

e) dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

Questão 44    (FCC/MANAUSPREV/2015) Após ser eleito, determinado governante

autorizou a realização de despesa com investimento cuja execução será de vinte

meses. Nestas condições, de acordo com a Constituição Federal, o investimento

cuja execução ultrapasse um exercício financeiro

a) não é exigida a inclusão na lei de diretrizes orçamentárias, se comprovada à

necessidade de sua realização.

b) não poderá ser iniciado sem prévia inclusão no Anexo de Metas de Investi-

mentos, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de improbidade

administrativa.

c) não poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que

autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.

d) só poderá ser iniciado com prévia autorização na lei de responsabilidade fiscal e

comprovação da existência de recursos financeiros para arcar com os pagamentos.

e) não poderá ser iniciado sem prévia inclusão na lei de diretrizes orçamentárias,

ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.

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Questão 45    (CESPE/PGM-MS/2019) A respeito do plano plurianual (PPA), da lei


de diretrizes orçamentárias (LDO) e da lei orçamentária anual (LOA), julgue o item
a seguir.
A iniciativa para os três planejamentos orçamentários — PPA, LDO e LOA — é con-
corrente: tanto o Poder Executivo como o Poder Legislativo podem atuar na propo-
situra dessas leis.

Questão 46    (CESPE/PGM-MS/2019) A respeito do plano plurianual (PPA), da lei


de diretrizes orçamentárias (LDO) e da lei orçamentária anual (LOA), julgue o item
a seguir.
O PPA traça o planejamento de longo prazo, estabelece diretrizes, objetivos e me-
tas da administração pública federal para as despesas correntes e para as despesas
relativas aos programas de duração continuada.

Questão 47    (CESPE/PGM-MS/2019) A respeito do plano plurianual (PPA), da lei


de diretrizes orçamentárias (LDO) e da lei orçamentária anual (LOA), julgue o item
a seguir.
Constitui crime de responsabilidade fiscal o início de investimento cuja execução
ultrapasse um exercício financeiro, sem prévia inclusão no PPA ou sem autorização
de sua inclusão mediante lei.

Questão 48    (CESPE/PGE-PE/2019) O orçamento público, um instrumento funda-


mental de governo, constitui o principal documento de políticas públicas. A respeito
desse assunto, julgue o seguinte item.
O processo orçamentário brasileiro está baseado em instrumentos de curto prazo
— a lei orçamentária anual (LOA) e a lei de diretrizes orçamentárias (LDO) — e em
instrumento de médio prazo — o plano plurianual (PPA) —; todos perfeitamente
integrados entre si.

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Questão 49    (CESPE/SLU/2019) No que diz respeito ao ciclo orçamentário e ao

processo orçamentário, julgue o item seguinte.

O início da etapa de controle relativo à lei orçamentária anual coincide com o início

do exercício financeiro e prolonga-se para depois do encerramento desse exercício.

Questão 50    (CESPE/MPC-PA/2019) Na abertura de créditos suplementares, é ve-

dada a utilização de recursos decorrentes de

a) restos a pagar liquidados.

b) superavit financeiro do exercício anterior.

c) excesso de arrecadação.

d) anulação parcial ou total de dotações orçamentárias.

e) operações de crédito autorizadas.

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GABARITO
1. E 18. a 35. e

2. C 19. d 36. a

3. C 20. a 37. e

4. e 21. b 38. d

5. c 22. a 39. d

6. c 23. a 40. c

7. C 24. a 41. e

8. E 25. b 42. d

9. c 26. c 43. a

10. c 27. c 44. c

11. c 28. C 45. E

12. a 29. e 46. E

13. c 30. d 47. C

14. E 31. E 48. C

15. E 32. E 49. C

16. c 33. c 50. a

17. b 34. a

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GABARITO COMENTADO

Questão 29    (FCC/TRF-4ª/2019) À luz da disciplina constitucional do processo de

elaboração de leis orçamentárias,

a) as emendas ao projeto de lei do orçamento anual serão apresentadas e aprecia-

das perante a Comissão mista permanente de Deputados e Senadores responsável

por exercer o acompanhamento e a fiscalização da execução orçamentária.

b) o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será acompanhado de demonstrativo

regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anis-

tias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.

c) o Presidente da República poderá propor modificação nos projetos de lei relativos

ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias e ao orçamento anual, desde que não

iniciada a votação do projeto respectivo, na Comissão mista parlamentar permanente.

d) as emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite

de 1,2% da receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder

Executivo, sendo que metade deste percentual será destinada a ações de desenvol-

vimento e manutenção do ensino.

e) os recursos que, em decorrência de veto ao projeto de lei orçamentária anual, fica-

rem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante

créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.

Letra e.

a) Errada. As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas

emitirá parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas

Casas do Congresso Nacional.

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b) Errada. Nada disso. O projeto de lei orçamentária será acompanhado de

demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de

isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tribu-

tária e creditícia.

c) Errada. Nada disso. O Presidente da República poderá enviar mensagem ao

Congresso Nacional para propor modificação nos projetos a que se refere este arti-

go enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração

é proposta.
d) Errada. Nada disso. As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária se-
rão aprovadas no limite de 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita
corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo, sendo que
a metade deste percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde.

Questão 30    (FCC/SEMEF-AM/2019) No que se refere aos instrumentos de pla-

nejamento de um ente público municipal, de acordo com a Constituição Federal

de 1988,

a) a Lei Orçamentária Anual do referido ente deve compreender o Orçamento Fis-

cal, o Orçamento de Investimento das Empresas Dependentes e o Anexo das Metas

Anuais, sendo que tal lei não deve apresentar dispositivos estranhos à previsão das

receitas e das despesas públicas.

b) a avaliação dos passivos contingentes referentes às demandas judiciais capazes

de afetar as contas públicas, informando sobre as providências a serem tomadas,

caso se concretizem, deve ser apresentada no Anexo de Riscos Fiscais contido na

Lei Orçamentária Anual do referido ente.

c) a Lei de Diretrizes Orçamentárias do referido ente deve conter reserva de con-

tingência, cuja forma de utilização e montante devem ser estabelecidos na Lei

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Orçamentária Anual, sendo que tal reserva deve ser destinada ao atendimento de

passivos contingentes trabalhistas.

d) a construção de uma escola para a abertura de 750 vagas no ensino fundamen-

tal, com início das obras em outubro de 2019 e conclusão das mesmas prevista

para outubro de 2023, não poderá ser iniciada sem sua prévia inclusão no Plano

Plurianual vigente do referido ente, ou em lei que autorize a sua inclusão.

e) o Anexo de Metas Fiscais, contido na Lei Orçamentária Anual, deve apresentar

a avaliação da situação atuarial e o resultado patrimonial dos fundos públicos, bem

como a compatibilidade da programação financeira com os objetivos e metas cons-

tantes no Demonstrativo de Projeção de Resultados.

Letra d.

Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser

iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão,

sob pena de crime de responsabilidade.

Questão 31    (CESPE/MPE-PI/2018) A Lei de Diretrizes Orçamentárias é o instru-

mento em que o governo define as prioridades contidas no plano plurianual e as

metas que deverão ser atingidas no ano corrente.

Errado.

Cuidado! As metas são para o exercício subsequente e não corrente!

Questão 32    (CESPE/MPE-PI/2018) O Sistema de Planejamento e de Orçamento

Federal confere ao plano plurianual (PPA), à lei de diretrizes orçamentárias (LDO)

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e à lei de orçamento anual (LOA) atuações integradas: o PPA estabelece o planeja-


mento de longo prazo; a LOA fixa o planejamento de curto prazo; a LDO estabelece
a ligação entre o PPA e a LOA.

Errado.
O PPA é um instrumento de planejamento de médio prazo, 4 anos!

Questão 33    (FCC/SP PARCERIAS/2018) Considere que determinada Secretaria


municipal tenha firmado um contrato de obras e, no curso da execução do mesmo,
surgiram despesas não passíveis de serem suportadas pelas dotações orçamentá-
rias originalmente destinadas aos pagamentos correspondentes, decorrentes de
reequilíbrio econômico-financeiro em favor da contratada. De acordo com as dis-
posições aplicáveis da Constituição da República e da legislação que disciplina os
orçamentos e finanças públicas, a cobertura das despesas adicionais deverá se dar
mediante abertura de crédito especial suplementar,
a) desde que previsto no Anexo de Metas Fiscais que integra a Lei Orçamentária
Anual.
b) com remanejamento de dotações destinadas a outras despesas de capital.
c) sendo necessária prévia autorização legislativa e indicação dos recursos corres-
pondentes.
d) com desvinculação de receitas destinadas à saúde ou manutenção do ensino.
e) com oneração da Reserva de Contingência, prevista na Lei de Diretrizes Or-
çamentárias.

Letra c.

Crédito suplementar depende de previa autorização legislativa e da indicação dos

recursos correspondentes.

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Questão 34    (FCC/CLDF/2018) Na Lei de Diretrizes Orçamentárias para o exercício

financeiro de 2018,

a) devem constar as metas de resultados primário e nominal, em valores correntes

e constantes, para os exercícios de 2018, 2019 e 2020.

b) devem constar as diretrizes, os objetivos e as metas da Administração pública

do Distrito Federal por Regiões Administrativas para os anos de 2018 e 2019.

c) deve constar a autorização para exclusão, alteração ou inclusão de programas

no Plano Plurianual 2016-2019.

d) deve constar o Anexo de Metas Fiscais em que são avaliados os riscos passíveis

de afetar a previsão da receita tributária e, consequentemente, as contas públicas.

e) deve constar o Anexo de Riscos Fiscais com a evolução do patrimônio líquido,

nos últimos cinco exercícios, destacando a origem e a aplicação dos recursos obti-

dos com as operações de crédito.

Letra a.

Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em

que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas

a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública,

para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes.

Questão 35    (FCC/TRT-15ª/2018) Um projeto de lei orçamentária teve tramitação

pelo Poder Legislativo, ocasião em que foram apresentadas três emendas parla-

mentares:

I – A primeira indicou recurso proveniente de anulação de despesa destinada a

serviços da dívida.

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II – A segunda indicou recurso proveniente de anulação de despesa relacionada a

dotação para encargos de pessoal.

III – A terceira indicou recurso proveniente de anulação de despesa para construção

de escola de ensino fundamental.

De acordo com a Constituição Federal, está em condições de ser aprovado o que

consta APENAS de

a) I.

b) I e III.

c) II.

d) II e III.

e) III.

Letra e.

Não está vedada a anulação de despesas para construção de escola de ensino

fundamental.

Questão 36    (FCC/CLDF/2018) Suponha que determinado órgão público tenha se

defrontado com a necessidade de adquirir insumos de informática em montante

superior àquele considerado quando da elaboração do orçamento vigente, de sorte

que a dotação consignada na Lei Orçamentária Anual – LOA afigura-se insuficiente

para fazer frente ao total necessário para a aquisição correspondente. De acordo

com as disposições constitucionais e legais aplicáveis,

a) a despesa poderá ser suportada com a abertura de crédito adicional suplemen-

tar, o qual, contudo, depende de autorização legislativa.

b) a geração da despesa condiciona-se à abertura de crédito extraordinário, me-

diante decreto do Chefe do Executivo.

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c) poderá ser aberto crédito adicional especial para fazer frente à referida despesa,

nos limites fixados na Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO.

d) os pagamentos poderão ser suportados com saldo de outras dotações de custeio

não utilizadas ou utilizadas parcialmente.

e) poderá ser efetuado remanejamento entre dotações da mesma categoria, por

ato do ordenador de despesa, observados os limites e condições fixadas na Lei de

Diretrizes Orçamentárias − LOA.

Letra a.

O crédito suplementar é destinado para reforço de dotação existente. Lembrando

que é imprescindível a autorização legislativa.

Questão 37    (FCC/SEFAZ-GO/2018) De acordo com a Constituição Federal de

1988, as emendas ao Projeto de Lei do Orçamento Anual ou aos projetos que o

modifiquem somente podem ser aprovadas caso

a) sejam compatíveis com o Plano de Governo e sejam relacionadas com a corre-

ção de erros ou omissões e com os dispositivos do texto do projeto de lei.

b) indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes, desde que

não comprometidos, do superavit financeiro apurado em balanço patrimonial do

exercício anterior.

c) sejam apresentadas em comissão mista permanente que emitirá parecer quanto

à compatibilidade com o Plano Diretor Estratégico.

d) indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes do produ-

to de operações de crédito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao

Poder Executivo realizá-las.

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e) indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anu-

lação de despesa, excluídas, entre outras, as que incidam sobre as dotações para

pessoal e seus encargos e serviço da dívida.

Letra e.

Qualquer emenda ao PLOA deverá ser apresentada à Comissão de Orçamentos.

Para ser aprovada, a emenda deverá, nos ditames constitucionais, seguir os se-

guintes preceitos:

• Sejam compatíveis com PPA e LDO;

• Indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes

de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:

• Dotações para pessoal e seus encargos;

• Serviço da dívida;

• Transferências tributárias constitucionais; e

• Sejam relacionadas com a correção de erros ou omissões na redação

da LOA.

Questão 38    (FCC/SEAD-AP/2018) De acordo com as determinações da Lei Com-

plementar n. 101/2000, os Anexos que integram a Lei de Diretrizes Orçamentárias

de um ente público estadual para um determinado exercício financeiro devem conter

a) a aplicação das receitas orçamentárias vinculadas a fundos especiais do estado.

b) a avaliação da situação financeira e atuarial das fundações e empresas estatais

não dependentes.

c) a compatibilidade da programação dos orçamentos com os objetivos e metas

constantes no Anexo de Gestão Fiscal.

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d) a avaliação do cumprimento das metas relativas ao exercício financeiro anterior

e) o programa anual atualizado dos investimentos, inversões financeiras e transfe-

rências previstos no Quadro de Recursos e de Aplicação de Capital.

Letra d.

O Anexo conterá:

I – avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior.

Questão 39    (FCC/TRT-15ª/2018) Sobre os créditos adicionais:

a) é vedada a edição de decreto executivo para a abertura de créditos adicionais

suplementares.

b) o produto de operações de crédito pode ser usado como fonte de recurso apenas

para o crédito adicional especial.

c) um crédito adicional suplementar, cujo ato de autorização for promulgado em

agosto de determinado ano, poderá viger até dezembro do ano seguinte, caso seja

reaberto nos limites dos seus saldos.

d) por expressa disposição, somente os créditos especiais e extraordinários pos-

suem hipóteses de exceção à regra da vigência adstrita ao exercício financeiro da

abertura do crédito adicional.

e) os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei

orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser automati-

camente utilizados para créditos adicionais especiais ou suplementares.

Letra d.

Os créditos, em regra geral, têm a sua vigência adstrita ao exercício financeiro. En-

tretanto, os créditos especiais e os extraordinários possuem uma peculiaridade:

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se o ato de autorização desses dois créditos for promulgado nos últimos 4 meses

do exercício, os créditos poderão ser reabertos nos limites de seus saldos, sendo

incorporados ao exercício subsequente.

Questão 40    (FCC/TRT-11ª/2017) O gestor de uma entidade do Poder Judiciário

Federal

a) pode propor emendas à Lei Orçamentária Anual, desde que indique que os re-

cursos necessários serão provenientes de operações de crédito.

b) pode encaminhar a Lei Orçamentária Anual referente ao Poder Judiciário des-

tacadamente da Lei Orçamentária Anual do Poder Executivo para aprovação pelo

Poder Legislativo.

c) pode realizar a despesa orçamentária com construção de um prédio, cujo prazo

de execução é superior a dois anos, desde que compatível com o Plano Plurianual

e a Lei de Diretrizes Orçamentárias.

d) deve inserir um dispositivo com a autorização para a abertura de créditos adi-

cionais especiais e para a contratação de operação de crédito por antecipação da

receita orçamentária na Lei Orçamentária Anual.

e) deve abrir créditos adicionais extraordinários para reforçar uma dotação já exis-

tente para despesas com Outros Serviços de Terceiros − Pessoa Jurídica.

Letra c.

a) Errada. A competência para a apresentação de emendas é dos membros do

Poder Legislativo.

b) Errada. Nada disso. De acordo com o princípio da unidade, deve haver uma lei

orçamentária por ente governamental.

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c) Certa. Perfeito!

d) Errada. Cuidado! É permitida a inserção de autorização na LOA para abertura

de operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, e de créditos SUPLE-

MENTARES.

e) Errada. Nada disso! Nesse caso, deve-se abrir um crédito suplementar.

Questão 41    (FCC/TRT-11ª/2017) Durante a execução do orçamento público, po-

dem surgir situações em que é necessária a realização de despesas não fixadas na

lei orçamentária ou cuja dotação é insuficiente para a realização da despesa. É um

exemplo de mecanismos utilizados para alterar o orçamento:

a) suprimentos de fundos.

b) despesas de exercícios anteriores.

c) créditos iniciais suplementares.

d) superavit financeiro do exercício corrente.

e) créditos adicionais suplementares.

Letra e.

Moleza, não?!

Questão 42    (FCC/TRT-11ª/2017) Em junho de 2016, após a verificação da exis-

tência de superavit financeiro do exercício anterior, o qual não havia créditos adi-

cionais e operações de crédito a ele vinculados, o Chefe do Poder Executivo de um

determinado Estado resolveu adquirir uma frota de veículos para ser utilizada em

programas de segurança pública. Entretanto, em junho de 2016, o saldo da dotação

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disponível para despesa com Equipamentos e Material Permanente não era sufi-

ciente para realizar a aquisição da frota de veículos. Dessa forma, para a realização

da despesa foi necessária a abertura de crédito adicional

a) extraordinário, o que provocou lançamentos contábeis de natureza orçamentá-

ria e patrimonial.

b) especial, o que provocou um lançamento contábil de natureza orçamentária.

c) suplementar, o que provocou lançamentos contábeis de natureza orçamentária

e patrimonial.

d) suplementar, o que provocou um lançamento contábil de natureza orçamentária.

e) especial, o que provocou lançamentos contábeis de natureza orçamentária e

patrimonial.

Letra d.

Nesse caso, de insuficiência de dotação já prevista em orçamento, deve-se utilizar

o crédito suplementar. Quanto ao tipo de lançamento contábil, esse não é assunto

de AFO, mas sim, de contabilidade aplicada ao setor público. Resolvemos deixar a

questão mesmo assim. A abertura do crédito não envolve alteração no patrimônio

do órgão público, logo, haverá apenas lançamento no sistema orçamentário.

Questão 43    (FCC/TCE-CE/2015) A iniciativa para a elaboração do Plano Plurianu-

al − PPA, da Lei de Diretrizes Orçamentárias − LDO e da Lei Orçamentária Anual

− LOA é

a) do Poder Executivo.

b) do Poder Legislativo.

c) do Poder Judiciário.

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d) dos Poderes Executivo e Legislativo.


e) dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

Letra a.
É competência exclusiva do Chefe do Poder Executivo a elaboração e envio dos pro-
jetos de leis orçamentárias.

Questão 44    (FCC/MANAUSPREV/2015) Após ser eleito, determinado governante


autorizou a realização de despesa com investimento cuja execução será de vinte
meses. Nestas condições, de acordo com a Constituição Federal, o investimento
cuja execução ultrapasse um exercício financeiro
a) não é exigida a inclusão na lei de diretrizes orçamentárias, se comprovada à
necessidade de sua realização.

b) não poderá ser iniciado sem prévia inclusão no Anexo de Metas de Investimen-

tos, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de improbidade admi-

nistrativa.

c) não poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que

autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.

d) só poderá ser iniciado com prévia autorização na lei de responsabilidade

fiscal e comprovação da existência de recursos financeiros para arcar com os

pagamentos.

e) não poderá ser iniciado sem prévia inclusão na lei de diretrizes orçamentárias,

ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.

Letra c.

No termos da constituição, qualquer investimento que ultrapasse um exercício fi-

nanceiro deve constar do PPA, sob pena de crime de responsabilidade.

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Questão 45    (CESPE/PGM-MS/2019) A respeito do plano plurianual (PPA), da lei


de diretrizes orçamentárias (LDO) e da lei orçamentária anual (LOA), julgue o item
a seguir.
A iniciativa para os três planejamentos orçamentários — PPA, LDO e LOA — é con-
corrente: tanto o Poder Executivo como o Poder Legislativo podem atuar na propo-
situra dessas leis.

Errado.
Nada disso! A competência é exclusiva do Executivo!

Questão 46    (CESPE/PGM-MS/2019) A respeito do plano plurianual (PPA), da lei

de diretrizes orçamentárias (LDO) e da lei orçamentária anual (LOA), julgue o item

a seguir.

O PPA traça o planejamento de longo prazo, estabelece diretrizes, objetivos e me-

tas da administração pública federal para as despesas correntes e para as despesas

relativas aos programas de duração continuada.

Errado.

Dois erros: não é planejamento de longo prazo e se refere às despesas de capital.

Questão 47    (CESPE/PGM-MS/2019) A respeito do plano plurianual (PPA), da lei

de diretrizes orçamentárias (LDO) e da lei orçamentária anual (LOA), julgue o item

a seguir.

Constitui crime de responsabilidade fiscal o início de investimento cuja execução

ultrapasse um exercício financeiro, sem prévia inclusão no PPA ou sem autorização

de sua inclusão mediante lei.

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Certo.

Perfeito!

Questão 48    (CESPE/PGE-PE/2019) O orçamento público, um instrumento funda-

mental de governo, constitui o principal documento de políticas públicas. A respeito

desse assunto, julgue o item seguinte.

O processo orçamentário brasileiro está baseado em instrumentos de curto prazo

— a lei orçamentária anual (LOA) e a lei de diretrizes orçamentárias (LDO) — e em

instrumento de médio prazo — o plano plurianual (PPA) —; todos perfeitamente

integrados entre si.

Certo.
Perfeito!

Questão 49    (CESPE/SLU/2019) No que diz respeito ao ciclo orçamentário e ao


processo orçamentário, julgue o item seguinte.
O início da etapa de controle relativo à lei orçamentária anual coincide com o início
do exercício financeiro e prolonga-se para depois do encerramento desse exercício.

Certo.
Exato, o controle deve ser prévio, concomitante e posterior.

Questão 50    (CESPE/MPC-PA/2019) Na abertura de créditos suplementares, é ve-


dada a utilização de recursos decorrentes de
a) restos a pagar liquidados.
b) superavit financeiro do exercício anterior.

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c) excesso de arrecadação.
d) anulação parcial ou total de dotações orçamentárias.
e) operações de crédito autorizadas.

Letra a.
Entre as fontes de recursos para abertura de créditos suplementares não está pre-
vista aquelas decorrentes de restos a pagar liquidados.

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REFERÊNCIAS

Livro/Texto Autor
Orçamento Público Giacomoni
Manual Técnico de Orçamento SOF
Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público STN
Gestão de Finanças Públicas Albuquerque, Medeiros e Feijó

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https://www.facebook.com/groups/2095402907430691
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