Você está na página 1de 13

IDENTIDADE SOCIAL E

TEORIA DA IDENTIDADE SOCIAL


Henri Tajfel 1919-1982 (62 anos)

Judeu de origem polonesa, esteve em


campos de concentração durante a Segunda
Guerra Mundial, refugiou-se na França e
trabalhou na reabilitação de vítimas da guerra.
Ganhou uma bolsa de estudos com o
ensaio intitulado “Preconceito”.
Aprofundou seus estudos dentro da
Psicologia Social, dentre os assuntos à qual
se dedicou um dos destaques é a teoria da
identidade social.
Identidade Social
Resulta da interação que constantemente estabelecemos com o meio social em que
estamos inseridos e que ajuda a definir a nossa consciência social. É o modo como nos
olhamos, identificamos, categorizamos e comparamos dentro dos diversos contextos.

Tajfel : “a identidade social de uma pessoa se encontra relacionada


com o conhecimento de sua filiação a certos grupos e com a
significação emocional e valorativa que resulta desta filiação.”

Para Tajfel a identidade social não é unicamente resultado de pertencer a


determinados grupos, mas principalmente da comparação que a pessoa estabelece entre os
grupos que pertencem e aos que lhe são alheios.
O que é a Teoria da Identidade Social?
A teoria da Identidade Social nasce da necessidade de um modelo teórico que integre
os resultados obtidos quando se investiga a categorização social e as relações intergrupo
(Tajfel, Flament, Billig e Bundy, 1971)

Segundo Tajfel e Turner (1979/2001, 1986), que desenvolveram a Teoria da Identidade


Social tem por base três características:

● 1- Categorização Social (o sujeito organiza o mundo social em categorias - tem uma dimensão
cognitiva)

● 2- Identificação Social (o sujeito inclui-se em algumas dessas categorias, aumentando a sua


autoestima – tem uma dimensão motivacional)

● 3- Comparação Social (o sujeito compara o seu grupo com os outros grupos – favoritismo do
endogrupo – tem uma dimensão motivacional)
Estereótipo
O que é?

O estereótipo é definido como uma generalização de opiniões acerca de um grupo de


pessoas, na qual são atribuídos características e comportamentos iguais a todos os
membros do grupo, sem levar em consideração as diferenças entre eles. Ou seja, os
estereótipos são crenças estabelecidas sobre as características associadas a diferentes
grupos sociais, como o aspecto físico, interesses, ocupações, etnias, etc.

Porque criamos?

Gordon Allport (1954) definiu a estereotipagem como a “lei do menor esforço”.


Segundo Allport, o mundo é complicado demais para podermos criar uma interpretação
complexa e diferenciada para cada coisa. Por isso, levando em conta a nossa limitada
capacidade de processar informações, é de se esperar que sejamos “avarentos cognitivos”
para buscar compreender as pessoas a nossa volta.
Exemplos:
Categorização social
O que é categorizar?

Categorização é o processo pelo qual idéias e objetos são reconhecidos, diferenciados e


classificados. Em linhas gerais, a categorização consiste em organizar os objetos de um dado
universo em grupos ou categorias, com um propósito específico.

À partir de Tajfel:

“Um conjunto de processos psicológicos que tendem a ordenar o ambiente em


categorias: grupos de pessoas, de objectos, de acontecimentos (…) enquanto semelhantes,
equivalentes uns aos outros pela ação, intenções, atitudes de um indivíduo.”
Porque fazemos isso?

A categorização social ajuda os sujeitos a organizar e a simplificar a realidade. Sua


função é poupar os esforços do sistema cognitivo ao processar a informação que nos
proporciona os estímulos externos e facilita a orientação de pessoas no mundo.

A categorização é um processo cognitivo que facilita a organização na simplificação da


realidade dos sujeitos, agregando as pessoas, objetos, idéias, acontecimentos, instituições,
etc., em grupos com determinadas características comuns e que são percebidos como
iguais pelos seus membros. Esta categorização passa pela:

assimilação intracategorial (minimização das diferenças) ou pela ;

diferenciação intercategorial (maximização das diferenças).

estudantes, brancos, jovens, negros, atletas etc.


Auto-categorização (elaborada por Turner)
É uma extensão da categorização.
A Teoria da Auto-Categorização, revela-se uma teoria dinâmica, na medida em que a
identidade social do indivíduo não é percepcionada como algo definitivo, mas como variável,
dependendo do contexto em que o sujeito se encontra inserido.
Afirma que a depender da força da pressão social presente em determinadas
situações, as pessoas deixarão de lado suas características própria e ativarão suas
identidades sociais, o que as levará ao engajamento em ações coletivas.
A Teoria da Auto-Categorização, revela-se uma teoria dinâmica, na medida em que a
identidade social do indivíduo não é percepcionada como algo definitivo, mas como variável,
dependendo do contexto em que o sujeito se encontra inserido.

➔ protótipos
➔ auto-estima
Relações intergrupais
A pessoa tenderá a ficar em um grupo se ele contribuir positivamente com a sua
identidade, quando isso não ocorre ela tentará abandonar esse grupo a menos que existam
motivos que a impeçam, ou que o fato de deixar o grupo entre em conflito com valores
importantes.

Há uma tendência de favorecer o próprio grupo e discriminar o dos outros como


forma de afirmar nossa própria identidade.

A teoria da identidade social de Tajfel explica que as pessoas tendem a favorecer


sistematicamente membros de seu grupo, até em situações em que não existe conflito com
os outros grupos.
Referências
Estereótipos, preconceitos e discriminação. Disponível em:
<https://pt.slideshare.net/mafertoval/esteretipos-preconceitos-e-discriminao?>. Acesso em:
25 set. 2018.
Identidade social e a teoria da identidade social. Disponível em:
<https://famapisco.wordpress.com/identidade-social>. Acesso em: 27 set. 2018.

Identidade social e processos de auto-categorização. Disponível em:


<https://imcesec.wordpress.com/identidade-social-e-processos-de-auto-categorização>.
Acesso em: 28 set. 2018.

Do you know the difference between stereotype and prejudice? Disponível em:
<https://psicopico.com/en/sabes-las-diferencias-estereotipo-prejuicio/>. Acesso em: 02 out.
2018.
Referências
ÁLVARO, José Luis; GARRIDO, Alicia. Psicologia Social - perspectivas psicológicas e
sociológicas. São Paulo: McGraw-Hill, 2006.

ARONSON, Elliot; WILSON, Timothy D.; AKERT, Robin M. Psicologia social. Tradução de
Ruy Jungmann.3. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2014.
"O indivíduo não pode ser desligado da sociedade”
(Turner e Oakes, 1986)

Você também pode gostar