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UNIR – UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA

METODOLOGIA CIENTIFICA
PROFESSOR: RÔMULO GIACOME
ALUNO: ANA QUÉZIA ALVES SILVA

Introdução

Este projeto de pesquisa tem o intuito de mostrar que é comum nas


escolas do Ensino Fundamental ter alunos com dificuldades de aprendizagem,
e mostrar quais são as causas e quais são os métodos usados para abordar os
alunos e qual será a forma de ajudar no processo de aprendizagem.

Tema

Alunos com dificuldade de aprendizagem nos anos iniciais do Ensino


Fundamental (até o 05 ano).

Problema

Dificuldades ou problemas de aprendizagem por crianças nos anos


iniciais do Ensino Fundamental vem se tornando bastante comum nas escolas;
suas causam podem estar relacionadas a vários fatores como: metodologia de
ensino, ambiente escolar e até mesmo problemas pessoais e familiares.

Objetivo geral

Pesquisar e identificar quais as dificuldades de aprendizagem dos


alunos do Ensino Fundamental (até o 05 ano) das escolas públicas de Vilhena.

Objetivos específicos

A) Mapear as principais dificuldades de aprendizagem dos alunos.


B) Identificar quais os fatores que impedem a aprendizagem.
C) Trazer soluções para ajudar o aluno a superar as dificuldades na
aprendizagem.

Justificativa

Este trabalho tem como objetivo fazer com que os professores estejam
preparados para observar, identificar, relatar aos pais de que maneira deverá
ser feita a abordagem pedagógica e qual o tratamento correto para o aluno. É
importante lembrar que cada aluno tem o seu ritmo de desenvolvimento e que
é muito importante respeita-las.
Umas das formas de ajudar o aluno no processo de aprendizagem são:
 conhecer quais são as suas preferência e desafios
 construir projetos com o aluno, tornando-o protagonista da
aprendizagem
 tendo empatia e se colocando no lugar do aluno
 realizando avaliações pedagógica para saber quando é a hora de mudar
a abordagem.
A relação entre família e escola é fundamental para que o aluno se sinta
amparado, pois contribui para o seu aprendizado. É preciso haver uma relação
de confiança entre ambas as partes, pois não tem como um aluno acreditar na
escola, se dedicar aos estudos e a mãe e o pai não tem confiança.
Diante disto a escola precisa ter uma atenção especial com os alunos
com dificuldade de aprendizagem, pois trata-se de um problema que pode ser
solucionado com diferentes abordagens pedagógicas para que o aluno consigo
prosseguir com o seu percurso de aprendizagem.

Metodologia

A) Hipótese: Não.
B) Método: Indutivo.
C) Tipo de pesquisa: Campo.
D) Tipo de coleta de dados: Qualitativo.
E) Análise de dados: Triangulação.
F) Resultados: Dissertativa.

Fundamentação teórica

As dificuldades de aprendizado dos alunos dos anos iniciais do Ensino


Fundamental das escolas públicas em Vilhena vêm se tornando cada mais
comum nos dias de hoje, muitas das vezes essas dificuldades de aprendizado
podem estar relacionadas a alguns fatores como: método de ensino aplicado
em sala de aula, ambiente escolar, questões emocionais e assuntos
relacionados a família. Visto que após a identificação do problema é importante
a compreensão e colaboração de todas as partes envolvidas, pais, professores
e orientadores consigam fazer com que o aluno receba apoio necessário para
desenvolver suas habilidades cognitivas.
As dificuldades de aprendizagem ocorrem devido a várias razões.
Uma delas é que a criança apresenta alguma dificuldade cognitiva
particular que faz com que seu aprendizado de certas habilidades se
torne mais difícil que o normal. Entretanto, algumas dificuldades -
talvez a maioria delas - são resultantes de problemas educacionais ou
ambientais, que não estão relacionadas às habilidades cognitivas da
criança. (Dockrell e McShane, 2000, p.17).
Diante de algumas pesquisas encontrei algumas principais dificuldades
de aprendizagem sendo elas a TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e
Hiperatividade), Dislexia, Discalculia, Disortografia e Disgrafia.

TDAH

O TDAH é o transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que


aparece na infância e geralmente acompanha o individuo por toda a sua vida.
Ele é caracterizado por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade.
O diagnóstico sempre é clínico, os sintomas devem manifestar-se na
infância, pelo menos em dois ambientes (casa, escola, lazer, trabalho). O
tratamento varia de acordo a existência, ele deve ser multimodal, ou seja, uma
combinação de medicamentos, orientações aos pais e professores, além de
técnicas que são ensinadas ao portador. A medicação na maioria dos casos faz
parte do tratamento.
[...] a reabilitação daquelas crianças cujo diagnóstico cuidadoso
afirma a configuração de um quadro de T.D.A.H., pode ser vista sob
novas perspectivas, entendendo-se que a atenção e o controle
voluntário do comportamento não se limitam às determinações
biológicas, destacasse a utilização tanto da linguagem quanto da
mediação de outros signos, visando auxiliar nos desenvolvimentos
dessas funções psicológicas. Com isso pretende-se que a criança
adquira maior consciência de seu próprio comportamento. (EIDT,
2004).
DISLEXIA

É considerada um transtorno de aprendizagem de origem


neurobiológica, caracterizada pela dificuldade no reconhecimento preciso e/ou
fluente da palavra, na habilidade de decodificação e em soletração. Cândido
(2013, p. 13) diz que:
[…] dislexia é um transtorno de aprendizagem que se caracteriza por
dificuldades em ler, interpretar e escrever. Sua causa tem sido
pesquisada e várias teorias tentam explicar o porquê da dislexia. Há
uma forte tendência que relaciona a origem à genética e a
neurobiologia.
Os sintomas são semelhantes para crianças e adultos, o tratamento para
a dislexia é feito com a prática de estratégias que estimulam a leitura, a escrita
e a visão, para isso é necessário um apoio de toda uma equipe contendo
pedagogo, psicólogo, fonoaudiólogo e o médico neurologista. Ainda que não
haja cura para a dislexia é possível alcançar bons resultados com o tratamento
correto.

DISCALCULIA

É um transtorno de aprendizagem onde a criança tem dificuldade para


pensar, refletir, avaliar ou raciocinar atividades relacionadas a matemática, ou
seja, tem dificuldades em identificar sinais matemáticos, montar operações,
classificar números.
Segundo Wajnsztejn e Wajnsztejn (2009) o transtorno aprendizagem da
matemática estão subgrupadas em:
[.....]
 Discalculia verbal: Dificuldades em
nomear as quantidades
matemáticas, os números, os
termos, os símbolos e as relações;
 Discalculia practognóstica:
Dificuldades para enumerar,
comparar, manipular objetos reais;
 Discalculia léxica: dificuldades na
leitura de símbolos matemáticos;
 Discalculia gráfica: Dificuldades na
escrita de símbolos matemáticos.
 Discalculia ideognóstica:
Dificuldades em fazer operações
mentais e compreender os
conceitos matemáticos.
 Discalculia operacional:
Dificuldades na execução de
operações e cálculos numéricos.
Conforme Viana (2017) diz que:
[...]esse transtorno pode ser percebido, muitas vezes, ainda na
educação Infantil, quando uma criança, por exemplo, não consegue
distinguir qual o número que vem antes ou depois de um numeral. A
discalculia também é descoberta quando algumas funções como o
raciocínio, o pensamento abstrato e a quantificação estão em jogo
(Viana, 2017 p. 247).
Os sintomas variam de pessoa para pessoa, mas pode ser percebida
desde muito cedo. Apesar da discalculia não ter cura existem tratamentos que
é basicamente um conjunto de atividades estratégicas.

DISORTOGRAFIA

É um transtorno onde a pessoa encontra ou tem dificuldade em escrever


corretamente.
Caracteriza-se pela incapacidade de transcrever corretamente a
linguagem oral, havendo trocas ortográficas e confusão de letras.
Essa dificuldade não implica a diminuição da qualidade do traçado
das letras. As trocas ortográficas são normais durante a 1.ª e 2.ª
séries da primeira série do ensino fundamental (GrauTIRAR), porque
a relação entre a palavra impressa e os sons ainda não está
totalmente dominada. A partir daí os professores devem avaliar as
dificuldades ortográficas apresentadas por seus alunos,
principalmente por aqueles que trocam letras ou sílabas de palavras
já conhecidas e trabalhadas em sala de aula. (FURTADO e BORGES
2007, p. 142).

Existem vários sinais da disortografia, como incorreções ortográficas


diversas:
-Adição de silabas ou letras (come por comere)
- Substituição com semelhança de som (verdade por ferdadade)
- Substituição com semelhança de formas (bala por pala)
- Inversão de sílabas por letras (branco por barnco)
- Omissão de sílabas por letras (branco por braco)
- Regras da gramática aplicadas de forma errada (forneceram por fornecerão).
Elas também têm dificuldade em organizar ideia, dificuldade na
pontuação. A criança com disortografia deve ser avaliada com um especialista,
ou seja, fonoaudiólogo, neuropsicólogo e psicopedagogo.
Com base na pesquisa e no que foi exposto, logo após o diagnóstico do
aluno com dificuldade de aprendizagem a escola e o professor precisa rever
suas estratégias de ensino e fazer com que os alunos possam se desenvolver
no processo de aprendizado. Infelizmente muitas das vezes os professores não
tem uma rede de apoio devida, seria fundamental a contribuição dos órgãos
governamentais para ter uma melhor estrutura na educação brasileira.

REFERÊNCIAS

CÂNDIDO, Edilde da Conceição. Psicopedagogia para a dislexia nas séries


iniciais do ensino fundamental. Especialização em Psicopedagogia.

DOCKRELL, Julie; MCSHANE, John. Crianças com dificuldades de


aprendizagem: uma abordagem cognitiva. Tradução de Andrea Negreda. Porto
Alegre: Artmed, 2000.

EIDT, Nádia Mara. Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade:


Diagnóstico ou rotulação? Dissertação de Mestrado, Campinas, São Paulo.
Pontifícia Universidade Católica de Campinas 2004.

FURTADO, Ana Maria Ribeiro, BORGES, Marizinha Coqueiro. Módulo:


Dificuldades de Aprendizagem. Vila Velha- ES, ESAB – Escola Superior Aberta
do Brasil, 2007.

Universidade Cândido Mendes. Rio de Janeiro: RJ. 2013. Disponível em:


http://www.avm.edu.br/docpdf/monografias_publicadas/T208833.pdf. Acesso
em 11 de dezembro de 2022.

VIANA, Rosineide Oliveira; VIANA JUNIOR, Carlos Alberto da Cruz. Revista


Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 2, Vol. 16. pp.235-
251, Março de 2017.

WAJNSZTEJN, A. C; WAJNSZTEJN, R. Dificuldades escolares: um desafio


superável. 2. ed. São Paulo: Ártemis, 2009.

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