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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUAMANAS


FACULDADE DE FILOSOFIA

Rômulo Daniel de Souza Morais


(202308040054)

Resenha redigida pelo discente


Rômulo Daniel de Souza Morais, do
primeiro semestre, com base nas
seguintes obras: “Teoria do
conhecimento” de Johannes Hessen,
“Antes e depois de Socrátes” de
Cornford e “As duas fontes da moral e
da religião” de Henri Bergson

BELÉM – PA
MAIO 2023
RESENHA AVALIATIVA REFERENTE À MATÉRIA DE TEORIA DO
CONHECIMENTO 1.

TÓPICO 1: Os principais pontos colocados por Johannes Hessen à


respeito do método fenomenológico na problemática da teoria do
conhecimento.

O método fenomenológico, quando aplicado à teoria do conhecimento,


busca compreender e descrever a estrutura e as características da experiência
do conhecimento a partir da perspectiva do sujeito que conhece.
Diferentemente das perspectivas abordadas por outras concepções filosóficas
a respeito de como se dá o que chamamos de conhecimento, a fenomenologia
busca situar-se na abordagem centrada na experiência em si, dando ênfase na
descrição e compreensão da vivência subjetiva da consciência, em vez de
focar no que chamamos de objeto de estudo. Enquanto outras correntes se
concentram somente na análise objetiva dos objetos externos ou nas estruturas
lógicas do conhecimento. Destarte, Johannes reconhece que devemos
observar e compreender com muito afinco esse fenômeno singular da mente,
que chamamos de conhecimento, antes de dar uma interpretação plausível a
respeito dele. Como mencionado anteriormente, as observações das
características compositivas e formadoras do objeto falado, ou seja, do
conhecimento, não são tão importantes para esse processo, que busca formar
uma interpretação convincente à respeito do objeto de estudo, haja vista que o
ponto principal da abordagem fenomenológica são as análises subjetivas da
consciência do ser quando experiencia as formas de conhecimento, tendo
como objetivo principal a busca pela identidade primeira, a natureza intrínseca
à essência desse fenômeno mental. Na concepção do autor, o conhecimento
pode ser definido pela concepção epistemológica do idealismo subjetivo ao
abordar que o conhecimento é construído pela mente ou sujeito pelo
cognoscente, que interage com o objeto de estudo, isto é, o objeto é tido como
algo externo à mente, fornecendo apenas dados e estímulos para o indivíduo o
interpretar e criar um entendimento sobre tal. Apesar disso, Johannes entende
que o sujeito não é somente um receptor das ideias apurados sobre o objeto,
ou seja, ele não é totalmente passível na formação da sua compreensão sobre
tal fenômeno, já que o sujeito não é apenas um receptor passivo das
informações, mas desempenha também um papel ativo na construção do
conhecimento. Ele seleciona, interpreta e organiza as informações do objeto,
aplicando suas estruturas cognitivas, conhecimentos prévios e habilidades de
pensamento. Por conseguinte, com o objetivo de apanhar e ligar todos os
pontos abordados, o autor destaca a existência de objetos reais ou efetivos,
que são dados pela experiência externa ou interna, e objetos ideais, como as
estruturas matemáticas, números e figuras geométricas. Apesar de sua
irrealidade, os objetos ideais possuem uma transcendência epistemológica,
sendo independentes do pensamento subjetivo. Existe uma aparente
contradição entre a transcendência do objeto em relação ao sujeito e a
correlação entre eles. No entanto, essa contradição é apenas aparente, pois o
objeto não é separável da correlação no contexto do conhecimento. Sujeito e
objeto têm um ser em si, além de sua relação mútua. O objeto contém o
desconhecido, enquanto o sujeito possui capacidades além do conhecimento,
como sentir e querer. Enquanto o objeto deixa de ser objeto quando se separa
da correlação, o sujeito continua existindo além de ser um sujeito cognoscente.
O texto explora a relação entre conhecimento e ação, destacando suas
estruturas opostas. O conhecimento verdadeiro é considerado efetivo e está
ligado ao conceito de verdade, que consiste na concordância entre a "imagem"
e o objeto. No entanto, o objeto em si não pode ser verdadeiro ou falso, está
além dessas categorias. Representações inadequadas podem ser verdadeiras
se possuírem características reais do objeto, mesmo que sejam incompletas.
Além disso, o texto discute a questão do critério da verdade e a certeza do
conhecimento. A fenomenologia não aborda a existência de tal critério, mas
reconhece a exigência desse critério como parte do fenômeno do
conhecimento. O conhecimento humano envolve três elementos principais:
sujeito, "imagem" e objeto, que se conectam às esferas psicológica, lógica e
ontológica, respectivamente. No entanto, nenhuma dessas esferas (psicologia,
lógica e ontologia) é capaz de resolver completamente o problema do
conhecimentoA concepção comum do conhecimento como uma afiguração do
objeto e a busca pela concordância entre a "imagem" e o objeto são colocadas
em questão, exigindo uma exploração mais profunda através da teoria do
conhecimento. Por fim, Hessen menciona cinco problemas principais derivados
dos achados fenomenológicos relacionados ao conhecimento. O primeiro
problema é a possibilidade do conhecimento humano, questionando se o
sujeito realmente é capaz de apreender o objeto. Em seguida, surge o
problema da origem do conhecimento, que examina se a razão ou a
experiência são a principal fonte de conteúdo para a consciência cognoscente.
O terceiro problema central da teoria do conhecimento é a essência do
conhecimento humano, investigando se é o objeto ou o sujeito que determina a
relação entre eles, é questionada a existência de tipos diferentes de
conhecimento, além do conhecimento racional-discursivo, como o
conhecimento intuitivo.

TÓPICO 2: Pré socráticos, o conhecimento do eu em Socrátes e a


virada do pensamento.

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