Você está na página 1de 20

UNIVERSIDADE DOS AÇORES

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS


DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA, FILOSOFIA E ARTES
CURSO DE HISTÓRIA
2022-2023 (S1)

DISCIPLINA DE HISTÓRIA DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA

TRABALHO DE INVESTIGAÇÃO

POP-ART: um olhar sobre o consumo

e o estilo de vida americano

INÊS DE FREITAS MIRANDA

Nº 2021111508

PONTA DELGADA

21 DE NOVEMBRO DE 2022
Inês Miranda | Universidade dos Açores | Licenciatura em História

Índice

Introdução ............................................................................................................................. 3

1. O que é a Arte? .............................................................................................................. 4

2. Pop-Art, um movimento dos anos 60 .......................................................................... 5

2.1 Contexto ....................................................................................................................... 6

2.3. Características Gerais ............................................................................................... 6

2.2. Temas .......................................................................................................................... 8

3. Produção e o consumo .................................................................................................. 9

4. O Anonimato e subjetividade..................................................................................... 11

5. Os Artistas....................................................................................................................... 12

5.1 Roy Lichtenstein ....................................................................................................... 12

5.2. Andy Warhol ............................................................................................................ 13

5.3. Keith Haring ............................................................................................................ 14

5.4. Rosalyn Drexler ....................................................................................................... 14

Conclusão ............................................................................................................................ 15

Bibliografia ......................................................................................................................... 16

Anexos ................................................................................................................................. 17

1
Inês Miranda | Universidade dos Açores | Licenciatura em História

Título do artigo – POP-ART: um olhar sobre o consumo e o estilo de vida americano

Palavras-chave – Pop-Arte, Estados Unidos da América, Pintura, Consumismo

Resumo

O presente trabalho propõe-se analisar o movimento artístico Pop-Art, explicando onde e


quando surgiu, além das suas características gerais, os seus temas, com foco no Pop-Art
americano, uma vez que este trabalho se encontra no âmbito da História dos Estados Unidos.
É importante referir que a pintura é área a qual este trabalho tem o seu centro, pelo que algumas
áreas artísticas não serão mencionadas.

Além disso, também será mencionado como este movimento se relaciona com o consumismo
e a produção de produtos em massa. Será feito uma análise sobre a linha ténue entre a produção
em abundância, que faz com que a arte perca o seu significado, e a importância de a arte ser
acessível às massas, não ficando restringida às elites.

Também são mencionados os artistas Roy Lichtenstein, Andy Warhol, Keith Haring e Rosalyn
Drexler, quatro grandes artistas americanos deste movimento, assim como algumas das suas
obras.

2
Inês Miranda | Universidade dos Açores | Licenciatura em História

Introdução

O presente trabalho tem por tema o estilo artístico Pop-Art. Foi realizado no âmbito da
disciplina da História dos Estados Unidos da América, no ano letivo de 2022/2023, no primeiro
semestre do 2º ano da licenciatura em História na Universidade dos Açores.

O trabalho tem como o objetivo aprofundar o conhecimento neste estilo de arte, entendendo
de que forma é importante para o entendimento daquilo a que chamamos o “estilo de vida
americano” e de que forma ela se relaciona com o consumismo.

O motivo pelo qual a arte tem importância é simplesmente porque ela retrata a mentalidade
daqueles que viveram na época em que esta foi feita está, e o Pop-Art não é exceção à regra,
pois por mais que pareça apenas algo extremamente industrializado e “fácil” de ser feito, este
movimento nos ajuda a entender qual foi o impacto da produção em massa e da acessibilidade
da arte.

Para este trabalho, os métodos aplicados serão a leitura de bibliografia e à visualização de


documentários sobre o assunto, nomeadamente, o documentário “Pop art by Roy Lichtenstein”
e “The Exploration of Pop Art: Documentary by Candace Mortier”

O trabalho ao todo está organizado em cinco capítulos, além da introdução do tema, como é
óbvio. O primeiro diz respeito à definição de arte e como ela é complexa. No segundo, será
abordado o que é de facto o que é o Pop-Art e qual é o seu contexto, características gerais e os
seus temas mais frequentes. Também temos o terceiro capítulo, onde ficará explícito como este
movimento artístico se relaciona com o consumismo e a produção em massa. Já no quarto
estará presente como os artistas da altura encaravam o autorretrato e como eles viam a se
própria identidade. No quinto capítulo, será mencionado um pouco sobre quatro artistas
relevantes para este movimento, sendo estes Roy Lichtenstein, Andy Warhol, Keith Haring e
Rosalyn Drexler. Por fim, no final deste trabalho, após a conclusão e a bibliografia, estarão
presentes nos anexos algumas das obras mencionadas ao longo do trabalho.

3
Inês Miranda | Universidade dos Açores | Licenciatura em História

1. O que é a Arte?

“My work isn't about form. It's about seeing. I'm excited about seeing things, and I'm
interested in the way I think other people see things.”

— Roy Lichtenstein

Não é admiração nenhuma quando se diz que a arte é algo que muito dificilmente pode ser
definido. Ao longo dos anos, a forma como a humanidade vê a arte mudou, regras que foram
criadas em épocas anteriores foram rompidas com novas perspetivas do que deveria ser a arte.
Os nossos ideais e o nosso senso de “correto” ao longo dos anos, aquilo que era considerado
mais importante para nós como humanidade, o que poderia ou não ser exposto também, afinal,
não nos podemos esquecer que por mais liberdade que um artista tenha quando pega em, por
exemplo, num pincel ou num cinzel, há quem não aprove e considere moralmente incorreto.

Para não falar que a arte que era comum na Europa podia, com quase toda a certeza, ser
diferente nos outros cantos do mundo, como no continente asiático ou africano, além das
diferenças artísticas entre as nações entre si, afinal, nem todos temos a mesma cultura e
tradições. A nossa própria evolução tecnológica contribuiu para isso, uma vez que ao longo
dos anos, foram inventados novos utensílios e descobertos novos materiais.

A arte é um termo complexo e apesar de inúmeros filósofos ao longo dos anos terem tentado
definir, a conclusão a que se chegou é que até à data não é possível definir com exatidão a
mesma: “Os críticos de arte e historiadores dedicaram um notável esforço engenho para separar
as várias características destas diferentes características estilísticas definidas”1 No entanto,
entre os artistas a definição de arte mais aceite é que é uma forma de expressão feita pela mão
do Homem. Arte deve fazer o público sentir algo, incluindo emoções negativas.

Também é interessante mencionar que aquilo que consideramos ser a primeira forma de
expressão de arte, a dita “arte rupestre”, nunca teve intenção de ser arte, pelo menos da forma
como vemos esta hoje em dia, mas ainda a consideramos como tal.

A arte surge em diferentes formas e feitios, com cores mais claras, outras mais fortes. Há temas
infinitos e há sensações diferentes para cada um dela, pelo que é uma área vasta. É quase
impossível disser que não se gosta de arte quando ela existe em praticamente tudo o que existe.

1
Vide HONNEF, 2005, pág. 8

4
Inês Miranda | Universidade dos Açores | Licenciatura em História

Pintura, escultura, fotografia, cinema, até mesmo a própria escrita. Há tudo para todos os gostos
e se há uma pessoa que afirma não gostar dessa área é porque quase de certeza ainda não
conseguiu encontrar algo que se encaixe no seu gosto.

2. Pop-Art, um movimento dos anos 60

Apesar de ter surgido na década de 1950 no Reino Unido, o movimento artístico Pop-Art
chegou ao seu ápice na década de 1960 nos Estados Unidos. Pop-Art é diminutivo de Popular
Art e este nome foi atribuído pelo crítico de arte britânico Laurence Alloway, que trabalhou
nos Estados Unidos na altura do dito “boom” do Pop-Art. O termo “popular” inicialmente
tinha o significado de “produção em massa e acessível, pelo menos nas mentes de Laurence
Alloway do Independent Group”2

A primeira imagem relacionada a esse movimento foi feita por Richard Hamilton, cujo título
é: “O que Exatamente Torna os Lares de Hoje Tão Diferentes, Tão Atraentes?”3, uma colagem
que tem presentes diversos elementos do quotidiano, que refletem o avanço tecnológico da
altura em que foi feito, como, por exemplo, “um aspirador de pó, enlatados e produtos com
embalagens vistosas”4, tem por tema o mundo Pós-Guerra, um mundo em que tudo se torna
mais acessível para todos através das redes de comunicação, da produção industrial e do
consumo em massa. Segundo Lívia Barbosa, era uma sociedade que celebrava a cultura de
consumo, a sociedade de mercado e a nova “concepção das fontes de prazer”5

Aqueles que são considerados os percursores do movimento são o Independent Group,


traduzido literalmente para “Grupo Independente”, foi fundado em Londres, em 1952. Nele se
encontravam Richard Hamilton, o autor de “O que Exatamente Torna os Lares de Hoje Tão
Diferentes, Tão Atraentes?”, Eduardo Paolozzi, William Turnbull, o Alison, Peter Smithson,
James Stirling e Colin St John Wilson, sendo estes últimos arquitetos, e Lawrence Alloway,
que já foi mencionado neste capítulo, e Reyner Banham, que eram críticos de arte.

“Como o Pop-Art Americano se diferencia da Pop-Art Britânica?”

2
Vide MCCARTHY, 2002, pág. 15
3
Imagem presente nos anexos, página 12
4
Vide SANTOS, 2007, pág. 213
5
Vide BARBOSA, 2004, pág. 50

5
Inês Miranda | Universidade dos Açores | Licenciatura em História

Apesar de estarem no mesmo movimento, a verdade é que a forma como ambos os países o
encaram é diferente, como foi mencionado no capítulo anterior, consoante o lugar onde estamos
e a nossa cultura, a interpretação do ambiente que está à nossa volta é diferente. Assim, uma
das grandes diferenças entre o Pop-Art americano e a Pop-Art britânica é que este último tinha
um tom mais leve e incorporava o humor na arte, numa forma satírica criticava a sociedade.
Por sua vez, a Pop-Art americana era quase como um “produto do marketing”, a publicidade é
algo extremamente importante nos Estados Unidos na década de 60, ainda que muitas das
vezes, na arte, essa publicidade não fosse proposital: o objetivo era criticar, mas acabava por
incentivar ainda mais a venda e o consumo, um assunto que será mais abordado no capítulo
“Produção e Consumo” deste mesmo trabalho.

2.1 Contexto
É uma arte que surge após a Segunda Guerra Mundial, no qual os Estados Unidos da América
eram considerados os grandes vencedores, tendo em conta que como o palco da guerra foi na
Europa, o território não foi alvo de massivos bombardeamentos. Os Estados Unidos da América
encontravam-se num período de grandes transformações ao nível da economia, cultura, arte,
política. Os norte-americanos encontravam-se num período de crescimento económico. Tudo
isto era uma vantagem para a criação de um novo movimento, já que arte procura sempre, de
certa forma, registar a mudança.

Em termos estatístico, entre 1939 e 1945, “os EUA entraram num período de desenvolvimento
resultante do aumento do produto nacional bruto, do incremento da produtividade agrícola e
industrial e da descida das taxas de desemprego. Para dar um exemplo, as importações
aumentaram aproximadamente 75%, enquanto as exportações atingiram os 340%”

Ao contrário do que aconteceu na Grã-Bretanha, os artistas americanos não começaram o


movimento em conjunto com um grupo, mas sim isolados: todos estavam em escolas diferentes
e trabalhavam individualmente até 1962, o ano onde ocorreu diversas exposições. Ainda assim,
de forma geral, eles continuavam a trabalhar em separado e não faziam nenhum tipo de
manifestação.

2.3. Características Gerais


É errado dizer que o Pop-Art é algo completamente diferente aos movimentos anteriores. Na
verdade, ele vai buscar muita inspiração aos movimentos da arte moderna, que tinha por
objetivo ser entendida por todos aqueles que a observassem, ou seja, não era necessário ser um
intelectual para poder interpretar a obra em questão. “Foi um movimento cuidadosamente

6
Inês Miranda | Universidade dos Açores | Licenciatura em História

estudado, com uma apurada consciência dos seus precedentes históricos.”6 Pop-Art é um
movimento relacionado com o Dadaísmo e o Surrealismo.

São utilizados novos materiais como tinta acrílica, poliéster, látex, entre outros. É uma arte
muito experimentalista, ou seja, quantos mais materiais forem misturados melhor. A
diversidade era importante. Os artistas utilizam cores fortes, que cativam a nossa atenção,
sendo exemplo o vermelho, o azul e o amarelo.

Há uma representação de objetos do quotidiano numa escala maior do que aquela que
corresponde à realidade, sendo exemplo disto Claes Oldenburg que entre suas obras tem uma
“Pasta de Dentes” e um “Lipstick” gigantes.

Também encontramos nas obras a representação de personagens fictícios e de celebridades e


pessoas famosas. Muitas dessas representações, por vezes, tinham uma representação de
carácter inexpressivo, preferencialmente frontal e repetitiva, como é exemplo a obra Marilyn
Monroe de 1962 feita por Andy Warhol, em que foi utilizada a técnica da serigrafia.

A serigrafia é uma técnica artística da gravura chinesa que foi criada durante a Dinastia Sung,
ou seja, entre os anos de 960 a 1279. Em poucas palavras, serigrafia é um tipo de impressão de
texto ou figura em uma superfície usando uma tela preparada. Apesar desta técnica ser tão
antiga, ela era fortemente crítica até utilização por Andy Warhol, onde passou a ser aclamada.
Ela constitui muitas das obras do movimento. Muito provavelmente o motivo pelo qual ser
uma técnica tão mal vista é porque era uma forma mais rápida de fazer gravuras: era muito
mais valorizado se as peças fossem todas feitas com o seu devido tempo uma a uma, não
importando o quão trabalhoso isso poderia ser. Esta discussão pode ser trazida para os dias
presentes. Neste caso, a discussão seria entre artistas tradicionais e digitais, pois estes segundos
têm acesso a uma variedade de “pincéis” dentro dos programas que são capazes de gerar
imagens pré-desenhadas pelo artista, que podem ser repetidas quantas vezes este quiser. Os
artistas tradicionais consideram então que arte digital não é uma verdadeira arte, uma vez que
“tem o seu trabalho facilitado”, o que é mentira, já que se tivermos em consideração o mangá,
uma espécie de banda desenha japonesa, na altura em que começou a ser publicado, era tudo
desenhado à mão, fazendo sentir a urgência de criar modelos de papel de padrão já existente,
em que teriam que somente recortar nas formas desejadas, para que não tenham que perder
demasiado tempo nelas, acelerando assim o processo.

6
Vide MCCARTHY, 2002, pág. 15

7
Inês Miranda | Universidade dos Açores | Licenciatura em História

Durante a pesquisa deste trabalho, também foi encontrado um site que apontava a oposição do
abstracionismo como uma das características gerais deste movimento, o que depois de uma
pequena pesquisa, é provado mentira: há diversos quadros que são abstratos neste movimento.
Quem tinha esse pensamento anti abstracionista eram Jasper Johns e Robert Rauschenberg, que
acreditavam que o facto de não haver formas nas obras fazia com que as pessoas se afastassem
da arte, acreditavam que a arte tinha de ser algo que pudesse ser compreendido. Pelo que, tendo
em conta que esta opinião se reserva apenas um pequeno grupo de artistas e não dos artistas
como um todo, não pode ser considerado uma característica geral. Isto também serve como
exemplo para termos atenção às fontes que utilizamos nos trabalhos, uma vez que podem nem
sempre estar corretas. A vantagem de fazer um trabalho sobre um estilo de arte é que podemos
comprovar os pontos com imagens. Sendo assim, um exemplo de obras que são abstratas e
fazem parte do movimento são obras de Jasper Johns, como “Between the clock and the bed”
e “Decoy”.

O movimento tem como característica geral a crítica ao consumismo, mas isto só será
desenvolvido no capítulo “Produção e Consumo” deste trabalho, uma vez que é a base do Pop-
Art americano e pede um capítulo exclusivo somente para esta questão.

2.2. Temas
Acerca dos temas que estão presentes e que são o grande foco da maioria dos artistas, temos:

• As celebridades, as figuras com grande destaque na altura;


• A representação de eletrodomésticos que eram utilizados, como, por exemplo, o
aspirador, o frigorífico, a televisão;
• A representação do dito “estilo de vida americano”, ou seja, aquilo que podíamos
encontrar numa típica casa americana nos anos 60;
• Publicidade, muitas das vezes não intencional dos produtos;
• O consumo, a temática do próximo capítulo.

Exemplos de grandes celebridades que eram representadas nos trabalhos são Marilyn Monroe,
John F. Kennedy, Elvis Presley. Esta primeira, foi uma atriz, modelo e cantora norte-americana
que foi representada incontáveis vezes neste movimento, cada uma delas única. O seu rosto é
quase como a cara de marca do Pop-Art, embora nunca se pode resumir um movimento apenas
a uma obra.

8
Inês Miranda | Universidade dos Açores | Licenciatura em História

Concretamente sobre o estilo de vida americano, a forma como este movimento a aborda tem
a ver com aquilo que falei inicialmente no trabalho: a arte é uma reflexão do tempo em que
está é feita. Assim, em muitas das obras podemos ver a reflexão da sociedade americana dos
anos 60. Quais os produtos que todos consumiam, quais as roupas que eram usadas e como é
que esta sociedade se tornou tão consumista após a segunda guerra mundial.

Em muitas das publicidades também são representadas qual seria o papel da mulher nessa
sociedade, incentivando-as a comprar produtos que a ajudariam a ser uma “melhor dona de
casa”, ou então “uma melhor esposa e mãe”. Obviamente, não eram todas as que tinham esse
pensamento e queria testar os seus limites, como Rosalyn Drexler que chegou a ser uma
lutadora de wrestling profissional.

É importante também mencionar que apesar de serem as principais temáticas, nem todas as
obras tinham somente estes temas, além destes existem muitos mais, que são representados de
diversas formas.

3. Produção e o consumo

A relação entre a Pop-Art e o consumismo é um tanto irónica, porque aquilo que é criticado é
a razão pela qual este movimento foi tão difundido. Como dizia Richard Hamilton no seu ensaio
de 19617 “o artista da vida urbana do século XX é, inevitavelmente, um consumidor da cultura
de massas e, potencialmente alguém que contribui para a mesma”8, ainda que tentassem criticar
e ir contra o sistema, acabavam por ser imersos nessa cultura de consumo.

A mensagem inicial do movimento é completamente perdida assim que está chega ao público,
que ao ver, por exemplo, as latas de sopa de Campbell de Andy Warhol, cuja mensagem inicial
era fazer uma crítica ao consumismo, as vendas do produto aumentaram após a exposição do
mesmo, fazendo assim uma publicidade não intencional.

Há uma linha ténue entre a elitização da arte e o consumo excessivo a que leva à criação de
obras com um significado vazio que só é feito para consumo rápido e depois descartamos por
completo após consumida, como é exemplo de muitas das séries produzidas atualmente.

7
O ensaio que é referido é o “For the Finest Art Try Pop”
8
Vide HARRISON e WOOD, 1992, pág. 727

9
Inês Miranda | Universidade dos Açores | Licenciatura em História

Embora seja importante todos terem acesso à arte e não somente os ricos, é difícil definir até
onde se pode ir sem que esta seja completamente banalizada. Além da questão quanto
realmente se torna um exagero o preço que um artista atribui à sua própria obra.

Um exemplo da elitização da arte é o Parnasianismo que é um movimento literário que, como


valoriza a escrita pitoresca e requintada acima do conteúdo, faz com que as classes sociais com
baixo índice de escolaridade não conseguem aderir ao movimento artísticos consequentemente,
criando assim uma desigualdade social. Outro exemplo são os NFT, nos dias atuais. Um NFT
é a capitalização de um conceito artístico digital por meio daquilo que entendemos por um
mercado de tokens não-fungíveis. Este mercado é criado em cima do sentimento de falsa
aquisição e lucro, baseado numa ideia neoliberal, afinal o que a pessoa tem realmente é somente
um link de uma imagem, não é nada que seja físico, para não falar que muitas dessas imagens
que são geradas são roubadas de artistas que não permitem a utilização das mesmas.

O que se pode fazer para manter a arte acessível as pessoas é que a arte mantenha a
individualidade da expressão como a sua essência. O que é algo extremamente ameaçado, nos
dias de hoje, por conta da inteligência artificial: programadores conseguiram criar sistemas em
que é possível gerar imagens com palavras. Parece ser algo incrível em princípio, só que isto
tem um grande senão: as imagens geradas pelos computadores têm os seus exemplos roubados
de artes já existentes por artistas que nunca permitiram a sua utilização. Neste preciso
momento, em dezembro de 2022, há um movimento contra a tudo isto e em especial chamar
imagens feitas por inteligência artificial de “arte” e os programadores de “artistas”. Há quem
defenda que ambos devem coexistir, que pode ser algo extremamente útil, isto, obviamente, da
visão das pessoas que não criam, mas a grande maioria dos artistas parecem concordar que isso
nunca será possível, já que o que programa faz é praticamente o mesmo que plágio. Apesar de
haver alguns erros que nos permite distinguir quem fez o quê: obras feitas por inteligência
artificial parecem ter uma certa dificuldade em gerar mãos, há mãos com mais de cinco dedos
ou a fazer movimentos que certamente não seriam possíveis.

A questão é que cada dia que passa fica mais complicado distinguir quais obras são feitas por
mão humana e quais são as obras geradas por um computador. Aquilo que afetava a arte na
idade moderna, também está a afetar na arte contemporânea (ainda que de uma forma um pouco
diferente): a obsessão pelo dinheiro, pelo sentimento de posse e querer sempre consumir mais
e mais faz com que tudo fique igual, cada vez mais se perde a essência do que é realmente uma
obra artística. Na idade moderna, as pessoas compravam e não se importavam com o

10
Inês Miranda | Universidade dos Açores | Licenciatura em História

significado das obras, apenas queriam algo para exibir em suas casas, já na era digital nem
fisicamente esse consumismo é feito, o que nos faz questionar: é isto o futuro da arte? Um link
de uma imagem exatamente igual com a outras milhares com a mera diferença de um acessório
ou outro? Sem qualquer tipo de sentimento ou além da ganância e a vontade de fazer dinheiro
fácil?

A Pop-Art também traz à tona a questão do padrão e senso de estética: Nós realmente
desgostamos/gostamos de algo ou fomos educados a isso? Ou estamos condicionados a
comprar um produto só porque todos os outros o consomem? Se apresentarmos uma obra de
Jean-Michel Basquiat ao lado de uma pintura do renascimento e perguntamos a alguém qual
gosta mais, o mais certo é que a resposta deve ser a segunda.

Mas será porque é que as pessoas realmente gostam de ou é só porque fomos ensinados a tal?

Provavelmente, será uma questão que nunca teremos uma resposta, já que é de um âmbito
abstrato e, dependente da resposta, seria difícil para a humanidade, aceitar que os nossos gostos
são condicionados pela sociedade, não importa o quanto tentemos fugir disso.

4. O Anonimato e subjetividade

Muitos dos autorretratos que são feitos pelos artistas da altura, não tem cara, sendo substituídos
por objetos ou nem aparecendo de todo na imagem. Isso não significa que os artistas eram
anónimos, era mais uma forma de mostrar como eles mesmos se veem e uma forma de reagir
à despersonalização que surgiu após a sociedade de massas9. É seguido o conceito de que “se
todos temos as mesmas coisas e os mesmos gostos, quem somos nós enquanto indivíduos?”

Assim, assim como a sociedade de uma forma geral não tem uma individualidade, os artistas
também adotam essa “não-individualidade”, tanto nas representações de si mesmo, como as
suas obras. Roy Lichtenstein é um grande exemplo disso, já que ele adota essa característica
em todas as obras de arte, sendo completamente fiel a essa ideologia. As suas obras são
propositalmente superficiais, ao mesmo tempo que tem um enorme significado. As pessoas
superficiais ficaram apenas com imagens que não tem contexto nenhum além de ser uma
“imitação” de outras já existentes, podendo no máximo admirar a sua técnica.

9
Vide OSTERWOLD, 1994, pág. 53

11
Inês Miranda | Universidade dos Açores | Licenciatura em História

Exemplos deste “anonimato” são os quadros de mesmo nome, “Self-Portrait”10 de Roy


Lichtenstein e Andy Warhol, que de formas representam esta ideia de “não mostrar o seu
verdadeiro rosto”, ou a sua verdadeira “personalidade artística”. Com o quadro Double
Isometric Self-Portrait (Serape) de 1964, um quadro feito sobre tela com os materiais óleo,
madeira e metal, representa dois corpos exatamente iguais e isométricos, somente com cores
diferentes entre si. A questão é que a parte do rosto da figura não está representada.

Também nos mostra autorretrato não precisa necessariamente ser a representação realista da
nossa pessoa, mas sim um conceito, a forma como nós nos visualizamos, como resposta à
questão “como é que eu me vejo?” e “quem é que eu sou?” apesar disso não ser algo exclusivo
somente deste movimento artístico.

5. Os Artistas

Claro que é possível escrever um trabalho sobre um movimento artístico sem mencionar os
precursores do mesmo, afinal, são eles que fazem com que este existia. São incontáveis os
artistas deste movimento, cada um deles com a sua própria interpretação do mesmo. Apesar
dos artistas adotarem uma “despersonalização” e a tentativa de representar a perca da
individualização, a verdade é que inegável a sua criatividade para como os temas e a forma
como eles os trabalham.

Novamente, voltando a mencionar o tema do autorretrato, houve um artista, Lucas Samaras,


que fez uma construção, em 1963, em madeira, fios de lã vermelhos, brancos e azuis e pregos
com cinquenta fotos do artista nela, inovando assim nos materiais e na interpretação de si
mesmo, ainda que o autorretrato seja um tema em comum de variados artistas.

Assim, tendo em consideração, selecionei quatro artistas que considero importantes para o
movimento e que têm as suas próprias formas de ver o mundo, diferentes um dos outros.

5.1 Roy Lichtenstein


É descrito como um dos artistas mais influentes e inovadores da segunda metade do século XX.
Procurou valorizar a banda desenhada como forma de arte, embora considerasse que devesse
“à banda desenhada os elementos do meu estilo, mas não os temas”11.Este artista propõem-se

10
Imagens disponíveis nos anexos, página 12
11
Retirado de declaração de Roy Lichtenstein numa conversa com Raphael Sorin, em 1967, ao falar sobre os
objetivos principais da sua arte

12
Inês Miranda | Universidade dos Açores | Licenciatura em História

“desindividualizar as emoções e as atitudes, objectivá-las.”12, ou seja, ele não coloca a sua


personalidade em nos quadros, sendo dito por especialistas que as suas obras têm um fim
perfeito, quase mecânico. O próprio artista tem noção disso, pelo que disse que ““Não é fácil
interessarmo-nos. Não gosto de tocar nas coisas. Não quero me aproximar de muito perto. É
por isso que a minha obra está tão afastada de mim.”

Roy Lichtenstein baseou sua carreira profundamente na imitação, começando por representar
imagens de banda desenhada e anúncios no início dos anos 1960 no seu próprio estilo, como é
o caso das obras “Drowning Girl” e “Look, Mickey”13. Este segundo quadro foi feito a pedido
do seu filho, que após apontar uma ilustração, o desafiou, afirmando que não conseguiria
desenhar tão quanto esta.

5.2. Andy Warhol


Foi um pintor e cineasta, também tendo a sua influência na área musical, uma vez que financiou
e geriu a banda de rock nova-iorquina The Velvet Underground. Nos seus trabalhos, os temas
são maioritariamente quotidianos e artigos de consumo, sendo exemplo as famosas latas de
sopa de Campbell, Coca-Cola e a Banana, que foi a imagem de capa de um dos álbuns da banda
anteriormente mencionada, além da produção de retratos de celebridades com variação das
cores. Foi extremamente influente em quase todas as áreas artísticas e tem um grande peso no
movimento do Pop-Art.

Também é criador da frase sobre “No futuro, todo mundo será famoso durante quinze minutos”,
o que no contexto dos dias de hoje ainda faz total sentido e realmente é exatamente o que
acontece. Com as redes sociais, após a publicação de um vídeo engraçado e curto, este pode
ser falado e partilhado durante um curto espaço de tempo, dando imensa fama à pessoa, ou ao
grupo de pessoas, que são protagonistas do mesmo e depois ser totalmente esquecido pelas
pessoas que partilharam em primeiro lugar. É necessário ter especial atenção à expressão
“curto”, pois cada vez mais as pessoas se recusam a assistir vídeos demasiado longos. Isso até
mesmo se reflete nas músicas, que também sofreram grandes alterações nos últimos tempos.

Isto transmite a ideia de que mesmo na década de 60/70 já se tinha ideia de como o mundo iria
evoluir e que na verdade a humanidade não é completamente imprevisível.

12
Vide OSTERWOLD, 1994, pág. 183
13
Imagens disponíveis nos anexos, página 13 e 14

13
Inês Miranda | Universidade dos Açores | Licenciatura em História

5.3. Keith Haring


É um artista definitivamente diferente dos restantes a nível de estilo artístico, tendo em conta
que os seus desenhos são comparados a desenhos feitos por crianças. A forma como desenha é
semelhante ao graffiti, que teve o seu surgimento nas ruas da cidade de Nova Iorque dos anos
1980. Nas suas obras, há uma certa alusão ao sexual que se transformaram em ativismo social.

As formas do seu trabalho são extremamente simples, as figuras não têm rosto e são
extremamente parecidas aquilo que se chama “bonecos de palitinhos”, o desenho comum feito
por uma criança. As cores que utilizam são fortes, estão muito presentes o amarelo, o rosa,
azul, que tem um forte contraste juntas.

Apesar das suas figuras serem extremamente simples, a verdade é que criar linhas perfeitas e
com formas tão definidas não é tarefa fácil, muitas vezes acabamos por esquecer que o produto
final das obras, ainda que nos pareça aleatório, ele foi calculado para ser assim e requer uma
enorme técnica.

5.4. Rosalyn Drexler


Foi uma artista visual, romancista e dramaturga, conhecida pelos seus romances mais do que
pelos seus quadros, mas queria mencionar uma mulher neste painel de artistas, uma vez que,
infelizmente, costumam ser esquecidas nos livros de arte e senti falta de uma presença feminina
na bibliografia inicialmente escolhida. Foi vencedora do Obie Award e de um Emmy e ex-
lutadora de wrestling profissional.

Até à data deste trabalho, ainda está viva com os seus noventa e seis anos. Os seus temas
incluem o sexismo e a objetificação da mulher e o racismo que ela viu no sul dos Estados
Unidos durante uma turnê durante sua carreira no wrestling. Um exemplo do tema
“objetificação” é o seu quadro “Love and Violence”, em que apesar de, numa forma inicial, a
mulher parece estar a ser delicadamente a ser tocada no pescoço, a verdade é que o homem
presente no quarto está a apertá-lo, fazendo jus assim ao nome do quadro.

14
Inês Miranda | Universidade dos Açores | Licenciatura em História

Conclusão

Durante a realização deste trabalho, tive a oportunidade de aprender mais sobre a minha área
de interesse, a História das Artes, e me aventurar um pouco mais neste mundo cheio de imagens
e com críticas sociais em forma de pintura, escultura, fotos, entre outras áreas artísticas.

Foi possível aprender com mais detalhe como este movimento surgiu, as pessoas que estavam
por detrás dele e toda a questão de como a produção em massa mudou o mundo. Também me
foi possível ver obras de todos os tipos, tamanhos e cores e me aperceber da diferença entre
estes, passando a reconhecer quais obras são de cada artista sem necessariamente precisar de
ler as legendas das imagens.

As questões que são trazidas no Pop-Art continuam a ser discutidas ainda nos dias de hoje, o
que cumpre um dos fatores daquilo que as pessoas comumente associam à arte: prevalece ao
longo do tempo, ou seja, apesar de já terem algumas décadas de diferença entre o período do
estilo artístico e o tempo atual, este continua a ser relevante.

A título de curiosidade, o termo “comumente” é utilizado na descrição de fator, pois existe um


movimento artístico que vai contra isso, sendo o seu nome o Futurismo. Como o nome indica,
pelo que a utilização de que devemos esquecer o passado e somente focar no futuro, pelo que
as obras feitas eram destruídas após serem concluídas, só sobrando alguns relatos de como
estas eras, mas sem provas físicas que elas existiram. Então, a questão de que “a arte deve
prevalecer ao tempo” é também ela questionável.

Dito isso, tenho noção que tinha a oportunidade de me alongar um pouco mais no tópico, afinal,
considero que o que foi escrito aqui somente a ponta do iceberg deste vasto movimento e que
muito mais poderia ter sido mencionado, como por exemplo, aprofundar mais na escultura ou
até mesmo mencionar mais artistas, no entanto, considero que para a proposta do trabalho, o
que foi mencionado é mais do que adequado para entender a importância do movimento
artístico e como as questões abordadas não são completamente diferentes daquelas que temos
hoje em dia, sendo a maior diferença a evolução tecnologia, o que nos faz questionar: como é
que estes artistas, ou pelo menos aqueles que, infelizmente, já faleceram, iriam encarar estas
mudanças?

15
Inês Miranda | Universidade dos Açores | Licenciatura em História

Bibliografia

• ALLOWAY, L. Catálogo da Exposição: American Pop Art, Nova York. 1974.


• FARTHING, Stephen, Tudo sobre Arte [tradução de Paulo Polzonoff Jr.], Rio de
Janeiro: Sextante, 2011
• BARBOSA, Lívia. Sociedade de consumo, Rio de Janeiro, Jorge Zahar Ed., 2004
• DANTO, A. C. Após o fim da arte: a arte contemporânea e os limites da história.
• São Paulo: Odysseus Editora, 2006
• HARRISON, Charles e WOOD, Paul (org.), Art in Theory, 1900-1990: An Anthology
of Changing Ideas, Oxford, 1992
• HENDRICKSON, Janis, Roy Lichtenstein [tradução espanhola de Núria Roig], Köln:
Taschen, 1989
• HODGE, Breve História da Arte [tradução de Maria Luísa de Abreu Lima Paz],
Editorial Gustavo Gili, Barcelona, 2018
• HONNEF, Klaus, Pop Art [tradução de Constança Paiva Boléo Santana], Köln:
Taschen, Público, 2005
• LEWERY, A. J., Popular art: past & presente, Devon: David & Charles, cop, 1991.
• MCCARTHY, David, Pop Art [tradução de Ana Paula Tanque], Coleção: Movimentos
de Arte Contemporânea 1ª edição, Lisboa, Presença, 2002
• OSTERWOLD, Tilman , Pop Art, Koln, Benedikt Taschen, 1994
• RAGUÉ Arias, Maria José, Os movimentos pop [tradução de C. V., Irineu Garcia], Rio
de Janeiro, Salvat Ed. do Brasil, 1979
• ROHDEN, Huberto, Filosofia da Arte: A metafísica da verdade revelada na estética
da beleza, Martin Claret, 2007
• SANTOS, Maria Stella Galvão, O que exatamente torna os lares de hoje tão diferentes,
tão atraentes? Uma releitura de Richard Hamilton após cinco décadas, vol. 3, n.º 1.
Ariús, Revista de Ciências Humanas e Artes Campina Grande PB: Universidade
Federal de Campina Grande Centro de Humanidades, 2007
• SILVA, Andreia Ferreira da, Os cartazes americanos dos anos 60: consumíveis, FAL
- DCA | Dissertações de Mestrado e Teses de Doutoramento, Universidade da Beira
anterior, 2008

16
Inês Miranda | Universidade dos Açores | Licenciatura em História

Anexos

Just What is It That Makes Today’s Homes So Different, so Appealing? Richard


Hamilton, 1956, colagem, 26 cm × 24.8 cm, disponível em:
https://en.wikipedia.org/wiki/File:Hamilton-appealing2.jpg (consultado em 5/12/2022)

Self-Potrait, Andy Warhol, acrílico e Self-Potrait, Roy Lichtenstein, óleo e magna


serigrafia sobre tela, 180x183cm, Londres, sobre tela, 177,8 x 137,2cm, Coleção
1967, retirado do livro OSTERWOLD, particular, 1978, retirado do livro
Tilman, Pop Art, Koln, Benedikt Taschen, OSTERWOLD, Tilman, Pop Art, Koln,
1994, pág. 55 Benedikt Taschen, 1994, pág. 53
17
Inês Miranda | Universidade dos Açores | Licenciatura em História

Drowning Girl, Roy Lichtenstein, óleo e acrílico Look Mickey, Roy Lichtenstein, óleo sobre tela,
sobre tela, 171.6 cm × 169.5 cm, 1963, Museum 121.9 cm × 175.3 cm, 1961 retirado de
of Modern Art, Nova Iorque, retirado de https://www.imageduplicator.com/main.php?decad
https://en.wikipedia.org/wiki/File:Roy_Lichten e=60&year=61&work_id=57 (consultado em
stein_Drowning_Girl.jpg ( consultado em 5/12/2022)
5/12/2022)

Latas de Sopa Campbell, Andy Warhol, Tinta de polímero sintético sobre tela, 50,8 cm ×
40,6 cm, 1962 localizado no Museu de Arte Moderna, Nova Iorque retirado de
https://www.wikiart.org/pt/andy-warhol/latas-de-sopa-campbell-1962 (consultado em
5/12/2022)

18
Inês Miranda | Universidade dos Açores | Licenciatura em História

Marilyn Monroe (1962), Andy Warhol. A primeira série de imagens mostra a


celebridade colorida, e a segunda em preto e branco, retirado de
https://en.wikipedia.org/wiki/File:Marilyndiptych.jpg (consultado em 5/12/2022)

Love and Violence, Rosalyn Drexler, Marilyn Pursued by Death, Rosalyn Drexler,
óleo, colagens de papel sobre tela, 172.1 acrílico, processo de prata colloidal sobre
x 154.3 cm, New York and Garth tela, 126.7 × 101.6 cm, 1963 retirado de
Greenan Gallery, Nova Iorque retirado https://whitney.org/collection/works/47595
de https://www.wikiart.org/en/rosalyn- (consultado em 5/12/2022) 19
drexler/love-and-violence-1963
(consultado em 5/12/2022)

Você também pode gostar