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TERMO DE COMPROMISSO
Termo no.
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Aos ... dias do mês de dezembro de 2011, às ..... horas, na sede da PROMOTORIA DE
JUSTIÇA DO CONSUMIDOR, onde se achava o Doutor ROBERTO SENISE LISBOA,
Promotor de Justiça do Consumidor, realizou-se a audiência designada nos autos do
Procedimento no. ...../2011, em que compareceram: o Presidente do SECOVI-SP - Sindicato
das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e
Comerciais de São Paulo, com sede na Rua Doutor Bacelar, 1043, Vila Mariana, CEP 04026-
002, fones 5591-1300 e 5591-1205, Sr. ....; os executivos dos associados ....., Srs. ..........,
todos acompanhados dos advogados, RODRIGO BICALHO, OAB/SP no....... e ALEXANDRE
LETÍZIO VIEIRA, OAB/SP no. ....; Nesta oportunidade, o SECOVI-SP assumiu termo de
compromisso de ajustamento de conduta, com natureza de título executivo extrajudicial, nos
termos do parágrafo 6o., art. 5o., da Lei no. 7.347, de 24 de julho de 1985, cujo texto
consolidado é o seguinte.
Considerando que:
(a) a Lei Federal 6.530/78, que dispôs sobre a profissão regulamentada do corretor de
imóveis, equiparou as imobiliárias e os corretores de imóveis pessoas físicas em direitos
e obrigações no exercício profissional, dada a importância do trabalho coordenado e
paritário entre imobiliárias e corretores de imóveis autônomos na circulação de bens e
serviços para o mercado imobiliário e as suas respectivas responsabilidades perante o
público consumidor;
(c) traço específico dessa relação simbiótica entre imobiliárias e corretores autônomos,
construída no decorrer de décadas, é que, embora o trabalho de umas possa beneficiar
o de outros, e vice-versa, nem os corretores autônomos e nem as imobiliárias
encontram-se na condição de prestadores de serviços uns dos outros. Isto, pois é da
essência desta relação que corretores autônomos e imobiliárias desempenhem seus
papéis de forma autônoma, cada qual por sua conta e risco. Tais papéis, que são
diferentes, mas complementares, se justapõem no contexto da corretagem da seguinte
maneira:
(ii) aos corretores autônomos, por seu lado, cumpre identificar e captar potenciais
compradores dos imóveis identificados, divulgados e disponibilizados pelas imobiliárias;
(d) Desse modo, é pela soma dos vetores representativos das atividades acima descritas
que se materializa a corretagem imobiliária, segundo o costume presente no mercado
brasileiro. Como contraprestação pela corretagem que o beneficia, o comprador de
imóveis torna-se adstrito ao pagamento de uma comissão, a qual deve remunerar tanto
o corretor autônomo, como a imobiliária. Essa remuneração, portanto, é rateada entre
as partes envolvidas na corretagem, de acordo com a respectiva função desempenhada;
(e) A prática acima descrita, embora tenha surgido sob a vigência do Código Civil de 1916,
mostra-se compatível com o Código Civil Brasileiro de 2002 - Lei Federal 10.406/2002.
Este, em seu artigo 728, deixa claro que a corretagem pode ser exercida por mais de
um corretor, e que, neste caso, a comissão deverá ser paga de maneira rateada: não se
confunde com mandato ou simples prestação de serviços, mas é contrato típico,
consensual, oneroso, acessório e vinculado a resultado futuro, sendo a remuneração
MINUTA
Art. 722. Pelo contrato de corretagem, uma pessoa, não ligada a outra em virtude de
mandato, de prestação de serviços ou por qualquer relação de dependência, obriga-
se a obter para a segunda um ou mais negócios, conforme as instruções recebidas.
Art. 724. A remuneração do corretor, se não estiver fixada em lei, nem ajustada
entre as partes, será arbitrada segundo a natureza do negócio e os usos locais.
Art. 725. A remuneração é devida ao corretor uma vez que tenha conseguido o resultado
previsto no contrato de mediação, ou ainda que este não se efetive em virtude de
arrependimento das partes.
Art. 727. Se, por não haver prazo determinado, o dono do negócio dispensar o corretor, e
o negócio se realizar posteriormente, como fruto da sua mediação, a corretagem lhe será
devida; igual solução se adotará se o negócio se realizar após a decorrência do prazo
contratual, mas por efeito dos trabalhos do corretor.
(grifado)
1.1. fazer constar da publicidade dos produtos imobiliários o valor total do negócio
imobiliário, que é composto por: (i) preço da compra e venda do bem imóvel ou produto
imobiliário devido à incorporadora, e (ii) honorários a título de comissão de corretagem
devida aos corretores e às empresas imobiliárias;
3. A multa supra referida, uma vez aplicada e paga pela infratora, será revertida ao Fundo
Especial de Despesa de Reparação de Interesses Difusos Lesados, previsto no artigo 13 da Lei
no. 7.347/85 e regulamentado pela Lei Estadual no. 6.536, de 13 de novembro de 1989.
Em seguida, pelo Doutor Promotor de Justiça foi dito: aguarde-se deliberação do termo de
audiência. NADA MAIS.
Lido e achado conforme, vai o presente termo assinado pelo representante do Ministério
Público, pelo representante da empresa e seu respectivo advogado, bem como pelas
testemunhas ... e ..., e por mim, ...., Oficial de Promotoria, que o digitei.
PROMOTOR DE JUSTIÇA:
SECOVI SP:
ASSOCIADAS:
ADVOGADOS:
TESTEMUNHAS:
OFICIAL DE PROMOTORIA: