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Disciplina: PRATICA SIMULADA DE DIREITO DO TRABALHO

Período: 9º. PEÇA N.3

Professor (a): Raquel Lauriano Rodrigues Fink Entrega questões: 22/03 Acadêmico
(a): THALIA GABRIELA VIDAL

Leia as recomendações antes de iniciar: Na qualidade de advogado da parte abaixo indicada, redija
a peça processual mais adequada ao atendimento dos interesses do seu cliente, observando
integralmente os requisitos legais, além de fundamentar seu pedido nas regras e princípios
aplicáveis ao caso, indicando claramente o(s) fundamento(s) jurídico(s) da demanda, com a
expressa subsunção do fato à norma, relacionando os documentos que instruem sua petição. Não
crie fatos novos que não estejam expressamente narrados no enunciado: a peça deve se fundar,
estritamente, na narrativa; a peça deve ser entregue em sala até o horário final da aula e as questões
protocoladas na sala de aula da disciplina no Google no prazo indicado no calendário oficial

QUESTÕES PRÁTICAS - RESPOSTAS em, no máximo, 01 lauda por resposta – Fazer na folha
de redação da Prática Simulada. O acadêmico deve indicar TODOS OS ARTIGOS DE LEI QUE
FUNDAMENTAM A RESPOSTA e EXPLICAR O ENQUADRAMENTO. Não basta indicar o
artigo de lei como fundamentação: é necessário apontar a solução jurídica que embasa sua
resposta.

1) Patrícia foi empregada em uma sociedade empresária de gerenciamento de franquias por 8 anos.
Inicialmente trabalhou em Maceió/AL e, pelo bom trabalho realizado ao longo do tempo, foi
promovida a um cargo de confiança e transferida para São Paulo/SP, com todas as despesas
custeadas pela sociedade empresária. Patrícia mudou-se com a família, comprou um imóvel,
matriculou seus filhos numa boa escola paulista e permaneceu em São Paulo por 5 anos. Ao final
desse período, a sociedade empresária, afetada pela crise econômica, encerrou suas atividades
em 10/10/2022, o que acarretou a dispensa da funcionária. Após a dispensa, Patrícia mudou-se
para o Rio de Janeiro, local onde ingressou com ação trabalhista requerendo o pagamento do
adicional de transferência pelo período em que trabalhou em São Paulo. Considerando o caso
narrado, como advogado(a) da sociedade empresária, responda aos itens a seguir.
A) Sabendo que a sociedade empresária não possui qualquer unidade no Rio de Janeiro e que nunca
manteve atividade nesse local, qual a medida processual que você deverá adotar em relação ao
ajuizamento da ação trabalhista nessa unidade da Federação? Justifique.
R: Deve ser apresentada a exceção de incompetência, visto que o local da prestação de serviço era
na cidade de São Paulo, nos termos do artigo 800 da CLT.
B) Com relação ao pedido da ação, o que você deverá sustentar em defesa? Justifique. Obs.: o(a)
examinando(a) deve fundamentar as respostas. A mera citação do dispositivo legal não confere
pontuação. (Valor: 2,0)
R: Como a transferência foi na modalidade definitiva e a trabalhadora permaneceu 5 anos
trabalhando na cidade, não tem direito de adicional de transferência, conforme dispõe o artigo
469, §3 da CLT, e ainda, a Orientação Jurisprudencial 113 do TST.
2) Mauricio Bonamigo foi contratado em fevereiro/2010 pela Ferro & Aço Indústria Metalúrgica
Ltda, para trabalhar na função de vigia na filial da empresa situada na cidade de São Jose dos
Pinhais-PR. Em setembro/2022 o trabalhador foi dispensado sem justo motivo, recebendo
parcialmente suas verbas rescisórias. Por ocasião da dispensa o obreiro estava laborando na
matriz da empresa localizada no município de Mafra, SC. Inconformado com a dispensa o
trabalhador procurou um advogado para ingressar com a reclamação trabalhista. O procurador
do reclamante ajuizou a reclamação perante a Vara do Trabalho de Mafra-SC, pois este foi o
último local em que o autor prestou serviços. O réu tempestivamente apresentou exceção de
incompetência territorial, com fundamento no artigo 651 da CLT. Na exceção apresentada em
peça apartada, o excipiente pediu a remessa dos autos ao juízo competente, no caso em tela, a
Vara do Trabalho de São José dos Pinhais-PR. O juízo da Vara do Trabalho de Mafra-SC
acolheu a exceção e determinou a remessa dos autos para a Vara do Trabalho indicada na
exceção de incompetência. Diante destas informações e sabendo que o autor ficou inconformado
com a decisão do juízo excepcionado, pergunta-se:

A) Há algum mecanismo processual adequado para o autor impugnar a decisão do juízo que acolheu
a exceção de incompetência oportunamente arguida pelo réu?

R: O recurso cabível para impugnar a decisão que acolheu a exceção de incompetência será o
Recurso Ordinário, tendo este o prazo de 8 dias, devendo ser destinado ao TRT 12, conforme
regulamenta a sumula 214 do TST.

B) Se a resposta for positiva qual o prazo e a medida processual a ser interposta? (Valor: 2,0)

R: Em regra, no processo do trabalho as decisões interlocutórias não podem ser recorridas, conforme
dispõe o artigo 893, §1 da CLT, contudo, a exceção nos casos que acolhem a exceção de
incompetência territorial devendo ser feito a remessa dos autos ao TRT correto, conforme
disposto no artigo 799, §2 da CLT.

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