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Aula 04

Filosofia p/ ENEM 2016


Professores: Rafael D. Ferreira, Sergio Henrique
Ciências Humanas e
suas tecnologias
Filosofia.
Tema: Fundamentos
do Estado Moderno.
Professor: Sérgio Henrique
SUMÁRIO
00. Bate papo inicial. Pág. 02
1. Fundamentos do estado moderno. Pág. 03
- 1.1 Os estados teocráticos do regadio. Pág. 03
- 1.2 O estado na antiguidade clássica. Pág. 04
- 1.3 O estado durante a idade média. Pág. 05
- 1.4 O estado moderno. Pág. 07
2. Nicolau Maquiavel (1469 – 1527). Pág. 10
3. Tomás Hobbes (1588 -1679). Pág. 15
4. Exercícios Resolvidos. Pág. 17
5. Exercícios Propostos. Pág. 22
6. Considerações finais. Pág. 34

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Tema: Fundamentos
do Estado Moderno.
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00. BATE PAPO INICIAL
Olá amigo estudante. É com muita alegria que o recebo
novamente para falarmos de filosofia. Estudar as aulas anteriores, é
fundamental para que você possa compreender muitas das coisas que
vamos tratar aqui. Leia com atenção seu texto de apoio e assista as
vídeo-aulas. Leia e releia e pratique exercícios. Aos poucos o conteúdo
básico vai ficar retido na sua memória. Claro que para isso é muito
importante você fazer suas próprias anotações, ou em forma de
resumo ou anotações nos exercícios, não importa, você escolhe. O
importante é estudarmos bastante e nos concentrarmos nos estudos.
Estimule sua disciplina e procure motivação pensando em seus sonhos.
Bons estudos.

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Tema: Fundamentos
do Estado Moderno.
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1. FUNDAMENTOS DO ESTADO MODERNO.

O que é o Estado? Esta resposta pode variar para muitos


sociólogos. É uma instituição muito antiga, que acompanhou o
desenvolvimento da civilização. Seu surgimento foram nas primeiras
civilizações da crescente fértil: Egito e Mesopotâmia. Está diretamente
ligado às formas de organização e dominação do espaço e do que existe
nele: riquezas e pessoas. Em cada momento da humanidade após a
civilização o Estado já existiu de formas muito diferentes. É uma série
de instituições jurídicas e instituições que instituem um funcionamento
social e usam da força para executar o poder. Na história o estado ou
as formas de organização política da sociedade foram dominadas pelos
grupos socialmente mais poderosos. Em alguns momentos os
possuidores de terra, outros possuidores de dinheiro.

1.1 OS ESTADOS TEOCRÁTICOS DO REGADIO.


Estamos nos referindo ao Estado tal qual ele surgiu no Egito e na
Mesopotâmia. São estados teocráticos pois o imperador era
considerado ou representante de Deus ou o próprio Deus. Não existe
propriedade privada pois tudo o que há na superfície pertence ao
imperador, terras, riquezas tudo. A nobreza egípcia e mesopotâmia,
tradicionalmente ligada à posse da terra ou aos altos escalões do
estado tinham o benefício, sobre a propriedade, não são donos dela. O
Estado Egípcio e Mesopotâmico (este governado por vários povos no
decorrer dos séculos) era teocrático, (o imperador era uma figura

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divina), controlava os homens e grandes obras para a obtenção de
alimentos e realização de obras públicas.

1.2 O ESTADO NA ANTIGUIDADE CLÁSSICA.


A Grécia nunca formou um Estado. Predominava a
descentralização política em que cada Polis era totalmente
independente ao ponto de serem conhecidas como cidades estado.
Podemos falar de um mundo grego em que partilhavam a mesma
língua, religião e pensamentos comuns, mas nunca existiu um Estado
centralizado na Grécia Antiga.
Roma foi um grande estado e com organização de estado
centralizado desde seu nascimento, como uma pequena cidade estado
na península itálica. Com seu crescimento a estrutura administrativa
centralizada e organizada cresceu e desenvolveu-se. Roma foi
inicialmente uma monarquia, depois uma república expansionista
controlada pelo senado, por fim um império. Sempre foi governada
pela aristocracia patrícia, que é a elite política, que é guerreira e
proprietária de terras. Primeiramente foi um estado monárquico (mono
=um / arquia= poder) em que o poder está concentrado na mão de
um rei que o transfere de forma hereditária e governava junto com
uma elite proprietária. Mais tarde o Estado romano se organizou de
forma republicana, ou seja, havia um conselho de patrícios que
deliberava as principais decisões, o senado romano, e que escolhiam o
administrador, o Consul, que possui mandato definido e transitório. Por
fim Roma foi transformada em Império. Desde Júlio Cesar que se
tornou um Consul poderoso, Roma passou por tendências a

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centralização imperial, que se materializou com Otávio Augusto,
primeiro imperador de Roma. Todos os poderes passaram a ser
concentrados na mão do imperador, que recebeu o título de augustus,
ou seja, divino, então era adorado como deus. Esse foi um importante
mecanismo de imposição e dominação do poder imperial em Roma e
que explica por exemplo a perseguição aos judeus e cristão: eram
monoteístas e recusavam-se a adorar o imperador como deus. Como
o longo processo da decadência do Império Romano, entre o século I
e IV, o Estado romano passou a descentralizar-se cada vez mais, a
economia europeia ruraliza-se até que os reinos germânicos passam a
dominar o território europeu.

1.3 O ESTADO DURANTE A IDADE MÉDIA.


O período medieval caracterizou-se pelas monarquias
descentralizadas. O que é isso? Há uma organização monárquica,
hereditária, mas não há leis escritas por predominar os costumes
germânicos baseados na oralidade e tradição. O rei tornou-se um poder
simbólico em que seu poder moral era maior que seu poder de mando.
O território do reino era dividido em vários feudos, cada um deles com
seu senhor feudal que era o poder máximo dentro do feudo, e o rei
nada podia fazer dentro do feudo de qualquer senhor. Mas para ser
senhor feudal era necessário algum tipo de proximidade com rei e
frequentes demonstrações de lealdade e fidelidade. Na prática poucos
desafiariam o rei ou não seguiriam suas recomendações, mas o poder
de fato é descentralizado e o rei manda somente em suas próprias

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terras, as maiores de todas. E era o único a quem todos deviam
lealdade e ele não a devia a ninguém acima dele.
As relações sociais estabelecidas são as chamadas relações de
suserania e vassalagem. A única forma de se ter acesso à terra era
através do benefício concedido pelo rei ou por um senhor feudal
poderoso. Cada feudo possuía seu próprio exército e recolhia impostos
em seu favor. A Igreja era a única instituição que estava presente por
todo o território europeu e era um poder “transnacional”. A Igreja
justificava a ordem social vigente e as formas de poder instituídas. É
clássica a teoria do Bispo Aldaberon de Laon, ele justifica a sociedade
estamental dividida em três ordens: a dos que oram, dos que lutam e
dos que trabalham. Também justificavam a monarquia e sua
associação com a Igreja. O argumento era assim: Como Deus é rei, na
terra a organização deve ser uma monarquia. Para governar e proteger
os homens Deus concedeu duas espadas, uma ao rei outra ao papa,
que deveriam governar de acordo com a palavra de Deus (estamos
aqui nos referindo aos princípios do cristianismo católico, que
dominava a Europa medieval ocidental), e um deveria proteger o outro.
Então, tomando como base o estado germânico, dos Francos,
governado por Carlos Magno, os reis possuíam o título de “ungido” e
defensor perpétuo do catolicismo desde seu antecessor Pepino o breve.
Defendiam o catolicismo e a Igreja os defendia. E a justificativa para a
existência da monarquia era teológico. Não são estados teocráticos,
mas profundamente influenciados pelo pensamento religioso. As
monarquias na antiguidade eram teocráticas, na idade média
fundamentadas no argumento teológico de defensores da palavra de
Deus e na idade moderna, como veremos agora, a primeira etapa de
organização do estado moderno ele ainda era justificado

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teologicamente, apesar de no século XV surgir a fundamentação não
religiosa e não baseada a moral católica de então, propostas por
Nicolau Maquiavel.

1.4 O ESTADO MODERNO.


O Estado Moderno foi uma nova forma de organização política do
Estado durante a idade moderna, ou seja, entre os séculos XIV e XVIII.
No Final do século XVIII ocorre a revolução Francesa que criará uma
nova forma de estado, baseado nos princípios da divisão de poderes e
participação popular, ou seja, quebravam filosoficamente o sentido
atribuído ao poder monárquico e absoluto do estado moderno. O
Estado Nacional Moderno, pode também ser chamado de Estado
Nacional Absolutista ou Estado Burguês.
É chamado Estado Burguês pois a transição de uma monarquia
descentralizada que predominava no período medieval ao modelo de
monarquia altamente centralizada com muitos poderes na mão do rei
foi um processo entre o século XIV e XV em que ocorreu uma
aproximação entre o poder econômico (a burguesia) e o poder político
(o rei e parte da nobreza). A burguesia enquanto classe econômica
passa a financiar o Estado Nacional e seu exército enquanto o Estado
criava politicas favoráveis ao desenvolvimento comercial da burguesia
e do reino. O poder econômico passa a se ligar intimamente ao poder
político, que tradicionalmente está ligado ao poder religioso. Na maior
parte da Europa o Estado Moderno absolutista foi associado à Igreja
Católica, como nas coroas Ibéricas (Portugal e Espanha) que do século
XIV ao XIX estiveram associados à Igreja pelo regime de Padroado (a

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associação entre estado e Igreja. Chamamos Estado absolutista pois o
poder está absolutamente concentrado nas mãos do rei. Não havia
constituição e a vontade máxima era a do rei. Controlava tudo: a
nobreza, o comércio, o exército, todos os impostos eram recolhidos em
favor do rei, que era também poder religioso em grande parte dos
casos nas monarquias europeias, ou considerados representantes de
Deus na terra. Nesta época os principais pensadores políticos vão
justificar religiosamente o poder do rei, como Jaques Bossuet e a visão
desvinculada da moral religiosa de Nicolau Maquiavel e Tomás Hobbes.
Para o bispo Jaques Bossuet “Todo o poder vem de Deus, e o
rei por ser o maior representante do poder de Deus na terra deve ser
dotado do poder máximo”. Só seria poderoso porque é a vontade de
Deus. Vamos agora nos centrar no principal dos teóricos do Estado
Moderno Absolutista. Seu pensamento é a Teoria do Direito Divino.

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2. NICOLAU MAQUIAVEL (1469 – 1527).

Italiano da cidade de Florença, incorpora em termos políticos o


espirito do renascimento sua principal obra, a que vamos analisar aqui
é “O príncipe”. É um dos maiores teórico estudados no mundo e
possui várias interpretações. Seu nome muitas vezes é interpretado
como sinônimo de pessoas frias, traiçoeiras e ardilosas
(maquiavélicas). Não há tanta verdade nisso, mas seu nome ficou
associado a estes comportamentos e frequentemente podemos ter
dúvidas sobre o autor. Apesar de sua obra mais conhecida ser o
príncipe possui vários outros escritos, entre eles um anterior que é
considerado uma defesa ao republicanismo. Eis um dos temas que
geram debate. Seu livro para alguns era uma defesa do absolutismo,

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para outros um justificativa do absolutismo para sair da cadeia e
recuperar seu cargo de diplomata, que foi perdido justamente por ter
sido associado à ideias republicanas. Provavelmente nunca saberemos
com clareza o que motivou a obra, mas podemos analisá-la com
cuidado e tentar compreender o seu contexto.
O príncipe é um texto curto e escrito de forma textual e ideias
muito objetivas. É de um gênero literário da época, que conhecemos
como espelhos de príncipes, ou seja, eram obras que sugeriam
comportamentos, como conselhos para o ato de governar dos
soberanos. Todo o livro é um conselho sobre como governar, perigos
e desafios. É tão pragmático e objetivo que é muito custoso determinar
se é o que defendia como pensamento, ou simplesmente analisava o
comportamento ideal para a manutenção do poder. Faz parte do
debate.
O ponto central do pensamento de Maquiavel é inaugurar uma
“nova ética”, a política, que seria diferente da ética religiosa. A
ética cristã se preocupa fundamentalmente com a salvação da alma e
que o comportamento humano deve ser sempre bom, enquanto
preocupação da ética política é a salvação da comunidade política, no
contexto a salvação da cidade, que para isso o príncipe pode ser mau
se necessário. Fundamentalmente coloca que o governante não precisa
ser bom e possuir virtudes, mas que é importante que pareça que as
possua. Se para manter a estabilidade e o poder do Estado ser
necessário enganar ou usar da violência, não deve haver dilema ao
governante e deve ser feito, pois os fins do Estado justificam os
meios usados para isso (lembrando que é uma frase que sintetiza
bem seu pensamento mas ele não escreveu isso).

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Para ele é diferente as condutas éticas de um bom cristão e de


um bom político, que para Maquiavel, muitas vezes o poder coloca o
governante diante de situações que deve parecer quem não é, usando
máscaras morais e de comportamento, pois se não possui virtudes
admiradas, ao menos parece possuí-las. Foi diplomata em Florença e
trabalhou diretamente para a família Bórgia, que ocuparam o papado
italiano no fim do século XV. Foi uma família da nobreza que foram
importantes elementos do clero. Rodrigo Bórgia foi papa e o contexto
de sua chegada ao poder papal é recheado de polêmicas. Cesár Bórgia,
o filho do papa, é protagonista de um exemplo de Maquiavel de que o
governante deve ser cruel em determinados momentos. Diante de um
inimigo político Cesar Bórgia o parte ao meio com a espada no palácio
papal. Na moral cristã matar é pecado e mal em qualquer
circunstância, mas na moral política ele agiu corretamente, pois com

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aquela morte evitara no contexto uma guerra civil que levaria milhares
à morte.
Um dos capítulos do Príncipe questiona: É melhor ser temido ou
ser amado? Para Maquiavel, se possuir os dois melhor, mas que diante
da necessidade de escolhas não há dúvidas: ser temido, pois o amor
pode ser desafiado, mas dificilmente aquilo que se teme.

A virtú e a fortuna Maquiavel na obra “O Príncipe” separa a


virtú (as virtudes propriamente ditas) e a fortuna (a sorte). Para ele o
rei que se torna soberano e consegue isso através da prática de sua
virtú constrói a sua própria fortuna. Torna-se governante com muitas
dificuldades, mas no poder governa com maior estabilidade. Aqueles
que somente pela fortuna tornaram-se príncipes, tiveram pouco ou
nenhum trabalho para isso, mas mantêm-se no poder penosamente.
Tais príncipes estão na dependência exclusiva da vontade e da boa
fortuna de quem lhes concedeu o poder do Estado. Se matem sobre
duas coisas volúveis e instáveis.

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Ciência Política: Não prega que o homem deva ser mal, mas
que seja pragmático e se for necessária uma atitude considerada má,
como a mentira ou a violência ela deve ser tomada pelo Estado. Ele diz
que se você quiser evitar uma atitude má para salvar a sua alma é uma
opção sua, mas se a opção é a manutenção do poder, o que é bom
para a política, para a cidade, não condiz com a lógica do que é bom
para a alma. É considerado o pai da ciência política pois foi o primeiro
a estabelecer que a política possui sua lógica e ética próprios,
separados da moral religiosa.

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3. TOMÁS HOBBES (1588 -1679).

Thomas foi um dos mais importantes pensadores ingleses. Seu


pensamento é pessimista em relação aos homens, pois acredita que
sem o Estado para impor regras e garantir a segurança deveria haver
um soberano com poderes totais para punir quem saísse da linha. Ele
era um defensor do absolutismo monárquico, e o rei era o Estado.

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Contratualismo: O Estado é um contrato entre o poder o os
indivíduos. Hobbes era um teórico do absolutismo e o pensamento
contratualista também está presente em vários filósofos que
estudaremos, como os iluministas John Locke, Rousseau e
Montesquieu.
Para Hobbes o homem em seu
estado natural, ou seja, sem um
Estado e sem leis que garantissem a
propriedade, a segurança e normas de
convivência a vida seria impossível
pois a competição, insegurança e a
violência seriam a regra. “O homem é
o lobo do próprio homem”, diria
Hobbes e que a vida fora da sociedade
seria curta, pobre, sórdida e
embrutecida. Acreditava que a solução
era colocar um indivíduo ou um parlamento poderoso no comando. Os
indivíduos em seu estado de natureza seriam obrigados a estabelecer
um “contrato social” e abririam a mão de suas liberdades em nome da
segurança. Seu livro mais importante é o Leviatã, em que explica os
passos necessários para sair do pesadelo do estado de natureza e ir
para uma sociedade segura na qual a vida é suportável. O leviatã é um
gigantesco monstro marinho e para Hobbes é uma referência ao
grande poder do Estado.

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4. EXERCÍCIOS RESOLVIDOS.

1. (Enem 2013) Nasce daqui uma questão: se vale mais ser amado
que temido ou temido que amado. Responde-se que ambas as coisas
seriam de desejar; mas porque é difícil juntá-las, é muito mais seguro
ser temido que amado, quando haja de faltar uma das duas. Porque
dos homens se pode dizer, duma maneira geral, que são ingratos,
volúveis, simuladores, covardes e ávidos de lucro, e enquanto lhes
fazes bem são inteiramente teus, oferecem-te o sangue, os bens, a
vida e os filhos, quando, como acima disse, o perigo está longe; mas
quando ele chega, revoltam-se.

MAQUIAVEL, N. O príncipe. Rio de Janeiro: Bertrand, 1991.

A partir da análise histórica do comportamento humano em suas


relações sociais e políticas, Maquiavel define o homem como um ser
a) munido de virtude, com disposição nata a praticar o bem a si e aos
outros.
b) possuidor de fortuna, valendo-se de riquezas para alcançar êxito na
política.
c) guiado por interesses, de modo que suas ações são imprevisíveis e
inconstantes.
d) naturalmente racional, vivendo em um estado pré-social e portando
seus direitos naturais.
e) sociável por natureza, mantendo relações pacíficas com seus pares.

Resposta:

[C]

Maquiavel é considerado fundador da filosofia política


moderna, pois muitas das suas afirmações se contrapõem à
filosofia política clássica. Basicamente, a sua reflexão se
preocupa muito mais com problemas efetivos, e muito menos
com reflexões utópicas sobre o dever ser. De modo que a
eficiência deve ser buscada na pobreza mesma das nossas
cidades como elas são, e não na possível riqueza das nossas
cidades como elas poderiam ser.

“Resta ver agora como deve comportar-se um príncipe

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com os súditos ou com os amigos. Como sei que sobre isso
muitos escreveram receio, fazendo-o eu também, ser
considerado presunçoso, principalmente porque, ao tratar
deste assunto, me afasto das regras estabelecidas pelos outros.
Mas sendo minha intenção escrever coisa útil, destinada a quem
por ela se interessar, pareceu-me mais conveniente ir
diretamente à efetiva verdade do que comprazer-me em
imaginá-la. Muita gente imaginou repúblicas e principados que
jamais foram vistos ou de cuja real existência jamais se teve
notícia. E é tão diferente o como se vive do como se deveria
viver, que aquele que desatende ao que se faz e se atém ao que
se deveria fazer aprende antes a maneira de arruinar-se do que
a de preservar-se. Assim, o homem que queira em tudo agir
como bom acabará arruinando-se em meio a tantos que não são
bons”.
(N. Maquiavel. O Príncipe. São Paulo: Círculo do livro, p. 101).

2. (Enem 2012) Não ignoro a opinião antiga e muito difundida de que


o que acontece no mundo é decidido por Deus e pelo acaso. Essa
opinião é muito aceita em nossos dias, devido às grandes
transformações ocorridas, e que ocorrem diariamente, as quais
escapam à conjectura humana. Não obstante, para não ignorar
inteiramente o nosso livre-arbítrio, creio que se pode aceitar que a
sorte decida metade dos nossos atos, mas [o livre-arbítrio] nos permite
o controle sobre a outra metade.

MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Brasília: EdUnB, 1979 (adaptado).

Em O Príncipe, Maquiavel refletiu sobre o exercício do poder em seu


tempo. No trecho citado, o autor demonstra o vínculo entre o seu
pensamento político e o humanismo renascentista ao
a) valorizar a interferência divina nos acontecimentos definidores do
seu tempo.
b) rejeitar a intervenção do acaso nos processos políticos.
c) afirmar a confiança na razão autônoma como fundamento da ação
humana.
d) romper com a tradição que valorizava o passado como fonte de
aprendizagem.

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e) redefinir a ação política com base na unidade entre fé e razão.

Resposta:

[C]

Percebemos claramente pela passagem citada que o


pensamento de Maquiavel regula de acordo com a sorte as
nossas ações de todo tipo, sendo em um momento a própria
sorte um árbitro e noutro uma preocupação com a qual nos
conformamos. Agir bem é agir efetivamente perante as
circunstâncias. Não por outro motivo a história é muito
importante para Maquiavel, pois é através dela que
encontramos exemplos de homens que agiram efetivamente
perante as adversidades e obtiveram resultados que
contornaram o poder devastador da sorte. Neste contexto, virtù
não pode ser a virtude de um homem bom como a filosofia
antiga especulou, mas sim aquelas qualidades que o homem
possui capazes de fazê-lo superar os eventuais percalços. No
caso do Príncipe, a virtù constitui aquele conjunto de
qualidades pessoais necessárias para a manutenção do estado
e a realização de grandes feitos, mesmo que estas qualidades
sejam eventualmente cruéis.

3. (Enem 2015) A natureza fez os homens tão iguais, quanto às


faculdades do corpo e do espírito, que, embora por vezes se encontre
um homem manifestamente mais forte de corpo, ou de espírito mais
vivo do que outro, mesmo assim, quando se considera tudo isto em
conjunto, a diferença entre um e outro homem não é suficientemente
considerável para que um deles possa com base nela reclamar algum
benefício a que outro não possa igualmente aspirar.

HOBBES, T. Leviatã. São Paulo Martins Fontes, 2003

Para Hobbes, antes da constituição da sociedade civil, quando dois


homens desejavam o mesmo objeto, eles

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a) entravam em conflito.
b) recorriam aos clérigos.
c) consultavam os anciãos.
d) apelavam aos governantes.
e) exerciam a solidariedade.

Resposta:

[A]

Segundo Hobbes, os homens, em seu estado de natureza,


permanecem em um constante conflito. É a constituição da
cidade civil que irá pôr fim a esse estado de guerra de todos
contra todos.

4. (Uemg 2013) O Absolutismo como forma de governo esteve


presente na península Ibérica, na França e na Inglaterra, tendo
impactado e influenciado as maiores economias de seu tempo.
Seus pensadores mais conhecidos e suas teorias foram:
a) Nicolau Maquiavel e sua teoria de que o indivíduo estava
subordinado ao Estado; Thomas Hobbes, criador da teoria do
Contrato; Jacques Bossuet e Jean Bodin, que defenderam que o Rei
era um representante divino.
b) Nicolau Maquiavel e a teoria do Contrato; Thomas Hobbes e a teoria
da supremacia do Rei como representante divino; Jacques Bossuet e
Jean Bodin, que defenderam a subordinação do indivíduo ao Estado.
c) Maquiavel, Jacques Bossuet e Jean Bodin, cujas teorias só se
diferenciaram na aplicabilidade teológica, bem como Thomas
Hobbes, que preconizou o indivíduo como senhor de seus direitos.
d) Maquiavel e Thomas Hobbes, que conceberam o Contrato Social,
Jacques Bossuet, que estabeleceu o conceito de individualismo
primordial, e Jean Bodin, que defendeu a primazia da esfera
governamental.

Resposta:

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[A]

Maquiavel e Hobbes se utilizam de argumentos racionais


– não religiosos – em suas teorias; o primeiro defendendo a
autoridade do “Príncipe”, ou seja, do governante sobre a
sociedade, enquanto o segundo, autor do Leviatã, que parte da
ideia de que “o homem é o lobo do homem” e para viver em
sociedade os homens devem estabelecer um contrato social, no
qual cada indivíduo renuncia a uma parte de sua liberdade e de
seus direitos a um governante, responsável por gerir o conjunto
da sociedade.
Importante destacar que a ideia de “contrato social” de
Hobbes antecede ao livro de mesmo nome de Rousseau (que
defenderá o fim do absolutismo).

5. (Ufu 2015) A respeito da fortuna, Maquiavel escreveu:

[...] penso poder ser verdade que a fortuna seja árbitra de metade de
nossas ações, mas que, ainda assim, ela nos deixe governar quase a
outra metade.

MAQUIAVEL, N. O príncipe. Tradução de Lívio Xavier. São Paulo: Nova


Cultural, 1987. Coleção “Os Pensadores”. p. 103.

Com base na citação, responda:


a) O que é a fortuna para Maquiavel?
b) Como deve agir o príncipe em relação à fortuna?

Resposta:

a) O conceito de fortuna em Maquiavel diz respeito à sorte, isto


é, são acontecimentos que ocorrem sem que o governante
possua controle, pois estes escapam a seu alcance. Assim não
é possível prever ou programar todos os acontecimentos que
o cercam, por que eles dependem de fatores externos que não

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podem ser previstos. Contudo, os acontecimentos podem se
revelar tanto uma oportunidade quanto uma adversidade.

b) O príncipe, segundo Maquiavel, deve manter-se atento no


intuito de prevenir acontecimentos que podem ser
desfavoráveis. Ele deve aproveitar as oportunidades e agindo
corretamente nas adversidades a fim de manter o poder. Esta
característica de possuir ímpeto, virilidade, bravura e
coragem para aproveitar as oportunidades e precaver-se nas
adversidades, Maquiavel determina como “virtú”. Esta
representa os atributos e qualidades necessárias para
calcular o conjunto de eventos propícios ou desfavoráveis
para intervir no momento mais oportuno da cadeia causal.

5. EXERCÍCIOS PROPOSTOS.

1. (Ufpa 2013) Ao pensar como deve comportar-se um príncipe com


seus súditos, Maquiavel questiona as concepções vigentes em sua
época, segundo as quais consideravam o bom governo depende das
boas qualidades morais dos homens que dirigem as instituições. Para
o autor, “um homem que quiser fazer profissão de bondade é natural
que se arruíne entre tantos que são maus. Assim, é necessário a um
príncipe, para se manter, que aprenda a poder ser mau e que se
valha ou deixe de valer-se disso segundo a necessidade”.

Maquiavel, O Príncipe, São Paulo: Abril cultural, Os Pensadores,


1973, p.69.

Sobre o pensamento de Maquiavel, a respeito do comportamento de


um príncipe, é correto afirmar que
a) a atitude do governante para com os governados deve estar
pautada em sólidos valores éticos, devendo o príncipe punir aqueles
que não agem eticamente.
b) o Bem comum e a justiça não são os princípios fundadores da
política; esta, em função da finalidade que lhe é própria e das

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dificuldades concretas de realizá-la, não está relacionada com a
ética.
c) o governante deve ser um modelo de virtude, e é precisamente
por saber como governar a si próprio e não se deixar influenciar
pelos maus que ele está qualificado a governar os outros, isto é, a
conduzi-los à virtude.
d) o Bem supremo é o que norteia as ações do governante, mesmo
nas situações em que seus atos pareçam maus.
e) a ética e a política são inseparáveis, pois o bem dos indivíduos só é
possível no âmbito de uma comunidade política onde o governante
age conforme a virtude.

2. (Unesp 2014) A China é a segunda maior economia do mundo.


Quer garantir a hegemonia no seu quintal, como fizeram os Estados
Unidos no Caribe depois da guerra civil. As Filipinas temem por um
atol de rochas desabitado que disputam com a China. O Japão está
de plantão por umas ilhotas de pedra e vento, que a China diz que
lhe pertencem. Mesmo o Vietnã desconfia mais da China do que dos
Estados Unidos. As autoridades de Hanói gostam de lembrar que o
gigante americano invadiu o México uma vez. O gigante chinês
invadiu o Vietnã dezessete.

(André Petry. O Século do Pacífico. Veja, 24.04.2013. Adaptado.)

A persistência histórica dos conflitos geopolíticos descritos na


reportagem pode ser filosoficamente compreendida pela teoria
a) iluminista, que preconiza a possibilidade de um estado de
emancipação racional da humanidade.
b) maquiavélica, que postula o encontro da virtude com a fortuna
como princípios básicos da geopolítica.
c) política de Rousseau, para quem a submissão à vontade geral é
condição para experiências de liberdade.
d) teológica de Santo Agostinho, que considera que o processo de
iluminação divina afasta os homens do pecado.
e) política de Hobbes, que conceitua a competição e a desconfiança
como condições básicas da natureza humana.

3. (Uel 2014) Leia o texto a seguir.

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A República de Veneza e o Ducado de Milão ao norte, o reino de
Nápoles ao sul, os Estados papais e a república de Florença no centro
formavam ao final do século XV o que se pode chamar de mosaico da
Itália sujeita a constantes invasões estrangeiras e conflitos internos.
Nesse cenário, o florentino Maquiavel desenvolveu reflexões sobre
como aplacar o caos e instaurar a ordem necessária para a unificação
e a regeneração da Itália.

(Adaptado de: SADEK, M. T. “Nicolau Maquiavel: o cidadão sem


fortuna, o intelectual de virtú”. In: WEFORT, F. C. (Org.). Clássicos
da política. v.2. São Paulo: Ática, 2003. p.11-24.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a filosofia política de


Maquiavel, assinale a alternativa correta.
a) A anarquia e a desordem no Estado são aplacadas com a
existência de um Príncipe que age segundo a moralidade
convencional e cristã.
b) A estabilidade do Estado resulta de ações humanas concretas que
pretendem evitar a barbárie, mesmo que a realidade seja móvel e a
ordem possa ser desfeita.
c) A história é compreendida como retilínea, portanto a ordem é
resultado necessário do desenvolvimento e aprimoramento
humano, sendo impossível que o caos se repita.
d) A ordem na política é inevitável, uma vez que o âmbito dos
assuntos humanos é resultante da materialização de uma vontade
superior e divina.
e) Há uma ordem natural e eterna em todas as questões humanas e
em todo o fazer político, de modo que a estabilidade e a certeza são
constantes nessa dimensão.

4. (Uel 2005) “Hobbes realiza o esforço supremo de atribuir ao


contrato uma soberania absoluta e indivisível [...]. Ensina que, por
um único e mesmo ato, os homens naturais constituem-se em
sociedade política e submetem-se a um senhor, a um soberano. Não
firmam contrato com esse senhor, mas entre si. É entre si que
renunciam, em proveito desse senhor, a todo o direito e toda
liberdade nocivos à paz”.

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(CHEVALLIER, Jean-Jacques. As grandes obras políticas de Maquiavel
a nossos dias. Trad. de Lydia Cristina. 7. ed. Rio de Janeiro: Agir,
1995. p. 73.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre o contrato político em


Hobbes, considere as afirmativas a seguir.
I. A renúncia ao direito sobre todas as coisas deve ser recíproca entre
os indivíduos.
II. A renúncia aos direitos, que caracteriza o contrato político,
significa a renúncia de todos os direitos em favor do soberano.
III. Os procedimentos necessários à preservação da paz e da
segurança competem aos súditos cidadãos.
IV. O contrato que funda o poder político visa pôr fim ao estado de
guerra que caracteriza o estado de natureza.

Estão corretas apenas as afirmativas:


a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.

5. (Ufu 2013) Porque as leis de natureza (como a justiça, a


equidade, a modéstia, a piedade, ou, em resumo, fazer aos outros o
que queremos que nos façam) por si mesmas, na ausência do temor
de algum poder capaz de levá-las a ser respeitadas, são contrárias a
nossas paixões naturais, as quais nos fazem tender para a
parcialidade, o orgulho, a vingança e coisas semelhantes.

HOBBES, Thomas. Leviatã. Cap. XVII. Tradução de João Paulo


Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Nova Cultural,
1988, p. 103.

Em relação ao papel do Estado, Hobbes considera que:


a) O seu poder deve ser parcial. O soberano que nasce com o
advento do contrato social deve assiná-lo, para submeter-se aos
compromissos ali firmados.
b) A condição natural do homem é de guerra de todos contra todos.
Resolver tal condição é possível apenas com um poder estatal
pleno.

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c) Os homens são, por natureza, desiguais. Por isso, a criação do
Estado deve servir como instrumento de realização da isonomia
entre tais homens.
d) A guerra de todos contra todos surge com o Estado repressor. O
homem não deve se submeter de bom grado à violência estatal.

6. (Ufsm 2013) Sem leis e sem Estado, você poderia fazer o que
quisesse. Os outros também poderiam fazer com você o que
quisessem. Esse é o “estado de natureza” descrito por Thomas
Hobbes, que, vivendo durante as guerras civis britânicas (1640-60),
aprendeu em primeira mão como esse cenário poderia ser
assustador. Sem uma autoridade soberana não pode haver nenhuma
segurança, nenhuma paz.

Fonte: LAW, Stephen. Guia Ilustrado Zahar: Filosofia. Rio de Janeiro:


Zahar, 2008.

Considere as afirmações:

I. A argumentação hobbesiana em favor de uma autoridade


soberana, instituída por um pacto, representa inequivocamente a
defesa de um regime político monarquista.
II. Dois dos grandes teóricos sobre o estado de natureza”, Hobbes e
Rousseau, partilham a convicção de que o afeto predominante
nesse “estado” é o medo.
III. Um traço comum da filosofia política moderna é a idealização de
um pacto que estabeleceria a passagem do estado de natureza
para o estado de sociedade.

Está(ão) correta(s)
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas III.
d) apenas I e II.
e) apenas II e III.

7. (Ufpa 2013) “Desta guerra de todos os homens contra todos os


homens também isto é consequência: que nada pode ser injusto. As
noções de bem e de mal, de justiça e injustiça, não podem aí ter
lugar. Onde não há poder comum não há lei, e onde não há lei não há
injustiça. Na guerra, a força e a fraude são as duas virtudes cardeais.

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A justiça e a injustiça não fazem parte das faculdades do corpo ou do
espírito. Se assim fosse, poderiam existir num homem que estivesse
sozinho no mundo, do mesmo modo que seus sentidos e paixões.”

HOBBES, Leviatã, São Paulo: Abril cultural, 1979, p. 77.

Quanto às justificativas de Hobbes sobre a justiça e a injustiça como


não pertencentes às faculdades do corpo e do espírito, considere as
afirmativas:

I. Justiça e injustiça são qualidades que pertencem aos homens em


sociedade, e não na solidão.
II. No estado de natureza, o homem é como um animal: age por
instinto, muito embora tenha a noção do que é justo e injusto.
III. Só podemos falar em justiça e injustiça quando é instituído o
poder do Estado.
IV. O juiz responsável por aplicar a lei não decide em conformidade
com o poder soberano; ele favorece os mais fortes.

Estão corretas as afirmativas:


a) I e II
b) I e III
c) II e IV
d) I, III e IV
e) II, III e IV

8. (Ufu 2012) [...] a condição dos homens fora da sociedade civil


(condição esta que podemos adequadamente chamar de estado de
natureza) nada mais é do que uma simples guerra de todos contra
todos na qual todos os homens têm igual direito a todas as coisas;
[...].

HOBBES, Thomas. Do Cidadão. Campinas: Martins Fontes, 1992.

De acordo com o trecho acima e com o pensamento de Hobbes,


assinale a alternativa correta.
a) Segundo Hobbes, o estado de natureza se confunde com o estado
de guerra, pois ambos são uma condição original da existência
humana.
b) Para Hobbes, o direito dos homens a todas as coisas está
desvinculado da guerra de todos contra todos.

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c) Segundo Hobbes, é necessário que a condição humana seja
analisada sempre como se os homens vivessem em sociedade.
d) Segundo Hobbes, não há vínculo entre o estado de natureza e a
sociedade civil.

9. (Uema 2015) Para Thomas Hobbes, os seres humanos são livres


em seu estado natural, competindo e lutando entre si, por terem
relativamente a mesma força. Nesse estado, o conflito se perpetua
através de gerações, criando um ambiente de tensão e medo
permanente. Para esse filósofo, a criação de uma sociedade
submetida à Lei, na qual os seres humanos vivam em paz e deixem
de guerrear entre si, pressupõe que todos renunciem à sua liberdade
original. Nessa sociedade, a liberdade individual é delegada a um só
dos homens que detém o poder inquestionável, o soberano.

Fonte: MALMESBURY, Thomas Hobbes de. Leviatã ou matéria, forma


e poder de um estado eclesiástico e civil. Trad. João Paulo Monteiro;
Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Editora NOVA Cultural, 1997.

A teoria política de Thomas Hobbes teve papel fundamental na


construção dos sistemas políticos contemporâneos que consolidou a
(o)
a) Monarquia Paritária.
b) Despotismo Soberano.
c) Monarquia Republicana.
d) Monarquia Absolutista.
e) Despotismo Esclarecido.

10. (Ufsj 2013) “Liberdade significa, em sentido próprio, a ausência


de oposição [...] e não se aplica menos às criaturas irracionais e
inanimadas do que às racionais”.

Esse é um fragmento de texto colhido de


a) David Hume.
b) Thomas Hobbes.
c) Friedrich Nietzsche.
d) Jean-Paul Sartre.

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Gabarito:

Resposta da questão 1:
[B]

O pensamento de Maquiavel sobre o comportamento do príncipe


estabelece uma ética fundada a partir de um princípio distinto da ética
clássica. No pensamento clássico, a ética tinha a finalidade de formar
um homem com um comportamento baseado em certas virtudes, como
a sabedoria, a coragem, a temperança, a prudência.
Já a ética maquiavélica não busca refletir sobre a formação dos
hábitos de um homem, no caso o príncipe, tendo em vista tais virtudes,
mas sim tendo em vista a sua manutenção no poder. Portanto, os
hábitos do príncipe não podem ser pensados de acordo com virtudes
cardeais, mas sim de acordo com a experiência comum através da qual
se observa homens agindo de maneira desleal sem qualquer pudor ou
respeito para com atitudes magnânimas.

Resposta da questão 2:
[E]

Obviamente, é muito difícil compreender a persistência histórica


dos conflitos geopolíticos através dessa teoria política hobbesiana, pois
a grande obra do filósofo britânico não se resume à definição do estado
de natureza do homem, no qual todos estão em guerra contra todos.
Além disso, não faz qualquer sentido confundir tal estado de
natureza com a nossa realidade, que ao se chamar geopolítica já
impede uma relação direta com a suposta condição primária da
civilização. Nem nós, nem a Inglaterra de Hobbes representamos o
estado de natureza, pois tal premissa é um postulado da especulação
filosófica do autor, e não um fato constatado. Ora, nós vivemos em
uma sociedade global, e não estamos em vivendo no caos absoluto de
um confronto geral de vida ou morte.
Se fôssemos compreender a persistência história dos conflitos
geopolíticos através da teoria política hobbesiana, então deveríamos
tomar tais constantes disputas como resultado da incapacidade dos
homens de instituírem um governo global forte o suficiente que
obrigasse os cidadãos a honrarem o pacto social.

Resposta da questão 3:
[B]

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Maquiavel é considerado fundador da filosofia política moderna,


pois muitas das suas afirmações se contrapõem à filosofia política
clássica. Basicamente, a sua reflexão se preocupa muito mais com
problemas efetivos, e muito menos com reflexões utópicas. De modo
que a eficiência deve ser buscada na pobreza mesma das nossas
cidades como elas são, e não na possível riqueza das nossas cidades
como elas poderiam ser.
Sendo assim, o papel político do Príncipe é o de constituir um
poder superior capaz de mantê-lo no poder. O Príncipe também tem
por tarefa cuidar da manutenção e conservação desse poder superior.
Conforme Maquiavel, o Príncipe pode se utilizar de todos os meios
disponíveis para a consecução de seus objetivos. Desde que as
circunstâncias assim o exijam, o Príncipe poderá se utilizar inclusive da
mentira, da violência e da força, porém, deve logicamente ser astuto
e assim evitar ser odiado pelos súditos.

“Resta ver agora como deve comportar-se um príncipe com os súditos


ou com os amigos. Como sei que sobre isso muitos escreveram, receio,
fazendo-o eu também, ser considerado presunçoso, principalmente
porque, ao tratar deste assunto, me afasto das regras estabelecidas
pelos outros. Mas sendo minha intenção escrever coisa útil, destinada
a quem por ela se interessar, pareceu-me mais conveniente ir
diretamente à efetiva verdade do que comprazer-me em imaginá-la.
Muita gente imaginou repúblicas e principados que jamais foram vistos
ou de cuja real existência jamais se teve notícia. E é tão diferente o
como se vive do como se deveria viver, que aquele que desatende ao
que se faz e se atém ao que se deveria fazer aprende antes a maneira
de arruinar-se do que a de preservar-se. Assim, o homem que queira
em tudo agir como bom acabará arruinando-se em meio a tantos que
não são bons”. (N. Maquiavel. O Príncipe. São Paulo: Círculo do livro,
p. 101)

Resposta da questão 4:
[B]

O contrato social, na acepção de Thomas Hobbes, tem como


objetivo dar segurança aos cidadãos, superando, assim, o estado de
guerra de todos contra todos. O contrato funciona mediante a
transferência dos direitos naturais dos indivíduos para o poder

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soberano, responsável por garantir os direitos civis, a vida e a liberdade
dos cidadãos.

Resposta da questão 5:
[B]

O Estado de natureza é "natural" em apenas um sentido


específico. Para Hobbes a autoridade política é artificial e em
contrapartida o Estado anterior à instituição do Governante é natural.
Nesta sua condição "natural" o ser humano mantém apenas a relação
de autoridade da mãe sobre o filho, pois ela tem a vida do filho. Entre
adultos, inevitavelmente, o caso se complica e surge a necessidade do
artifício. Naturalmente, todo homem tem direito igual a todas as coisas.
Porém, cada homem difere um do outro em força e em inteligência.
Apesar dessa diferença, cada homem tem poder suficiente para
ameaçar a vida de qualquer outro, de modo que invariavelmente o
Estado de natureza termina em uma disputa de todos contra todos por
tudo que é direito de todos. Para o racionalismo hobbesiano, o Estado
de natureza é forçosamente uma guerra de todos contra todos. O
homem, como a máxima de Hobbes manifesta, é lupino.

Resposta da questão 6:
[C]

A argumentação hobbesiana favorece qualquer estado que


proteja a paz entre os cidadãos assegurando que as leis ordenadoras
sempre prevaleçam, mesmo que o uso da força e da violência seja
necessário. Todavia, para Hobbes a monarquia é o poder mais
adequado, o soberano monarca é o governante ideal para o filósofo.
Já Rousseau pensa distintamente e o contrato é estabelecido
devido o constante aumento das desigualdades engendrado
naturalmente no estado primordial da humanidade. Os homens, então,
se juntam para que a vontade geral passe a direcionar nossas ações,
garantindo assim que todos sejam efetivamente considerados na sua
importância sem que as desigualdades naturais dominem as cidades.
Este tipo de teoria geral sobre a origem, a construção e o
desenvolvimento de uma sociedade é bastante comum a partir dos
primórdios da modernidade. Hobbes, Locke e Rousseau são geralmente
os nomes mais reconhecidos vinculados à teoria do contrato social,
porém não são os únicos.

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Resposta da questão 7:
[B]

A teoria contratual de Hobbes busca estabelecer um movimento


no qual o homem passa de um estado natural para um estado civil. No
estado natural, o homem vive em guerra com os outros homens, isto
é, a finalidade da vida é manter-se vivo e se beneficiar do uso da
violência, da trapaça, etc. contra os outros. A insustentabilidade desse
estado leva o homem a buscar manter-se vivo de outra maneira, a
saber, instituindo um governo que, na opinião do filósofo, deveria
ditatorialmente se sobrepor a todos e estabelecer uma ordem
inabalável. O governante tem o monopólio do medo e mantém a paz
através da repressão para manutenção da lei e a garantia da justiça.

Resposta da questão 8:
[A]

O estado de natureza é "natural" em apenas um sentido


específico. Para Hobbes, a autoridade política é artificial e em
contrapartida o estado anterior à instituição do governo é natural. Na
sua condição "natural", o ser humano carece de governo, que é uma
autoridade artificial, pois a única autoridade natural é aquela da mãe
sobre o filho – dado que a mãe tem a vida do filho. Entre adultos,
inevitavelmente o caso difere e surge a necessidade do artifício.
Naturalmente, todo homem tem direito igual a todas as coisas,
porém, de fato, cada homem difere um do outro em força e, talvez,
até em inteligência. Todavia, cada homem tem poder suficiente para
ameaçar a vida de qualquer outro, de modo que invariavelmente o
estado de natureza é uma disputa de todos contra todos por tudo que
é direito de todos. O estado de natureza é forçosamente uma guerra
de todos contra todos. Entre outras inúmeras funções, Hobbes, com
essa teoria, se opõe à teoria monarquista do direito divino ao trono.

Resposta da questão 9:
[D]

Segundo Hobbes uma vez que os homens se encontram num


estado de guerra de “todos contra todos”, a construção da sociedade
somente pode ocorrer quanto todos os membros rendem sua liberdade
natural para uma única figura capaz de garantir a paz e a segurança a
todos. Esta figura é entendida pelo autor como um mal necessário (um

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leviatã) que deve possuir poder inquestionável, não estando rendido a
qualquer atrelamento, seja ele partidário ou republicano. Para que esta
figura possa governar de forma a cuidar dos interesses de todos sem
estar ligado a nenhum condicionamento, ela deve possuir um poder e
uma autoridade inquestionável. Embora Hobbes não fosse um defensor
árduo do absolutismo, suas teses serviram de base para justificar a
monarquia como forma mais viável de garantir a todos um estado de
paz. Portanto, a monarquia absolutista é o remédio para garantir a
coexistência dos homens em sociedade. O despotismo esclarecido vai
no sentido contrário, sendo inspirado pela filosofia iluminista, cria uma
abertura não existente na filosofia de Hobbes, na qual o monarca não
é mais visto como absoluto, mas sim como alguém que ainda exerce o
poder, mas sem o caráter divino e inquestionável dos seus
antecessores.

Resposta da questão 10:


[B]

Liberdade, no entender de Hobbes, é ausência de obstáculos


externos às ações que contribuem para a preservação da vida. De
acordo com o Capítulo XIV do Leviatã, a liberdade é um direito, e opõe-
se à lei. Estamos diante da condição humana, isto é, diante do estado
natural, no âmbito dos apetites e dos desejos primários do homem, e
não diante de alguma qualidade intrínseca específica do homem.

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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS.

Muito bem, querido estudante. Se chegou até aqui é um bom


sinal: o de que tentou praticar todos os exercícios. Não se esqueça da
importância de ler a teoria completa e sempre consultá-la. Não esqueça
dos seus objetivos e dedique-se com toda a força para alcança-los.
Você sabe que com uma boa nota no ENEM poderá escolher uma ótima
universidade e também seu curso dos sonhos. Lembre-se sempre de
suas motivações: ter um bom emprego, estudar numa instituição de
prestigio e várias coisas mais, pois elas vão te dar a energia que você
precisa para encarar o desafio de estudar muito e fazer uma excelente
nota no ENEM. Sonhe alto, pois “quem sente o impulso de voar, nunca
mais se contentará em rastejar”. Te encontro na nossa próxima aula.
Bons estudos, um grande abraço e foco no sucesso.

Até logo...

Prof. Sérgio Henrique Lima Reis.

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