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Escritório de Advocacia

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Paulo Henrique Martins de Sousa


Demais advogados
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POSSIBILIDADES E LIMITES

Antes de optar pelo inventário extrajudicial (se for o caso),


deve-se verificar a existência de testamento. Segundo norma do CNJ, isso se faz pela
consulta ao Registro Central de Testamentos On Line – RCTO. Emitida a certidão
negativa, é possível se fazer o inventário extrajudicialmente, desde que, é evidente, os
demais requisitos legais estejam presentes.
O Enunciado 600 da VII Jornada de Direito Civil prevê que
após registrado judicialmente o testamento e sendo todos os interessados capazes e
concordes com os seus termos, não havendo conflito de interesses, é possível que se
faça o inventário extrajudicial. A literalidade dos dispositivos legais e a doutrina mais
apegada à letra da lei ainda entendem que se existir testamento, o inventário tem de
ser necessariamente judicial.
Assim, como o divórcio, o inventário também pode ser judicial
ou extrajudicial. O art. 610, §1º, do CPC/2015 estabelece que se todos os herdeiros
forem capazes e concordes, poderá fazer-se o inventário e a partilha por escritura
pública, a qual constituirá título hábil para o registro imobiliário. Ou seja, exigem-se
quatro requisitos para o inventário extrajudicial:
1. Todos os herdeiros têm de ser maiores e capazes: art.
2.016 do CC/2002
2. Todos devem concordar com a partilha: art. 2.016 do
CC/2002
3. Todos os interessados estão representados por advogado
comum ou individual: art. 610, §2º, do CPC/2015
4. Não pode existir testamento: art. 610, caput, do CPC/2015
Em que pesem as dúvidas, evidente que o inventário e a
partilha extrajudiciais não necessitam de homologação judicial. Esse entendimento
pode ser extraído do art. 610, §§, do CPC/2015.

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