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Universidade Católica do Salvador

Curso: Direito
Disciplina: Constitucional I
Aluna: Carine Nunes de Azevedo
Professor: Dirley da Cunha Júnior
1ª avaliação do semestre
1ª questão:

Primordialmente, as teorias destacadas por Joao e Maria são de diferentes


autores. O de Joao o autor que traz conceitos sobre teoria sociológica é de Ferdinand
Lassalle, e a afirmação citada, “atribuía à Constituição a posição de norma jurídica
fundamental, dotada de supremacia no ordenamento jurídico.”, é a do defensor Hans
Kelsen. O de Maria traz a teoria jurídica de Korand Hesse, porém a afirmativa de Maria
é que “a constituição exclui toda norma que não é uma decisão política fundamental”
teoria política defendida por Carl Schmitt.
Ferdinand Lassalle, na sua significativa obra A Essência da Constituição, revelou
os fundamentos sociológicos das constituições: os fatores reais do poder que regem
uma determinada sociedade. Para ele, constituem esses fatores reais do poder: a
monarquia, a aristocracia, a grande burguesia, os banqueiros e, com especial
conotação, a pequena burguesia e a classe operária, todos, sem exceção, compondo
parte da Constituição, que ele denomina de Constituição real e afetiva. “A soma dos
fatores reais do poder que regem uma nação”, ou seja, a Constituição real e afetiva é
um produto das infraestruturas sociais.
Na concepção de Hesse, a Constituição estabelece princípios fundamentais
conformadores da unidade politica, regula o processo de solução de conflitos dentro
da comunidade, organiza o processo de formação da unidade politica e da atuação
estatal, define os fundamentos e princípios da ordem jurídica global e regulamenta as
relações da vida historicamente cambiantes.
Com a autoria de Hans Kelsen, encontramos a figura do defensor intransigente
do conceito puramente jurídico de Constituição. Para ele, a Constituição pode ser
concebida em dois sentidos: no lógico-jurídico, como a norma hipotética fundamental
(Grundnorm), pressuposta, que serve de fundamento lógico transcendental de
validade própria Constituição jurídico-positiva; e no jurídico-positivo, como norma
positiva suprema, ocupando, dessarte, o vértice do ordenamento jurídico do Estado.
Nesse sentindo, “a Constituição representa o escalão de Direito positivo mais
elevado.”
Já na teoria de Carl Schmitt, a Constituição, como uma decisão consciente da
comunidade politica, deriva de uma vontade politica já existente. Percebe-se no
pensamento de Schmitt, que não é a Constituição que produz a unidade politica, mas,
inversamente, é a unidade politica, ou seja, a nação que gera a Constituição.
2ª questão:

A idéia de supremacia da constituição decorre de sua origem, alicerçada num poder


instituidor de todos os outros poderes, que constitui os demais; daí sua denominação
poder constituinte. Poder constituinte é a expressão maior da vontade de um povo ou
grupo destinada a estabelecer os fundamentos de organização de sua própria
comunidade. Quanto às espécies ou divisão do poder constituinte, um esclarecimento
preliminar se impõe. O poder constituinte é único. Não se divide um poder indivisível e
indissociável, em categorias que contrariem o seu conceito.

São elas, as Espécies de Poder Constituinte: Originário é Derivado.

Poder Constituinte Originário


Como poder instituidor do Estado pressupõe-se sua anterioridade,
sendo considerado poder constituinte originário, por tudo ele decorre. A
doutrina elege como características principais deste poder originário,
como pequenas variações entre os autores, a inicialidade, a
incondicionalidade e a limitação. O poder constituinte originário é
compreendido também como um poder de direito tendo por
fundamento o Direito Natural, que é anterior e superior ao Direito de
Estado, fundado num poder natural do homem de organizar a vida
social; estaria, então, limitado este poder originário não pelo Direito
positivo, mas sim pelo Direito natural. E suas formas de manifestações
se dá por meio de Assembleias Constituintes ou Convenções, que
promulgam os textos constitucionais.

Poder Constituinte Derivado


Ao contrário da limitação ou ilimitação do poder constituinte originário,
as limitações do poder constituinte reformador ou revisor, como a
doutrina chama o poder derivado, são maciçamente aceitas pelos
pensadores constitucionais. Suas principais características são a
limitação material de seu exercício e a condicionalidade destes limites
impostos; se não houvesse limites, não haveria diferença entre o poder
revisor e o poder constituinte. Em razão disso, esse poder Poder
Derivado ainda se divide nas seguintes espécies: o poder constituinte
reformador e o poder constituinte decorrente.
O poder reformador é aquele destinado a alterar a Constituição,
podendo essa reformar consistir em acréscimos, modificação ou
supressão de parte do seu texto; já o poder decorrente é aquele cuja
competência consiste em elaborar ou modificar as Constituições dos
Estados-membros da Federação. Se manifesta por meio de emendas e
institucionaliza coletividades dos políticos regionais por meio das
Assembleias Legislativas Estaduais.

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