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Tópicos para os slides:

• INTRODUÇÃO.
• Os loucos de todo gênero
• A completa privação dos sentidos e da inteligência

INTRODUÇÃO:

A relação entre doença mental e violência tem sido objeto de discussão no campo
da medicina mental e do direito penal. No século XIX, esse tema desempenhou um papel
importante no desenvolvimento da medicina mental e gerou debates entre alienistas e
magistrados. Nesta apresentação, analisaremos a evolução do estatuto jurídico penal dos
doentes mentais no Brasil e o modelo de intervenção penal adotado para lidar com
indivíduos considerados perigosos e irresponsáveis. Também discutiremos os conceitos
de inimputabilidade, irresponsabilidade, periculosidade e medida de segurança, que
sustentam a abordagem do doente mental criminoso.

Os loucos de todo gênero:

No contexto do Código Criminal do Império do Brasil, a loucura era vista como


desrazão, e os loucos de todo gênero eram tratados como criminosos, exceto quando
demonstrassem lúcidos intervalos nos quais cometessem o crime. A relação entre loucura
e criminalidade gerou debates e resultou em medidas de controle e regeneração. No
entanto, nessa época, não havia um local específico para abrigar os loucos criminosos,
sendo eles encaminhados às prisões ou à Santa Casa. A atuação psiquiátrica seguia o
projeto de construção da nação e a manutenção da ordem social.

A completa privação dos sentidos e da inteligência:

Com a promulgação do primeiro Código Penal da República, ocorreram mudanças


significativas no estatuto jurídico penal dos doentes mentais. Os loucos foram
considerados inimputáveis, ou seja, seus atos não eram qualificados como crimes, e a
responsabilidade legal pelos atos cometidos era retirada. O destino desses indivíduos era
encaminhá-los ao Hospício de Alienados, fora do âmbito da sanção penal. A estratégia
alienista buscava controlar os loucos perigosos, especialmente os monomaníacos, que
eram vistos como uma ameaça aos juristas nos tribunais. A fórmula utilizada para
delimitar a noção de loucura foi a da completa privação dos sentidos e da inteligência,
buscando distinguir os casos em que a perturbação era intensa o suficiente para tirar a
consciência do ato ou a liberdade da determinação.

Conclusão da tua parte da apresentação:

Ao longo da história do direito penal brasileiro, a abordagem da doença mental


tem evoluído, passando da consideração dos loucos como criminosos para sua
inimputabilidade e retirada da responsabilidade penal. A estratégia alienista desempenhou
um papel fundamental nesse processo, buscando controlar os loucos perigosos e definir
critérios para distinguir a loucura de outros estados mentais. A compreensão desses
conceitos, como inimputabilidade, irresponsabilidade, periculosidade e medida de
segurança, é essencial para entender a abordagem jurídica da doença mental no Brasil.

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