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COMO INVESTIR NO

EXTERIOR E AUMENTAR
A RENTABILIDADE DA
CARTEIRA
GUIA DEFINITIVO

1
Se você acessou esse material é porque está
querendo investir no exterior para proteger seu
patrimônio através de ativos estrangeiros, além
de aumentar a rentabilidade da carteira.

Ter um portfólio diversificado não significa


somente possuir diferentes ativos e setores do
mercado acionário. Uma parte muito importante
da diversificação é a alocação internacional.

2
SUMÁRIO

SUMÁRIO 3
O que é investimento no exterior? 6
Por que investir no exterior? 7
Como investir no exterior? 9
Investir direto no exterior 9
Investimentos disponíveis no exterior 10
1. Stocks 10
2. Real Estate Investment Trust (REIT) 11
3. ETFs (Exchange Traded Funds) 12
SPY (SPDR S&P 500 ETF Trust) 12
VOO (Vanguard 500 Index Fund ETF) 13
QQQ (Invesco QQQ Trust Series 1) 13
VNQ (Vanguard Real Estate Index) 13
VYM (Vanguard High Dividend Yield ETF) 13
4. Bonds 13
Treasury Bonds (bonds do Governo) 14
Corporate Bonds (títulos corporativos) 15
Investir no exterior através da bolsa brasileira 17
1. Fundos de Investimentos 17
2. ETFs (Exchange Traded Funds) 18
3. BDRs (Brazilian Depositary Receipts) 19
Como abrir conta em corretora para investir no exterior? 20
Como enviar dinheiro para investir no exterior? 21
Tributação e taxas para investir no exterior 22
Fundos que fazem investimentos no exterior 23

COMO INVESTIR NO EXTERIOR E AUMENTAR A RENTABILIDADE DA CARTEIRA - 3


Investir no exterior por ETF 23
Investir no exterior por BDRs 23
Investimentos no exterior de forma direta 24
Quanto dinheiro é preciso para investir no exterior? 25
Vantagens de investir no exterior 25
Diversificação geográfica 25
Exposição à economia mundial 26
Exposição a moedas mais fortes 26
Potencial de retorno 27
Facilidade 27
Redução de risco 27
Variedade de ativos 27
Riscos em investir no exterior 28
Investir no exterior diretamente ou através da bolsa
brasileira? 29
Vantagens de investir direto no exterior 30
Desvantagens de investir direto no exterior 30
Vantagens de investir pela B3 30
Desvantagens de investir pela B3 30
Vale a pena investir no exterior? 31

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Já pensou em possuir ações de gigantes da tecnologia como
Google, Apple, Microsoft?

Ou moedas fortes como o Dólar e o Euro?

E se você for mais conservador ainda poderá investir na renda


fixa americana e receber uma renda em dólar.

Investir nesses ativos, além de aumentar a rentabilidade da


carteira, pode ajudar a manter sua estabilidade financeira.

A preservação do poder aquisitivo é justamente uma das


principais razões para investir no exterior.

Afinal, a cada crise política ou financeira o real se desvaloriza.


Além do risco cambial, muitos dos produtos que consumimos
aqui estão atrelados à uma moeda forte.

Por estes e outros motivos, cada vez mais brasileiros alocam


parte dos recursos fora do Brasil.

Não só aumentou o interesse em saber como investir no


exterior, mas aqueles que já investem fora do Brasil querem
aumentar sua exposição em investimentos internacionais.

Para fazer este tipo de operação com segurança, fizemos este


guia completo de como investir no exterior com segurança.

Aqui você irá encontrar as principais informações de como esse


investimento funciona, os ativos para investir, as taxas,
impostos e muito mais.

Continue a leitura e conheça as razões para sempre ter uma


parte do seu patrimônio no exterior.

Lembrando que a forma mais segura de realizar a abertura de


conta, transferência de valores, análise de ativos e a operação
é através de um consultor de investimentos internacional.

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O que é investimento no exterior?
O investimento no exterior é toda a alocação em ativos
financeiros (ações, títulos, fundos de investimentos, etc)
realizada fora do país onde o investidor reside.

Um investidor brasileiro que compra ações de empresas


americanas, por exemplo, está investindo no exterior.

Esse tipo de investimento serve para diversificar o capital e


ganhar rendimentos em moedas mais fortes, como é o caso do
euro e do dólar.

No caso do investidor americano que investe no Brasil,


geralmente a motivação está em oportunidades nos mercados
emergentes.

O investimento no exterior pode ser realizado através da


compra direta dos ativos através de corretoras internacionais
ou em produtos com exposição ao mercado internacional
disponíveis na Bolsa de Valores do próprio país de residência.

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Por que investir no exterior?
Existem diversas razões vitais para investir no exterior como:

● Diversificar entre países;

● Maior exposição à economia mundial;

● Maior potencial de retorno;

● Diminuir o risco do portfólio;

● Se proteger do Risco Brasil;

● Exposição à uma moeda mais forte;

● Manter o poder de compra.

O principal motivo é a diversificação. Ao colocar parte do


patrimônio no exterior é possível diminuir o risco do seu portfólio
e se proteger do “risco Brasil”.

Querendo ou não, todos os ativos que estão dentro do mercado


brasileiro estão atrelados ao Brasil.

Investir parte do patrimônio no exterior ajuda a proteger a


carteira em momentos de incerteza doméstica, como em
eleições, crises políticas e econômicas.

Ao investir em economias mais estáveis do que a brasileira,


caso dos EUA, Japão e países europeus, o risco tende a ser
menor.

Há, ainda, a vantagem da exposição do capital a moedas


fortes e ganhar também com sua valorização.

Quando se fala em diversificação internacional, o primeiro país


que costuma vir à mente é os Estados Unidos.

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Também pudera.

O dólar tem um componente muito presente até mesmo no


Brasil.

A maioria dos produtos são dolarizados. Como é o caso de


equipamentos eletrônicos, gasolina, trigo, medicamentos,
entretenimento, viagens internacionais e aí por diante.

Como o brasileiro possui despesas contratadas em dólar,


quando o real desvaloriza frente ao dólar, o poder de compra
da população diminui.

Por isso, para proteger o poder de compra, as receitas não


podem ficar restritas a ganhos reais.

Além disso, o mercado norte-americano é o maior e mais


maduro do mundo e a maior parte dos perfis de investidores
pode se beneficiar ao aprender como investir no exterior.

A variedade de ativos também entra nessa conta:

● B3 (bolsa brasileira): cerca de 475 empresas listadas…

● NYSE: mais de 2,4 mil opções de ações;

● Nasdaq: mais de 3,6 mil companhias.

Portanto, investir no exterior é uma estratégia importante


independentemente do momento do mercado, que deve ser
feita de forma estruturada e mantida na carteira de
investimentos.

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Como investir no exterior?
O investimento no exterior pode ser feito de duas formas:
investir direto no exterior ou através da bolsa de valores
brasileira.

Sim, existem diferentes formas de se expor ao mercado


internacional com aplicações dentro ou fora do país, com ou
sem risco cambial, dependendo do produto.

Para definir em que investir no exterior, veja mais sobre cada


uma das opções e opte por aquela que melhor atender suas
necessidades.

Investir direto no exterior


Para investir diretamente em empresas norte-americanas, por
exemplo, o investidor abre uma conta em uma corretora de
valores internacional e tem acesso a todos os ativos disponíveis
nas bolsas americanas.

Diferente do que acontece no Brasil, as bolsas americanas


NASDAQ e NYSE, possuem empresas do mundo inteiro sendo
negociadas lá.

Inclusive empresas brasileiras, como o Nubank e a XP,


escolheram o mercado americano para fazer seu IPO.

Assim, ao criar uma conta em uma corretora que tenha acesso


à Bolsa Norte-Americana o investidor tem acesso a ativos e
empresas de todo o mundo de um lugar.

Por isso, investir diretamente é considerado por diversos


investidores uma das melhores formas de investir no exterior.

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Antigamente era necessário abrir uma conta em uma corretora
americana e enviar dinheiro para lá para fazer suas ordens de
compra de ações.

Atualmente, não é mais necessário abrir uma conta no exterior


para investir diretamente em ativos globais.

A XP, por exemplo, passou a oferecer a seus clientes uma conta


internacional para que invistam diretamente no exterior.

Além disso, corretoras especializadas como a Avenue permitem


que o brasileiro acesse o mercado norte-americano com
facilidade e em uma plataforma totalmente em português.

Investimentos disponíveis no
exterior
Conheça os principais investimentos no exterior disponíveis nas
Bolsas de Valores Norte-Americanas:

1. Stocks
Stocks são as ações de empresas de capital aberto negociadas
nas bolsas de valores americanas.

Elas se dividem em ações Classe A e Classe B de acordo com


os direitos de voto atribuídos ao acionista.

Os acionistas da classe A geralmente têm mais direitos de voto


do que os proprietários de outras classes de ações.

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Alguns exemplos são:

● Microsoft (MSFT) negociada na NASDAQ;

● Apple (AAPL) negociada na NASDAQ;

● Amazon (AMZN) negociada na NASDAQ;

● Facebook (META) negociada na NASDAQ;

● Berkshire Hathaway (BRK.A - classe A e BRK.B -classe B)


negociadas na NYSE;

● Visa (V) negociada na NYSE;

● Mastercard (MA) negociada na NYSE;

● Walt Disney (DIS) negociada na NYSE.

2. Real Estate Investment Trust (REIT)


REIT é um veículo de investimento do mercado imobiliário dos
Estados Unidos.

Para efeitos comparativos, podemos dizer que são a versão


americana dos Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) do
Brasil.

No entanto, há diferenças importantes entre os dois.

A principal delas é que os Reits não são fundos propriamente


ditos, mas empresas com conselho e diretoria próprios.

Como tal, podem lançar ações em bolsa, fazer parte de índices


acionário e tomar empréstimos e se alavancarem.

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Assim como acontece nos FIIs, esses produtos investem em
segmentos imobiliários como logística, escritórios, industrial,
varejo, hospedagem e residenciais.

Além dos segmentos tradicionais, há Reits que investem em


cemitérios, prisões, data centers, antenas, entre outros.

Outro destaque dos Real Estate Investment Trust é a


distribuição de pelo menos 90% de seus rendimentos anuais
tributáveis aos acionistas.

Justamente por serem bons pagadores de dividendos e em


dólar, os REITs se tornam opções para diversificar a carteira.

O produto pode ser acessado diretamente ou por meio de ETFs,


BDRs e BDRs de ETFs de Reits listados na B3.

3. ETFs (Exchange Traded Funds)


Outra opção de investimento no exterior são os Exchange
Traded Funds (ETFs).

Ao investir diretamente nos ETFs na Bolsa Americana, o


investidor tem acesso a milhares de diferentes ETFs que não
estão disponíveis na B3.

Atualmente existem 2.890 ETFs listados nas bolsas americanas.

Alguns dos principais ETFs negociados são:

SPY (SPDR S&P 500 ETF Trust)


O SPY é um ETF projetado para acompanhar o índice S&P 500
(Standard & Poor’s 500 Index), principal indicador financeiro das
bolsas de valores americanas.

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Através dele é possível investir nas principais empresas de
capital aberto do mundo, como Apple, Facebook, Google,
Amazon e Walmart.

VOO (Vanguard 500 Index Fund ETF)


O VOO é outro ETF que investe em ações no índice S&P 500 que
representa as 500 maiores empresas dos Estados Unidos em
valor de mercado.

QQQ (Invesco QQQ Trust Series 1)


O QQQ é um ETF que acompanha o índice "Nasdaq 100 Index",
composto pelas 100 maiores empresas internacionais e
domésticas dos EUA, excluindo as financeiras, listadas na bolsa
de valores da Nasdaq.

VNQ (Vanguard Real Estate Index)


O VNQ é um dos maiores ETFs de Real Estate no mercado. Ele
acompanha de perto o retorno do índice MSCI US Investable
Market Real Estate 25/50, um índice do setor imobiliário dos
Estados Unidos.

VYM (Vanguard High Dividend Yield ETF)


O VYM procura acompanhar o desempenho do índice FTSE®
High Dividend Yield, que mede o retorno do investimento em
ações ordinárias de empresas caracterizadas por altos
rendimentos de dividendos.

4. Bonds
Bond é um nome genérico para papéis de renda fixa emitidos
no exterior. Podendo ser títulos de dívida emitidos por

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empresas, pelo Governo americano ou por companhias de
outros países.

Os juros pagos pelos bonds são determinados pelo risco de


crédito conforme classificação de agências internacionais,
como Moody’s, Fitch e S&P que atribuem notas aos papéis de
empresas e governos.

Dependendo do seu “grau de investimento” (segurança), “grau


especulativo”, “vulnerabilidade” e “default” (calote), um bond
pode pagar mais ou menos juros.

Quanto maior o risco do Bonds, maior costumam ser os juros


pagos.

O prazo do título é outro fator que influencia na precificação.


Geralmente, quanto mais longe do vencimento, maior a
recompensa.

Os títulos do Tesouro americano, ou Treasuries, são


considerados os bonds de menor risco e um dos investimentos
mais seguros do mundo.

Os bonds podem ser:

● Públicos, como os títulos da dívida pública, emitidos pelo


Governo do país;

● Corporativos, aqueles emitidos por empresas ou outras


instituições privadas.

Treasury Bonds (bonds do Governo)


Os Treasury Bonds ou Government Bonds, são títulos emitidos
pelo Tesouro de um país.

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Cada país tem a sua forma de emitir bonds, aqui vamos falar
do mais conhecido e popular, os bonds emitidos pelo governo
norte-americano.

Os três tipos principais são:

● Treasury bills (T-Bills): vencimento em até um ano;

● Treasury notes (T-Notes): vencimento entre 2 e 10 anos;

● Treasury bonds (T-Bonds): vencimento entre 10 e 30 anos.

Todos estes Treasury bonds são prefixados, ou seja, a taxa de


retorno é a definida na hora da contratação. Além disso, os
T-Notes e T-Bonds pagam juros semestrais.

Com o avanço dos preços nos Estados Unidos, outro título


ganhou espaço no mercado, o bond protegido da inflação
chamado de “Tips”.

Neste caso, além de uma taxa prefixada, o papel cobre a


variação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em
inglês).

Ele funciona de forma semelhante ao título do Tesouro IPCA+ no


Brasil.

O pagamento de juros é semestral e os prazos de vencimento


são de cinco, dez ou trinta anos.

Corporate Bonds (títulos corporativos)


Os bonds emitidos por empresas, também conhecidos como
títulos corporativos, têm diferentes prazos de vencimento.

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Os bonds de curto prazo são aqueles que vencem em até cinco
anos. Entre cinco e 12 anos, eles são considerados de médio
prazo. Já acima de 12 anos, são de longo prazo.

Eles também diferem em suas obrigações, podendo ser


separados pela taxa ou tipo de pagamento de juros ou cupom
e outros atributos.

Veja algumas das variações mais comuns:

● Coupon: pagam juros semestral ou anualmente;

● Zero-coupon: não pagam pagam cupons, em vez disso,


remuneram apenas no vencimento;

● Convertible: permite aos detentores de títulos converter


sua dívida em ações da empresa (como as Debêntures
Conversíveis);

● Callable: pode ser comprado de volta pela empresa antes


de seu vencimento em troca de algum bônus;

● Puttable: permite que os detentores vendam o título de


volta à empresa antes de seu vencimento.

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Investir no exterior através da bolsa
brasileira
Outra forma de ter acesso a alguns ativos do exterior é
investindo no mercado brasileiro através de ativos com
exposição internacional.

Nesses casos, o investidor investe em Real, diretamente pela B3.

As principais opções para investir no exterior sem mandar


dinheiro para fora são:

1. Fundos de Investimentos
Existem diferentes classes de fundos de investimento no
mercado brasileiro que possuem em sua carteira ativos de fora
do país.

Estes podem servir como uma porta de entrada do investidor


para se expor ao exterior investindo em ativos negociados na
B3.

Os fundos cambiais investem em moedas estrangeiras,


principalmente dólar e euro.

O investidor compra cotas desses fundos em real e fica exposto


às oscilações das moedas que estão na carteira daquele
fundo.

Segundo a legislação da CVM (Comissão de Valores


Mobiliários), 80% da carteira dos fundos cambiais deve ser
ligada à moeda estrangeira e variação cambial.

Os outros 20% podem ser atrelados a outros ativos,


normalmente em fundos ou títulos de renda fixa.

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Já os fundos de ações ou multimercados podem investir em
ações e outros títulos do exterior.

Por regra, os fundos destinados aos investidores de varejo


podem destinar até 20% do patrimônio para ativos financeiros
no exterior. O restante é aplicado em títulos de renda fixa locais.

Para os investidores qualificados, aqueles que possuem pelo


menos R$ 1 milhão investido, os fundos comuns podem destinar
até 40% dos recursos para aplicações no exterior.

Para esse mesmo público, existem ainda os fundos de


investimento no exterior, no qual as carteiras que podem ter
100% do patrimônio aplicado fora do país.

2. ETFs (Exchange Traded Funds)


Outra forma de investir no exterior com segurança é por meio
de ETFs que acompanham índices de ações estrangeiras.

Na Bolsa de Valores do Brasil, B3, é possível investir em fundos


de índices que replicam o S&P 500, principal referência do
mercado acionário americano ou outros índices regionais.

Veja alguns deles:

● IVVB11 (iShares S&P 500): busca refletir a performance do


Índice S&P 500 em reais (S&P 500 Brazilian Real Index),
composto pelas 500 principais empresas dos EUA.

● NASD11 (Trend ETF NASDAQ 100 Index Investment Fund):


utiliza como benchmark o índice americano Nasdaq 100,
das 100 maiores empresas listadas na Nasdaq.

● XINA11 (Trend ETF MSCI China Fundo de Índice):


acompanha o índice MSCI China, composto por empresas

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chinesas de grande e médio porte listadas em todos os
mercados.

3. BDRs (Brazilian Depositary Receipts)


Uma das modalidades mais conhecidas e fáceis de como
investir no exterior são os Brazilian Depositary Receipts, ou
apenas BDRs.

Eles são recibos que têm como “lastro” papéis de companhias


estrangeiras e são negociados no pregão da B3.

Ou seja, não são ações ‘diretas’ de empresas, mas títulos


representativos delas emitidos por um banco ou instituição
financeira brasileira.

Para isso, a instituição depositária, que emite os BDRs


localmente, compra as ações lá fora e as deixa depositadas e
bloqueadas para que o investidor brasileiro compre os BDRs em
moeda local.

Alguns papéis de empresas negociadas fora do Brasil que


possuem BDRs negociados na B3 são:

● Apple (AAPL34);

● Google (GOGL34);

● Microsoft (MSFT34);

● Facebook (FBOK34);

● Amazon (AMZO34);

● Berkshire Hathaway (BERK34).

COMO INVESTIR NO EXTERIOR E AUMENTAR A RENTABILIDADE DA CARTEIRA - 19


Como abrir conta em corretora para
investir no exterior?
Por muito tempo, investir no exterior era visto como algo
trabalhoso e um privilégio para os mais ricos, mas com o
avanço e a democratização do mercado financeiro, investir em
ações estrangeiras de forma direta ficou muito mais fácil.

Ao abrir conta em corretora para investir no exterior o investidor


tem acesso a um leque maior de ativos.

Dessa forma, pode comprar empresas que não possuem BDRs


na Bolsa Brasileira, além de ter acesso a outros ativos além de
ações e de fato dolarizar a carteira.

Existem no Brasil corretoras e plataformas que facilitam o


investimento diretamente no exterior com plataformas 100% em
português e processo de abertura simples.

Algumas opções bem populares e difundidas para investir


diretamente no exterior são a Avenue (atendimento em
português), a DriveWealth e a Stake.

Essas empresas possibilitam que investidores brasileiros abram


suas contas em poucos minutos, normalmente no próprio
aplicativo, e invistam diretamente no exterior.

Para isso, o investidor só precisa de uma cópia de seu RG e de


um comprovante de endereço.

Caso o investidor não queira abrir conta em uma corretora do


exterior, plataformas brasileiras já possibilitam investir
diretamente em ativos globais.

COMO INVESTIR NO EXTERIOR E AUMENTAR A RENTABILIDADE DA CARTEIRA - 20


Atualmente é possível investir no exterior pela XP. A corretora
brasileira disponibilizou uma conta internacional para clientes
que tenham patrimônio líquido a partir de R$ 10 mil.

Por meio da XP Internacional, corretora americana do Grupo XP,


é possível investir diretamente em todas as empresas listadas
nas duas principais bolsas dos Estados Unidos (Nasdaq e NYSE).

Como enviar dinheiro para investir


no exterior?
Para investir diretamente no exterior é preciso negociar os
ativos na moeda local.

Assim, se for investir nas bolsas americanas, é preciso enviar


dinheiro para o exterior, em dólar.

O processo é simples e pode ser realizado na própria


plataforma da corretora, se possuir esta opção, ou por
plataformas terceirizadas.

Clientes da Avenue, por exemplo, possuem o câmbio integrado


na plataforma.

Para enviar o dinheiro, o cliente faz o depósito do valor em reais


via TED ou PIX de qualquer banco brasileiro para sua conta na
corretora.

Com o valor na conta Avenue, é possível converter para dólares


dentro da própria plataforma e realizar os investimentos do
mesmo jeito que faria comprando ações na B3 em qualquer
corretora brasileira.

COMO INVESTIR NO EXTERIOR E AUMENTAR A RENTABILIDADE DA CARTEIRA - 21


No caso da conta na XP, o cliente pode transferir o dinheiro de
sua conta nacional para a “Conta Investimento US”. O câmbio
também está integrado.

Outra forma de enviar dinheiro para a corretora no exterior é


por meio de plataformas terceirizadas.

Nesse caso, é preciso abrir conta em uma das plataformas de


envio de dinheiro para o exterior e depositar o dinheiro em reais,
indicando a conta de destino (a sua conta da corretora no
exterior).

Depois, basta transferir o valor em reais para essa plataforma,


que ficará encarregada de fazer a conversão e enviar o
dinheiro para a conta da corretora.

Algumas plataformas que realizam esse serviço são a Remessa


Online, Husky e Órama.

Vale destacar que essas transferências possuem custos de IOF


para o câmbio e transferência.

Tributação e taxas para investir no


exterior
É importante o investidor se atentar quais os impostos para
investir no exterior, principalmente para quem vai fazer
investimentos de forma direta.

Os investimentos no exterior feitos através do mercado


brasileiro também são tributados de diferentes formas pela
Receita Federal.

COMO INVESTIR NO EXTERIOR E AUMENTAR A RENTABILIDADE DA CARTEIRA - 22


Fundos que fazem investimentos no exterior
O que muda para os fundos de investimento em ativos no
exterior negociados na B3 é que as liquidações e resgates são
tributados sempre em 15% sobre o lucro.

Diferentemente de boa parte dos fundos de investimentos


brasileiros, cujos ganhos no resgate são tributados entre 15% e
22,5%, dependendo do prazo da aplicação.

No caso dos investimentos em fundos, ainda há custos com a


Taxa de Administração e de Performance, se houver.

Investir no exterior por ETF


Os ETFs negociados na Bolsa de Valores Brasileira que têm
como referência índices estrangeiros também têm os ganhos
com as operações tributadas sempre em 15%.

Outro custo nesse tipo de investimento é a taxa de


administração do ETF e a taxa de custódia da B3.

Investir no exterior por BDRs


A regra de declaração de imposto de renda de BDRs é
basicamente a mesma das ações: a tributação é de 15% dos
lucros.

No caso de operações de Day Trade, quando a compra e venda


dos ativos acontece no mesmo pregão, a tributação é de 20%
dos lucros.

COMO INVESTIR NO EXTERIOR E AUMENTAR A RENTABILIDADE DA CARTEIRA - 23


Investimentos no exterior de forma direta
Para investir direto nas bolsas do exterior é necessário abrir
uma conta em uma corretora que atue no país estrangeiro e
enviar dinheiro mediante transação de câmbio.

Nesse caso, são cobrados a taxa de câmbio e o IOF, o Imposto


sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros.

Já em relação ao Imposto de Renda, a tributação seguirá a


tabela progressiva do IR para ganhos com vendas de ativos.

Veja na tabela abaixo o percentual de imposto que você


deverá pagar caso tenha lucros com aplicações fora do Brasil.

Ganhos Alíquota

Até R$ 5 milhões 15%

Mais de R$ 5 milhões e até R$ 10 milhões 17,5%

Mais de R$ 10 milhões e até 30 milhões 20%

Acima de R$ 30 milhões 22,5%

Já o recebimento de dividendos segue a tributação conforme a


tabela progressiva do imposto de renda, que vai de 0% a 27,5%.

COMO INVESTIR NO EXTERIOR E AUMENTAR A RENTABILIDADE DA CARTEIRA -


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Quanto dinheiro é preciso para
investir no exterior?
Investir no exterior não requer grandes quantias. É possível
iniciar o portfólio internacional com valores muito pequenos.

Com apenas R$10 já é possível comprar frações das ações e


cotas de ETFs estrangeiros.

Portanto, mesmo com pouco dinheiro já se pode diversificar o


patrimônio internacionalmente.

O percentual ideal de alocação em ativos internacionais vai


depender do perfil de cada investidor.

Se precisar de ajuda para montar uma carteira global, o mais


seguro é você conversar com um consultor de investimentos
internacional.

Vantagens de investir no exterior


Para entender melhor as razões para investir no exterior, é
preciso conhecer as principais vantagens de investir fora do
Brasil:

Diversificação geográfica
A diversificação do portfólio é uma ótima forma de proteção.
Para que essa estratégia entregue os melhores resultados, a
descorrelação entre ativos precisa ir além das classes.

A ideia de investir no exterior é distribuir o risco da sua carteira


em mais de um país. Assim, o desempenho da carteira não
depende apenas do mercado do seu próprio país.

COMO INVESTIR NO EXTERIOR E AUMENTAR A RENTABILIDADE DA CARTEIRA - 25


Em momentos de baixas no mercado brasileiro, o dólar
costuma se valorizar em relação ao real.

Com a exposição a uma moeda mais forte, as perdas


domésticas podem ser suavizadas, o que gera uma melhor
relação risco retorno no médio e longo prazo.

Exposição à economia mundial


O Brasil representa apenas 3% do PIB global. Ao investir apenas
no Brasil, o investidor perde a oportunidade de investir em 97%
de outros ativos a nível mundial.

As maiores marcas do mundo e empresas reconhecidas


internacionalmente têm suas ações negociadas em grandes
bolsas de mercados maduros, como os Estados Unidos.

Já imaginou virar sócio e ganhar com parte dos lucros de


companhias que fazem parte do dia-a-dia de pessoas do
mundo inteiro, como Apple, Google, Amazon?

Ao investir no exterior, também é possível comprar frações de


imóveis através dos REITs e emprestar dinheiro para os
governos mais sólidos através da renda fixa.

Exposição a moedas mais fortes


Investir fora do Brasil dá acesso a moedas mais fortes, como o
dólar. A exposição em moedas fortes contribui para manter o
poder de compra do investidor.

COMO INVESTIR NO EXTERIOR E AUMENTAR A RENTABILIDADE DA CARTEIRA - 26


Potencial de retorno
Outra vantagem de investir no exterior é se expor a ativos com
grandes capacidades de retorno sobre investimentos.

Seja investindo nas principais companhias do mundo ou


encontrando ativos baratos, sendo negociados com um
Valuation atrativo, as oportunidades são inúmeras.

Facilidade
Realizar investimentos no exterior ficou muito mais fácil e
acessível.

Se o investidor preferir, não precisa mais abrir uma conta no


exterior.

Existem corretoras internacionais com plataformas em


português, como é o caso da corretora Avenue, além das
corretoras brasileiras que disponibilizam o acesso direto ao
mercado internacional.

Redução de risco
Investir no exterior também é um mecanismo de defesa contra
o risco-Brasil, ou seja, o cenário de incerteza brasileiro gerado
pela política ou pela economia.

Variedade de ativos
Por último, outra razão de investir no exterior é a variedade de
ativos.

COMO INVESTIR NO EXTERIOR E AUMENTAR A RENTABILIDADE DA CARTEIRA - 27


O mercado de ações brasileiro representa aproximadamente 1%
do mercado de ações global, com pouco mais de 400
empresas.

Enquanto isso, as bolsas norte-americanas negociam mais de


cinco mil companhias, quase a metade de todo o mercado de
ações no mundo.

Investir no exterior abre um mundo de novas possibilidades


para diversificar a carteira globalmente e acessar grandes
mercados e economias.

Riscos em investir no exterior


Uma alocação equilibrada no exterior pode ser uma boa opção
de diversificação e proteção para parte do patrimônio, mas
também há riscos nesta modalidade de investimento.

Investir no exterior, assim como no Brasil, existem riscos, afinal,


nenhum investimento é 100% seguro.

Os mercados do mundo inteiro estão sob a influência dos


fatores e condições dos seus respectivos países e de ondas
internacionais.

Por isso, quem busca aprender como investir no exterior com


segurança precisa estudar e entender o mercado onde se está
investindo e as variáveis que contribuem para os negócios.

Além disso, é preciso analisar bem o ativo escolhido e se este


se enquadra no perfil de risco do investidor e seus objetivos.

Outro ponto importante é não deixar seu dinheiro parado na


corretora americana, erro comum que muitos investidores
cometem, por achar que apenas deixar seu dinheiro
“dolarizado” já está protegido.

COMO INVESTIR NO EXTERIOR E AUMENTAR A RENTABILIDADE DA CARTEIRA - 28


Caso a corretora enfrente algum problema financeiro seu
patrimônio poderá ter uma proteção parcial, através do SIPC
(Securities Investor Protection Corporation).

O SIPC funciona como seguradora, protegendo cada cliente em


até US$ 500.000 em investimentos perdidos, incluindo um limite
de US$ 250.000 em dinheiro.

Porém, deixar o dinheiro “parado” na conta corrente no exterior


sem realizar nenhuma aplicação provavelmente não irá
acompanhar a inflação.

E por fim, lembre-se da tributação, que pode variar de acordo


com o produto e o país de destino dos recursos e a variação de
câmbio.

Investir no exterior diretamente ou


através da bolsa brasileira?
Como você viu, existem duas formas de investir no exterior:
comprando ativos diretamente nas bolsas internacionais ou em
ativos disponíveis na bolsa de valores brasileira.

Mas qual é melhor?

Investir em IVVB11 ou direto no ETF no exterior?

Investir em BDRs ou em stocks?

Para responder, vamos mostrar as vantagens e desvantagens


de cada modalidade.

COMO INVESTIR NO EXTERIOR E AUMENTAR A RENTABILIDADE DA CARTEIRA - 29


Vantagens de investir direto no exterior
● Maior variedade de ativos;

● Escolher ativamente os ativos;

● Acesso ao mercado fracionário/ menor barreira de


entrada;

● Dolarização do patrimônio.

Desvantagens de investir direto no exterior


● Tributação diferente;

● Custos com remessa e taxas em dólar.

Vantagens de investir pela B3


● Mais simples;

● Negociação feita em reais;

● Não há necessidade de fazer remessas internacionais.

Desvantagens de investir pela B3


● Menos opções de investimentos;

● Mesmo exposto ao dólar, o patrimônio continua em Real.

COMO INVESTIR NO EXTERIOR E AUMENTAR A RENTABILIDADE DA CARTEIRA -


30
Vale a pena investir no exterior?
Sim. O investimento no exterior oferece uma série de vantagens,
entre elas a diversificação da carteira em uma economia e
moeda mais fortes.

Dessa forma, o investidor fica menos refém da economia do


próprio país e pode proteger seu poder de compra frente à
desvalorização do real perante ao dólar.

Além disso, investir no investidor também possibilita aproveitar


oportunidades globalmente e buscar maiores potenciais de
ganhos, tanto na valorização do ativo estrangeiro como na
apreciação do dólar.

No entanto, investir no exterior com segurança pode exigir


uma compreensão maior do mercado financeiro global,
análises e tendências.

Investimentos fora do país também apresentam características


e riscos diferentes dos verificados no Brasil.

O fato é que praticamente todos os brasileiros deveriam alocar


uma parcela do seu patrimônio no exterior se quiserem estar
seguros de fato.

Uma dica para investir melhor e se expor aos mercados


internacionais na medida certa e nos ativos corretos para seu
perfil, objetivos e realidade é procurar o auxílio de um consultor
de investimentos internacional.

Um grande erro desses investidores é abrir a conta numa


corretora nos EUA, transferir o dinheiro e deixá-lo parado,

COMO INVESTIR NO EXTERIOR E AUMENTAR A RENTABILIDADE DA CARTEIRA - 31


correndo um risco financeiro, além de perder rentabilidade
para a inflação.

Por isso, você deve contratar um consultor de investimentos,


que é o único profissional autorizado a dar recomendações e
montar uma carteira personalizada.

A GuiaInvest Wealth é especializada em fazer toda a parte


estratégica e operacional para você investir no exterior sem
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COMO INVESTIR NO EXTERIOR E AUMENTAR A RENTABILIDADE DA CARTEIRA - 32

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