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ALIMENTO IG ALIMENTO IG
Bolos 87 Cuscus 93
Biscoitos 90 Milho 98
Crackers 99 Arroz branco 81
Pão branco 101 Arroz integral 79
Sorvete 84 Arroz parboilizado 68
Leite integral 39 Tapioca 115
Leite desnatado 46 Feijão cozido 69
Iogurte com sacarose 48 Feijão manteiga 44
Iogurte sem sacarose 27 Lentilhas 38
All Bran 60 Ervilhas 68
Corn Flakes 119 Feijão de soja 23
Musli 80 Spaguete 59
Aveia 78 Batata cozida 121
Mingau de aveia 87 Batata frita 107
Trigo cozido 105 Batata doce 77
Farinha de trigo 99 Inhame 73
Maçã 52 Chocolate 84
Suco de maçã 58 Pipoca 79
Damasco seco 44 Amendoim 21
Banana 83 Sopa de feijão 84
Kiwi 75 Sopa de tomate 54
Manga 80 Mel 104
Laranja 62 Frutose 32
Suco de laranja 74 Glicose 138
Pêssego enlatado 67 Sacarose 87
Pêra 54 Lactose 65
RECOMENDAÇÕES PRÉ-EXERCÍCIO
- nas 3-4 horas que antecedem:
· 4-5g de carboidrato/kg de peso
· 200-300g de carboidrato (ADA, 2000)
Objetivo 1: permitir tempo suficiente para digestão e absorção dos alimentos (esvaziamento quase completo
do estômago)
Objetivo 2: prover quantidade adicional de glicogênio e glicose sanguínea
Objetivo 3: evitar a sensação de fome
OBS: geralmente consiste em uma refeição sólida
Após uma refeição contendo carboidratos, as concentrações plasmáticas de glicose e insulina atingem seu
pico máximo, tipicamente entre 30 - 60 minutos. Caso o exercício seja iniciado neste período, a
concentração plasmática de glicose provavelmente estará abaixo dos níveis normais. Isto acontece
possivelmente devido a um efeito sinergético da insulina e da contração muscular na captação da glicose
sangüínea (Jeukendrup et al ,1999).
Durante o exercício a disponibilidade da insulina para a captação de glicose é muito pequena. Estudos
indicam que o aumento da velocidade de transporte com o aumento da atividade contrátil relaciona-se com a
maior ativação de transportadores de glicose que, no caso do músculo esquelético, é o GLUT4 (Júnior,
2002).
A magnitude da captação de glicose pelo músculo esquelético está relacionada com a intensidade e a
duração do exercício, aumentando proporcionalmente com a intensidade.
Dentre os estudos que analisam os efeitos do consumo dos carboidratos glicose, frutose e polímeros de
glicose, 1 hora antes de exercícios, realizados a uma intensidade de 70% a 80% do VO2 max., encontraram
efeitos negativos: Foster et al. (1979); nenhum efeito: Mc Murray et al. (1983), Keller & Schgwarzopf
(1984), Devlin et al. (1986) e Hargreaves et al. (1987); e, finalmente, efeitos positivos foram relatados por
Gleeson et al. (1986); Okano et al. (1988) e Peden et al. (1989).
Thomas et al. (1991), compararam as respostas bioquímicas e fisiológicas de ciclistas treinados que
ingeriram a mesma porção de alimentos de alto índice glicêmico (glicose e batata) e de baixo índice
glicêmico (lentilhas), 1 hora antes do exercício. A alimentação com baixo índice glicêmico produziu os
seguintes efeitos: 1) nível menor de glicose e insulina 30 a 60 minutos após a ingestão, 2) maior nível de
ácidos graxos livres, 3) menor oxidação de carboidratos durante o exercício e 4) período de realização do
exercício 9 a 20 minutos maior que o tempo correspondente aos dos indivíduos que ingeriram a refeição de
alto índice glicêmico.
- imediatamente antes (15 min antes): 50-60g de polímeros de glicose (ex. maltodextrina - carboidrato
proveniente da hidrólise parcial do amido).
Segundo Coogan (1992) esta ingestão é similar à ingestão durante a atividade física e pode melhorar o
desempenho.
"A Gliconeogênese pode suprir glicose numa taxa de apenas 0,2-0,4g/min, quando os músculos podem estar
consumindo glicose a uma taxa de 1-2g/min" (Powers & Howley, 200).
"A suplementação de carboidratos durante o exercício é muito eficiente na prevenção da fadiga, porém deve
ser ingerida durante todo o tempo em que a atividade está sendo realizada ou, pelo menos, 35 minutos antes
da fadiga devido à velocidade do esvaziamento gástrico" (El-Sayed et al.,1995).
"Após 2 horas de exercício aeróbio de alta intensidade poderá haver depleção do conteúdo de glicogênio do
fígado e especialmente dos músculos que estejam sendo exercitados" (Burke & Deakin, 1994; Mcardle,
1999)
Segundo Bucci (1989), o consumo de carboidratos durante a atividade física só aumentará efetivamente o
rendimento se a atividade for realizada por mais de 90 minutos a uma intensidade superior a 70% do VO2
máx.
De acordo com Driskell (2000) o consumo de carboidrato parece ser mais efetivo durante atividades de
endurance que durem mais de 2 horas.
O consumo de carboidratos durante o exercício parece ser ainda mais importante quando atletas iniciam a
atividade em jejum, quando estão sob restrição alimentar visando a perda de peso ou quando os estoques
corporais de carboidratos estejam reduzidos ao início da atividade (Neufer et al., 1987; ADA, 2000). Nestes
casos, a suplementação de carboidratos pode aumentar o rendimento durante atividades com 60 minutos de
duração.
Segundo a ADA (2000), o consumo durante o exercício deve ser, preferencialmente, de produtos ou
alimentos com predominância de glicose; a frutose pura não é eficiente e pode causar diarréia, apesar da
mistura glicose com frutose ser bem tolerada.
RECOMENDAÇÕES PÓS-EXERCÍCIO
- Quantidade:
· 0,7-3g de carboidrato/kg de peso de 2 em 2 horas, durante as 4-6 horas que sucedem o término do
exercício;
· 0,7-1,5g de glicose/kg de peso de 2 em 2 horas, durante as 6 horas após um exercício intenso + 600g de
carboidrato durante as primeiras 24 horas (Ivy et al., 1998);
· 1,5g de carboidrato/kg de peso nos primeiros 30 minutos e novamente a cada 2 horas, durante as 4-6 horas
que sucedem o término do exercício (ADA, 2002);
· 0,4g de carboidrato/kg de peso a cada 15 minutos, durante 4 horas. Neste caso observa-se a maior taxa de
recuperação do glicogênio, porém o consumo calórico acaba excedendo o gasto energético durante o
exercício
Objetivo: facilitar a ressíntese de glicogênio
O consumo imediato de carboidrato (nas primeiras 2 horas) resulta em um aumento significativamente maior
dos estoques de glicogênio. Assim, o não consumo de carboidrato na fase inicial do período de recuperação
pós-exercício retarda a recuperação do glicogênio (Ivy et al., 1988). Isto é importante quando existe um
intervalo de 6-8 horas entre sessões, mas tem menos impacto quando existe um período grande de
recuperação (24-48 horas). Segundo a ADA (2000) para atletas que treinam intensamente em dias
alternados, o intervalo de tempo ideal para ingestão de carboidrato parece ter pouca importância, quando
quantidades suficientes de carboidrato são consumidas nas 24 horas após o exercício.
A recuperação dos estoques de glicogênio pós-exercício parece ocorrer de forma similar quando é feito o
consumo tanto de glicose quanto de sacarose, enquanto que o consumo de frutose induz uma menor taxa de
recuperação. Conclusão, devemos priorizar os carboidratos de alto índice glicêmico (Burke & Deakin,
1994).
Fonte:
Apostila: Nutrição aplicada à atividade física - autora: Profa. Letícia Azen - Consultora em Nutrição CDOF
FAO/OMS. Carbohydrates in Human Nutrition, 1998.
Na década de 80 o Doutor Jenkins, da Universidade de Toronto, em sua pesquisa deu 50g de glicose a um
grupo de pessoas e mediu suas glicemias. Em outra ocasião, deu as mesmas pessoas diversos tipos de
alimentos contendo 50g de carboidratos, mediu suas glicemias e comparou a glicemia estimulada pela
glicose pura. Caso a glicemia fosse de igual valor, o alimento recebia um índice de valor igual a 100. O pão
branco apresentou índice glicêmico 100 e foi escolhido para servir de referência.
Um alimento de índice glicêmico baixo será menor que 55. O índice glicêmico considerado elevado estará
acima de 70.
Muitos fatores influenciam a resposta glicêmica dos alimentos, tais como: velocidade de ingestão, forma do
alimento, componentes do alimento, conteúdo de gorduras, conteúdo de fibras, conteúdo de proteínas,
características do amido, métodos de cozimento e processamento {industrialização}, efeitos fisiológicos,
velocidade de esvaziamento gástrico, resposta intestinal e etc.
Comer três laranjas levam 15 minutos, enquanto seu suco pode ser consumido em 2 minutos. Diferenças no
conteúdo de fibra e no tempo de ingestão influenciam a resposta glicêmica.
A forma do alimento tem um impacto no tempo de digestão. O pão, por exemplo, é digerido mais
rapidamente do que o macarrão.
Alimentos com maior índice glicêmico necessitam de mais insulina para manter a glicemia em níveis
saudáveis. O índice glicêmico explica certos níveis de glicemia aumentados com uso dos mesmos alimentos
ingeridos em situações diferentes - na casa de amigos, em festas e etc. Por isso é importante que se meça a
glicemia em várias ocasiões diferentes para que o indivíduo conheça sua glicemia, frente ao uso dos
alimentos nas mais diversas condições.
Índice Glicêmico
> 100 –
Alimentos 80 – 90 70 – 79 60 – 69 < 50 – 59
90
Pão de
farinha
de
centeio
refinado
Farinha Grão
Pão de
farinha de integral
Pão/Massas Macarrão -
de trigo centeio de
integral integral centeio
Pão de
fariha de
trigo
refinada
(pão
francês)
Canjica
Água e
sal Farinha
Biscoitos - - -
de aveia
Cream
crackers
Batata
Batata
Raízes - doce - -
Cenoura
Aipim
Ervilha em lata
Feijão branco
Grão de
Lentilha bico em lata Grão de bico seco
Leguminosas - -
verde
Ervilha Lentilha seca
seca
Amendoim
Soja
Maçã
Suco de
Frutas Uva Banana -
laranja Laranja
Suco de maçã
Mel
Lactose
Açucares Glicose Açucar - -
Frutose
Maltose
(cerveja)
Creme de leite
Derivados
- - - Sorvete Iogurte
do leite
Leite
desnatado/integral