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Entrevista com professor de Educação Física sobre o brincar.

Cassiane Dias e Gabriela Marques

Entrevistado:
Quanto tempo você exerce essa função?

“Eu dou aula desde 2006, mas aqui no Santa Maria desde 2007 que eu estou
completando 16 anos aqui no sistema, e eu formei em 2006 em Viçosa, comecei a
trabalhar autonomamente e com contatos, alguém conhecia o diretor na época, que era o
João e me indicaram e eu entrei aqui como professor de futsal primeiramente e depois
fui que adquirindo algumas aulas, passando como professor de educação física, mesmo”

Quais as brincadeiras que você vivenciou na sua infância?

“Bom, eu tive uma infância com muita brincadeira de rua. Brincava muito mesmo na
rua, tive esse privilégio, então as brincadeiras tradicionais que inclusive hoje, eu ainda
utilizo em aula. Eu brincava de rouba bandeira, pique esconde, pentes altas, além dos
esportes tradicionais, gostava muito de jogar futebol, eu tinha um costume no meu
bairro de jogar vôlei também, passava uma fita no meio da rua, na época a gente
brincava muito na rua, também jogava, essas brincadeiras funcionais, peteca gostava
muito, era quase todos, rouba bandeira e daí para mais”

Relate como você percebia o brincar antes de ingressar na universidade.

“Pergunta interessante, é na verdade, a gente brincava pelo simples fato lúdico por ser
divertido e tudo mais, pós faculdade a gente consegue entender realmente a
compreensão da importância para o desenvolvimento cognitivo, coordenação motora, o
social, então consequentemente conseguimos entender a importância e a validade de
brincar antes a gente apenas brincava”

Você teve disciplinas que abordavam questões referentes ao brincar e a infância?

“Sim, eu tive muitas disciplinas que envolvesse a questão do lúdico. Eu tive, por
exemplo, uma disciplina que inclusive eu fui trabalhar na minha monografia quase em
cima disso, que é o estudo de lazer, que falava exatamente dessa importância da questão
da diversidade e como produzir jogos e brincadeiras que desenvolve algumas
habilidades específicas, além disso, a gente trabalhou isso também pelas áreas de
humanas, a questão da psicomotricidade, e algo tipo também tudo isso em disciplinas da
faculdade”

Descreva como desenvolvia as brincadeiras com as crianças no início da sua


carreira.

“É no início da minha carreira, eu trabalhava mais com o ensino infantil e fundamental


I, anos iniciais. Então o que é realmente a brincadeira ludicidade, ela está apresente o
tempo todo, então a gente trabalhava mais com brincadeiras que trabalhavam questão da
movimentação espacial, o comportamento cooperativo, e também com musicalidade.
Então a gente trabalha com musicalização e movimentos, que era importante demais
para as crianças principalmente essas da primeira infância, e aí depois com outras idade
fundamental II, ensino médio, a gente evoluiu brincadeiras com objetivos mais
aprofundados, com a ideia, por exemplo, de uma atividade pré esportiva, alguns jogos e
brincadeiras que preparam para a modalidade esportiva, algo do tipo”

Descreva algumas das brincadeiras que você percebe que os alunos vivenciam
dentro e fora da escola.

“Bom, alguma das brincadeiras que inclusive na minha infância que hoje eu vejo os
meninos continuam praticando, de brincadeiras dentro da escola e fora é, rouba
bandeira, os pegadores em geral, queimada ainda é muito tradicional, que eles brincam
dentro e fora, pique esconde, algo desse tipo mais tradicional mesmo ainda é vivenciado
na rua, na casa”

Como você vê e sente o brincar em relação aos seus alunos. Qual a relação
existente do brincar com o aprendizado?

“Bom, o brincar hoje eu com toda a minha formação, inclusive fiz uma pós em
educação física escolar, nós trabalhamos muito a questão da gamificação da ludicidade,
eu consigo entender realmente a importância gigante do brincar indiferente da idade,
porque é um processo que acaba sendo muito mais prazeroso e você consegue passar
um desenvolvimento de vários sentidos e que se não fosse através da brincadeira talvez
não conseguiria. Então realmente é muito importante, eu trabalho isso com os meninos e
é muito mais aceitado, então nitidamente a gente consegue desenvolver muita coisa
através das brincadeiras”

Você utiliza algum Tipo de curso ou estratégia para brincar com seus alunos?

“Bom, essas perguntas como eu disse anteriormente há um processo de aprendizado


muito mais fácil através de algo lúdico, se pensando que é algo quase não formal, ou as
crianças principalmente, ela consegue compreender muito mais uma ideia, se é algo
divertido se é algo prazeroso. Se a gente fosse dar uma aula sobre a importância do
ferplay por exemplo, de uma forma teórica, a gente faz uma brincadeira, que ele
consegue compreender o ferplay, de se portar com o outro. Eu acho que é muito mais
fixado na mente deles, eles conseguem ver muito mais, porque que faz parte da vivência
da criança, a brincadeira, então ele consegue identificar muito mais nesse sentido, do
que se fosse uma aula teórica. E essa questão de cursos, dentro da nossa formações tem
várias matérias, hoje dependendo do objetivo da brincadeira, que também ela pode ser
segmentada como cooperativa, como o trabalho de condenação motora, como questão
de criatividade, a gente tem estratégias para cada uma delas, mas, eu prezo sempre pra
questão realmente de um trabalho em grupo, da preocupação do trabalho estratégico,
onde um auxilia o outro na brincadeira”

Conclusões finais:

Através dessa entrevista, podemos perceber a importância da corporeidade e do brincar


no desenvolvimento cognitivo, coordenação motora e habilidades sociais das crianças.
O professor destaca que, antes de ingressar na universidade, as brincadeiras eram vistas
como algo divertido, mas após sua formação, ele compreendeu que também tem
relevância dessas atividades para o aprendizado. Ele menciona disciplinas que
abordaram o tema do brincar e destaca que, no início de sua carreira, trabalhava com
brincadeiras que estimulavam a movimentação espacial, o comportamento cooperativo e
a musicalidade. O professor também observa que algumas brincadeiras tradicionais,
como rouba bandeira e queimada, continuam sendo vivenciadas pelos alunos dentro e
fora da escola. Ele ressalta que o brincar é fundamental para o desenvolvimento dos
alunos e utiliza estratégias lúdicas, como jogos e atividades pré-esportivas, para
promover o aprendizado de forma prazerosa e significativa.

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