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Sociologia da

Educação
Teoria Critica de Reprodução
cultural

Resenha crítica sobre a teoria de Bourdieu


analisada no artigo “A ascensão dos pobres a
posições de elite político-administrativa no
contexto do cabo verde pós-independente”
Ruben Andrade
Introdução: Nesta síntese critica sobre a teoria de Pierre Bourdieu “ Teoria critica da reprodução
cultural” analisada no artigo “a ascensão dos pobres á posições de elite político-administrativa no
contexto do cabo verde pós-independente. Vou demonstra como certos fundamentos bourdiesianos da
reprodução das estruturas de classes, influenciaram o conceito da posição social e desigual dos capitais
económicos. Bourdieu considera duas hipóteses: que a desigualdade dos agentes pode não esclarecer
completamente as transformações que ocorreram no meio dos grupos socias desfavorecidos em cabo
verde. Contudo, também considera que as dificuldades das famílias sociais altos e médios da sociedade
resultaram na incapacidade de monopolizarem as oportunidades da escolarização, principalmente depois
do período pós-independente. Podemos analisar essas hipóteses com base nas experiências variadas de
pessoas que vieram de variadas trajetórias provindos de meios sociais desfavorecidos.

Desenvolvimento: Para entender como a teoria de Bourdieu explica o processo de reprodução social
vamos analisar 3 campos em que os agentes estão inseridos: primeiro, os agentes são distribuídos de
acordo com o volume total de capital; segundo, os agentes estão distribuídos de acordo com a estrutura
do capital, ou seja do peso relativo do capital económico e cultural; terceiro, os agentes estão
distribuídos dependendo da evolução do volume no tempo e da estrutura de seu capital. Então a teoria de
Bourdieu pode explicar como determinadas posses de capital influencia e condiciona a trajetória social
das gerações. Porem nem sempre o sucesso depende de capitais, mas de trabalho, precisamente
atividades praticas.

Mas infelizmente esse era o modelo das famílias classe alta, que se beneficiava das melhores
oportunidades e privilégios da escolarização. Poucos indivíduos que se ascenderam a cargos de elite. A
situação tornou-se melhor principalmente no período pós-independente, onde a classe onde os pobres se
encaminharam por meios e vias intrínsecas de relações nem sempre familiares, para integrar na elite
político-administrativa Caboverdiana. Alguns recorreram a apoios de familiares não diretos, que tinhas
melhores condições, outros mudaram para lugares onde novo lugar permitiam novas oportunidades para
ir ao exterior e outros recebiam apoio dos familiares do estrangeiro, ainda outros se inseriram no seio de
redes religiosas ou influencia de pessoas que tinham altos cargos e conhecimentos necessários para os
ajudar a aproveitar essas oportunidades.

Tudo isso tornou possível graças em grande parte das profundas transformações macroestruturais
ocorridas a partir dos anos 50 com o “reposicionamento da Igreja, do Estado provincial e nacional e do
impacto da remessa da emigração que ampliam as chances de mobilidade social ascendente de jovens
oriundos de estratos sociais populares.”

Conclusão: devido as mudanças que ocorreram no estado, o apoio e reposicionamento da Igreja, a


remessa da emigração ampliou as chances de classes baixas ascenderem a mobilidade social. O
alargamento do ensino secundário e expansão de ensino secundário e superior, aproximou os pobres a
classe de elite ou pelo menos, equilibrou um pouco a oportunidade de ambos poderem caminharem nas
vias da elitização. Apesar de os recursos se tornavam cada vez mais escassos com a educação, as classes
desfavorecidas se apoiavam muito nos parentes, mudança para espaços urbanos e inserção em redes
religiosas e contactos privilegiados proporcionavam uma diminuição de desigualdade cultural e clássica.
Alem disso, a educação incluía a classe pobre ao acesso ao espaço de interação anteclássica, propiciava
o processo de aprendizagem e favorecia acesso a oportunidade de emprego. Portanto, apesar de para
Bourdieu, o acesso a escolarização das classes e desigual, mas tornou-se assim por causa do histórico
cultural do pais que se arrastou por muito tempo, permitindo que a classe elite continue com vantagens.
Mesmo assim podemos concluir que a desigualdade social não foi determinante para as desigualdades
sociais no processo de escolarização na sociedade cabo Verdiana.

Referências bibliográficas de base:

Barros, Crisanto(2013) . a ascensão dos pobres a posições de elite político-administrativa no contexto de


cabo verde pós-independente. Ciências sociais unisinos 49(1):54-63

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