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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO

LETRAS PORTUGUÊS E FRANCÊS

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

GUARULHOS
2023
DÉBORA DOS SANTOS NASCIMENTO, 135.646

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Relatório final apresentado como requisito para o


cumprimento da Unidade Curricular Estágio
Supervisionado em Língua Francesa II, do curso
de Letras da Universidade Federal de São Paulo -
Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas,
sob a orientação dos docentes Dra. Denise
Radanovic Vieira e Dr. José Hamilton Maruxo Jr.

GUARULHOS
2023
1. RESUMO

O presente documento tem como objetivo registrar e apresentar um relatório de reflexivo


relativo ao desenvolvimento das atividades de Estágio Curricular Supervisionado em Língua
Francesa II, do curso de Letras com habilitação em francês da Universidade Federal de São
Paulo, que foi realizado concomitantemente com a unidade curricular Fundamentos em
Língua Francesa II, durante o período de setembro a dezembro de 2022. Para tanto, será
realizada a descrição e análise crítica, com base nos conceitos metodológicos apreendidos
durante a realização da UC, das observações de aula realizadas no Centro de Línguas da
E.E. Dom Pedro I, em São Miguel Paulista, além de pormenorizar as atividades
extracurriculares, demonstrando como a sua realização contribuiu para uma futura atuação
como professora de língua francesa e, por fim, relatar como foi o processo de elaboração e
execução do minicurso “Francês básico para viagens: uma viagem pela francofonia”, que foi
efetuado em conjunto com os colegas de classe Aline Delfino e Guilherme Sampaio.

Palavras-chave: Língua francesa; Ensino; Francês como língua estrangeira; Prática


docente.

2. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Com objetivo de obter o cumprimento do Estágio Curricular Supervisionado II,


do curso de Licenciatura em Letras com habilitação em francês da Universidade Federal de
São Paulo - EFLCH e solicitado pelos professores doutores Denise Radanovic Vieira e José
Hamilton Maruxo Jr., o presente documento tem por finalidade produzir de maneira gradual
um relato reflexivo da experiência obtida durante o período de realização do estágio
supervisionado.
Tendo como base os textos teóricos estudados nas Uc’s de Fundamentos do
ensino de Língua Francesa I e II e as discussões realizadas em conjunto com colegas e
professores durante as aulas da mesma unidade curricular, este relatório apresentará uma
descrição e análise meticulosa de todas as atividades desenvolvidas em prol de sua
conclusão.
Para tanto, inicia-se o relato com o tópico “Estágio de observação”,
apresentando uma breve exposição da instituição Centro de Estudos de Línguas (CEL),
unidade instalada na Escola Estadual Dom Pedro I, em que foram realizadas as observações
de aula entre os meses de outubro e novembro de 2022, Em seguida, relaciona-se a
descrição e análise crítica-reflexiva das aulas observadas, resgatando, para tal análise, os
conceitos aprendidos na UC ao longo do semestre. Logo após, será construído um esboço
que retrata como foi o processo de desenvolvimento e aplicação do minicurso “Francês
básico para viagens: uma viagem pela francofonia”. O relatório finaliza-se, por fim, com a
narração de como foi a participação em algumas atividades extracurriculares, contando seus
objetivos e como sua realização contribui para a formação docente de um professor de FLE
e com as considerações finais, que irão sintetizar os aprendizados adquiridos durante a
realização do estágio.

3. DESENVOLVIMENTO

3.1. Observação da Instituição de Ensino


O estágio supervisionado de observação foi realizado no Centro de Estudos de
Línguas (CEL) da Escola Estadual Dom Pedro I, que está localizada no bairro de São
Miguel Paulista, na Zona Leste de São Paulo. Segundo uma matéria disponível no portal do
Ministério da Educação (MEC), a criação do CEL ocorreu no final da década de 1980, ele
foi aprovado por meio do Decreto nº 27.270 em meio a um contexto histórico e político que
visava a integração com a comunidade sul americana. Dado essa situação, os primeiros
CEL’s começaram oferecendo com prioridade o ensino da Língua Espanhola e outras
línguas, como o francês, foram acrescentadas à grade curricular ao longo dos anos.
Com mais de 200 unidades espalhadas pelo o Estado de São Paulo, o objetivo
dos Centro de Estudo de Línguas segundo o decreto oficial é “proporcionar aos alunos das
escolas públicas estaduais uma possibilidade diferenciada de aprendizagem de várias línguas
estrangeiras modernas”, buscando o “enriquecimento da grade curricular da escola estadual
de 1° e 2° graus”.
Tendo como fundamentação no desenvolvimento de suas diretrizes curriculares
o Quadro Europeu Comum de Referência para o Ensino de Línguas e o Quadro de
Referência para as Abordagens Plurais de Línguas e Cultura, dois importantes documentos
internacionais de referência ao se tratar do ensino de língua estrangeira, percebe-se que os
CEL’s surgiram, portanto, como uma oportunidade de possibilitar, para estudantes de
escolas da rede pública estadual, o acesso a um ensino de língua estrangeira de qualidade.
A unidade de ensino em que foram realizadas as observações de aula, como
registrado acima, está localizada em um bairro no extremo leste da capital São Paulo e
atende jovens dos diferentes bairros em sua redondeza, sendo que a maioria de seus alunos
frequentam o ensino médio na mesma escola em que frequentam as aulas do CEL.
Essa unidade da E.E. Dom Pedro I oferece aulas dos idiomas francês, espanhol,
inglês, japonês e alemão, tendo 4 turmas voltadas para o ensino da língua francesa. Em
conversa com a coordenadora pedagógica da instituição, Neuma Bezerra e com a professora
Ana Paula, que ministrou as aulas acompanhadas por mim, pude perceber que há uma
grande vontade de abrir mais turmas voltadas para o idioma, mas por uma dificuldade de
divulgação, há pouca manifestação de interesse para os cursos de francês, o que acaba
dificultando a contratação de novos professores para ministrar turmas novas.
Quanto à infraestrutura, o CEL funciona no mesmo espaço da escola, que é
relativamente grande, contando cerca de 17 salas de aula, mas, durante a semana, tem uma
maior dificuldade de funcionar plenamente visto que, neste período, a maior parte das salas
são ocupadas pelas turmas de ensino regular. As salas de aula são bem simples e não contam
com muitos recursos tecnológicos, tendo apenas as carteiras e um quadro para anotações.
No semestre passado, realizei o estágio de observação na Instituição de Ensino
Aliança Francesa e, comparando seu acesso a recursos, nota-se uma considerável diferença.
Enquanto os professores da Aliança tem acesso à lousas com canetas digitais, projetor e
sistema de som, os professores do CEL Dom Pedro precisam sempre solicitar com
antecedência quando necessitam utilizar um dos dois projetores que estão disponíveis na
escola. A professora Ana Paula, que dá aula também em outras unidades do CEL, comentou
que o Dom Pedro I é um dos mais complicados em relação à falta de recursos. A escassez de
recursos, no entanto, não impede que os professores deem aulas de qualidade, mesmo que
com algumas deficiências.

3.2. Observação de aulas


O estágio de observação foi realizado durante o período de outubro a
novembro de 2022. Foram acompanhadas 4 aulas, que ocorriam toda segunda-feira pela
manhã e tinham a duração de 3 horas, totalizando 12 horas de observação. A turma, formada
por cerca de 10 jovens que, em sua maioria, estão no Ensino Médio, estava no nível de
aprendizado A1.1, de acordo com a denominação definida pelo Quadro Europeu Comum de
Referência. A turma teve início
As aulas da turma eram ministradas pela professora Ana Paula Gonçalves
Ribeiro, graduada pela Universidade Federal de São Paulo no curso de Letras Português-
Francês e professora de Língua Francesa no CEL E.E. Dom Pedro I desde 2018. Por ter
estudado recentemente na Unifesp, Ana acolhe e recebe os estagiários de forma muito
calorosa, dando oportunidade para que todos possam conduzir uma de suas aulas, de acordo
com ela, considera essencial que esse momento preparatório aconteça ainda no estágio de
formação, para que, na prática futura, os docentes não se sintam perdidos ou deslocados em
sua função.
Em razão desta característica da professora Ana Paula, apenas duas, das quatro
aulas que acompanhei,foram ministradas e preparadas pela própria. As outras foram
planejadas e lecionadas por Caroline e Leonardo, colegas de graduação.
A primeira aula observada foi ministrada por Caroline, sua aula foi elaborada a
partir da adaptação de um exercício retirado da plataforma Apprendre, do website
TV5monde. A atividade era de compreensão oral e consistia em um vídeo de vizinhos se
apresentando. A partir do vídeo, que foi repetido algumas vezes buscando o maior
entendimento dos estudantes, foram colocadas algumas questões para certificar o que os
alunos haviam compreendido do vídeo.
Devido aos recursos tecnológicos escassos, como mencionado anteriormente, o
vídeo foi exibido no computador de Caroline e amplificado com uma caixinha de som, para
enxergar bem, os alunos se aproximaram mais da parte frontal da sala. As questões e
explicações eram escritas na lousa e os alunos faziam o registro em seu caderno, após dar
um tempo para os alunos responderem sozinhos, a correção era realizada na lousa e os
alunos eram convidados a levantar registrar sua respostas com o canetão, caso houvesse
algum erro, a professora os corrigia, sempre explicando para toda a sala questão à questão.
Ainda nesta aula, houve também uma explicação e a realização de alguns exercícios para
colocar em prática o uso das preposições.
Foi possível perceber, desde a primeira aula observada, como a turma havia
construído um vínculo grupal ao longo do tempo em que estiveram juntos. O ambiente da
sala de aula era marcado por um clima agradável e amigável, em que os alunos e professores
respeitavam uns aos outros, tal coisa foi claramente perceptível quando via-se que os alunos
não tinham receio de ir até o quadro colocar suas respostas, mesmo que não estivessem
certas, porque sabiam que não seriam julgados ou desrespeitados, era um belo ambiente de
aprendizagem.
Deste modo, nota-se como há, nesta turma, a presença de um dos princípios da
educação intercultural de acordo com Rosa Bizarro e Fátima Braga:
A educação intercultural, na escola, começa quando o professor
ajuda o educando a descobrir-se a si mesmo. Só então este poderá
pôr-se no lugar do outro e compreender as suas reações,
desenvolvendo empatias. A educação intercultural consolida-se,
quando o professor propicia a igualdade de oportunidades de todos
os grupos presentes na escola e o respeito pela pluralidade, num
plano democrático de tomada de decisões e de gestão de espaços de
diálogo e de comunicação entre todos.

Muito deste princípio está presente pela forma como a professora Ana Paula
conduz sua turma, reconhecendo cada aluna como um ser humano individual, com suas
dores, alegrias e dificuldades, ela não só sabe seus nomes, mas os conhece e os trata de
forma única, voltada para o aprendizado da língua francesa, mas também para o aprendizado
da humanidade e até mesmo uma formação que contribui para a construção de um olhar
crítico para a sociedade. Suas aulas ensinam a língua francesa e suas gramáticas, mas
também estão recheadas de temas diversos sobre o mundo e a atualidade.
Outra aula que acompanhei da professora Ana Paula, ela trabalhou com os
alunos as formas de conjugação dos verbos no “L’imparfait”, explicando suas regras de
conjugação e passando alguns exercícios para a prática, além de passar um novo
vocabulário, que apresentava palavras semelhantes, que tinham uma mesma ramificação,
mas apresentavam significados diferentes. Para apresentar um novo vocabulário, eram
sempre colocadas frases que mostravam as palavras em seu contexto de uso, assim, antes de
falar aos alunos seus significados, a professora os convidava a tentar descobrir por si
próprios, vendo como faziam sentido nas frases em que estavam colocadas.
As aulas, em um geral, tinham uma estrutura bem semelhante, a professora (ou
estagiário que conduzia a aula), iniciava conversando um pouco sobre os temas da aula atual
e sobre temas da atualidade mundial e, logo depois, iniciavam com o conteúdo da aula atual,
utilizando a lousa para anotar as partes importantes de suas explicações e para passar os
exercícios. Durante as aulas que acompanhei, o principal livro didático utilizado pela
professora Ana foi o Grammaire Progressive du Français, os exercícios e atividades eram,
em sua maioria, retirados dele.
A aula ministrada pelo estagiário Leonardo também foi interessante, como
pedido da professora, ele abordou um tema diferente, falando um pouco da formação das
línguas de origem latina, mostrando suas semelhanças e diferenças fonéticas e escritas. A
partir desse tema, ele também abordou as nacionalidades, fazendo uma revisão com os
alunos sobre as palavras no feminino e masculino e tratando também alguns aspectos
culturais desses países.
Uma coisa que pude perceber foi como há uma diferença entre a condução das
aulas na Aliança Francesa, instituição acompanhada no semestre anterior, e nas aulas do
CEL Dom Pedro I. Apesar de durarem a mesma quantidade de tempo, as aulas da Aliança
Francesa pareciam ter um ritmo mais acelerado, com uma enxurrada de conteúdos, se
comparada a aula do Dom Pedro, que ocorre de forma mais lenta e não consegue abordar
tantos conteúdos gramaticais em uma mesma aula. Acredito que esse fenômeno ocorre
devido a falta de recursos, mas não encaro como algo completamente negativo, por ocorrer
em outro ritmo, acredito que os estudantes consigam absorver de forma mais profunda os
conteúdos, conseguindo tirar suas dúvidas com a professora e compartilhar com os colegas.
Considero, portanto, que a observação de aulas no Centro de Estudos de Línguas
Dom Pedro I ampliou minhas perspectivas do ensino da Língua Francesa, visto que pude ter
acesso a um ensino mais humanizado e amplo de Língua. Tal experiência sem dúvida foi
uma importante contribuição não só para minha formação como docente e minha prática
futura, mas também impactou na preparação e condução das aulas do minicurso, percebi
que, falando e ensinando a língua francesa, também é possível fazer uma abordagem muito
humana, enxergando os alunos como indivíduos e apresentando a eles aspectos culturais que
também estão presentes no ensino de língua.

3.3. Estágio de regência

Como requisito para a concretização do Estágio Supervisionado em Língua


Francesa II, os discentes precisaram se reunir em pequenos grupos para elaborar um
minicurso de língua francesa com duração mínima de 12 horas. Para tanto, eu, Aline Delfino
e Guilherme Sampaio planejamos, construímos e executamos o minicurso “Francês básico
para viagens: uma viagem pela francofonia”, que ocorreu no período de 19 de novembro à
10 de dezembro de 2022, com aulas ministradas aos sábados pela manhã, das 9h30 às
12h30.

3.3.1. Preparação do minicurso e realização das aulas


Os discentes da unidade curricular Fundamentos em Língua Francesa I foram
informados que, no segundo semestre, realizariam um minicurso como forma de cumprir as
horas de atividades de regência previstas em Estágio II. Dado este fato, ainda no período de
férias, nosso grupo começou a delimitar ideias para o requerido minicurso. Refletimos sobre
a realização de alguns temas diversos, desde a simples Introdução à Língua Francesa à
Francês com gastronomia. Mas, por fim, acabamos decidindo abordar em nosso curso o
tema das viagens, com foco na diversidade cultural dos países francófonos. Escolhemos a
abordagem deste assunto levando em consideração a grande afinidade e carinho que os três
participantes têm pelo tema e também com o objetivo de divulgar como o francês é uma
língua que ultrapassa continentes e que perpassa por culturas extremamente ricas e únicas.
A partir das aulas e com a orientação dos professores supervisores, iniciamos a
preparação do nosso plano de curso, pensando nos temas importantes a serem desenvolvidos
em cada aula e como encaixar o conteúdo do nível correto para alunos que não tiveram um
contato prévio com a Língua Francesa. Apenas no meio do processo é que nos demos conta
de que estávamos construindo um curso dentro dos parâmetros do Français sur Objectif
Spécifique (FOS), de acordo com Mangiante e Parpette. Produzimos um curso de curta
duração, com objetivos específicos, antecipando a demanda de um grupo amplo de alunos
que se interessam ou precisam estudar sobre o tema.
Diferente de um curso de FLE comum, o curso de FOS delimita seus objetivos,
concentrando-se nas competências e situações de linguagem que precisam ser desenvolvidas
de forma imediata e foi isso que fizemos na etapa de redação e planejamento de cronograma
do curso. Por meio de pesquisas, consultas a livros didáticos e reflexões em grupo,
delimitamos quais situações de linguagem seriam essenciais para desenvolver-se de forma
elementar em uma situação de viagem como turista e, a partir disso, definimos os temas,
conteúdos gramaticais e aspectos culturais que poderiam ser trabalhados aula a aula.
A escolha dos materiais didáticos foram realizadas levando em conta os temas
que seriam abordados em cada aula, decidimos não ficar restritos à escolha de uma única
metodologia ou livro didático e, dessa forma, selecionamos exercícios de diferentes
métodos, inclusive adaptando-os, quando necessário, para trabalhar as temáticas e conteúdos
que foram definidos no cronograma. Dentre os materiais usados, estão: Cosmopolite 1, Défi
1, Tourisme.com(com adaptações) e a plataforma Apprendre, da Tv5Monde.
Apesar de, no plano de curso, termos definido um Cronograma geral de
conteúdos e atividades, a preparação dos planos de aula foram feitas semana a semana, o
que, ao meu ver, foi um ponto negativo do nosso planejamento pois, devido à rotina agitada
de todos os participantes do grupo, era difícil se reunir para planejar e construir os slides de
cada aula, o prazo acabava sendo bem apertado, visto que a elaboração das aulas sempre
demandava um vasto trabalho de pesquisa para encontrar documentos autênticos diversos
que estivessem relacionados aos temas das aulas.
Outra dificuldade que tivemos durante a elaboração das aulas foi encontrar
documentos autênticos que fossem correspondentes ao recorte de países francófonos que
fizemos a escolha de abordar em nosso minicurso (Canadá, França, Haiti, Senegal e Suíça).
Percebemos que, quando isso acontecia, a nossa alternativa era trabalhar com o material que
tínhamos acesso, nossas aulas tratavam principalmente da língua francesa como é falado na
frança mas, sempre que possível, evidenciamos as diferenças linguístico-culturais presente
nesses países. Felizmente, conseguimos encontrar muitos documentos autênticos que
mostravam a cultura desses países, como vídeos, mapas de metrô, cardápios de restaurantes,
etc.

Em grupo, fizemos a escolha de realizar o curso de maneira online, aos sábados,


devido a disponibilidade dos participantes do grupo, as aulas tiveram duração de três horas e
ocorriam pela manhã, a parte positiva de realizar o minicurso na modalidade online foi a
diversidade de pessoas que pudemos alcançar, haviam participantes de variadas regiões do
Brasil, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e até Ceará, o que tornou as aulas mais
diversificada, visto que cada estudante carregada aspectos sócio-culturais diferentes. No
entanto, realizar e conduzir uma aula com duração de 3 horas foi um verdadeiro desafio,
estar em grupo facilitou este processo, mas era difícil manter o mesmo ritmo durante todo o
período da aula e, às vezes, era perceptível o cansaço dos alunos que, na segunda metade da
aula, passavam a participar e interagir menos na aula, por isso, fizemos o esforço de manter
a aula dinâmica, alternando exercícios de percepção oral, fala e compreensão escrita.
Atuar como professora de francês foi uma experiência que, sem dúvida,
ultrapassou e mudou minhas expectativas, antes de iniciar as aulas no minicurso estava
muito nervosa e insegura quanto ao meu nível de francês, mas o mergulho que fizemos
durante a preparação das aulas e o fato de estar em grupo deixou que as aulas fluíssem de
forma natural e sem grandes desesperos, quando não sabia responder uma dúvida de um
aluno, ficava tranquila pois tinha o apoio de meus colegas. Muitas coisas aconteceram como
o planejado, mas outras acabaram tomando ramificações inesperadas, em uma das aulas, por
exemplo, colocamos um áudio em que os alunos deveriam relacionar com as fotos e
identificar quando ocorreram, o exercício pedia para que identificassem a estação do ano e,
apesar de tocar o áudio diversas vezes, tentando auxiliar os estudantes na compreensão, nada
fazia com que eles acertassem a questão, só após um tempo percebemos que se tratava de
uma questão geográfica e cultural, visto que as imagens possuíam datas e as estações do ano
ocorrem em datas contrárias aqui no Brasil. Pequenas situações como essa foram surgindo
durante a aula, mas com o auxílio dos colegas, acabávamos por solucionar de forma
inesperada.
Observar a atuação dos meus colegas também foi um aspecto interessante, sem
dúvida, cada um tem uma forma única de lecionar e, como todas as aulas foram dadas em
trios, essas diferenças acabaram se tornando complementares. Alguns eram mais tímidos que
os outros e, quando algum de nós cometia algum deslize de língua ao explicar algum
conceito, o que é normal nesse processo de ensino-aprendizagem, o outro o corrigia de
forma sútil, de modo que não fosse de forma alguma constrangedora para os colegas ou
alunos que acompanhavam as aulas.
De modo geral, os objetivos que estabelecemos no início do planejamento de
curso foram atingidos e os alunos conseguiram ter acesso a um vocabulário elementar para
viagens, sabendo como pedir informações, se localizar e até fazer pedidos em restaurantes.
Sem dúvida, o curso teria sido mais proveitoso se tivéssemos mais tempo com os alunos,
para trabalhar os conteúdos em um ritmo mais lento, de modo que os estudantes pudessem
colocar mais em prática os conceitos aprendidos.
Elaborar e conduzir esse curso junto aos meus colegas de curso evidenciou o
amor que tenho pela licenciatura e mostrou como o processo de ensino e aprendizagem
andam sempre juntos, pois precisamos dedicar muito tempo de estudo para produzir boas
aulas e isso, sem dúvida, nos faz evoluir cada vez mais na aprendizagem da língua.

3.4. Atividades extracurriculares


3.4.1. Distúrbios da Aquisição da Linguagem e da Aprendizagem
O curso “Distúrbios da aquisição da linguagem e da aprendizagem”, da
plataforma WR educacional possui a carga horária total de 10 horas, focado na área de
formação continuada em educação, tem como objetivo relacionar a história da educação
especial no Brasil, apresentando assim as bases biológicas do desenvolvimento da
linguagem para explicar como são formados os distúrbios na aquisição da linguagem. Além
do foco na linguagem, uma sessão do curso também reflete a respeito da educação especial
para pessoas com deficiência visual e finaliza com a apresentação da Política Nacional de
Educação Especial, na perspectiva da educação inclusiva.
Considero cursos como esse essenciais para a formação de futuros profissionais
que atuarão na prática docente, mas a forma que o curso dispõe o conteúdo é
consideravelmente rasa, nos dando uma perspectiva muito pequena do que é a educação
inclusiva e como podemos aplicá-la em nossa prática pedagógica. Além disso, é de suma
importância compreender-se a diferença entre educação inclusiva e educação especial, visto
que a primeira visa a inclusão de todos os indivíduos e sua percepção como iguais e a
segunda reforça a exclusão de pessoas com deficiência. Portanto, vejo a necessidade da
realização de formações complementares para que possa atuar de forma mais inclusiva.

3.4.2. Boas práticas na produção de videoaulas

Produzido pela plataforma de cursos da Fundação Bradesco, o curso “Boas práticas


na produção de videoaulas” tem como objetivo apresentar ao professor técnicas e
ferramentas para ajudá-lo a melhorar suas produções de aulas remotas. O curso apresenta
desde conteúdos como: definição de temas, do formato da aula e construção de um roteiro à
dicas de iluminação, produção de slides, como apoiar a câmera para a gravação e até
programas de edição. O curso é dividido em duas partes: planejamento e mão na massa. Ele
mostra todas as etapas que devem ser realizadas antes de se iniciar a gravação de uma
videoaula e, logo após, te ensina a melhor forma de captar o conteúdo planejado.
Levando em consideração o contexto do aumento de demanda e da necessidade de se
adaptar ao mundo online, fazer esse curso foi muito importante para conhecer novas
ferramentas de melhorar a produção de aulas remotas, que podem ser gravadas como vlogs,
linguagem muito familiar aos jovens, ou como aula expositiva, fazendo o uso de slides.

3.4.2. Conceitos de aprendizagem criativa

Também elaborado e divulgado pela plataforma de cursos da Fundação Bradesco, o


curso “Conceitos de aprendizagem criativa” tem como objetivo apresentar os conceitos
básicos da abordagem pedagógica da aprendizagem criativa, mostrando como ela pode
estimular processos de ensino e aprendizado relevantes para os alunos, e também expondo
como essa abordagem pode ser aplicada na prática no dia a dia da escola.
Considero esse curso de extrema importância para uma prática futura no ensino de
língua francesa, visto que ele possibilita o conhecimento de uma abordagem que encoraja a
criatividade e individualidade dos alunos.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Realizar as atividades do Estágio Supervisionado em Língua Francesa II


certamente deu mais sentido ao que teoricamente é aprendido ao longo da graduação, em
especial na unidade curricular de Fundamentos do ensino de Língua Francesa I e II. Por
meio da observação de aulas no Centro de Estudos de Línguas da unidade Dom Pedro I,
pude ter uma perspectiva mais ampla de um ensino de língua francesa que ocorre de forma
humanizada, enxergando, mesmo em uma turma maior, todos como indivíduos. A partir da
observação, também pude perceber como o ensino de FLE não está restrito apenas à língua,
não há aprendizado de língua, sem a demonstração da cultura ampla que ela evoca.
O contato com uma professora tão apaixonada pelo ensino de língua francesa,
que se formou na mesma instituição que hoje estudo e que incentiva seus estagiários com
uma alegria tão bela a seguirem essa carreira, nos enche de uma energia que mostra que é
possível seguir esta profissão. Foi isso que me incentivou durante toda a realização do
minicurso e que continua me inspirando a continuar na prática docente. Ministrar as aulas do
minicurso em conjunto com meus colegas foi vencendo o meu sentimento de insegurança e
me ensinando de maneira prática muitos aspectos que tinha dúvida na língua francesa e na
licenciatura.
Por fim, reconheço a extrema importância da realização das atividades de
estágio para a minha formação como professora, não só de Língua Francesa, mas em todas
as áreas de atuação, foi possível, através do minicurso, aprender quantas etapas são
necessárias para a preparação de uma aula e como é essencial planejar para saber lidar com
os possíveis imprevistos que venham a acontecer durante uma aula.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CONSEIL D’EUROPE. Cadre Européen Commun de Référence pour les Langues


(CECR). Paris: Conseil de l’Europe/Les Éditions Didier, 2001.
MANGIANTE, Jean-Marc; PARPETTE, Chantal. Le Français sur Objectif Spécifique: de
l’analyse des besoins à l’élaboration d’un cours. Paris: Hachette: Français Langue
Étrangère, 2004.
Cidade de São Paulo. Centro de Estudos de Línguas Paulistano (CELP). Disponível em:
<https://educacao.sme.prefeitura.sp.gov.br/coped/ntc/celp/>. Acesso em: 25 jul. 2022.
SÃO PAULO. Secretaria de Estado da Educação (org.). Diretrizes Curriculares para os
Centros de Estudo de Línguas do Estado de São Paulo (CEL). São Paulo: Centro de
Estudos de Línguas, 2020.
BIZARRO, Rosa; BRAGA, Fátima. Educação intercultural, competência plurilingue e
competência pluricultural: novos desafios para a formação de professores de Línguas
Estrangeiras. 2004.
Anexos

Anexo 1 - Plano Ensino


UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO – EFLCH
Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
Departamento de Letras
Fundamentos do Ensino de Língua Francesa II

PLANO DE ENSINO

I. Minicurso: Francês Básico Para Viagens: Uma Viagem pela Francofonia

II. Ementa
O presente minicurso busca apresentar situações de comunicação que podem ser
suscitadas em Língua Francesa durante viagens a países francófonos. Sendo destinado a
alunos de nível iniciante que ainda não tiveram contato com a língua ou a alunos interessados
pela temática. O curso busca oferecer uma perspectiva inicial da Língua Francesa,
possibilitando o seu desenvolvimento elementar para a comunicação durante as viagens. O
curso será pautado nas diferenças e semelhanças linguístico-culturais de cinco países
francófonos, sendo eles Canadá, França, Haiti, Senegal e Suíça.

III. Responsáveis pedagógicos


Denise Radanovic Vieira (Professora do departamento de Letras da Unifesp)

José Hamilton Maruxo Jr. (Professor do departamento de Letras da Unifesp)

IV. Ministrantes
Aline Delfino Martins Costa, estudante do curso de Licenciatura em Letras Português-
Francês na Unifesp e professora de português e literatura na rede estadual de São Paulo.
Débora dos Santos Nascimento, estudante do curso de Licenciatura em Letras Português-
Francês na Unifesp, professora de literatura e educadora social. Guilherme Henrique Pereira
Sampaio, estudante do curso de Licenciatura em Letras Português-Francês na Unifesp,
escritor de terror e redator jurídico.

V. Público-alvo
Comunidade Unifesp e interessados em geral (comunidade externa).
VI. Período de realização e Modalidade do curso

De 19 de novembro a 10 de dezembro de 2022.


O curso será totalmente online, com emprego das plataformas Google Classroom e
Google Meet.

VII. Horário das aulas


Aos sábados, das 09:30 às 12:30.

VIII. Objetivos
● Introduzir elementos da língua francesa que são utilizados em práticas interacionais no
contexto de viagens;
● Apresentar aspectos culturais de diferentes países francófonos.

IX. Justificativa
Tendo em vista o número de brasileiros que possuem interesse ou costumam viajar
para o exterior e o número de turistas em países francófonos, o minicurso pretende propiciar
a oportunidade de desenvolver um vocabulário elementar, permitindo que os alunos possam
se comunicar em situações-chave ao viajarem para países francófonos. O minicurso também
tem como enfoque a difusão de aspectos culturais de alguns desses países, com a intenção de
promover a diversidade e mostrar como países que falam a mesma língua divergem entre si.

X. Conteúdo programático
● Apresentar-se e cumprimentar outras pessoas;
● Ler, compreender e preencher documentos necessários para a entrada em países
francófonos;
● Formular perguntas simples e prestar informações sobre como se localizar no aeroporto
e estações de trem/metrô, sobre as horas, sobre lugares turísticos, sobre os transportes
coletivos e sobre pratos e alimentos em estabelecimentos alimentícios;
● Responder afirmativa ou negativamente perguntas simples sobre como se localizar no
aeroporto e estações de trem/metrô, sobre as horas, sobre lugares
turísticos, sobre os transportes coletivos e sobre pratos e alimentos em
estabelecimentos alimentícios;
● Compreender expressões de direção, localização e transporte;
● Compreender as horas em francês;
● Apresentar aspectos da cultura francófona;

XI. Metodologia

O minicurso será ministrado on-line por meio da plataforma de videochamadas


Google Meet. Os materiais e as atividades serão disponibilizados aos alunos em uma pasta
virtual do Google Drive e no Google Classroom. As aulas serão focadas no desenvolvimento
de atividades práticas da língua francesa, a partir do uso de documentos autênticos em língua
francesa, com o auxílio de slides. Durante os encontros, será incitada a participação dos
alunos durante toda a aula, mediante a realização de tarefas individuais e em grupo. Além
disso, serão disponibilizados exercícios de fixação de conteúdo.

XII. Cronograma
Observação: a responsabilidade pedagógica de todas as aulas é dos professores Denise Radanovic Vieira e
José Hamilton Maruxo Jr, do Departamento de Letras da Unifesp, responsáveis pedagógicos pelo minicurso.
As aulas serão ministradas pelos estudantes do último semestre do curso de licenciatura em Letras Português-
Francês, supervisionados pelos professores.
Data Conteúdo

19/11/2022 - Apresentação dos professores e do conteúdo


programático; - Formas de se apresentar e cumprimentar;
- Preencher documentos necessários para a entrada em
países francófonos.

26/11/2022 - Localizar-se no aeroporto;


- Identificar, solicitar ou informar as horas;
- Leitura de placas informativas;

03/12/2022 - Localizar e visitar lugares turísticos;


- Utilização de transportes coletivos em países francófonos:
diferenças e semelhanças;
- Aspectos culturais e turísticos de países francófonos.
10/12/2022 - Fazer pedidos em estabelecimentos de alimentação;
- Comidas típicas de países francófonos;
- Fazer compras em mercados.

XIII. Critérios de avaliação


Para receber o certificado de conclusão, os alunos deverão ter participado de ao
menos 70% das aulas online.

XIV. Estratégias de divulgação


Redes sociais, cartazes pela universidade e catálogo Siex.

XV. Referências bibliográficas


GRÉGOIRE, Maia; THIÉVENAZ, Odile. Grammaire progressive du français avec
exercices: Niveau Débutant. Paris: Clé International, 1997.
HIRSCHSPRUNG, Nathalie; TRICOT, Tony. Cosmopolite 1. Hachette Français Langue
Étrangére, 2017.
HIRSCHSPRUNG, Nathalie; TRICOT, Tony. Cosmopolite 1: Cahier d’activités. Hachette
Français Langue Étrangére, 2017.
CORBEAU, Sophie; DUBOIS, Chantal; PENFORNIS, Jean-Luc. Tourisme.com. Paris,
CLE International, 2004.

Anexo 2 - Plano de aula: Leçon Zéro


UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO - EFLCH
ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM LÍNGUA FRANCESA II

PLANO DE AULA - LEÇON ZÉRO

MINICURSO: Francês Básico Para Viagens: Uma Viagem pela Francofonia

MINISTRANTES: Aline Delfino Martins Costa


Débora dos Santos Nascimento
Guilherme Henrique Pereira Sampaio
DATA: Sábado, dia 19 de novembro de 2022.

DURAÇÃO: 3 horas.

TEMA: Premiers contacts - Primeiro contato

OBJETIVOS: Espera-se que, ao final da aula, os alunos tenham compreendido e consigam


utilizar elementos essenciais da língua francesa presentes nos atos de se apresentar ou
apresentar algo e cumprimentar alguém. Pretende-se, também, propiciar que os discentes
consigam preencher informações pessoais básicas em documentos necessários para a
entrada nos países francófonos (Canadá, França, Haiti, Luxemburgo, Senegal e Suíça).

CONTEÚDO:

- Apresentação dos professores e do conteúdo programático;


- Formas de se apresentar e cumprimentar;
- Preencher documentos necessários para a entrada em países francófonos.

METODOLOGIA:
Inicialmente, com o auxílio de slides, os ministrantes irão se apresentar em francês, falando
informações pessoais básicas, como: nome, idade, profissão, cidade em que moram e seu e-
mail. Posteriormente, será questionado aos alunos o que compreenderam das apresentações.
Neste momento, espera-se que, a partir da fala e do texto escrito nos slides, eles consigam
compreender as informações expostas, apesar de, provavelmente, não conhecerem todas as
palavras em francês utilizadas. Essa atividade visa que os discentes possam ao mesmo
tempo conhecer os estagiários e conhecer algumas expressões utilizadas para se apresentar,
como: “je m’appelle…”, “je suis…”, “j’ai …ans”, "j’habite à…” e “mon adresse
électronique est…” e assim, aprenderem seu uso indutivamente mas, caso necessário, os
ministrantes se apresentarão novamente em português, para que os estudantes possam
comparar as formas de se apresentar em francês e em sua língua materna. Em seguida, será
solicitado que os estudantes se apresentem e os professores irão apresentar, sucintamente,
algumas informações sobre o minicurso.
Logo após, os ministrantes irão perguntar as formas de se cumprimentar em sua língua
materna e/ou em outras línguas que os alunos conhecem e os estudantes deverão responder
esse questionamento utilizando a ferramenta digital Multimeter, na qual será elaborada
colaborativamente uma nuvem de palavras. Após a exposição e a comparação entre as
maneiras de se cumprimentar, os docentes irão mostrar o áudio de um diálogo presente no
“Document 1”, no livro didático Cosmopolite 1. A partir desse áudio, será possível
identificar as maneiras formais e informais para cumprimentar alguém, por meio dos
exercícios sobre o documento presente no livro. Além disso, os alunos irão assistir um
vídeo, da TV5Monde, no qual há pessoas se cumprimentando. Para trabalhar a
compreensão oral do vídeo, será solicitado que os alunos comentem o que entenderam e,
posteriormente, será apresentado novamente para que eles possam realizar três exercícios
sobre informações presentes no documento audiovisual.
Na segunda parte da aula, daremos início à preparação dos alunos para o preenchimento do
formulário de visto, necessários para a entrada em países francófonos, apresentando os
possíveis contrapontos entre cada um dos países trabalhados (Canadá, França, Haiti,
Luxemburgo, Senegal e Suíça). Para isso, os discentes terão contato com algumas
informações do formulário de visto francês retiradas do documento disponível na “Unité 1”
do livro Objectif Express 1: Le monde professionnel en français. Os alunos deverão ler o
texto e posteriormente, apresentar a pessoa a quem o documento se refere, retomando as
expressões utilizadas para apresentações, porém usando-as na terceira pessoa do singular,
para apresentar alguém.
Por fim, solicitaremos para que cada aluno preencha o formulário de visto com algumas
informações pessoais em casa e nos apresente na próxima aula, essa atividade permitirá que
os discentes continuem exercitando o vocabulário de apresentação.

RECURSOS DIDÁTICOS:
Computador ou celular com acesso ao áudio e à câmera, Google Meets, Google Slides,
áudios, vídeos e os livros didáticos Cosmopolite 1 e “Objectif Express 1: Le monde
professionnel en français”.
AVALIAÇÃO:
A avaliação consistirá na análise da participação e da compreensão oral e escrita dos alunos,
a partir das interações e dos documentos presentes na aula.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CULTURE(S): saluer quelqu'un. [S.I]: Tv5Monde, 2013. Son., color. Disponível em:
<https://apprendre.tv5monde.com/fr/exercices/a1-debutant/cultures-saluer-quelquun>.
Acesso em: 26 out. 2022.
DUBOIS, Anne-Lyse; TAUZIN, Béatrice. Objectif Express 1: Le monde professionnel en
français. Hachette Français Langue Étrangére, 2020.
EMBAIXADA DA FRANÇA NO BRASIL (org.). Formulários de visto. Disponível em:
<https://br.ambafrance.org/Formularios-de-visto>. Acesso em: 26 out. 2022.
CANADÁ, Governo do. Solicitar uma Autorização Eletrônica de Viagem (AEV).
Disponível em: <https://www.canada.ca/en/immigration-refugees-citizenship/services/visit-
canada/eta/apply-br.html>. Acesso em: 26 out. 2022.
GRÉGOIRE, Maia; THIÉVENAZ, Odile. Grammaire progressive du français avec
exercices: Niveau Débutant. Paris: Clé International, 1997.
HIRSCHSPRUNG, Nathalie; TRICOT, Tony. Cosmopolite 1. Hachette Français Langue
Étrangére, 2017.
HIRSCHSPRUNG, Nathalie; TRICOT, Tony. Cosmopolite 1: Cahier d’activités. Hachette
Français Langue Étrangére, 2017.

Anexo 3 - Plano de aula: aula 2


UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO - EFLCH
ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM LÍNGUA FRANCESA II

PLANO DE AULA - LEÇON 2

MINICURSO: Francês Básico Para Viagens: Uma Viagem pela Francofonia

MINISTRANTES: Aline Delfino Martins Costa


Débora dos Santos Nascimento
Guilherme Henrique Pereira Sampaio

DATA: Sábado, dia 26 de novembro de 2022.

DURAÇÃO: 3 horas.

TEMA: Localizar-se

OBJETIVOS: Espera-se que, ao final da aula, os alunos tenham compreendido e consigam


utilizar elementos essenciais da língua francesa presentes nos atos de pedir informações
para se localizar em estabelecimentos como rodoviárias e aeroportos; identificar, falar e
solicitar horas; compreender a pronúncia dos números para comunicar e identificar data e
horas e compreender palavras básicas que possam conter em placas informativas.

CONTEÚDO:

- Localizar-se no aeroporto;
- Palavras auxiliares para interrogação;
- Dias da semana e meses;
- Estações do ano;
- Identificar, solicitar ou informar as horas;
- Leitura de placas informativas;

METODOLOGIA:
Os ministrantes irão dar início à aula relembrando a tarefa da semana anterior: os alunos
serão convidados a apresentar os “formulários de visto” do país que escolheram preencher
para que, dessa forma, continuem colocando em prática as formas de apresentação em
francês que foram aprendidas na primeira aula. Durante as apresentações, os docentes farão
as correções necessárias de pronúncia ou qualquer outro deslize que possa ter ocorrido
durante o preenchimento dos formulários, os demais discentes também serão incitados a
fazerem comentários, expondo o que entenderam a partir da apresentação dos colegas,
reforçando, dessa forma, as formas de apresentação em terceira pessoa.
Dando continuidade ao conteúdo da aula atual, será apresentado um áudio presente na
“Leçon 2: Ça se passe où?”, do livro didático Cosmopolite 1, o áudio contém quatro sons de
diferentes situações reais, como aeroporto, estação de trem/metrô, ponto de ônibus e, a
partir desse primeiro exercício de escuta, os alunos farão uma atividade comparando-os com
algumas imagens, identificando onde, quando, qual estação e quem está presente na
imagem/áudio. Por meio desse exercício, os discentes serão apresentados aos auxiliaires
interrogativos: où, qui, quand e quoi, além de também terem o primeiro contato com a
nomenclatura das estações do ano e dos momentos do dia (le matin, à midi, l’après-midi et
le soir).
Em seguida, serão apresentados os números, além de explicar a forma de pedir e informar
horas, os alunos colocarão em prática esse formato em aula por meio de um exercício oral e
em grupo, no qual terão que informar e pedir horas uns aos outros. Apresentou-se também
algumas diferenças que há na pronúncia de números em países francófonos.
Por fim, por meio da adaptação de um exercício da Unité 2 do livro didático Tourisme.com,
os alunos serão instigados a identificar o significado de placas informativas para se localizar
pelos andares de um aeroporto.

RECURSOS DIDÁTICOS:
Computador ou celular com acesso ao áudio e à câmera, Google Meets, Google Slides,
áudios, vídeos e os livros didáticos Cosmopolite 1 e Tourisme.com

AVALIAÇÃO:
A avaliação consistirá na análise da participação e da compreensão oral e escrita dos alunos,
a partir das interações e dos documentos presentes na aula.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HIRSCHSPRUNG, Nathalie; TRICOT, Tony. Cosmopolite 1. Hachette Français Langue
Étrangére, 2017.
HIRSCHSPRUNG, Nathalie; TRICOT, Tony. Cosmopolite 1: Cahier d’activités. Hachette
Français Langue Étrangére, 2017.
CORBEAU, Sophie; DUBOIS, Chantal; PENFORNIS, Jean-Luc. Tourisme.com. Paris, CLE
International, 2004.

Anexo 4 - Plano de aula: aula 3


UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO - EFLCH
ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM LÍNGUA FRANCESA II

PLANO DE AULA - LEÇON 3

MINICURSO: Francês Básico Para Viagens: Uma Viagem pela Francofonia

MINISTRANTES: Aline Delfino Martins Costa


Débora dos Santos Nascimento
Guilherme Henrique Pereira Sampaio

DATA: Sábado, dia 03 de dezembro de 2022.

DURAÇÃO: 3 horas.

TEMA: Locomover-se: o uso dos meios de transporte

OBJETIVOS: Espera-se que, ao final da aula, os alunos saibam identificar e comunicar a


nomenclatura dos principais meios de transporte; aplicar o uso dos artigos e preposições,
identificando como usá-los no modo femininino, masculino ou na forma contraída;
identificar os termos essenciais na leitura do mapa de um metrô e aprender os verbos
auxiliares para pedir orientações de como chegar aos locais de destino.

CONTEÚDO:
- Vocabulário: meios de transporte e palavras orientativas;
- O uso de artigos e preposições;
- Verbos para se orientar;
- Extra: lugares turísticos de países francófonos.

METODOLOGIA:
A terceira aula do minicurso “Uma viagem pela francofonia” terá início com o
questionamento “Quelle sont les moyens de transport dans votre ville?”, a partir da resposta
dos alunos, os ministrantes apresentarão a nomenclatura dos principais meios de transporte
em francês e, em conjunto com o novo vocabulário, serão introduzidos os artigos,
mostrando o seu uso aplicado na nomenclatura dos meios de transporte (le métro, la
voiture…), apresentando logo depois uma tabela que esquematiza os diferentes artigos.
Ainda relacionado a introdução, será comentado como há uma mudança entre masculino e
feminino na tradução das palavras para o francês e na importância de estar atento a este fato
ao aplicar o uso dos artigos.
Em seguida, utilizando uma atividade presente na “Unité 1: L’alphabet de Paris”, do livro
didático Défi 1, os discentes farão a observação do mapa de Paris, atentando-se à legenda,
ao número de linhas, que linhas se conectam e a distância que cada uma delas percorre.
Relembrando o que foi aprendido na aula anterior, os alunos responderão a alguns
exercícios, indicando o número de linhas e quantos quilômetros algumas dessas linhas
percorrem, além disso, também farão exercícios para verificar sua compreensão de leitura.
Após a realização dos exercícios, também serão apresentados alguns fatos e curiosidades
sobre os meios de transporte público em outros países francófonos.
Dando continuidade ao conteúdo e seguindo com o uso do Défi 1, será exibido um áudio da
“Unité 7”, que apresenta itinerários para um turista que precisa de auxílio para chegar a
certos espaços, a partir desse áudio, os alunos farão um exercício de compreensão oral,
indicando no mapa, com o auxílio dos professores, as orientações que conseguiram
apreender. Com base nessa atividade, um novo vocabulário será introduzido aos estudantes
(longer, gauche, droite, travesser…) e também o uso de alguns verbos que podem ser
essenciais para compreender orientações (aller, prendre e tourner).
Logo após, apresentaremos as preposições e artigos contraídos e, com um exercício de
compreensão oral da “Leçon 3: Week-end à Aoeste", do livro Cosmopolite 1, os alunos
colocarão em prática o seu uso. Por fim, a aula será finalizada com a exibição de alguns
vídeos que apresentam os locais turísticos dos países francófonos escolhidos como alvo
deste curso.

RECURSOS DIDÁTICOS:
Computador ou celular com acesso ao áudio e à câmera, Google Meets, Google Slides,
áudios, vídeos e os livros didáticos Cosmopolite 1 e Défi 1

AVALIAÇÃO:
A avaliação consistirá na análise da participação e da compreensão oral e escrita dos alunos,
a partir das interações e dos documentos presentes na aula..

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HIRSCHSPRUNG, Nathalie; TRICOT, Tony. Cosmopolite 1. Hachette Français Langue
Étrangére, 2017.
HIRSCHSPRUNG, Nathalie; TRICOT, Tony. Cosmopolite 1: Cahier d’activités. Hachette
Français Langue Étrangére, 2017.
GLOANEC, Audrey et al. Défi 1 - A1: Livre de L’élève. 1. ed. Maison de langues, 2018.

Anexo 5 - Plano de aula: aula 4


UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO - EFLCH
ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM LÍNGUA FRANCESA II

PLANO DE AULA - LEÇON 4

MINICURSO: Francês Básico Para Viagens: Uma Viagem pela Francofonia

MINISTRANTES: Aline Delfino Martins Costa


Débora dos Santos Nascimento
Guilherme Henrique Pereira Sampaio
DATA: Sábado, dia 10 de dezembro de 2022.

DURAÇÃO: 3 horas.

TEMA: Alimentação nos países francófonos

OBJETIVOS: Espera-se que, ao final da aula, os alunos saibam comunicar as palavras


básicas para fazer pedidos e compreender o cardápios de restaurantes em língua francesa;
compreendam um vocabulário básico dos ingredientes e pratos em francês; aprendam o uso
da negação, os adjetivos demonstrativos e as formas de fazer interrogações.

CONTEÚDO:

- Vocabulário: a pirâmide alimentar;


- O uso dos adjetivos demonstrativos;
- Formas de negação;
- O emprego das formas interrogativas;
- A composição de um cardápio.

METODOLOGIA:
A última aula deste minicurso se iniciará com a apresentação da nomenclatura para as
refeições em francês, mostrando suas diferenças de vocabulário e cultura nos países
francófonos. Posteriormente, usando um documento autêntico, o cardápio de um restaurante
de Lyon disponível online, faremos uma atividade de compreensão de leitura, em que os
alunos serão instigados a identificar as divisões do menu, os preços das refeições e verificar
quais ingredientes possivelmente conhecem dos pratos, comparando com cardápios de
restaurantes que já frequentaram. Em seguida, apresentaremos aos alunos uma forma
interrogativa, demonstrando como poderiam fazer o pedido no restaurante em francês e,
como forma de praticar a fala, cada estudante simulará como seria o seu pedido, com base
no cardápio que fizeram a leitura e observação. Além disso, também farão um exercício
para demonstrar sua compreensão de leitura, apontando quais os pratos “le moins cher et le
plus cher”. Após essa atividade, os ministrantes mostrarão quais são as etapas de uma
refeição francesa e como há diferenças culturais das refeições no Brasil. Ainda relacionado
à compreensão do cardápio, também será explicado as diferenças quando há o uso do
“aux”, “avec” e “de”.
Dando continuidade ao conteúdo, será exibido um áudio da “Leçon 2: Un dîner en ville”, do
livro didático Cosmopolite 1, o áudio se passa em um restaurante e, nele, os alunos terão
que identificar quais os pratos e bebidas foram escolhidas e quais são as questões feitas pelo
garçom para retirar os pedidos dos clientes. A partir disso, terão acesso a algumas palavras
chaves essenciais para saber ao realizar pedidos em restaurantes em países de língua
francesa.
Em seguida, exibiremos a pirâmide alimentar, como forma de introduzir o vocabulário com
o nome de diversos alimentos. Logo após esse exercício de escuta, apresentaremos as
formas de negação e, com o auxílio de uma atividade da plataforma "Apprendre", da
Tv5monde, os ministrantes explicarão “l'interrogation avec « combien » et les
démonstratifs”. O vídeo demonstra uma feira e os preços de seus alimentos, assim, eles
podem identificar suas nomenclaturas.
Após projetar o vídeo e conversar sobre o que compreenderam, os ministrantes explicaram
de forma mais detalhada como funciona o uso dos demonstrativos e as variadas formas de
interrogar os preços dos alimentos e de outras coisas. Para colocar em prática o que
aprenderam sobre os demonstrativos, faremos em conjunto um outro exercício da
Tv5monde em que tem que indicar o uso correto de cada um.
Por fim, serão apresentados alguns pratos típicos de cada país francófono e uma receita
rápida para que possam praticar a compreensão oral e identificar a nomenclatura dos
ingredientes utilizados.

RECURSOS DIDÁTICOS:
Computador ou celular com acesso ao áudio e à câmera, Google Meets, Google Slides,
áudios, vídeos e o livro didático Cosmopolite 1.

AVALIAÇÃO:
A avaliação consistirá na análise da participação e da compreensão oral e escrita dos alunos,
a partir das interações e dos documentos presentes na aula.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HIRSCHSPRUNG, Nathalie; TRICOT, Tony. Cosmopolite 1. Hachette Français Langue
Étrangére, 2017.
HIRSCHSPRUNG, Nathalie; TRICOT, Tony. Cosmopolite 1: Cahier d’activités. Hachette
Français Langue Étrangére, 2017.

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