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Acidente Vascular

Encefálico:
Fisiopatologia e
Tratamento
Fisioterapêu:co.
Profª. Dra. Thabata Pasquini Soeira
Ø Obje%vos:

ü Descrever a epidemiologia, a e%ologia, a fisiopatologia, a sintomatologia e as


sequelas de um déficit vascular encefálico;

ü Iden%ficar e descrever os procedimentos de exame empregados para avaliar


pacientes com déficit vascular encefálico para estabelecimento de diagnós%co,
prognós%co e do plano de tratamento;

Plano de aula ü Descrever o papel do fisioterapeuta ao auxiliar o paciente na recuperação de um


déficit vascular encefálico em termos de intervenções, instrução relacionada ao
paciente, coordenação, comunicação e documentação;

ü Iden%ficar e descrever estratégias de intervenção durante a reabilitação do paciente;

ü Analisar e interpretar os dados do paciente, formular metas e desenvolver um plano


de tratamento.
Estrutura de conteúdo:

Epidemiologia

Etiologia

Plano de
Fatores de risco e prevenção do AVE

Fisiopatologia e síndromes vasculares

aula Tratamento fisioterapêutico na fase aguda pós AVE

Tratamento fisioterapêu>co na fase espás>ca

Estratégias para melhorar as funções: sensorial, motora e aeróbica.

Estudo de caso dirigido

Highlights
Situação - problema
• HMA: Paciente com 65 anos, sexo masculino.
Sofreu um AVE hemorrágico à esquerda há 1
ano e há 2 meses sofreu um AVE isquêmico à
direita. Paciente relata que sente dor em
ombro esquerdo. Precisa de ajuda para
realizar todas as atividades de vida diária
(comer, tomar banho, se vestir, etc), faz uso de
cadeira de rodas e relata bastante dificuldade
em manter o tronco em linha reta. A queixa
principal desse paciente é voltar a andar e
recuperar as funções que possuía antes. Após
o primeiro AVE o paciente relata que era
independente para tudo, fazia uso apenas de
andador.
Acidente
Vascular
Encefálico
Definição

Sinal clínico de rápido desenvolvimento de perturbação focal da função cerebral,


de suposta origem vascular e com mais de 24 horas de duração.

Manifestação clínica resultante da restrição da irrigação


sanguínea ao cérebro

Destruição celular
Déficit neurológico súbito e específico

(Botelho et. al., 2016).


Incidência

Maior após os 65 anos Dobrando a cada década, após os 55 anos

Incapacidade

(Botelho et. al., 2016).


Fatores de risco

(Botelho et. al., 2016).


Sinais clínicos

Dor de cabeça forte e persistente, que surge de repente

Tontura, desequilíbrio, falta de coordenação ao andar ou queda súbita

Dificuldade para falar ou entender o que os outros falam

Perda de sensibilidade de uma parte do corpo

Diminuição de força de um dos lados do corpo

Alteração da visão, especialmente de um olho

Dificuldade para engolir


(Botelho et. al., 2016).
• Quanto à topografia:
CLASSIFICAÇÃ • Quanto ao caráter evolutivo da clínica:
O • Quanto ao mecanismo de produção da lesão:
Classificação
a) Quanto à topografia:

• AVC do sistema carotídeo ( maior porcentagem de AVC)


• AVC do sistema vértebro-basilar

b) Quanto ao caráter evolutivo da clínica

c) Quanto ao mecanismo de produção da lesão


Suprimento vascular
Áreas funcionais do córtex cerebral

perda de suprimento sanguíneo

Perda específica da função (focal)

Efeitos da interrupção do fluxo sanguíneo variam de


uma breve perda de função, seguida por recuperação

completa, até comprometimentos permanentes,


limitações funcionais e até o óbito.
• LOBO FRONTAL: processamentos
complexos (cognição, planejamento
e iniciação dos movimentos
voluntários).

• LOBO PARIETAL: área de projeção


e processamento somestésico.

• LOBO TEMPORAL: área de


projeção e processamento auditivo.

• LOBO OCCIPITAL: área de projeção


e processamento visual.
Vascularização

| artéria cerebral anterior – superfícies | artéria cerebral média – parte lateral


medial dos lobos frontal e parietal, do hemísferio|
além da cabeça anterior do núcleo
caudado|

| artéria cerebral posterior – face inferior, lobo


occipital e partes dos lobos temporal medial e
temporal. |
| artérias vertebrais e basilar|
Classificação
a) Quanto à topografia:

b) Quanto ao caráter evolutivo da clínica


• Ataque Isquêmico Transitório – Déficit neurológico focal
• durando menos que 24 horas.

• Déficit Neurológico Isquêmico Reversível (DNIR) – Para sintomas que


ultrapassem 24 horas e se resolvam em 3 semanas.

• Acidente Vascular Cerebral Concluído – O AVC propriamente dito.

c) Quanto ao mecanismo de produção da lesão


Classificação
a)Quanto à topografia

b)Quanto ao caráter evolutivo da clínica

c)Quanto ao mecanismo de produção da lesão


• Isquêmico

• Hemorrágico
(Botelho et. al., 2016).
AVE isquêmico

Trombótico
AVE Isquêmico Embólico
Lacunar
Trombose aterosclerótica

Embolias cerebrais;

Ruptura de aneurismas;

Arterites;

Causas Distúrbios hematológicos;

Trauma;

Hipotensão associada a estenose arterial;

Enxaqueca com déficit persistente;

Causas indeterminadas.
AVE Hemorrágico

| AVE Hemorrágico| |Hemorragia subaracnóide| | Aneurisma |


ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
Consequências
• Alterações decorrentes das
lesões neurológicas podem ser:

– Motoras;

– sensoriais;

– Perceptivas;

– De comunicação;

– De comportamento.
Pós AVE

Flácida Espástica

Alteração de deglutição

Alteração de sensibilidade

Comprometimento de fala
Comprome'mento funcional
Paralisia facial

Alterações motoras

Alteração de marcha e equilíbrio


Objetivo e avaliação

Força muscular Independência funcional

Mudanças de decúbito

Mobilidade articular

Sensibilidade Estesiômetro Instrumentos de avaliação

Tônus
Fugl Meyer (MMSS e MMII)
Reflexos Index – index Escala de deficiência de tronco (EDT)
Index – nariz Medida de Indepedência Funcional (MIF)
Testes especiais Calcanhar – joelho
Raimiste
Mingazzini
Reabilitação Neurofuncional
Discussão de
Caso Clínico
• HMA: Paciente com 65 anos, sexo
masculino. Sofreu um AVE hemorrágico à
esquerda há 1 ano e há 2 meses sofreu um
AVE isquêmico à direita. Paciente relata que
sente dor em ombro esquerdo. Precisa de
ajuda para realizar todas as atividades de
vida diária (comer, tomar banho, se vestir,
Caso clínico etc), faz uso de cadeira de rodas e relata
bastante dificuldade em manter o tronco em
linha reta. A queixa principal desse paciente
é voltar a andar e recuperar as funções que
possuía antes. Após o primeiro AVE o
paciente relata que era independente para
tudo, fazia uso apenas de andador.
Caso clínico

a) Após discutir o caso clínico, descreva a importância de avaliação da


independência funcional desse paciente.

b) Explique se existe uma relação entre a dor no ombro esquerdo e o AVE.

c) Quais ferramentas de avaliação ou testes podem ser utilizadas para melhor


entender o caso da paciente?

d) Com os conceitos já vistos, quais são os objetivos de tratamento para esse


paciente?

e) Cite 3 condutas que poderiam ser realizadas com esse paciente.


Highlights!

Explicar a diferença entre o AVE isquêmico e o hemorrágico.

Como a espasticidade pode influenciar na funcionalidade do paciente?

Descreva como deve ser realizada a avaliação do paciente pós AVE e


quais devemos levar mais em consideração no momento da avaliação.

Qual o principal objetivo da fisioterapia no processo de reabilitação do


paciente pós AVE?
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DAVIES, P. M. Hemiplegia: tratamento para pacientes após AVC e outras lesões cerebrais. 2.
ed. rev. e ampli. Barueri, SP: Manole, 2008.

BOTELHO, T. S. et al. Epidemiologia do acidente vascular cerebral no Brasil. Temas em


Saúde. v.16, n.2, 2016.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações


Programá'cas Estratégicas. Diretrizes de atenção à reabilitação da pessoa com acidente
vascular cerebral / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de
Ações Programá'cas Estratégicas. – Brasília : Ministério da Saúde, 2013.

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