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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE - FURG

DISCIPLINA: LABORATÓRIO DE LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL


PROFESSORA: ÁLYDA HENRIETTA ZOMER

Acadêmico(a): Elaine Specht 151623 Série: Data: 06/10/2021

AVALIAÇÃO DO SEMESTRE 1/2021 - Valor: 10,0 Nota:

1) Complete a tabela com os operadores argumentativos do quadro a seguir:


(valor: 0,1 cada)

e – nem – a fim de – com o objetivo de – devido a – por causa de – já que – porque – contudo -
entretanto – a menos que – desde que – de acordo com – conforme – por isso – por conseguinte –
tanto...como – tanto...quanto – até mesmo – inclusive – somente – apenas – ou seja – isto é - contudo

Operadores Operadores Operadores


argumentativos que argumentativos que argumentativos
indicam oposição. indicam adição. que indicam causa e
consequência.
Contudo e entretanto. E, nem. Porque, devido a, ja que,
por causa de.

Operadores Operadores Operadores


argumentativos que argumentativos que argumentativos que
indicam finalidade. indicam explicação. indicam condição.
A fim de, com objetivo de. Ou seja. Desde que, a menos que.

Operadores Operadores Operadores


argumentativos que argumentativos que argumentativos que
indicam conformidade. indicam conclusão. indicam comparação.
De acordo com, Por isso. Por conseguinte Tanto...como,
conforme. tanto...quanto

Operadores Operadores Operadores


argumentativos que argumentativos que argumentativos que
indicam inclusão. indicam exclusão. indicam esclarecimento.
Inclusive, até mesmo Somente e apenas Isto é

2) Cite qual é o operador argumentativo – conectivo - presente no anúncio e,


depois, classifique-o com relação ao sentido (condição, oposição, inclusão,
1
exclusão, proporção, tempo, conclusão etc.) e explique qual o efeito de seu uso na
propaganda. (valor 0,5 cd)

2) Leia o texto “Memes, GIFs, lives, stories: narrativas da internet poderiam ser
usadas na educação formal, sugere estudo”, e responda às questões sobre
coesão e coerência a seguir:

“Feita em escolas de todo o País, pesquisa da ECA/USP e buscou


compreender...”

a) Considerando os efeitos discursivos da conjunção “e”, por qual motivo o seu


uso está inadequado em relação à gramática normativa: (0,5)

O “e” tem a função de ligar orações e aqui não é necessario.

b) Pode-se afirmar que o uso da conjunção aditiva “e”, no trecho em destaque,


produz uma incoerência. De que modo a coerência da oração acima poderia ser
retomada: (0,5)

“A pesquisa abarcou os anos de 2017 a 2020 e entrevistou alunos e


professores de escolas públicas e particulares do ensino fundamental e
médio.”

A coerencia da oração pode ser reotmada retirando a conjunção aditiva “e”.

c) Quanto ao uso da mesma conjunção, “e”, na oração acima, está adequado à


gramática normativa? Explique qual o efeito da conjunção “e” neste contexto?
(0,5)

Ao ligar públicas E particulares e fundamental E médio o uso está correto, pois


indica adição.

d) Que outras conjunções aditivas poderiam ser utilizadas sem que houvesse
perda de sentido? (0,5)

Poderia ser usado: bem como, como também.

3) Continue a leitra do texto “Memes, GIFs, lives, stories: narrativas da internet


poderiam ser usadas na educação formal, sugere estudo”, e responda qual efeito
causado pelo uso das conjunções em destaque em cada uma das orações. Caso seja
necessário, volte ao texto para uma leitura mais contextualizada. (0,5 cd)

a) Embora ainda haja desigualdades de acesso às tecnologias no Brasil, a


incorporação da linguagem digital se faz cada vez mais necessária em sala de
aula, por estar inserida no cotidiano das pessoas. (0,5)

A conjunção concessiva “embora” indica um fato contrário ao que é exposto,


2
que é a desigualdade de acesso às tecnologias e sua nesessidade em sala de
aula.

b) Segundo o pesquisador, as abordagens veem as tecnologias não apenas como


artefatos instrumentais, mas como mediadores críticos da aprendizagem. (0,5)

Aqui a conjunção “mas” como sendo uma palavra que coordena as duas orações,
fazendo uma ligação entre o que vem após “não aepnas” e a ideia seguinte a ela.

c) Porém, o acionamento dos dispositivos tecnológicos nas escolas é um fato a


ser considerado nos processos educativos formais. (0,5)

A conjunção adversativa “porem” expressa a ideia de oposição entre o que foi


declarado anteriormente e a ideia que segue.

d) Portanto, o mundo digital é um desdobramento de nossa realidade e precisa


ser refletido enquanto tal”. (0,5)

“Portanto” expressa a ideia de conclusão do raciocinio apresentado. “E” , nessa


oração indica a ligação entre as duas oracões.

e) Os dados mostraram que os professores consideraram haver espaço


inclusive para inserir o celular em sala de aula para fins pedagógicos, ou
seja, 76% deles entenderam que é possível usar o aparelho, desde que os
alunos fossem orientados e acompanhados em suas consultas. (0,5)

Essa expressão é utilizada aqui para explicar o que foi dito na primeira parte da
fraze.

4) De acordo com o que conversamos durante as aulas, sabemos que a leitura de um


texto sem repetições torna-se mais fluida. Considerando a importância do uso de
recursos que contribuem para evitarmos as repetições com vistas à progressão
textual, seja por meio de relações anafóricas, seja por relações catafóricas entre os
elementos textuais. Desse modo, observe os usos dos termos em destaque nas
orações e explique a qual termo se referem. (0,5 cd)

Lembre-se que um texto é uma cadeia de enunciados, portanto, faz-se necessário


voltar ao texto para uma análise mais atenta às escolhas linguísticas.

a) Essas abordagens fazem parte do relatório que resultou de investigação


feita em escolas de todo o território nacional pelo grupo de pesquisa
Mediações Educomunicativas (Mecom), da Escola de Comunicações e Artes
(ECA) da USP. (0,5)

“Essas abordagens” se referem ao uso de Memes, GIFs, lives, stories,


vídeos e outras expressões narrativas da internet em sala de aula.

b) “Contexto que exige da cultura tradicional das escolas uma nova forma de
relacionamento com as tecnologias, de maneira que seja possível incorporá-las
criticamente no andamento didático-pedagógico”. (0,5)
3
“Las” se refere às tecnologias.

c) Sobre o hábito de navegar pela internet em busca de conteúdos didáticos, eles


disseram que usavam smartphones e notebooks e que eram leitores habituais
de jornais e eventuais de revistas em formato digital e recorrem a portais de
informação, como UOL e G1, ou blogs (67%), Facebook (33,4%) e WhatsApp
(21,8%). (0,5)

“Eles” se refere aos professores.

d) O coordenador da pesquisa, o professor Adilson Citelli, da ECA, em


entrevista ao Jornal da USP, disse que o isolamento social imposto pela
pandemia do coronavírus e o consequente afastamento físico das escolas de
alunos e professores reforçaram a importância de se repensar a circulação e
recepção do conhecimento e certas estratégias de ensino, inclusive com maior
presença do ensino remoto. (0,5)

“Adison Citelli” se refere ao coordenador da pesquisa.

e) Segundo o pesquisador, as abordagens veem as tecnologias não apenas


como artefatos instrumentais, mas como mediadores críticos da aprendizagem.
(0,5)

“Segundo o pesquisador” se refere a Adilson Citelli.

f) Os dados mostraram que os professores consideraram haver espaço inclusive


para inserir o celular em sala de aula para fins pedagógicos, ou seja, 76% deles
entenderam que é possível usar o aparelho, desde que os alunos fossem
orientados e acompanhados em suas consultas. (0,5)

“Deles” se refere aos professores.

4
ANEXO

jornal.usp.br/ciencias/memes-gifs-lives-stories-narrativas-da-internet-
poderiam-ser-usadas-na-educacao-formal- sugere-estudo/
April 13, 2021

Professores e estudantes reconhecem que


narrativas da internet (memes, GIFS, lives,
stories, vídeos) são essenciais na mediação do
processo de ensino/aprendizagem nas escolas -
Arte deLívia Magalhães sobre imagens de
Pixabay

Memes, GIFs, lives, stories: narrativas da internet poderiam ser usadas na


educação formal, sugere estudo

Feita em escolas de todo o País, pesquisa da ECA/USP e buscou compreender


como o ensino tradicional estaria dialogando com as novas formas de organizar,
produzir e distribuir conhecimento

Por Ivanir Ferreira


Arte: Lívia Magalhães / Jornal da USP
5
Memes, GIFs, lives, stories, vídeos e outras expressões narrativas da internet já
são reconhecidas pelos profissionais da educação e estudantes como essenciais na
mediação do processo de ensino/ aprendizagem nas escolas. Embora ainda haja
desigualdades de acesso às tecnologias no Brasil, a incorporação da linguagem digital se
faz cada vez mais necessária em sala de aula, por estar inserida no cotidiano das
pessoas.1 Essas abordagens fazem parte do relatório que resultou de investigação feita
em escolas de todo o território nacional pelo grupo de pesquisa Mediações
Educomunicativas (Mecom), da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP.
O relatório foi lançado em fevereiro de 2021 e pode ser consultado pela internet.
A pesquisa abarcou os anos de 2017 a 2020 e entrevistou alunos e professores de
escolas públicas e particulares do ensino fundamental e médio. A proposta do projeto era
compreender como o conhecimento acadêmico – de narrativas longas e regras
argumentativas – estava dialogando com as novas formas de organizar, produzir e
distribuir conhecimento. O coordenador da pesquisa, o professor Adilson Citelli, da ECA,
em entrevista ao Jornal da USP, disse que o isolamento social imposto pela pandemia do
coronavírus e o consequente afastamento físico das escolas de alunos e professores
reforçaram a importância de se repensar a circulação e recepção do conhecimento e
certas estratégias de ensino, inclusive com maior presença do ensino remoto.

Segundo o pesquisador, as abordagens veem as tecnologias não apenas como


artefatos instrumentais, mas como mediadores críticos da aprendizagem.

“Contexto que exige da cultura tradicional das escolas uma nova forma de
relacionamento com as tecnologias, de maneira que seja possível incorporá-las
criticamente no andamento didático-pedagógico.”

Ao todo, participaram da pesquisa 509 professores e 3.708 estudantes, sendo


57% do ensino fundamental, 40% do ensino médio e 47 alunos/as da Educação de
Jovens e Adultos (EJA). O estudo alcançou 23 das 26 unidades da federação e contou
com mais representantes na região Sudeste (36%), seguida pelas Sul (33%), Nordeste
(20%), Centro-Oeste (5%) e Norte (1%). Os dados foram coletados por meio de
entrevistas, questionários em papel e eletrônicos e visitas às unidades educativas.

Docentes: o uso de conteúdo pedagógico facilitado pelas novas tecnologias

O relatório procurou identificar os hábitos midiáticos de professores e alunos e


saber como era o relacionamento deles com os meios de comunicação e as novas
tecnologias. O professor Citelli afirma que, no geral, os alunos vivem no Brasil em
situações diversas em consequência das desiguais condições de existência, de origens
sociais variadas, de experiências culturais múltiplas e circunstâncias econômicas
distintas. Porém, o acionamento dos dispositivos tecnológicos nas escolas é um fato a
ser considerado nos processos educativos formais.
O depoimento de um dos professores entrevistados pela pesquisa reforça essa
tese: “A escola tem o papel de promover a reflexão e a leitura crítica do mundo, como já
dizia Paulo Freire. Portanto, o mundo digital é um desdobramento de nossa realidade e
precisa ser refletido enquanto tal”.2
Os dados mostraram que os professores consideraram haver espaço inclusive
para inserir o celular em sala de aula para fins pedagógicos, ou seja, 76% deles
1
Referente ao exercício 3
2

6
entenderam que é possível usar o aparelho, desde que os alunos fossem orientados e
acompanhados em suas consultas. 3 Cerca de 60% dos professores disseram que já
utilizavam conteúdos veiculados pela internet (músicas, videoclipes, novelas, séries,
filmes, propagandas, telejornais, jornais ou revistas) em sala de aula. 
Sobre o hábito de navegar pela internet em busca de conteúdos didáticos, eles
disseram que usavam smartphones e notebooks e que eram leitores habituais de jornais
e eventuais de revistas em formato digital e recorrem a portais de informação, como UOL
e G1, ou blogs (67% ), Facebook (33,4%) e WhatsApp (21,8%).

No caso dos professores serem digitais, a leitura ocorria através de:

Estudantes: TV aberta e impressos são menos acessados

A maioria dos estudantes entrevistados tinha entre 11 e 17 anos e cursava o 9º


(19%) e o 8º (17º) ano do fundamental II, seguidos do 1º ano (15%) do ensino médio. A
maior concentração era de escolas públicas (estadual, 50%, municipal, 41%, federal, 2%,
e particular, 5%).
O relatório mostrou que os jovens tinham estreita e contínua relação com as
mídias digitais. Um fato que chamou a atenção dos pesquisadores foi que, nas primeiras
20 horas de solicitação de pedidos de participação na pesquisa, houve mais dados
enviados pelos estudantes (593 questionários) do que aqueles captados entre os
professores e professoras (509) ao longo de todo o período de aplicação do estudo.
Quando perguntados sobre quais eram as formas de interação e os canais
preferidos para acessar os conteúdos da internet, o YouTube foi indicado por 76% dos
estudantes como o meio de comunicação mais utilizado para ver os programas favoritos;
o Facebook (65%) e o WhatsApp (69%) apareceram como opções mais escolhidas para
a pergunta “você obtém notícias/informações através de”.
O smartphone (86%) foi citado pelos alunos como meio mais utilizado para
acessar a internet. Já os veículos de comunicação tradicionais foram desconsiderados
pelos jovens. A maioria deles, cerca de 60%, declarou não ter o hábito de ler jornais e
revistas impressas e não reconheceu a TV aberta como melhor meio para ver seus
programas favoritos.

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